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Bela Vista-MS Sábado, 20 de Abril de 2024
Assédio judicial e assassinato de profissionais de imprensa ganham repercussão

Assédio judicial e assassinato de profissionais de imprensa ganham repercussão

Dois casos de ataque e violência contra a imprensa na América Latina ganharam repercussão internacional nesta sexta-feira, 7 de janeiro.

No Haiti, dois jornalistas foram queimados vivos por um grupo criminoso. Na Argentina, um tribunal do país está sendo denunciado por forçar um jornalista a entregar gravações de entrevistas com Mariano Macri, irmão do ex-presidente Mauricio Macri.

Gangues

Os assassinatos dos jornalistas haitianos ocorreram na capital Porto Príncipe, no bairro Petion-Ville, e estão sendo atribuídos à gangue Ti Makak. Um terceiro jornalista teria conseguido escapar.

Jornalista John Wesley Amady, da rádio Écoute FM: baleado e queimado vivo por gangues em Porto Príncipe

Uma das vítimas é John Wesley Amady, que trabalhava na rádio Écoute FM e vinha cobrindo pautas relacionadas à crescente criminalidade em Petion-Ville.

À CNN, a rádio informou que Amady foi baleado antes de ser queimado ainda vivo. A emissora suspendeu as operações em solidariedade à família da vítima.

A morte dos jornalistas ilustra a deterioração das condições de segurança em Porto Príncipe, onde facções lutam entre si e com a polícia, agravando a crise humanitária no Haiti. O cenário ficou ainda mais grave em julho do ano passado, quando o presidente Jovenel Moise foi assassinado.

Assédio judicial

Na Argentina, o jornalista Santiago O’Donnell lançou em 2020 um livro baseado nas entrevistas que fez com Mariano Macri. Desde o início de 2021 ele enfrenta uma ordem judicial para que entregue as gravações das entrevistas.

Damián Loreti, advogado de O’Donnell’s, disse ao Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) que em 15 de dezembro entrou com um novo recurso para tentar impedir a entrega dos arquivos à Justiça argentina. Caso os recursos não surtam efeito, a recusa pode acarretar multa de 67 mil dólares ao jornalista.

“Estamos chocados com a recente decisão do tribunal argentino de ordenar que o jornalista Santiago O’Donnell entregue as gravações das entrevistas que realizou com o irmão do ex-presidente”, disse Natalie Southwick, que coordena de Nova York um programa do CPJ para a América Latina e o Caribe.

“A decisão mina descaradamente a liberdade de imprensa e estabelece um precedente terrível, que é inconsistente com as obrigações domésticas e internacionais da Argentina em relação à liberdade de expressão e informação”.

‘Rota Bioceanica trará integração comercial, de negócios e também de turismo’, afirma Riedel

‘Rota Bioceanica trará integração comercial, de negócios e também de turismo’, afirma Riedel

Símbolo da implantação da Rota Bioceanica, ponte sobre o Rio Paraguai finalmente terá obras iniciadas

O presidente do Paraguai, Mario Abdo autorizou, no último dia 13, o início da construção da ponte sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (PY). Fundamental para a implantação da Rota Bioceância, a obra é considerada um marco para o desenvolvimento do Estado e do País.

A um custo de 649.483.986.793 guaranis (aproximadamente R$ 575,5 milhões de reais), a ponte será construída pela Itaipu Binacional. As empresas que ganharam a licitação para execução da obra terão 1.080 dias (36 meses) para concluir o empreendimento.

O início das obras simboliza concretamente a realização de um sonho de décadas e a viabilidade da Rota Bioceânica, afirmou o governador Reinaldo Azambuja. O grande desafio, agora, na sua avaliação, é desburocratizar o setor alfandegário.

“A ponte tem um simbolismo muito forte ao garantir esse corredor ao Pacífico, que dará maior competitividade a Mato Grosso do Sul e a toda região Centro-Oeste, integrando definitivamente os quatro países (Brasil, Paraguai, Argentina e Chile) não só economicamente, mas também na cultura e no turismo”, disse o governador. “O Centro-Oeste exporta 68% de sua produção aos países asiáticos e a rota vai encurtar distâncias e reduzir o custo do frete em até 35%.”

Reinaldo Azambuja defendeu a formalização de um acordo alfandegário comum, com um registro único para as mercadorias que transitarão pelos quatro países, como ocorre na União Europeia, onde o produto lacrado na origem chega diretamente ao destino sem burocracia.  “O Brasil deve promover a organização do tratado específico do Mercosul para que tenhamos desembaraço alfandegário e maior agilidade na movimentação das mercadorias”, disse.

