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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
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Nelsinho Trad

“Jamais houve o pagamento indevido ou a maior, a qualquer título, para qualquer empresa, ou qualquer ação dessa natureza na prefeitura durante a nossa gestão”, garantiu o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PTB), após ele e mais 20 pessoas terem R$ 315 milhões bloqueados por decisão da justiça federal.

Apesar dos argumentos do ex-prefeito, laudo da CGU (Controladoria Geral da União) mostra que houve sobrepreço médio de 88% nos serviços de tapa-buracos na Capital à época em que Nelsinho era prefeito.

Ontem, o petebista apresentou documentos para contestar a denúncia feita pelo MPE-MS (Ministério Público do Estado) sobre a existência de irregularidades.

De acordo com o G1, uma das constatações da CGU é o valor pago a mais pelo material usado para tapar os buracos no asfalto da cidade. A análise foi baseada no valor unitário do cimento asfáltico que constava no ‘sistema de custos referenciais de obras”, no mês de março de 2012.

Na época, o preço unitário do material foi contratado pela prefeitura por R$ 204, mas para o sistema de referência, o valor naquele mês era de R$ 114. A análise da CGU conclui que houve um sobrepreço médio de 88% dos valores praticados pelo mercado.

Além disso, de acordo com os promotores, as empresas contratadas para o serviço de tapa-buracos recebiam, mas não executavam as obras ou cobravam por materiais que não eram usados.

O inquérito que apurou essas denúncias foi aberto em outubro de 2015. Foram analisados cerca de 30 contratos entre 2010 e 2012, que somam R$ 372 milhões para execução de obras até janeiro de 2015.

Baseada na denúncia, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 315 milhões dos bens de Nelsinho, ex-secretários, servidores municipais, empresários e de duas empresas contratadas para executar as obras. A medida é para garantir o ressarcimento dos prejuízos aos cofres públicos.

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Na avaliação do ex-prefeito, ele está sendo vítima de um “golpe político” e que essa mesma denúncia já foi analisada e arquivada no passado.

“Esse inquérito que aqui está, que concluiu em meados de 2014, é da mesma natureza e apurou as mesmas situações e que não constatou diante do arquivamento a que ele foi submetido”, ressaltou o ex-prefeito.

Segundo o MP, essa nova investigação foi aberta porque surgiram novas provas, entre elas informações do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) e laudos da CGU que indicam vícios em licitações e na execução e serviços.