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Bela Vista-MS Sábado, 27 de Abril de 2024
Como criar jovens valorosos: Por Wilson Aquino*

Como criar jovens valorosos: Por Wilson Aquino*

Wilson Aquino

Numa sociedade em que a corrupção se revela enraizada como um câncer incurável há décadas, envolvendo os Três Poderes da Nação (Legislativo, Executivo e até o Judiciário); onde o desemprego supera 13 milhões de habitantes; numa economia que obriga pai e mãe partirem para o mercado de trabalho para o sustento da família, como educar e formar jovens valorosos para assumirem o País amanhã?

Não é fácil. Entretanto, apesar de todos os obstáculos existentes e que surgirão sempre no lar, é possível sim educar e criar filhos vitoriosos.

São tempos difíceis. E mesmo se vivêssemos numa economia estabilizada e com o fim dos roubos de bilhões e bilhões de reais, dinheiro público desviados diariamente nos municípios, estados e União e que esses recursos fossem destinados para as áreas prioritárias para a população, como educação de qualidade (fundamental, básico e superior), saúde (digna) e infraestrutura, as famílias teriam que enfrentar grandes desafios para conseguir êxito no seu principal papel: criar e formar bons cidadãos e cidadãs.

Os avanços tecnológicos são reconhecidamente fundamentais para a sociedade, especialmente no que se refere à comunicação, à facilidade do acesso à informação, ao conhecimento. Entretanto, trouxeram também o lado ruim que são os ensinamentos que vão na contramão da ética e dos bons princípios. Em outras palavras, enquanto os pais procuram ensinar qualidades como bondade, caridade e honestidade, a televisão, o celular e as más companhias pregam que o caminho torto é direito.

A força que a família necessita e precisa para permanecer firme está em Deus, a maior de todas as fontes de poder. Ele, pacientemente, nos ensina, por inúmeras passagens nas Escrituras Sagradas sobre como devemos fazer em absolutamente tudo na vida (pessoal, profissional, conjugal…). Em Provérbios (22:6) Ele nos orienta: “Educa a criança no caminho que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”.

Toda família precisa de Deus para se fortalecer e se proteger da enxurrada de coisas ruins que vivem à espreita da vida de cada um. “O caminho que deve andar”, ao qual o Senhor se refere, está alicerçado espiritualmente Nele, o Único que pode nos salvar, nos consolar e nos proporcionar a verdadeira e duradoura felicidade.

No livro “Para vigor da juventude”, de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, algumas importantes advertências e conselhos, que servem de reflexão para todos nós, especialmente aos jovens: “Embora tenha a liberdade de escolher seu curso de ação, você não tem a liberdade de escolher as consequências. Seja para o bem ou para o mal, as consequências são o resultado natural das escolhas que você faz. Certas condutas pecaminosas podem proporcionar prazeres mundanos temporários, mas essas escolhas atrasam seu progresso e conduzem à tristeza e ao sofrimento”.

E mais: “As escolhas corretas conduzem à felicidade duradoura e à vida eterna. Lembre-se de que a verdadeira liberdade advém do uso do arbítrio para escolher a obediência (aos Mandamentos de Deus). A perda da liberdade advém da escolha da desobediência”.

Aos jovens ainda: Ao procurar fazer amizade com os outros, não rebaixe seus padrões. Se seus amigos instigarem você a fazer coisas erradas, seja um(a) daqueles(las) que defendem o certo, mesmo que tenha de ficar só.

Seja honesto(a) com você, com os outros e com Deus, o tempo todo. Ser honesto(a) significa decidir não mentir, não roubar, não enganar ou não trapacear de modo algum. Se você for honesto(a), desenvolverá uma força de caráter que lhe permitirá prestar grande serviço da Deus e às pessoas.

Felizmente as famílias, seus membros, especialmente os jovens, têm o conhecimento, de alguma forma, de que somente por intermédio do Senhor conseguem obter o verdadeiro e grande objetivo da vida: Viver com honestidade, dignidade  e alegria, para serem salvas.

*Jornalista e Professor

wilsonaquino2012@gmail.com

Distante, mas não ausente: Por Luís Cláudio Dallier Saldanha

Distante, mas não ausente: Por Luís Cláudio Dallier Saldanha

Luís Cláudio Dallier Saldanha

Distante, mas não ausente. Presente, mas distante. Isso já fez sentido para você em alguma situação?

É desconfortável perceber que a pessoa à nossa frente está com o pensamento e o interesse muito distantes. Por outro lado, nos sentimos tocados quando o tom da voz de quem fala conosco ao telefone ou a expressão corporal daquele que interage conosco numa videoconferência demonstra atenção e envolvimento. Heidegger, importante filósofo alemão do século XX, nos lembra que “um grande afastamento ainda não é distância”.

É possível estar presente numa reunião que acontece na forma de teleconferência, com participantes em diferentes lugares, assim como se pode estar ausente numa roda de conversa, ouvindo, mas não escutando de forma interessada o que o outro fala.

As tecnologias digitais redimensionaram a distância, a presença e a ausência. Isto é verdade inclusive na educação, dentro e fora da sala de aula.

