Agentes de combate a endemias do Brasil e do Paraguai trabalham em conjunto no combate ao Aedes Aegypit
Ponta Porã e Pedro Juan Caballero continuam realizando trabalho em conjunto para combater o mosquito Aedes Aegypti. Nesta sexta-feira, os agentes de combate a endemias das duas cidades realizaram mais uma ação para orientar a população no combate ao mosquito, que hoje pode transmitir até quatro doenças: dengue, zica vírus, Chicungunya e também febre amarela.
A ação em conjunto da Prefeitura de Ponta Porã, através da Secretaria Municipal de Saúde, e o Senepa, orgão de prevenção e controle de endemias do Paraguai em Pedro Juan Caballero, tem como objetivo conscientizar a população da fronteira no controle da proliferação do mosquito Aedes Aegypti.
Na ação desta sexta-feira, os agentes de combate a endemias de Ponta Porã se uniram aos agentes do Senepa e percorreram várias residências em Pedro Juan Caballero, com equipes mistas de paraguaios e brasileiros.
Na região próxima ao Hospital Regional de Pedro Juan Caballero, os agentes conversaram com os moradores e expuseram o perigo que representa a falta de cuidado com os possíveis criadouros do mosquito. Na semana anterior, os agentes brasileiros e paraguaios realizaram o mesmo trabalho no Bairro Conquista, em Ponta Porã. A ação das autoridades de saúde dos dois países foi bem aceita pelos moradores e os agentes foram bem recebidos em todos locais e residências.
De acordo com Nilva Perin, agente de combate a endemias da Secretaria de Saúde de Ponta Porã, o trabalho em outro país é um pouco diferente por se tratar de outro povo, outra cultura, mas o objetivo é o mesmo, o combate ao mosquito. “É diferente porque estamos em outro país, mas a atuação e a orientação são feitas da mesma forma. Temos que conscientizar a população da fronteira de que a união de forças entre todos, é única forma eficiente de combater os criadouros do mosquito. O Aedes já se tornou uma ameaça muito perigosa e somente com os cuidados das pessoas é que vamos diminuir a proliferação do mosquito”, afirmou. Nilva lembrou ainda que os cuidados básicos são importantes nessa guerra. “Latas, lonas e piscinas velhas são os principais problemas que temos encontrado. Então quem tiver piscina plástica, tem que recolher e guardar em locais que fiquem protegidos das chuvas, as lonas em suas dobras são criadouros que oferecem muito risco. Muita gente não dá importância para isso, mas os cuidados básicos devem ser permanentes”, disse.
A exemplo do que aconteceu em Ponta Porã na semana passada, o trabalho em conjunto entre Brasil e Paraguai foi bastante elogiado pelos moradores de Pedro Juan Caballero. O comerciante Pedro Peralta disse que essa é uma boa iniciativa das autoridades dos dois países. “Se existe uma coisa boa que fizeram, foi essa união de forças. Nós temos que nos unir no combate desse mosquito que está derrubando muita gente. Não podemos deixar que esse mosquito nos derrote. Essa união de brasileiros e paraguaios é muito boa”, declarou.
Outro que achou o trabalhos dos agentes de endemias interessante, foi o também comerciante Emilio Gimenez. “Muito boa essa idéia de juntar os agentes brasileiros e paraguaios. Temos muitos brasileiros morando aqui em Pedro Juan e outros tantos paraguaios morando no Brasil. Acho que é uma sábia decisão trabalhar em conjunto”, afirmou.
FOTO: PRFEITURA DE PONTA PORÃ