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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

Campo Grande (MS) – A pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, o Juiz de Direito Carlos Alberto Garcete de Almeida aceitou a denúncia em desfavor de Thiago Giovanni Demarco Sena e Willian Enrique Larrea, ambos acusados pela morte de Werner Moreira Silva, ocorrida em fevereiro deste ano em um Lava jato.

Com efeito, os dois acusados viram réus no processo, respondendo por homicídio doloso – com intenção de matar. Sendo assim, o processo será julgado pelo Tribunal do Júri.
Na ação penal em que se pede a denúncia em desfavor de Thiago Giovanni Demarco Sena e Willian Enrique Larrea, o MPMS por meio da 18ª Promotoria de Justiça, entendeu que o crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois de acordo o procedimento investigatório “O denunciado WILLIAN, prevalecendo-se do porte físico franzino da vítima, imobilizou-a e agarrou-a pela frente do corpo, segurando seus braços e tórax, de forma a impossibilitar sua fuga, possibilitando, posteriormente, o denunciado THIAGO, aproveitar dessa paralisação da vítima e, ligar o compressor e introduzir nela a mangueira de ar. Assim, caracterizada a qualificadora em tela, visto que a vítima imobilizada pelos denunciados, não teve qualquer chance de esboçar reação e de se defender, tampouco de fugir da investida que sofreu”.
O Ministério Público alegou ainda que os denunciados agiram com dolo eventual, pois estavam cientes do potencial ofensivo da mangueira, assumindo o risco de matar, e mesmo cientes do perigo concreto que poderiam causar, ambos inseririam a mangueira no corpo da vítima, expondo órgãos vitais à forte pressão de ar.
Após passar por procedimentos cirúrgicos no Hospital Santa Casa, Werner Moreira Silva não resistiu aos ferimentos causados pela compressão de ar e veio a óbito no dia 14 de fevereiro de 2017.