Com esse tratamento aduaneiro, segundo Reinaldo Azambuja, os produtos dos quatro países, em especial de Mato Grosso do Sul (carnes processadas, grãos e celulose), ganharão mais competitividade no mercado, além das vantagens que a rota propicia em relação a redução da distância e tempo aos portos de Antofagasta, no Chile, o que representa menos 17 dias de uma viagem de navio. “Os nossos produtores terão uma rentabilidade maior”, comentou.

Investimento em infraestrutura

O evento de lançamento da pedra fundamental da ponte, organizado pelo governo paraguaio em Carmelo Peralta, cidade vizinha a Porto Murtinho, não contou com a presença do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. O avião presidencial não decolou de Campo Grande devido ao mau tempo em Bonito, de onde seguiria de helicóptero para a fronteira. A placa não foi descerrada pelo presidente paraguaio, que convidará Bolsonaro para nova agenda em janeiro de 2022.

Em seu pronunciamento, durante o ato realizado às margens do Rio Paraguai, o governador Reinaldo Azambuja destacou a visão estratégica dos presidentes do Brasil e do Paraguai de viabilizar a Rota Bioceânica e promover o desenvolvimento regional nos dois lados da fronteira. “Bolsonaro e Mário Benitez estão marcando história e o início da obra da ponte simboliza a redenção da região Centro-Oeste, sobretudo Mato Grosso do Sul e Murtinho”, pontuou.

O governador acrescentou que a palavra dos sul-mato-grossenses é de gratidão aos dois presidentes e realçou que o Governo do Estado está fazendo a sua parte ao integrar as regiões produtores por asfalto com a rodovia BR-267, que dá acesso à Porto Murtinho. “Estamos investindo R$ 1 bilhão em infraestrutura, pavimentando mais de 700 quilômetros de eixos de ligação e acesso a 267, garantindo segurança e qualidade nas nossas estradas”, frisou

Reinaldo Azambuja citou ainda os investimentos em segurança pública na região, anunciando que a polícia de Mato Grosso do Sul terá torres interligadas com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), com um sistema de alta precisão, e está adquirindo um helicóptero para o DOF (Departamento de Operações de Fronteira), além de ações integradas com o Paraguai já em execução.

Aliança estratégica

Em sua fala o presidente do Paraguai, Mário Benitez, garantiu a conclusão da ponte sobre o Rio Paraguai em menos de três anos (prazo contratual) e anunciou a pavimentação do último trecho da rodovia do Chaco Paraguaio, de Carmelo Peralta a Lomo Plata (do total de 275 quilômetros, faltam apenas 28 quilômetros). Também confirmou a contratação da segunda etapa da rodovia, correspondente a 350 quilômetros entre Marescal Estigarribia e Pozo Hondo (Argentina).

“Estamos aqui celebrando uma aliança estratégica de irmandade e fraternidade com o Brasil”, disse Benitez, enfatizando que há mais de 40 anos a tão sonhada integração entre os dois países, iniciada com a construção da Ponte da Amizade, no Rio Paraná, não avançou. “Este ato está demonstrando como tem que ser a relação de países irmãos e o Paraguai sustenta a sua posição de ser aliado para a competitividade que a Rota Bioceânica proporcionou a todo o eixo que a interliga. Teremos um impacto muito grande na economia e também na cultura”, finalizou.

A ponte sobre o Rio Paraguai será construída no km 1.000 da Hidrovia do Paraguai, por um consórcio binacional, e custeada pela margem paraguaia da Itaipu Binacional, com investimento de 102,6 milhões de dólares (aproximadamente R$ 575,5 milhões). A travessia terá extensão total de 1.294 metros (incluindo os viadutos de acesso) e largura de 20,10 metros. A parte estaiada centrada no leito terá 625,37 metros, com vão central de 350 metros.

Secretários descatam a obra

A autorização para início da construção é um momento histórico na avaliação dos secretários estaduais.

A obra é o símbolo da implantação da rota bioceanica, que vai encurtar o caminho de Mato Grosso do Sul e países da América do Sul com oceano pacífico A expectativa é aumentar as exportações com redução de custos e produtos mais competitivo ao mercado asiático.

“Trata-se de um momento histórico, que vai se consolidar depois de muitas reuniões e discussões para se chegar ao início das obras desta ponte”, destacou o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel.

Riedel destacou que a rota bioceanica será uma integração comercial, de negócios e também de turismo. “Vai favorecer em todos os setores, do nosso lado estamos fazendo nossa parte, que é ligar as nossas rodovias com a rota. Agora é acompanhar de perto a execução destas obras, pois são novas oportunidades que vão ficar na história do Estado e Brasil”.