É bom adiantar que não há educação sem algum tipo de presencialidade. A rigor, ninguém aprende sozinho, numa absoluta ausência do outro. Diante de um livro ou de um conteúdo na Internet, o estudante se encontra na presença do outro, ainda que esta presença esteja virtualizada no texto impresso ou numa mídia digital.

Quem aprende ou faz a mediação do aprendizado precisa estar presente de alguma forma. Sem a presença dos sujeitos do processo ensino-aprendizado, não há formação de fato.

Mas é preciso estar atento ao tipo e à qualidade da presença dos que participam das experiências de aprendizado on-line ou virtual.

O quanto as mídias digitais promovem a abertura ao outro? De que modo professores e alunos se apropriam da tecnologia na construção colaborativa do conhecimento? Como a dispersão ou o não engajamento do aluno nos ambientes virtuais de aprendizagem são desafiados pelas metodologias ativas e por recursos que facilitam a interatividade?

Possíveis respostas a essas questões podem oferecer pistas para qualificar a presença no processo educacional em meios digitais.

Por fim, cabe advertir que a presença da tecnologia digital na educação, por si mesma, não garante presença com qualidade. Estaremos no reino da ausência toda vez que reduzirmos a educação à mera instrução programada ou tratarmos o aprendizado apenas como consumo de informação e comportamento de um mero usuário numa plataforma digital.

               

Luís Cláudio Dallier Saldanha é Doutor em Educação, Diretor de Serviços Pedagógicos e Diretor de Ensino do Grupo Estácio.

Leia Coluna Amplavisão: Fim de carreira dos políticos parasitas

Leia Coluna Amplavisão: Fim de carreira dos políticos parasitas

Manoel Afonso

DISCURSOS Nem sempre eles representam na íntegra o projeto político de um candidato. Mesmo assim vale a pena – às vezes – analisá-los nas suas entrelinhas para aferir seus reais propósitos e também suas incoerências ao compará-los com sua postura dentro do cenário político-eleitoral. E convenhamos; há bom tempo não temos tido o prazer de absorver ensinamentos do conteúdo da classe política. Basicamente nivelados na maioria abaixo da razoabilidade, não trazendo luzes que efetivamente possam contribuir com o debate e a gestão política brasileira.

OS PARASITAS ainda vão sobrevivendo por aí no desfrute da sombra do legado de seus líderes. Contra o implacável relógio do tempo, citam suas frases, trajetória e tentam trazer para nossos dias as antigas agendas, como se não vivêssemos em outro contexto social. Nas siglas vinculadas ao trabalhismo, por exemplo, é visível a preocupação de se estabelecer identidade com as propostas e Governo de Getúlio Vargas na distante década de 50. É como se o mundo e o Brasil não tivessem mudado economicamente e socialmente. Falta-lhes liderança, discurso e propostas compatíveis com a realidade. Daí essa vocação de se agarrar aos ‘velhos troncos’ já naturalmente corroídos.

MUDANÇAS Os conceitos de gestão pública mudaram muito. O que era essencial ontem às vezes passou a ser opcional hoje. A prioridade de construir estradas – do então presidente da República Washington Luiz (1926-1930) era compatível com aquela época de grandes dificuldades de locomoção e transporte. A construção da rodovia Rio-São Paulo justificou seu lema “Governar é construir estradas”. Hoje, mais urgente que as estradas é a expansão da rede de internet num mundo refém da tecnologia. Enfim, as prioridades deixaram de ser estáticas, flutuam de acordo com o momento de seu povo.

LUZ PRÓPRIA Parece faltar à maioria dos políticos, por formação ou incapacidade nata. Mas aqueles que têm bom senso vão captando ensinamentos para depois adequá-los a realidade e perfil. Uma postura inteligente sempre aberta a críticas e observações que possam acrescentar algo de positivo. O governador paulista João Dória Jr (PSDB), embora nascido bem berço político, só estreou e vencendo na política aos 59 anos de idade como candidato a prefeito de São Paulo em 2016. Isso também tem ocorrido com profissionais liberais e empresários bem sucedidos que acabaram ingressando na vida pública partidária por prazer ou vontade de servir.

COMPARANDO Estrearam nos países do 1º Mundo e agora já são vistas em lojas de supermercados de Campo Grande. São as ‘caixas inteligentes’ que dispensam a mão de obra da tradicional ‘caixa’. E não adianta os sindicalistas chiarem: vieram para ficar! É consequência desta legislação trabalhista (CLT) que só ferra quem gera emprego, ao contrário dos Estados Unidos onde a “Lei dos Poderes Justos do Trabalho” trata com igualdade de direitos e deveres empregados e patrões. Não é por outra razão de que os brasileiros fazem de tudo para conseguirem trabalhar na ‘Terra de Tio Sam’. Certo?

MEIA VOLTA! Ao colunista o deputado Pedro Kemp (PT) admitiu que vem fazendo profunda reflexão sobre o cenário político – seus personagens – e inclusive sua inserção nele. Para o parlamentar é preciso abandonar a pratica dos discursos vazios apenas para marcar posição ideológica partidária que nem sempre resolvem. Kemp confessa estar mais amadurecido e está se policiando em determinadas situações e assuntos. Ao final manifestou sua preocupação com o professorado, onde aliás está sua base eleitoral.

