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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Polícia Civil prende acusado de matar policial em Tacuru

Polícia Civil prende acusado de matar policial em Tacuru

A Polícia Civil prendeu na manhã dessa terça-feira, 14 de julho, em Iguatemi, José Osmar Freitas, o “Veinho”, de 27 anos.

Veinho estava sendo procurado pela polícia de toda a região Cone Sul de Mato Grosso do Sul desde o início da noite do dia 28 de junho, quando executou a sangue frio, o investigador da Polícia Civil, Nivaldo José de Almeida, durante uma abordagem.

O crime aconteceu na cidade de Tacuru, onde o policial residia e era lotado na Delegacia local.  Uma testemunha ocular dos fatos ouvida pela Polícia Civil na noite do domingo, dia do crime, em Tacuru relatou detalhes da execução do policial..

De acordo com o depoimento da testemunha, ele estava em sua residência quando ouviu três tiros e saiu de casa para verificar, quando se deparou com José Osmar, o “Veinho”, caminhando calmamente pela rua com um revólver na mão.

Segundo relatou a testemunha, os disparos que havia escutado teriam sido efetuados por Veinho contra um indivíduo de nome “Leandro” que foi atingido em uma das mãos.

Nesse momento chegou o policial José Nivaldo de Almeida, que mora nas imediações e tentou prender o indivíduo.

De acordo com relato da testemunha, cujo nome está sendo mantido em sigilo, o investigador teria gritado por algumas vezes “polícia, policia, para”.

Nesse instante Veinho teria erguido as mãos. O policial teria dito; “Você está preso” e, segurando sua pistola em uma das mãos, teria tirado a arma do acusado com a outra.

Nesse momento o investigador teria ordenado à José Osmar que se deitasse no chão, foi quando o acusado teria reagido, empurrado o policial e tentado fugir, foi quando José Nivaldo teria passado uma rasteira em Veinho, que acabou caindo ao solo.

Quando o policial deu a ordem para o foragido se deitar de bruço, Veinho teria reagido, avançado em Nivaldo e tomado sua pistola, vindo a efetuar dois disparos contra o agente da lei com sua própria arma.

Ferido com um tiro na altura da barriga e outro possivelmente na perna, o policial se ajoelhou, foi quando o marginal encostou a pistola na cabeça, próximo ao ouvido de José Nivaldo e disse, “isso é para você aprender a não entrar na briga dos outros”, vindo a puxar o gatilho e consolidar a execução sumaria do policial.

De acordo com a testemunha, após executar o investigador, Veinho, que segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) responde a processos por tráfico, furto e violência doméstica, fugiu a pé em direção a uma região de chácara, situada na periferia da cidade levando consigo duas armas, o revólver que ele havia atirado em Leandro no bar e a pistola tomada do investigador.

O investigador José Nivaldo de Almeida trabalhava junto a Delegacia de Polícia Civil de Tacuru há pelo menos sete anos. Ele era casado e deixou três filhos.

Segundo caso em três anos

Esse foi o segundo caso de assassinato de policial civil em Tacuru em três anos.

Em setembro de 2012 o policial civil Miguel Holsbach foi alvejado quando assistia TV na sala de casa ao lado da esposa, uma funcionária pública municipal local.

Após ser atingido, o policial ainda teria tentado se esconder em um dos cômodos da casa, mas acabou não resistindo e morreu.

Durante a ação criminosa a esposa do policial também acabou ferida com pelo menos quatro disparos. Ela foi socorrida para o Hospital Municipal local em Tacuru e sobreviveu.

Dos dois suspeitos de envolvimento no crime na época, um está preso e outro foi assassinato à tiros no Paraguai após fugir da cadeia em Eldorado.