Para o titular da Semagro, o secretário Jaime Verruck, a nova ponte e a rota bioceanica vão trazer desenvolvimento para todo Estado. “É uma integração por meio de um corredor, que além da parte comercial, nos preocupamos para que a população se aproprie deste desenvolvimento”.

O secretário de Governo, Eduardo Rocha, também lembrou que o turismo terá um papel importante neste cenário. “Vai ser uma rota comercial e turística, não tenho dúvida que os brasileiros vão seguir a rota de carro ou motocicleta, junto com suas famílias. Além disto vamos levar nossos produtos com menos tempo para o mercado asiático, assim como importar com valor mais barato”. O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, citou que hoje a cidade será uma das mais importantes do Brasil. “Grandes empresas estão nos procurando para se estabelecer aqui, para isto teremos mais de R$ 80 milhões em investimentos para estruturar e organizar o município”, revelou.

Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, a obra significa a integração dos oceanos Atlântico e Pacífico através de um corredor logístico de extrema importância, além de significar o desenvolvimento de toda a região. “Um dos pontos que a gente sempre cuidou é garantir o desenvolvimento de toda esta região. Este é o trabalho que está sendo desenvolvido, que Porto Murtinho e a as cidades paraguaias se apropriem também deste desenvolvimento”, completou.

A ponte sobre o Rio Paraguai terá um custo de 649.483.986.793 guaranis (aproximadamente R$ 575,5 milhões de reais) e será construída pela Itaipu Binacional. As empresas que ganharam a licitação para execução da obra terão 1.080 dias (36 meses) para concluir o empreendimento, que é essencial para rota bioceânica.

A estrutura vai dispor de 1294 metros de extensão total, com duas pistas de rolagem de veículos de passeio e caminhões, com 12,5 metros de largura, e duas passagens nas laterais, com 2,5 metros cada uma, para o trânsito de pedestres e ciclistas.

O engenheiro e assessor especial da Itaipu, Panfilo Benitez Estigarriba, afirmou que a obra é muito importante para o Brasil e Paraguai. “São 1300 metros de extensão de ponte, com ciclovia e até estrutura especial anti-suicídio, com 22 metros sobre o Rio Paraguai, que não vai atrapalhar a navegação e trará progresso a todos”.

João Carlos Parkinson, coordenador nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviário Bioceanicos da Secretaria de Negociações Bilaterais e Regionais nas Américas, lembrou que este momento foi o resultado de muito trabalho, que passaram por dificuldades e que agora é uma realidade. “Finalmente se rompe com o isolamento e assim oferece melhores condições a toda região. Início de uma nova era, que vai exigir preparação e qualificação da mão de obra local, para atender as demandas deste mercado de trabalho”. O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, descreveu o ato como histórico, pois se trata de uma obra que vai juntar Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. “Esta rota vai possibilitar uma melhor comercialização dos nossos produtos. Muito feliz em participar deste evento e fazer parte desta história”.

As fronteiras do Brasil e as pontes como mecanismo de integração 

As fronteiras do Brasil e as pontes como mecanismo de integração 

Ao longo dos seus mais de 16 mil km de extensão em fronteiras, o Brasil tem 33 cidades gêmeas (14 delas interligadas por pontes) entre seus 588 municípios localizados na faixa de fronteira (2 destes com conexão via ponte com o outro lado da fronteira).

O antigo Ministério da Integração Nacional, por meio da portaria 213, de 19 de julho de 2016, estabeleceu que “Serão considerados cidades gêmeas os municípios cortados pela linha de fronteira, seja essa seca ou fluvial, articulada ou não por obra de infraestrutura, que apresentem grande potencial de integração econômica e cultural, podendo ou não apresentar uma conurbação ou semi-conurbação com uma localidade do país vizinho, assim como manifestações “condensadas” dos problemas característicos da fronteira, que aí adquirem maior densidade, com efeitos diretos sobre o desenvolvimento regional e a cidadania”. Já a faixa de fronteira, é caracterizada como “a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres” (Constituição Federal, artigo 20, parágrafo 2º).

A quem hoje consegue visualizar toda a movimentação transfronteiriça proporcionada por uma ponte, fica mais difícil imaginar como estes locais seriam se não houvesse tal estrutura física. A cidade de Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil) sem a Ponte da Amizade (Paraguai) ou sem a Ponte da Fraternidade (Argentina) teria qual dinâmica econômica e social? Como seriam escoadas as produções agrícolas de ambos países? Como o Brasil exportaria veículos, máquinas agrícolas e derivados de celulose para o Paraguai?