DISTORÇÕES Em se tratando de questão salarial elas resistem por leis. Um leitor de Dourados (MS) envia-nos números sobre a prefeitura municipal. O salário mensal líquido da prefeita Délia Razuk seria de R$10.411,98. Já o ganho líquido mensal do Procurador (Execução Fiscal) seria de R$21.706,71 após o desconto de R$ 10.074,38. O Procurador Especial, funcionário desde 1989, ganharia R$41.452,56 e descontando R$12.678,94 – ficaria com R$28.773,62. O Guarda inspetor de 2ª. classe receberia líquido R$13.053,39, enquanto o engenheiro (desde 2001) ganharia líquido R$ 10.119,13.

LONGE de discutir o mérito dos números, é preciso reconhecer que os vencimentos estão amparados em lei e que existem vários aspectos que devam ser levados em conta. Mas o que interessa aos olhos críticos da opinião pública é que no país – de um modo geral – leis e mecanismos beneficiam determinados nichos da função pública. Ainda há pouco a mídia repercutiu os ganhos dos motoristas e ascensoristas do Congresso Nacional. Alguém ironizou: eles não ganham tanto – são os brasileiros comuns que ganham muito pouco. E segue a ‘galopeira’.

É VERDADE A opinião pública pode não entender de direito, mas tem noção ou parâmetros de justiça. O mesmo raciocínio se aplica ao crime cometido pelo policial rodoviário federal Ricardo Hyun Moon contra Adriano Corrêa Nascimento e mais duas outras vítimas em 31/12/2019 na capital. Não há que se confundir a instituição da Polícia Rodoviária Federal (que saiu desgastada) com seu integrante que não estava de serviço na ocasião. A opinião pública também condenou a iniciativa de se colocar ‘out-doors’ nas ruas de Campo Grande para influenciar no julgamento à favor do réu.

E MAIS…. O apoio de forma ostensiva dos colegas dele no julgamento foi visto como tática de pressão que intimidou e amedrontou quem foi ao fórum.Mas as notícias e fotos publicadas na mídia, depoimentos de testemunhas oculares e outras provas ao longo do processo deram subsídios para o cidadão comum entender o que realmente aconteceu. Mas para se absolver o réu o caminho usual é denegrir a imagem da vítima. Frieza e maldade de um campeão de tiro em pleno clima de final de ano. Pena que continua valendo o velho ditado: “No Brasil só ficam presos puta, preto e pobre”.

ABNEGAÇÃO Temos só 2 hospitais psiquiátricos no MS. O Hospital Nosso Lar – na capital e o Instituto Adelina Thiago Dias – em Paranaíba – que atende 35 pacientes internos e tem 50 funcionários. Segundo o gerente de planejamento Wagner Alves de Oliveira, o nosocômio vive em dificuldades. As verbas públicas (SUSSaúde Municipal) cobrem apenas metade dos gastos e o restante vem da ajuda de segmentos diferentes da sociedade. Wagner fez dois registros: da verba recente da Secretaria Estadual de Saúde e da ajuda que vem recebendo do deputado Coronel David (PSL). Ao final apelou para que os demais deputados incluam a entidade como beneficiárias de suas emendas.

DOIS ESTILOS diferentes: deputado capitão Contar (PSL) e deputado Jamilson Name (PDT). O primeiro apostou no estilo próprio através das redes sociais e de moto para visitar as 78 cidades onde foi votado. Figueirão foi onde obteve menos votos: 28. Diz que sua maior alegria é ser cumprimentado nas ruas por pessoas que confessam não ter votado nele. Quanto a Jamilson cresceu no ambiente político onde sua mãe Tereza Name é a referência, sempre atendendo carentes. Está investindo em proposições para melhorar a infra-estrutura como pontes, prédios e estradas. Confessa: na pratica os poderes do deputado são menores da imagem de quem olha de fora.

ALELUIA… Aquela luta por taxas e emolumentos cartoriais menores, iniciada em 2017 pela Federação da Indústrias de Mato Grosso Sul e que era tida como indigesta, segue em frente. O desembargador Sergio Martins Sobrinho, Corregedor do TJMS, mostrou boa vontade ao receber a sugestão/proposta das mãos dos representantes da própria Fiems, Famasul, Fecomércio, Creci, Secovi e Sindimóveis. Logo após o evento falei com Sergio Longes (Fiems) e Maurício Saito (Famasul) e eles estavam otimistas.

CREDIBILIDADE Os números de pesquisa recente divulgada pelo site Antagonista retratam com fidelidade aquilo que o brasileiro pensa do político – de um modo geral. Para 29% dos entrevistados todos os políticos são corruptos; para 50% dos pesquisados mais da metade dos políticos são corruptos; para 15% dos que opinaram metade dos políticos são corruptos; para apenas 6% menos da metade são corruptos. O incrível ou inacreditável: para 1% dos entrevistados nenhum político é corrupto.

