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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Para Longen, deputados favoráveis à redução da desoneração da folha alimentam desemprego O presidente da Fiems, Sérgio Longen, criticou, nesta sexta feira (26/06), a posição dos deputados federais de Mato Grosso do Sul, Carlos Marun e Geraldo Resende, ambos do PMDB, por terem votado a favor da redução da desoneração da folha de pagamento na última quinta-feira (25/06). “Só quem não está vendo a escalada dos problemas são os parlamentares que estão votando com o Governo. Eles estão alimentando o desemprego com o aumento de imposto e isso está matando o setor produtivo. O mais complicado é fazê-los entender que isso não vai recuperar a economia e só penaliza o empresário. Já dissemos isso por várias vezes”, afirmou.

Sérgio Longen reforça ainda que a principal evidência da “mortalidade” do setor industrial são os números divulgados pelo IBGE ontem, que apontou taxa de demissões de 6,7% em maio, a maior para o mês desde 2010, quando foi de 7,5%. “A cada dia que passa ficamos mais preocupados com a economia brasileira. Não estamos vendo uma ação proativa do Governo Federal, a não ser programas que devem trazer resultados a partir de 2018. Na contramão disso, os impostos são reais e têm aumentos constantes. O que é necessário e todo sistema indústria está dizendo faz muito tempo é o corte do próprio custeio do poder público, coisa que eles não estão fazendo e nem sinalizando”, analisou.

Parlamentares

Dos 253 votos a favor do projeto de lei que reduz as desonerações das folhas de pagamento de 56 segmentos da economia, dois foram de deputados federais de Mato Grosso do Sul: Carlos Marun e Geraldo Resende, ambos do PMDB, enquanto Elizeu Dionizio (Solidariedade), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (PSB) votaram contra, sendo que Vander Loubet (PT), Zeca do PT e Dagoberto Nogueira (PDT) não estavam presentes na sessão. “No nosso entendimento, parece que os deputados Marun e Geraldo estão dessintonizados da realidade do setor empresarial de Mato Grosso do Sul e não estão entendendo o que está acontecendo em nosso Estado”, criticou Sérgio Longen.

“A nossa esperança agora se direciona ao Senado mais uma vez. Espero que eles corrijam esse erro que a Câmara cometeu e mudem o texto do projeto que foi aprovado pelos deputados”, projetou o presidente da Fiems. O projeto de lei agora segue para avaliação dos senadores, devendo passar por pelo menos três comissões antes de ir a plenário para votação.

Desoneração

De acordo com o projeto aprovado na Câmara dos Deputados, a maioria das empresas que recolhe 2% do faturamento para a Previdência passará a arcar com 4,5%, enquanto a maior parte daquelas que pagam 1% terão de recolher 2,5%. Atualmente, a indústria de transformação paga uma alíquota de 1% e a da construção, 2%.

Daniel Pedra