(67) 99634-2150 |
Bela Vista-MS Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

2fdd304e4a6f4f6b143ffc5b1cd7229aEm artigo publicado no UOL nesta terça-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu o acordo firmado com os empresários da JBS, comandada por Joesley Batista.

No texto, Janot afirmou estar convicto de que tomou a decisão correta, “motivado apenas pelo desejo de bem cumprir o dever e de servir fielmente ao país”. Ele argumentou que a delação é “muito maior que os áudios questionados” e justificou a concessão de imunidade penal aos delatores.

Na publicação, o procurador-geral relata que foi procurado pelos irmãos Batista em abril deste ano, que entregaram crimes graves em andamento.

“Trouxeram eles indícios consistentes de crimes em andamento – vou repetir: crimes graves em execução –, praticados em tese por um senador da República e por um deputado federal”, escreveu Janot, sem citar os nomes de Aécio Neves (PSDB-MG) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), agora afastados de seus cargos.

“Os colaboradores, no entanto, tinham outros fatos graves a revelar. Corromperam um procurador no Ministério Público Federal. Apresentaram gravações de conversas com o presidente da República, em uma das quais se narravam diversos crimes supostamente destinados a turbar as investigações da Lava Jato”, segue o procurador.

O PGR ressaltou ainda que foram apresentados “documentos e informações concretas sobre contas bancárias e pagamentos de propinas envolvendo quase duas mil figuras políticas”.

Janot escreve que, apesar de os benefícios parecerem “excessivos” agora, a não celebração do acordo seria pior para o país. “Jamais saberíamos dos crimes que continuariam a prejudicar os honrados cidadãos brasileiros, não conheceríamos as andanças do deputado com sua mala de dinheiro, nem as confabulações do destacado senador ou a infiltração criminosa no MPF”, destacou.

Ele encerra o texto afirmando estar “serenamente convicto”de que tomou a decisão correta:

Leia  DOF recebe visita do governador Eduardo Riedel durante agenda em Dourados

“Finalmente, tivesse o acordo sido recusado, os colaboradores, no mundo real, continuariam circulando pelas ruas de Nova York, até que os crimes prescrevessem, sem pagar um tostão a ninguém e sem nada revelar, o que, aliás, era o usual no Brasil até pouco tempo”.