A LUTA Os adversários do Governo precisam parar de torcer contra – ou seja – para que o cenário piore e assim eles possam levar vantagem eleitoral. O quadro de hoje é bem diferente daquele quando Marcelo Miranda era o governador e conviveu com as greves plantadas pelo PT. Não há clima para que isso se repita! O governo está fazendo a lição de casa para pagar em dia os funcionários e fornecedores. Radicalizar em tempos de recessão é bobagem pura.

‘TRIUNFO DA FOFOCA’ “…vivemos nos tempos de fake news, dos tititis nas redes sociais, das notinhas cifradas…( )….Bastam alguns segundos de distração e lá estamos nós postando bobagens, mandando mensagens pelo zap zap para pessoas erradas, mostrando nossas intimidades e nossos segredos, revelando nossas raivas, hipocrisias e intolerâncias. A mente é incerta e o dedo é bobo. Um dia, sem querer, replicamos mensagens sem saber do que se trata….( ) …..Assim, às vezes somos printados com toda a inocência e nos tornamos vítimas dos inescrupulosos profissionais da fofoca.” ( Dante Filho)

JUÍZO é bom em qualquer situação. Basta olhar ao lado para se perceber que o Brasil passa por uma situação inusitada, onde o otimismo vai se tornando raridade. Quais segmentos de atividade econômica estão rentáveis, com exceção do sistema financeiro? Empresas tradicionais em dificuldades, demitindo, postos de combustíveis fechando e outros empresários enxugando custos como nunca antes visto. Os poderes públicos precisam e devem levar em consideração todo esse esforço da iniciativa privada. Afinal, é dela que saem os impostos que sustentam a gulosa e insaciável máquina estatal.

OTIMISMO Duas boas notícias para nosso Estado. A primeira vem do Palácio do Planalto através do Ministério do Meio Ambiente que anunciou projetos para recuperar as principais bacias hidrográficas, inclusive a Bacia do Rio Taquari – desde a Divisa com Goiás até Corumbá. A segunda se deve a decisão do STF que implica na permissão da venda da fabrica de fertilizantes em Três Lagoas para um poderoso grupo empresarial da Rússia. A consequência é notória com o aumento de empregos e renda.

“A verdade é que ninguém chega impunemente a presidente da república”. ( Stanislau Ponte Preta)

Colhes o que plantas: Por Wilson Aquino*

Colhes o que plantas: Por Wilson Aquino*

Wilson Aquino*

Soberba, orgulho, arrogância e prepotência, entesourados no peito do homem, os impede de exercer sabedoria a capacidade de medir, para evitar consequências negativas, seus atos e ações empregados no dia a dia. Prefere consumir e fazer absolutamente tudo aquilo que gosta ou por que os outros fazem, mesmo sabendo que são atitudes nocivas à sua saúde física, moral e/ou espiritual.

A natureza está cheia de exemplos que poderiam nos servir perfeitamente para demostrar o que é bom e o que é ruim e de coisas óbvias como o de que um pé de manga, que sempre dará manga e nenhuma outra fruta. Assim como pés de abacaxi, apenas abacaxi e de pimenta, pimenta.

Já o homem acha que consigo será diferente, que mesmo plantando ódio, discórdia, intriga, rancor, confusão… colherá bons frutos em sua vida amorosa, pessoal, familiar, profissional. Não colherá! Sementes de frutos ruis darão frutos ruins e não tem como ser diferente.

O indivíduo que ingere bebidas alcoólicas por muito tempo e em grande quantidade, por exemplo, está plantando em seu corpo uma série de doenças causadas pelo consumo desses produtos que são comprovadamente nocivos à sua saúde física e mental.

Da mesma forma aquele que fuma uma, duas ou mais carteiras de cigarro por anos a fio. O que ele acha que acontecerá com sua saúde mais cedo ou mais tarde? Pelo visto o prazer de fumar é maior que o perigo de contrair um câncer de pulmão que poderá interromper-lhe a vida precocemente.

Todo jovem ouve constantemente a advertência de que uma noite de sono perdida, nunca se recupera e que isso repercutirá lá na frente, na fase mais adulta de sua vida. No entanto ele não quer saber. As baladas, as noitadas regadas a bebidas, drogas e outros “agentes nocivos” parecem ser as coisas que mais deseja, mesmo sabendo que podem prejudica-lo ou destruí-lo prematuramente.

Dia desses ao visitar um grande amigo no leito hospitalar, depois de submetido a uma operação que lhe custou metade do pulmão, me confidenciou que de tudo o que fez e que lhe aconteceu ao longo de seus mais de 60 anos de vida, se pudesse voltar atrás para mudar apenas uma coisa, disse o que escolheria: “teria parado de fumar”. Uma semana depois desse tardio arrependimento, faleceu.

Uma das grandes belezas da vida é a capacidade que o homem tem de retroceder de todo e qualquer caminho que estiver trilhando. Sempre pode refletir e decidir mudar. Sempre pode dizer “não” e mudar de rota, de vida.

