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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
Chapadão do Sul terá confronto entre PP de Tereza e PSDB de Azambuja; empresário e vereadora despontam

Chapadão do Sul terá confronto entre PP de Tereza e PSDB de Azambuja; empresário e vereadora despontam

O Município de Chapadão do Sul pode ter um confronto entre dois partidos que lideram o número de prefeitos no Estado, PSDB e PP, comandados por Reinaldo Azambuja (PSDB) e Tereza Cristina.

O atual prefeito, João Carlos Krug (PSDB) está no segundo mandato, e não pode disputar uma nova eleição. Krug foi eleito com 90,96% dos votos na última disputa, quando concorreu apenas com o candidato do PT, Antônio Manoel, que terminou com 9,04% dos votos.

Agora, Krug tem o desafio de fazer o sucessor no Município, que tem como possível pré-candidata a vereadora Alline Tontini (PSDB). Ela pode concorrer com a missão de ser a primeira mulher eleita prefeita do Município. Alline é de família tradicional na política do Município: sobrinha do atual prefeito e filha João Tontini, ex-presidente da Câmara de Chapadão do Sul.

O grupo pode ter como concorrente o empresário Walter Schlatter (MDB), que concorreu com João Carlos Krug na primeira disputa, em 2016.  Krug venceu a eleição com 51,79%, contra 46,89% de Schlatter. Hoje, Walter está no PP, da senadora Tereza Cristina, e é nome muito lembrado pela população pelo trabalho social que realiza no Município.

Procurado pela reportagem, Schlatter disse que não sobrevive de política e que no momento está cuidando dos negócios da família. Ele também é presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Sul e afirma que uma eventual candidatura só será anunciada no próximo ano, se contar com o apoio da família.

O empresário descartou composição com o PSDB do atual prefeito. Walter é filho do empresário Alberto Schlatter, que concorreu como vice-governador de Rose Modesto na última eleição em Mato Grosso do Sul.

Já a vereadora Alline Tontini declarou que o partido ainda não se pronunciou sobre candidatura no Município. “Muitos querem ser candidatos, mas o partido não se pronunciou nem a meu favor e nem a favor de outro. Meu nome corre sim na cidade, pela experiência já no segundo mandato de vereadora e pelo fato também de eu ser mulher e de uma família de pai, tio e primo político na cidade”, declarou.

O Município de Chapadão do Sul tem a maior renda per capita do Estado e é o que mais cresceu nos últimos 12 anos, com 55% de ganho populacional. PSDB e PP disputam a liderança de prefeituras no Estado. Com o governo nas mãos no terceiro mandato consecutivo, o partido tem hoje 37 prefeitos e está convidando outros para filiação, podendo chegar perto de 50.

Já o PP  aproveita a força da senadora Tereza Cristina, ligada a Jair Bolsonaro (PL), para conquistar o maior número de prefeituras. Hoje o partido tem 21 prefeitos em Mato Grosso do Sul, atrás apenas do PSDB.

Juntos, Governos federal e estadual iniciam construção de solução para questão fundiária indígena em MS

Juntos, Governos federal e estadual iniciam construção de solução para questão fundiária indígena em MS

Liderados pela ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e pelo governador Eduardo Riedel, Governos federal e estadual deram início neste sábado (18) a um diálogo para solucionar problemas dos povos originários e avançaram na construção de uma alternativa para evitar conflitos fundiários. A solução que está sendo construída passa pela aquisição de terras tituladas. O Ministério do Planejamento e Orçamento, comandado por Simone Tebet, já sinalizou a intenção de destinar recursos financeiros para este fim.

Sônia Guajajara veio a Mato Grosso do Sul ver a situação da população indígena em Rio Brilhante (a 150 km de Campo Grande), palco de ocupação há menos de um mês, e seguiu para uma reunião de trabalho, em Campo Grande, com o governador Eduardo Riedel e secretários de Estado, ministros, deputados federais e estadual, lideranças indígenas e o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Marcelo Bertoni.

Reunião foi marcada pela convergência de ideias

Eduardo Riedel destacou a boa vontade da ministra e do Governo Federal na construção de uma solução. “Mato Grosso do Sul vai perseguir esse caminho que passa pela aquisição de algumas áreas específicas. É um caminho que não é de hoje, é uma construção de muitos anos e que a ministra traz aqui como uma possibilidade que tenha realmente a conclusão dos conflitos”, disse.

