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Bela Vista-MS Sábado, 11 de Maio de 2024

O ministro Luiz Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou o ex-senador Delcídio do Amaral explicar por que não pagou a parcela de R$ 85 mil referente ao acordo de delação fechado na Lava Jato.

Fachin também negou um pedido de Delcídio para substituir a prestação de serviços à comunidade por multa. Além disso, mandou mudar o local do trabalho.

Ao pedir os esclarecimentos ao ex-senador, o ministro do STF atendeu a um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Conforme a PGR, a multa fixada no acordo foi de R$ 1,5 milhão, a serem pagos entre 2017 e 2025. Cada prestação, pelo acordo, vence no dia 30 de setembro de cada ano.

Segundo Raquel Dodge, o primeiro pagamento foi efetivado com atraso, em 6 de outubro de 2017, e a segunda parcela ainda está em aberto.

Fachin ordenou que a defesa se manifeste em cinco dias. “Intime-se a defesa constituída do colaborador premiado, pela publicação desta decisão no Diário de Justiça Eletrônico, para que se manifeste sobre o alegado inadimplemento da última parcela de suas obrigações pecuniárias, no prazo de até cinco dias”, afirmou o ministro.

Prestação de serviços à comunidade

Dodge também opinou contra um pedido da defesa de Delcídio para substituir a pena de prestação de serviços à comunidade em pagamento de multa.

A defesa argumentou que o acordo de delação estipulou trabalho em entidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, mas que ele vive na zona rural de Corumbá e só vai a Campo Grande a cada 15 dias, o que impossibilitaria o cumprimento da prestação de serviço. Por isso, preferia remunerar a entidade em vez de fazer o trabalho.

Fachin atendeu Dodge e alterou o local do trabalho para Corumbá. Segundo ele, se o acordo previa trabalho em entidade, isso deve ser observado.

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“Tenho que as cláusulas avençadas devem ser mantidas incólumes, prestigiando-se a estabilidade do que foi pactuado e a segurança das relações negociais, sem prejuízo, por certo, na redefinição do local da prestação de serviços à comunidade”, disse o ministro. As informações são do G1.