Deus, na sua infinita sabedoria, nos ensina o tempo todo sobre “plantio”. Veja por exemplo a passagem nas Escrituras Sagradas, em Gálatas 6:7, quando Ele nos adverte: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. E mais adiante nesse mesmo livro (6:9) nos ensina o caminho: “E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido”.

E tem mais: “O que semear perversidade segará males; e com a vara da sua própria indignação será extinto”. E essa é uma lei permanente nos céus e na Terra como Ele nos ensina em Gênesis 8:22: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão”.

A grande lição que essas leis nos dão é que se gostamos e desejamos o bem, devemos praticar o bem para recebermos boas ações daqueles à nossa volta. E isso vale tanto para o indivíduo e seu corpo físico e espiritual, como também para o ser social e familiar, que precisa e lhe convém ambientes harmônicos e amorosos para viver.

*Jornalista e Professor

wilsonaquino2012@gmail.com

Leia Coluna Amplavisão: No desabafo de Giroto, o alerta aos políticos

Leia Coluna Amplavisão: No desabafo de Giroto, o alerta aos políticos

Manoel Afonso

TEMPO – A avaliação de sua velocidade depende de que lado você esteja: Fora ou atrás das grades da prisão. O desabafo do ex-deputado federal Edson Giroto (PR) numa entrevista revela os estragos causados pela sua prisão de pouco mais de um ano aqui na capital. Lamentou o destino, o preço pago alto demais, o sumiço da maioria dos ‘velhos amigos’, as questões familiares, a dura rotina carcerária, a alimentação precária, a sarna, o desconforto, as humilhações e questões de higiene da cela para 24 detentos. As marcas decorrentes desta experiência horrível são visíveis nas fotos recentes do ex-deputado.

ENTREVISTA – de Edson Giroto, publicada no Campo Grande News no último dia 28 precisa ser lida pelos políticos e pretendentes a cargos eletivos em 2020. Sem entrar no mérito do processo, a entrevista serve como um alerta para os riscos que hoje correm os gestores da coisa pública. Basta olhar quantos políticos de expressão – daqui e pelo Brasil afora – passaram ou ainda passam pela experiência desonrosa da prisão. Aos olhos céticos da opinião pública na cadeia todos são iguais. O estigma que fica é cruel, eterno. Enfim, se para nós em liberdade o tempo voa, na prisão é uma eternidade.

EM TEMPO – Esse é o perigo ao qual está exposto quem tem o poder, e o tributo que se paga na sua busca a qualquer preço. Os casos de prisões por corrupção e esse clima de suspense (insônia) lembra a lenda grega da espada de Dâmocles, um membro invejoso e adulador da corte do rei Dionísio que lhe ofereceu ser rei só por uma noite com direito a luxuria da corte. Aceitou; mas quando estava no ‘auge da orgia’ viu pendendo sobre sua cabeça uma espada afiada suspensa só por um fio de crina de cavalo. Apavorado fugiu! Aí – o rei lembrou-lhe: “essa espada também pende diariamente sobre a minha cabeça”.

O GOLPE – A presença do deputado Jamilson Name (PDT) incomodando o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que há bom tempo reina absoluto no partido . Para incentivar a saída de Jamilson do PDT, Dagoberto divulgou uma declaração onde ele os integrantes do diretório estadual ‘autorizam’ a iniciativa comprometendo-se a preservar o mandato de Name na Assembleia Legislativa. Mas o suplente de Jamilson – Antonio Carlos Biffi (PDT) – nesta suposta saída, teria o direito de requerer o mandato de Jamilson (que pertence à agremiação). O caso deve parar na direção nacional do PDT e renderá novos capítulos. No primeiro, Jamilson não engoliu a ‘isca’.

CAMPEÃO – Quem assistiu ao programa Roda Viva no último dia 27 na TV Cultura ficou impressionado com a performance do Ministro da Saúde Luiz H. Mandetta. Ao seu estilo tranquilo de fala pausada respondeu a todos os questionamentos dos jornalistas e outros convidados da produção do programa. Nada ficou sem resposta e pela expressão dos questionadores o ministro foi literalmente aprovado. Com isso Mandeta vai se fortalecendo no cenário político, como ocorre também com a ministra Tereza Cristina – da Agricultura. Enfim, estamos bem representados lá em cima.

ASSUSTADOR – Como pagar salários com os aumentos reivindicados pelo nosso funcionalismo público? O pior: dos 75 mil servidores estaduais quase 20 mil podem se aposentar antes dos 65 anos. São os professores, bombeiros, policiais civis e militares. Isso aumentaria o déficit. Compare: No MS a média da aposentadoria pelo INSS é de R$ 2.246,06; na Previdência Estadual é R$7.207,49. Se a iniciativa privada está estagnada, não rende mais impostos ao Estado. Ora! Estado e União nada produzem: vivem dos impostos. Agiu certo o governo estadual que em 2017 unificou os 2 regimes previdenciários, quando alterou a alíquota de contribuição e reduziu assim o déficit.