Sônia Guajajara assumiu o compromisso de trabalhar em conjunto para solucionar a insegurança jurídica em torno da propriedade das terras. “Estamos dispostos a retomar espaço de diálogo para que a gente possa avançar na demarcação de terras indígenas no Brasil e em Mato Grosso do Sul e, para isso, é importante estabelecer esse diálogo com o Governo do Estado, com a instância representativa dos produtores para que a gente possa encontrar uma alternativa comum. O Governo Federal traz esse compromisso de firmar esse pacto aqui no Estado de tirar essa situação de insegurança jurídica, essa situação de vulnerabilidade em que se encontram os povos indígenas hoje. Tivemos essa tarde de conversa muito produtiva”, disse.

Conflitos

Riedel afirmou também que o Governo do Estado não vai tolerar confrontos por terras em Mato Grosso do Sul. “A polícia vai agir para não ter conflito. Não vamos permitir confronto em território sul-mato-grossense. Não podemos permitir esse tipo de situação aqui no Estado”.

Representando a ministra Simone Tebet, o assessor especial do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) João Vilaverde declarou ser um dia histórico de entendimento. “Hoje está sendo um dia histórico porque vejo uma sinergia de todos os lados. E isso só é possível porque é esse o Governo Federal que temos hoje e porque é esse o Governo do Estado que temos. Se não fossem esses governantes (Lula e Riedel), não teríamos esse diálogo e não poderíamos encontrar esse caminho”, destacou.

Participaram da reunião no Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) ainda os secretários Pedro Arlei Caravina (Governo e Gestão Estratégica), Eduardo Rocha (Casa Civil), Patrícia Cozolino (Assistência Social e Direitos Humanos), Antonio Carlos Videira (Segurança Pública) e Jaime Verruck (Semagro), a secretária-adjunta da Setescc, Viviane Luiza da Silva, os deputados federais Vander Loubet, Geraldo Resende e Camila Jara, o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, além de diversos representantes da comitiva interministerial do Governo Federal, entre outras lideranças.

Paulo Fernandes, Comunicação do Governo de MS

Fotos: Saul Schramm

Deputado Amarildo Cruz, do PT, morre aos 60 anos

Deputado Amarildo Cruz, do PT, morre aos 60 anos

Morreu na tarde desta sexta-feira (17) o deputado estadual Amarildo Cruz (PT) aos 60 anos. Ele foi internado na tarde da última terça-feira (14) no Hospital Proncor em Campo Grande diagnosticado com quadro viral que evoluiu para miocardia.

Após significativa piora no estado de saúde com paralisação dos rins na madrugada de quinta-feira (16), ele passou o dia sendo submetido a procedimentos, mas não resistiu.

A família deixou o Hospital Proncor esperançosa no fim da tarde de ontem, mas no início da tarde de hoje, o irmão do deputado, Lincoln Cruz, informou o falecimento em grupo de WhatsApp. “É com uma dor imensurável que está dilacerando o meu coração que comunico o falecimento do meu querido irmão Amarildo Cruz”.

Segundo Lincoln, o deputado teve uma terceira parada cardíaca no início desta tarde. “Após estar lutando bravamente pela vida nos últimos três, quatro dias. Agradeço a todos que o amam, pelas orações e peço a Deus Pai Todo Poderoso, que o acolha em seu reino e conforte os nossos corações”.

O médico da família Pedro Smaniotto também confirmou o óbito, por volta das 12h40. “Infelizmente”, disse ao Campo Grande News, acrescentando que a esposa, Simone Lucena, estava ao lado do marido na hora da partida. Por volta das 13h15, familiares deixaram o Hospital Proncor ao prantos.

A internação – Na manhã de terça, o petista participou normalmente das atividades no parlamento, tanto que concedeu entrevistas e conversou com colegas. Mais tarde, no entanto, foi hospitalizado às pressas. Com quadro agravado, foi entubado na quarta-feira (15) e precisou passar por diálise devido à paralisação dos rins. Os familiares emitiram nota pedindo orações.

