Em trabalho conjunto, Polícia Federal (PF) e Ministério Público do Trabalho (MPT) prenderam, em flagrante, dois homens envolvidos com aliciamento e prática de trabalho análogo à escravidão em Iguatemi, 410 km distante de Campo Grande, próximo à fronteira com o Paraguai.
Segundo informações da PF e MPT, aproximadamente 30 trabalhadores rurais, de nacionalidade paraguaia, trabalhavam em condições análogas à de escravos em lavouras de mandioca. Além do exposto, a PF constatou o fornecimento de moradia precária aos trabalhadores, em ação que contou com auxílio da Assistência Social de Iguatemi.
Conforme o MPT, a remuneração dos trabalhadores era realizada por meio de “vales”, que, segundo a PF, eram aceitos somente em estabelecimento comercial de propriedade do aliciador do grupo criminoso, fator que mantinha os trabalhadores no local, e “impedia ou dificultava o retorno dos trabalhadores ao Paraguai.”
Com o alto de prisão lavrado na Delegacia de Polícia Federal de Naviraí, interior de MS, os envolvidos foram liberados após pagamento de fiança no valor de R$ 50 mil, imposto pela Justiça Federal, e respondem pelo crime de submeter indivíduos a condição análoga à de escravo, “sujeitando-os a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, submetendo-os a condições degradantes de trabalho, restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador, além da pena correspondente à violência.”, pontuou a PF em nota.
Fonte: Correio do Estado