PARTIDOS – Cada qual com suas divisões e problemas. Muitos criados apenas para a missão de coadjuvantes. Mas todos eles participam do bolo do poder, de uma forma ou de outra – sempre com vantagens em cargos ou atividades no entorno poder – mesmo em instâncias diferentes. Quando um partido nanico está sendo implantando lá naquele município interiorano, não resta dúvida que está sendo plantada uma semente para germinar ‘dividendo$’ para esse ou aquele grupo. Ao contrário da escolha para dirigentes de Asilo e outras entidades caritativas, para diretórios partidários não faltam pretendentes. Massageia o ego e compensa o bolso – lá na frente.

MARATONA – Pelo calendário eleitoral até 29 de junho todos os partidos terão que estar organizados sob pena de não poderem participar das eleições de 2020. No fundo, essa fase já é uma amostragem da potencialidade dos partidos e das lideranças que vão participar ou influenciar na escolha de seus candidatos e o caminho a seguir em termos de possível coligação. Quem tem o comando do diretório acaba naturalmente ditando as normas. Após esse prazo já teremos definido o painel para se fazer avaliações sobre a tendência nas urnas. Fora disso é pura bobagem.

A VOLTA – Em termos de pluralidade de nomes e de grupos pode-se dizer que a grande novidade partidária foi o retorno do medico Ricardo Ayache ao comando do PSB. Ele que realiza excelente gestão na Caixa de Assistência dos Servidores do Estado, retorna com respaldo da direção nacional para fortalecer a sigla no Estado. Pés no chão e planilha nas mãos – Ayache está fazendo a leitura do quadro eleitoral, consciente de que primeiro precisa plantar as sementes para a primeira safra em 2020. O projeto maior ficaria para a sucessão estadual, ainda distante para nosso exercício da futurologia.

INJUSTIÇADOS – Ao longo das eleições muitos candidatos foram prejudicados pelo sistema das coligações. No pleito de 1998, embora com menos votos acabaram eleitos deputado estadual: Antonio C. Arroyo (PL), Pastor Reginaldo (MDB), Luiz T. de Melo (PDT), Ary Rigo (PDT), José Monteiro (PDT), Sandro Fabi (PPS), Geraldo Resende (PPS), Loester N Oliveira (PDT). Com mais votos que eles, ficaram de fora Sergio Assis, Valdenir Machado, Moyses Nery, Evandro, Dr. Domingos Albaneze, Valter Pereira, Miguel Tabox, dr. Hosne e Vanderley Cabeludo.

TAMBÉM para a Câmara Federal nem todos os mais votados foram eleitos. São os casos de Antonio Cruz (PST) 34.870 votos; Oscar Goldoni (PPB) 31.645 votos; Elísio Curvo (MDB) 30.071 votos; Marcelo Miranda (PL) 24.215 votos; Marco Aurélio (PR) 23.939 votos; Levy Dias (PMN) 23.350 votos; Celso Martins (MDB) 20.393 votos; George Takimoto (PPB) 19.867 votos. Na outra ponta o sistema elegeu com menos votos os candidatos Nelson Trad (PTB) com 28.976 votos e João Grandão (PT) com apenas 19.169 votos – total inferior a votação dos 8 candidatos que ficaram de fora da lista dos 8 eleitos.

MARÇAL FILHO – Político experiente, sem mágoas, aprendeu a ganhar e perder eleições. Sobre isso ele contava-me nesta semana no saguão da Assembleia Legislativa sua frustração nas eleições de 1994 para a Câmara Federal. Mesmo obtendo 28.965 votos – nada menos que 4.510 votos a mais que os 24.455 votos do candidato Flávio Derzi (PPR), acabou barrado pela força da coligação partidária. Aliás, fui conferir e verifiquei que também o candidato Valter Pereira (MDB) com seus 24.710 votos, tinha superado o concorrente eleito. Coisas de outros tempos.

SANTA INOCÊNCIA – Lendo as notícias sobre esse escândalo em Três Lagoas onde havia muita ‘bufunfa’ amoitada fiquei imaginando a situação – no mínimo estranha, desconfortável e desgastante da ex-prefeita Marcia Moura, uma das investigadas na “Operação Atalho” da Polícia Federal. Afinal, presume-se que quem comanda uma administração da proporção daquela cidade que não é tão grande, tenha a leitura mais detalhada da maquina pública. Daí fico matutando; o fato de um gestor ser portador de diploma de nível superior nem sempre garante boa capacidade gerencial. Desgaste para a ex-prefeita e seu grupo político, responsável pela sua eleição. E não adianta chorar.