Com suspensão da sessão na Assembleia Legislativa a pedido do deputado Pedro Kemp (PT), informações sobre o possível óbito começaram a se espalhar pelas redes sociais e aplicativos e aplicativos de mensagens.

Na Câmara Municipal de Campo Grande, os vereadores chegaram a fazer um minuto de silêncio pela suposta morte do deputado, fato negado minutos depois pela assessoria que ressaltou, naquele momento, que o estado de saúde permanecia gravíssimo e irreversível, chegando a ter parada cardiorrespiratória.

História – Eleito com 17.249 votos em 2022, ele integrava a bancada do PT, na Casa de Leis. Estava no seu quarto mandato e há quase quatro décadas atuando ativamente dentro do partido. Na última Legislatura, o petista era o primeiro suplente da legenda e assumiu o mandato tampão na cadeira de Cabo Almi, vítima da covid-19, em 2021. Agora, deve ser substituído por Gleice Jane Barbosa.

Defensor das causas sociais, sempre trabalhou pelo fortalecimento  dos servidores e do serviço público. Foi um dos fundadores do Sindicato dos Agentes Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul, atual Sindifiscal/MS, onde foi secretário geral e presidente. Buscou a união da categoria, conseguiu avanços significativos e contribuiu em momentos importantes da história do sindicato.

Natural de Presidente Epitácio (SP), próximo de  Bataguassu, ele se mudou para o Estado com 18 anos, em 1981, quando foi aprovado em concurso público de Fiscal Tributário Estadual em Mato Grosso do Sul. Formou-se em Direito, cursou Ciências Contábeis, pós-graduou-se em Gestão Pública e especializou-se em Ciência do Direito.

Amarildo deixa esposa, 3 filhos e uma história de luta dentro do partido. Ainda não há informações sobre velório e enterro.

Fonte: Campo Grande News

Vander assume vice-presidência da Frente Brasil-China e vai com Lula ao “dragão asiático”

Vander assume vice-presidência da Frente Brasil-China e vai com Lula ao “dragão asiático”

Na quarta-feira (15), foi instalada em Brasília a Frente Parlamentar Brasil-China do Congresso Nacional. A atividade foi realizada em conjunto com o lançamento da Frente do BRICS, agrupamento econômico atualmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A programação movimentou missões diplomáticas estrangeiras e recebeu autoridades de todo o Brasil.Na oportunidade, o órgão suprapartidário deu posse à sua Diretoria na 57ª legislatura do Parlamento Federal: como presidente, o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP); como vice-presidentes os deputados federais Gutemberg Reis (MDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PSD-MG), Vander Loubet (PT-MS), Cláudio Cajado (PP-BA) e Carlos Zarattini (PT-SP) e o senador Chico Rodrigues (PSB-RR); como secretário-geral, o deputado federal Acácio Favacho (MDB-AP).

Comitiva

Vander assume vice-presidência da Frente Brasil-China e vai com Lula ao “dragão asiático”

Também nesta quarta, Vander recebeu oficialmente o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acompanhar, junto com os demais dirigentes da Frente, a comitiva que vai à China no final deste mês.

“Aceitei prontamente o convite, afinal, a China é o principal destino das exportações do nosso estado e o fortalecimento das relações diplomáticas e comerciais com os chineses é do nosso total interesse”, destacou o deputado, único parlamentar da Região Centro-Oeste na viagem.

Para Vander, há diversos pontos que podem ser colocados na mesa de diálogo com os chineses para beneficiar Mato Grosso do Sul.

“Tem um conjunto de áreas que queremos abordar. Desde a posse do presidente Lula, tenho feito agendas junto às autoridades chinesas para resolvermos uma demanda reprimida que ficou por causa do comportamento do governo anterior com a China, que não era amigável. Temos uma lista grande de plantas frigoríficas no Brasil que aguardam sinal verde dos chineses para exportar para lá”, explica.

Segundo ele, um esforço inicial já garantiu que dezenas de empresas fossem habilitadas, inclusive um frigorífico de frangos do estado. “Mas tem mais empresas aguardando esse aval”, completa o parlamentar.

