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Bela Vista-MS Terça-Feira, 19 de Março de 2024

É justo reconhecer que eu mesmo aproveitei esse espaço para elogiar Felipão por algumas vezes depois de jogos pouco empolgantes do Palmeiras em 2019.

Seja pelo espírito copeiro ou vitórias que vislumbravam evolução, a base alviverde da temporada não é de se jogar fora depois do primeiro grande fracasso. Mas também considero oportuno o momento de criticar a eliminação em casa para o São Paulo de Cuca.

A ideia que trouxe Felipão ao Palmeiras é bem clara e não surpreende ninguém no comando do clube, nem este de significância bem inferior que aqui escreve: independentemente da qualidade do futebol, o Palmeiras estaria, sob comando do treinador da Libertadores de 1999, na disputa por títulos, algo que não parecia que ocorreria com Eduardo Baptista e Roger Machado.

Assim, esteve na Copa do Brasil e na Libertadores do ano passado, quando também caiu na semifinal, e assim conquistou o Campeonato Brasileiro de 2018. Mas o deca tão enaltecido pelo Verdão precisa ficar para o passado.

Em 2019, é correto esperar mais de um time que tem Bruno Henrique, Ricardo Goulart, Gustavo Scarpa, Dudu e Deyverson, do meio para frente. E com Moisés, Zé Rafael, Lucas Lima, Borja e Arthur Cabral no banco de reservas.

 Com exceção ao desempenho defensivo, que merece mais uma vez elogios pelas atuações de Luan e Gustavo Gómez, o Palmeiras não se encontrou ofensivamente na temporada.

Em 180 minutos contra o São Paulo, remendado em sua segunda reformulação de elenco em quatro meses de ano, com auxiliar interino no jogo de ida e estreia de Cuca no jogo de volta, o Verdão teve uma bola na trave no Morumbi e uma jogada individual de Scarpa na arena. Só.

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Desempenho do ataque palmeirense nas semifinais:

  • 11 finalizações no Morumbi
  • 4 chances reais no Morumbi
  • 22 finalizações na arena
  • 5 chances reais na arena
  • nenhum gol marcado nos dois jogos

A tática de jogar por um resultado mais seguro, principalmente fora de casa, não é nenhum problema. É um estilo, que pode não ser o mais agradável aos olhos dos amantes do futebol mais artístico, e que já se provou vitorioso. Mas que também pode custar caro, como custou nos mata-matas de 2018 e agora novamente no clássico da semifinal do Paulistão.

As polêmicas de relacionamento entre Palmeiras e Federação Paulista de Futebol não podem mascarar que atletas importantes na campanha do Brasileirão de 2018 pouco jogaram (em qualidade) na atual temporada. As exceções estão na defesa, de Felipe Melo para trás.

Sim, os lances do VAR foram polêmicos nos jogos contra Novorizontino e contra o São Paulo. Sim, a punição a Moisés e as declarações do presidente do TJD merecem reclamações da diretoria palmeirense. Mas nem de longe definiram o fracasso palmeirense no Paulistão.

O árbitro de vídeo fez Felipão ameaçar o absurdo de tirar a equipe de campo, mas foi elogiado até por jogadores do Verdão no final da partida, em que se pese a demora na definição de alguns lances e critérios adotados em algumas marcações. Lembrando que o VAR é uma das bandeiras levantadas pelo presidente Maurício Galiotte desde o ano passado.

uma pressão inicial do Verdão, o que dava a entender um volume de jogo mais interessante na partida que valia uma vaga na final do campeonato, e pouco poder de decisão.

A receita do sucesso é bem compreendida por Felipão, campeão de tudo em sua longa carreira reconhecida internacionalmente. Não tomar gol é muito importante, mas é preciso fazer gols para vencer. Caso contrário, a decisão de um mata-mata pode terminar nas cobranças de pênaltis. E no domingo deu São Paulo, para azar dos palmeirenses.

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