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Bela Vista-MS Quarta-Feira, 08 de Maio de 2024

MP e comércio debatem fechamento de Avenida Brasil durante o Motorcycle

Os promotores públicos Gisleine Dal Bo e Gabriel da Costa Rodrigues Alves estiveram reunidos na manhã desta terça-feira, na Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã, com vários comerciantes do setor alimentício (donos de bares, lanchonetes, pizzarias e restaurantes) para discutir a ação a ser desenvolvida durante os dias de realização do Motorcycle, evento que reúne milhares de pessoas na cidade.

A preocupação dos promotores é impedir que ocorram transtornos na área central por conta da grande concentração de motociclistas em alguns locais alterando a rotina da cidade gerando transtornos para muitos moradores.

O Ministério Público Estadual propôs a celebração de um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta no qual os comerciantes se responsabilizam em tomar algumas atitudes que possam ajudar as forças policiais a garantirem a tranquilidade dos moradores e o direito de ir e vir da população, uma vez que, durante a realização do evento, vários motociclistas – em vez de se direcionarem para o Parque de Exposições, local que sedia o Motorcycle – se concentram em alguns pontos da área central provocando exageros no consumo de bebidas, muito barulho e manobras perigosas no trânsito colocando em risco a segurança das pessoas.

O principal objetivo é tomar medidas sem que seja necessário o fechamento da Avenida Brasil, como ocorreu no ano passado. Em 2014, por conta do baixo efetivo policial e atendendo uma solicitação do comando do Exército que fica bem perto do local de maior concentração dos motociclistas, o Ministério Público Estadual determinou o fechamento da Avenida Brasil no período noturno durante a realização do evento.

“Este ano as forças policiais possuem maior estrutura e por isso, haverá uma fiscalização mais rigorosa. Porém, entendemos que, se os comerciantes ajudarem não haverá problemas de liberar a avenida nestas duas noites”, explicou a promotora Gisleine Dal Bo.

Segundo ela, o que está sendo proposto para os comerciantes é que todos se comprometam em adotar medidas como o fechamento dos estabelecimentos até a meia noite, que evitem colocar mesas e cadeiras nas calçadas como forma de atrair os consumidores, priorizando a venda de bebidas em lata e não embaladas em vidro e que acionem as autoridades quando presenciarem situações que não condizem com o comportamento adequado em sociedade. “Não queremos prejudicar ninguém. Porém não podemos fechar os olhos para os excessos que ocorrem na área central promovidos por quem deveria estar dentro do local onde se realiza a festa e que tem toda a estrutura de segurança para tal. Mesmo que as polícias contem com mais efetivo, é fundamental a participação de todos, em especial aos comerciantes. Por isso que estamos promovendo esta reunião”, declarou o promotor Gabriel da Costa Rodrigues Alves.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã, Eduardo Gauna, que cedeu o espaço e fez os convites para que as duas partes pudessem debater o assunto, disse que o encontro foi importante na medida em que ninguém impôs o que será feito. “Existe uma preocupação das autoridades em agir com rigor para coibir os excessos na avenida, porém, as medidas estão sendo apresentadas e discutidas com as partes interessadas. E isso é fundamental. Um ponto importante é quanto ao horário de fechamento dos estabelecimentos. Os comerciantes puderam expor sua opinião. Da mesma forma que o Ministério Público tem que agir, os comerciantes também têm o direito de expor seus pontos de vista. Acredito que será possível haver um acordo beneficiando a todos”, declarou.

Ficou definido que uma nova reunião, com a participação de mais comerciantes, a princípio agendada para o dia 13 de outubro, deverá resultar na celebração do Termo de Ajustamento de Conduta.

Reportagem – Nivalcir Almeida