Vander também reforça que está buscando espaço para empresas de pequeno e médio porte no mercado de exportações e que há mais oportunidades de negócios com os chineses. “Hoje, cerca de 70% do mercado de exportação de carne está concentrado em apenas três grandes grupos. Precisamos mudar essa realidade. Fora isso, queremos buscar os investimentos chineses em outras áreas estratégicas, como infraestrutura rodoviária (incluindo a Rota Bioceânica), ferrovias, produção de fertilizantes, entre outros”, conclui.

Bioparque Pantanal entra na lista anual dos melhores lugares do mundo da TIME

Bioparque Pantanal entra na lista anual dos melhores lugares do mundo da TIME

revista TIME, uma das mais conhecidas no planeta, revelou nesta quinta-feira (16) a terceira lista anual dos melhores lugares do mundo em 2023, que destaca 50 destinos de viagem extraordinários ao redor do mundo. O Bioparque Pantanal, localizado em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, está entre os locais anunciados.

A escolha foi comemorada pelo governador Eduardo Riedel. “O Bioparque Pantanal, complexo único e que abriga o maior circuito de aquários de água doce do mundo, insere Mato Grosso do Sul Brasil em um contexto de destaque Brasil e no mundo. Esse reconhecimento internacional é uma conquista para toda sociedade sul-mato-grossense, e importantíssimo por inserir o Estado, definitivamente, no cenário mundial de ecoturismo, no turismo de eventos, de pesquisas, cultural e também arquitetônico, pois representa e simboliza um dos biomas mais importantes do país, que é o Pantanal, que merece ser preservado e celebrado”, afirmou o governador.

Para compilar esta lista, a TIME solicitou nomes de lugares, incluindo países, regiões e cidades de sua rede de correspondentes internacionais, de olho naqueles que oferecem experiências novas e excitantes. O Bioparque Pantanal, considerado o maior aquário de água doce do mundo foi selecionado como um empreendimento novo e emocionante. A versão atualizada do guia anual de viagens, com curadoria de curadores e indicações de especialistas de todo o mundo reconheceu os 50 destinos que oferecem ao visitante uma experiência extraordinária diferente de qualquer outra.

A diretora do empreendimento, Maria Fernanda Balestieri, recebeu a notícia com muita alegria e celebrou o resultado positivo de um trabalho que, de forma integralizada e por meio de um equipamento orgânico, buscou proporcionar experiência e conhecimento para todos, além de difundir a biodiversidade e a cultura sul-mato-grossense para todas as partes do mundo.

“Fiquei emocionada com a notícia e a recebi com um presente de aniversário, fruto do trabalho desenvolvido neste primeiro ano de funcionamento do Bioparque Pantanal, que será celebrado no dia 28 deste mês”, disse.

Confira o comunicado da Time sobre a escolha do Bioparque Pantanal (original e tradução): 

“Assunto: TIME Os melhores lugares do mundo 2023

Oi,

Tenho o prazer de informar que o Bioparque Pantanal foi selecionado como um dos melhores lugares do mundo em 2023 pela TIME no Pantanal, Brasil. Esta versão atualizada do nosso guia anual de viagens – com curadoria de editores e indicações de especialistas de todo o mundo – reconhecerá estabelecimentos em 50 destinos (incluindo países, cidades, vilas e parques nacionais) que oferecem aos visitantes uma experiência extraordinária diferente de qualquer outra.

O guia completo de 2023 será revelado on-line e impresso em 16 de março, portanto, mantenha as notícias confidenciais até que sejam publicadas.

Se você quiser saber mais sobre o licenciamento adicional do conteúdo da TIME (incluindo o logotipo da TIME, o selo dos Melhores Lugares do Mundo 2023 da TIME, a capa da edição e todo o texto associado) para fins corporativos e comerciais, incluindo seu site, plataformas sociais e publicidade, envie sua solicitação ao PARS International seguindo este link: https://www.parsintl.com/publications/time/time-rankings/.

Um representante de nossa equipe de comunicação entrará em contato próximo à data de publicação com mais detalhes sobre o lançamento, incluindo linguagem de exemplo para comunicados à imprensa e postagens em mídias sociais.

Enquanto isso, parabéns e sinta-se à vontade para entrar em contato com qualquer dúvida.

Melhor,

Equipe dos melhores lugares do mundo da TIME”

A matéria da TIME sobre os melhores lugares do mundo está em www.time.com/worldsgreatestplaces.