TEMPO – A avaliação de sua velocidade depende de que lado você esteja: Fora ou atrás das grades da prisão. O desabafo do ex-deputado federal Edson Giroto (PR) numa entrevista revela os estragos causados pela sua prisão de pouco mais de um ano aqui na capital. Lamentou o destino, o preço pago alto demais, o sumiço da maioria dos ‘velhos amigos’, as questões familiares, a dura rotina carcerária, a alimentação precária, a sarna, o desconforto, as humilhações e questões de higiene da cela para 24 detentos. As marcas decorrentes desta experiência horrível são visíveis nas fotos recentes do ex-deputa

EM TEMPO – Esse é o perigo ao qual está exposto quem tem o poder, e o tributo que se paga na sua busca a qualquer preço. Os casos de prisões por corrupção e esse clima de suspense (insônia) lembra a lenda grega da espada de Dâmocles, um membro invejoso e adulador da corte do rei Dionísio que lhe ofereceu ser rei só por uma noite com direito a luxuria da corte. Aceitou; mas quando estava no ‘auge da orgia’ viu pendendo sobre sua cabeça uma espada afiada suspensa só por um fio de crina de cavalo. Apavorado fugiu! Aí – o rei lembrou-lhe: “essa espada também pende diariamente sobre a minha cabeça”.

O GOLPE – A presença do deputado Jamilson Name (PDT) incomodando o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), que há bom tempo reina absoluto no partido . Para incentivar a saída de Jamilson do PDT, Dagoberto divulgou uma declaração onde ele os integrantes do diretório estadual ‘autorizam’ a iniciativa comprometendo-se a preservar o mandato de Name na Assembleia Legislativa. Mas o suplente de Jamilson – Antonio Carlos Biffi (PDT) – nesta suposta saída, teria o direito de requerer o mandato de Jamilson (que pertence à agremiação). O caso deve parar na direção nacional do PDT e renderá novos capítulos. No primeiro, Jamilson não engoliu a ‘isca’.

CAMPEÃO – Quem assistiu ao programa Roda Viva no último dia 27 na TV Cultura ficou impressionado com a performance do Ministro da Saúde Luiz H. Mandetta. Ao seu estilo tranquilo de fala pausada respondeu a todos os questionamentos dos jornalistas e outros convidados da produção do programa. Nada ficou sem resposta e pela expressão dos questionadores o ministro foi literalmente aprovado. Com isso Mandeta vai se fortalecendo no cenário político, como ocorre também com a ministra Tereza Cristina – da Agricultura. Enfim, estamos bem representados lá em cima.

PARTIDOS – Cada qual com suas divisões e problemas. Muitos criados apenas para a missão de coadjuvantes. Mas todos eles participam do bolo do poder, de uma forma ou de outra – sempre com vantagens em cargos ou atividades no entorno poder – mesmo em instâncias diferentes. Quando um partido nanico está sendo implantando lá naquele município interiorano, não resta dúvida que está sendo plantada uma semente para germinar ‘dividendo$’ para esse ou aquele grupo. Ao contrário da escolha para dirigentes de Asilo e outras entidades caritativas, para diretórios partidários não faltam pretendentes. Massageia o ego e compensa o bolso – lá na frente.

MARATONA – Pelo calendário eleitoral até 29 de junho todos os partidos terão que estar organizados sob pena de não poderem participar das eleições de 2020. No fundo, essa fase já é uma amostragem da potencialidade dos partidos e das lideranças que vão participar ou influenciar na escolha de seus candidatos e o caminho a seguir em termos de possível coligação. Quem tem o comando do diretório acaba naturalmente ditando as normas. Após esse prazo já teremos definido o painel para se fazer avaliações sobre a tendência nas urnas. Fora disso é pura bobagem.

A VOLTA – Em termos de pluralidade de nomes e de grupos pode-se dizer que a grande novidade partidária foi o retorno do medico Ricardo Ayache ao comando do PSB. Ele que realiza excelente gestão na Caixa de Assistência dos Servidores do Estado, retorna com respaldo da direção nacional para fortalecer a sigla no Estado. Pés no chão e planilha nas mãos – Ayache está fazendo a leitura do quadro eleitoral, consciente de que primeiro precisa plantar as sementes para a primeira safra em 2020. O projeto maior ficaria para a sucessão estadual, ainda distante para nosso exercício da futurologia.

TAMBÉM para a Câmara Federal nem todos os mais votados foram eleitos. São os casos de Antonio Cruz (PST) 34.870 votos; Oscar Goldoni (PPB) 31.645 votos; Elísio Curvo (MDB) 30.071 votos; Marcelo Miranda (PL) 24.215 votos; Marco Aurélio (PR) 23.939 votos; Levy Dias (PMN) 23.350 votos; Celso Martins (MDB) 20.393 votos; George Takimoto (PPB) 19.867 votos. Na outra ponta o sistema elegeu com menos votos os candidatos Nelson Trad (PTB) com 28.976 votos e João Grandão (PT) com apenas 19.169 votos – total inferior a votação dos 8 candidatos que ficaram de fora da lista dos 8 eleitos.

MARÇAL FILHO – Político experiente, sem mágoas, aprendeu a ganhar e perder eleições. Sobre isso ele contava-me nesta semana no saguão da Assembleia Legislativa sua frustração nas eleições de 1994 para a Câmara Federal. Mesmo obtendo 28.965 votos – nada menos que 4.510 votos a mais que os 24.455 votos do candidato Flávio Derzi (PPR), acabou barrado pela força da coligação partidária. Aliás, fui conferir e verifiquei que também o candidato Valter Pereira (MDB) com seus 24.710 votos, tinha superado o concorrente eleito. Coisas de outros tempos.

