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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

 

Deputada apresenta vídeos e documentos e apela por abertura de CPI

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) apresentou durante a sessão desta manhã (9) vídeos e documentos na tentativa de sensibilizar a presidência da Assembleia Legislativa a referendar a abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o CIMI (Conselho Indigenista Missionário).

O pedido de CPI foi protocolado pela parlamentar no dia 1º deste mês. Pelo regimento interno, o presidente da Casa tem 48 horas para confirmar a abertura dos trabalhos, e os líderes das bancadas têm 24 horas para indicar os nomes, assim que a abertura for publicada em Diário Oficial. Ao todo, são 5 membros titulares e 5 suplentes.

Entretanto, a bancada do PT interpôs requerimento questionando se há fato determinado para abertura da CPI, ou seja, acontecimento relevante para que as investigações sejam instauradas na Casa.

Por esse motivo, Mara Caseiro exibiu vídeos e documentos que respaldam a abertura da CPI. Entre as imagens, está reunião ocorrida no Senado, onde o ex-governador André Puccinelli (PMDB) apresenta um vídeo onde um produtor rural é torturado e morto por indígenas. Ele acusa o CIMI de incitar as invasões e ser um braço fascista da Igreja Católica.

No vídeo, dois índios falam sobre a atuação do CIMI nas aldeias, um deles em entrevista a uma rádio do interior. Esse último diz que o órgão não apóia indígenas que são contrários às invasões e que membros do conselho atuam “fazendo a cabeça” dos indígenas e recrutando crianças e jovens para invadir propriedades privadas.

Outra imagem mostra a presença de dois membros do CIMI durante o processo de invasão de propriedade em Dois Irmãos do Buriti. Um deles é Flávio Machado, coordenador do órgão em Mato Grosso do Sul.

“Com esse vídeo, queremos mostrar que não estamos aqui falando besteira. Eles precisam ser responsabilizados pelas invasões irresponsáveis, onde vidas foram ceifadas. A comunidade indígena está sendo usada. Queremos saber também o que está sendo feito com o dinheiro que vem de órgãos internacionais”, declarou a deputada.

Os deputados Onevan de Matos (PSDB), Paulo Corrêa (PR) e Zé Teixeira (DEM) se revezaram no microfone de apartes para elogiar a coragem da deputada por insistir na abertura da CPI. Para eles, quem não deve, não teme, e se o CIMI está limpo, não deve ter medo da apuração dos fatos.

De acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Júnior Mochi (PMDB), a assessoria jurídica está analisando o pedido de CPI e o requerimento solicitando a não abertura da comissão. A resposta deve sair na semana que vem.

Fernanda França – Assessoria de Imprensa