Rosana Lemes, Bioparque

Nomeação de coordenador do DSEI-MS gera revolta entre lideranças indígenas

Nomeação de coordenador do DSEI-MS gera revolta entre lideranças indígenas

Conforme indígenas do Estado, órgão não deve ser gerido por um não indígena

Após reunião entre deputado federal Vander Loubet (PT-MS) com a ministra Sônia Guajajara (Ministério dos Povos Indígenas), lideranças indígenas de Mato Grosso do Sul têm acionado o Conselho Terena por conta de suposta nomeação de um não indígena para a coordenação do DSEI-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul).

De acordo com as lideranças, o que foi discutido nessa agenda foi a nomeação de um não indígena, ligado ao Partido dos Trabalhadores, para assumir a coordenação do DSEI. Essa especulação tem causado revolta na população indígena do Estado, que querem que alguém de seu povo assuma o órgão.

“Após agenda entre o deputado Vander e a ministra Sônia Guajajara começamos a receber ligações e mensagens de diversos indígenas do Estado, que não estão satisfeitos com a especulação de um homem branco não indígena assumir o DSEI. Estamos esperando essa nomeação desde o fim de janeiro, quando o antigo coordenador (Luiz Antônio de Vieira Júnior), foi exonerado”, afirma o assessor político do Conselho Terena, Arildo Terena.

O DSEI-MS é o maior Distrito Sanitário Especial Indígena do Brasil. O órgão é responsável pela execução das políticas voltadas à saúde indígena de Mato Grosso do Sul, além de exercer o atendimento básico aos cerca de 85 mil indígenas que vivem no Estado.

As lideranças indígenas exigem que a gestão do órgão vá para a mão deles, já que eles sabem melhor de suas demandas e necessidades. “O indígena é quem tem o conhecimento real da necessidade da base de sua comunidade, ele está in loco para saber o que se passa. O Conselho Terena sempre lutou pelo protagonismo indígena nos espaços de poder, nada mais justo que uma liderança indígena assumir a coordenação da DSEI”, ressalta Arildo.

Uma das lideranças que enviou mensagem ao Conselho Terena e pediu para não ser identificada, disse que está mais que na hora que os próprios indígenas estarem nos espaços de decisão política. “Não adianta termos uma ministra que é indígena e aqui em Mato Grosso do Sul, no órgão mais importante da saúde indígena do Estado, ter uma pessoa que não conhece nossa realidade. É uma coisa que não pode acontecer. Espero que o povo indígena repense no que nós queremos antes que essa decisão seja tomada”.

Outros indígenas também afirmaram ser contrários à indicação de um não branco ao órgão. “Pelo que estou sabendo, estão cogitando a nomeação de um homem branco para o DSEI. Pode contar comigo, também estou nessa luta com o Conselho Terena para que isso não aconteça”, reiterou outra liderança que contatou o Conselho e também pediu para não ser identificada.

“Há mais de 500 anos lutamos para sermos os protagonistas da nossa própria história e já passou da hora de nós ocuparmos nossa posição e dizermos que somos capazes de fazer uma gestão na Funai, que somos capazes de fazer uma gestão na Sesai, tanto a nível nacional quanto a nível estadual”, finaliza Arildo.

Confira a nota do Conselho Terena na íntegra:

NOTA À POPULAÇÃO INDÍGENA E A IMPRENSA SUL-MATO-GROSSENSE

O Conselho do Povo Terena tem sido procurado desde a tarde de ontem, após postagem do Deputado Federal @vanderloubet em visita ao @minpovosindigenas. As nossas lideranças indígenas do estado têm mostrado preocupação na demora na nomeação do novo coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Mato Grosso do Sul, e alegam que seria o Deputado Vander o principal articulador contra as indicações e decisões das comunidades indígenas. Ressaltamos o nosso compromisso com o protagonismo indígena. Esperamos que nesses tão sonhados e reivindicados tempos de reconstrução do Brasil, os povos indígenas sejam de fato respeitados, seja em Brasília ou no Mato Grosso do Sul.

Ao fim, acrescentamos: 1- não aceitaremos interferências externas às decisões da comunidade indígena e, 2- não aceitaremos não indígenas roubando nosso protagonismo e representatividade.

Conselho do Povo Terena, 15 de março de 2023.