SANTA INOCÊNCIA – Lendo as notícias sobre esse escândalo em Três Lagoas onde havia muita ‘bufunfa’ amoitada fiquei imaginando a situação – no mínimo estranha, desconfortável e desgastante da ex-prefeita Marcia Moura, uma das investigadas na “Operação Atalho” da Polícia Federal. Afinal, presume-se que quem comanda uma administração da proporção daquela cidade que não é tão grande, tenha a leitura mais detalhada da maquina pública. Daí fico matutando; o fato de um gestor ser portador de diploma de nível superior nem sempre garante boa capacidade gerencial. Desgaste para a ex-prefeita e seu grupo político, responsável pela sua eleição. E não adianta chorar.

DOURANDENSES! – Quem olha de longe às vezes enxerga melhor – sem paixões! A população deve sentir vômito quando se trata de assuntos relacionados aos escândalos do poder legislativo. Uma cidade com várias universidades não consegue aprender os princípios básicos para a escolha de seus vereadores? Por onde andariam os cidadãos probos, que amam verdadeiramente aquela cidade? Teriam se acomodados ou que é pior desmotivados diante da sucessão de absurdos? O que fazem as entidades que deveriam zelar pelos valores morais da sociedade local? De leve.

Ninguém é dono do amanhã: Por Wilson Aquino*

Ninguém é dono do amanhã: Por Wilson Aquino*

Wilson Aquino

O dia de amanhã não está prometido para absolutamente ninguém. Todos, Jovens ou idosos, não têm como garantir que farão isso ou aquilo no dia seguinte. Temos o domínio apenas do hoje, do agora, que pode ser a última chance de abraçar a pessoa amada e demonstrar a ela tudo o que sentimos.

Oportunidade também de se desculpar, de pedir perdão, de fazer as pazes com aqueles de quem guardamos um rancor desnecessário por anos a fio. Se pensamos em fazer isso amanhã, por que não fazer hoje? Pois, se o amanhã nunca vier para uma das partes, o arrependimento certamente será pelo resto da vida.

A vida é uma dádiva de Deus. Logo, deveria ser de grande importância e significado para todos os que, a cada amanhecer, são presenteados com mais um dia de vida, que se transforma em “hoje”.

Graças à capacidade de pensar, de ponderar e de refletir sobre as coisas, o homem tem o poder de tomar decisões e voltar atrás quando necessário. E essa é uma das grandes belezas do ser humano: a possibilidade de recuar, de reconhecer que errou e  procurar fazer melhor.

Lamentavelmente nem todos se utilizam desse instrumento que exige humildade, garra e determinação para trilhar novos caminhos e reparar danos provocados quando percorreu veredas erradas.

Já parou para pensar que a cada amanhecer podemos decidir que nosso hoje será melhor que ontem? Podemos ponderar sobre nosso jeito de tratar as pessoas e decidir mudar, usar de mais atenção, mais respeito, mais consideração pelo nosso próximo.

Podemos também ouvir mais as pessoas, olhá-las nos olhos e refletir sobre cada palavra que diremos. Podemos mudar de profissão mesmo depois de décadas de dedicação a determinado ofício; Podemos mudar de casa; de cidade; de estilo de vida… Podemos muito! Podemos quase tudo e isso é belo e não tem preço.

E para que entenda a importância de não deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, ainda mais quando se trata de vidas e sentimentos, reflita sobre este caso: uma amiga está internada com profunda depressão e outros problemas físicos por conta da morte de sua mãe, não tão recente, que levou para o túmulo qualquer possibilidade das duas se reconciliarem depois de mais de 30 anos de convivência com um problema nunca encarado, nunca resolvido.

Ela confidenciou que foi responsável pela separação dos pais, ainda na sua adolescência, quando testemunhou a mãe tendo um caso extraconjugal. Contou logo ao pai e a família foi dividida. A mãe se revoltou e a culpou pela separação. A vida seguiu em frente, se reconciliaram (mãe e filha), mas aquela “pedra no sapato” sempre permaneceu entre elas, que a ignoravam. Nenhuma delas nunca teve a coragem de propor sentar e conversar sobre o assunto.

Essa amiga não via os reflexos de toda essa história em sua vida diária, sua maneira de ser e de encarar as coisas e sabia que tinha que sentar com a mãe para conversar e se perdoarem. Não fez, e ela mesmo sabe que tudo isso a alicerçou para contrair uma série de problemas físicos e psicológicos.

Outro caso é de um conhecido na cidade que trabalhou a vida inteira, arduamente, e juntou uma grande fortuna. Na fase final da vida se deu conta de quanta coisa deixou para traz e que não se atentou às necessidades e carências das pessoas à sua volta e quando se conscientizou dessas coisas procurou desesperadamente ajudar a comunidade fazendo doações para diversos projetos sociais. Mesmo assim não se realizou, pois se arrependeu do longo tempo que perdeu de fazer a caridade à maneira do Senhor: Sempre! durante toda nossa vida aqui na Terra, mesmo que os benefícios sejam simples palavras de consolo.

*Jornalista e Professor

wilsonaquino2012@gmail.com