Na fronteira entre Foz do Iguaçu e Paraguai, por exemplo, a estimativa é de que passem pelo local 80 mil pessoas e trafeguem pela Ponte da Amizade 40 mil veículos por dia. Em relação aos caminhões, em outubro deste ano foi registrado o recorde de mais de 1500 carretas em um dia passando pelo local.

Segundo Camilo Pereira Carneiro, Doutor em Geografia, Professor adjunto na Universidade Federal de Goiás e pesquisador do IDESF, a fronteira pode ser classificada como uma zona de contato entre domínios territoriais distintos, que são regidos por sistemas jurídicos e econômicos diferentes, mas com inúmeras possibilidades de intercâmbio entre culturas heterogêneas. “As interações transfronteiriças ocorrem, sobretudo, nos centros urbanos localizados sobre o limite internacional, as chamadas cidades gêmeas, que exercem influência econômica, cultural e política em territórios que se estendem por uma zona de fronteira que supera os limites municipais e nacionais”.

As pontes e o desenvolvimento das regiões de fronteira

É possível que nas fronteiras ocorram processos de integração espontânea, nas quais o Estado intervém pouco. Porém, estimular tais dinâmicas fronteiriças, principalmente com o investimento em infraestrutura e articulação transfronteiriça, aceleram o protagonismo das fronteiras como zonas de interação, deixando de ter uma condição periférica. O Presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras, Luciano Stremel Barros,  comenta que em geral “as fronteiras são vistas como regiões periféricas, mas deveriam ser vistas como portais de entrada, como oportunidades de desenvolvimento turístico, de biodiversidade e de novos negócios”.

Na América do Sul, o Brasil faz divisa com 10 países e tem 9 fronteiras trinacionais. No mapa, a área em verde representa a faixa de fronteira e é possível verificar que ainda há 4 países limítrofes (Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina) com diversas cidades gêmeas conectadas exclusivamente por balsas.

Em um resgate histórico acerca da infraestrutura de pontes nessas regiões, Camilo explica que entre os anos de 1985 e 2011 foram erguidas 8 pontes. “Duas estruturas importantes foram construídas na década de 1940, a de Uruguaiana e, em 1965, a Ponte da Amizade. Já a ponte entre o Brasil e a Guiana Francesa foi concluída em 2011, apesar de só ter sido aberta em 2017, em função da ausência de um tratado entre os dois países”.

Atualmente, duas pontes trazem expectativa quanto às interações que possibilitarão nas regiões onde serão construídas. A Ponte da Integração (Rio Paraná), que ligará Foz do Iguaçu a Presidente Franco (Paraguai), será inaugurada em 2022. Outra ponte que está prevista para ser construída é entre as cidades de Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (Paraguai), sobre o Rio Paraguai.

Luciano analisa que a Ponte da Integração, que já está com 64% de execução da obra, desencadeará mais infraestrutura tanto para o Brasil quanto para o Paraguai, com maior viabilidade para o trânsito de caminhões que passam pelo maior Porto Seco da América Latina, além do aprimoramento dos mecanismos fiscalizatórios. “Essa nova ponte representa para nós fluidez no comércio internacional e conforto ao turista que transita pela Ponte da Amizade. Uma ponte mais voltada para o trânsito de cargas vai proporcionar um avanço gigantesco no comércio exterior e servirá não apenas para incrementar o crescimento da nossa região, mas também do Brasil e Paraguai”.

A cooperação transfronteiriça e cenários futuros

A fronteira com a Argentina é a que apresenta a maior quantidade de pontes que fazem a interligação entre os dois países. São seis estruturas: quatro delas localizadas em cidades gêmeas, nas cidades de Uruguaiana (RS) e Paso de Los Libres, São Borja (RS) e São Tomé, Santo Antônio do Sudoeste (PR) e San Antonio, Foz do Iguaçu (PR) e Puerto Iguazú e duas em municípios que ficam na faixa de fronteira, entre as cidades de Paraíso (SC) e San Pedro e Capanema (PR) e Andresito. “A partir da redemocratização do Brasil e Argentina, houve uma reaproximação dos dois países. Entre os anos 1980 até 2011, tínhamos a integração como prioridade e justamente temos uma grande quantidade de pontes construídas nesse período”, destacou Camilo.

Na fronteira com o Uruguai são três pontes, com o Paraguai são duas (não contabilizadas aqui a Ponte da Integração – Foz do Iguaçu/PR e Presidente Franco/PY, que está em obras e a ponte que vai ligar a cidade de Porto Murtinho/MS e Carmelo Peralta/PY, que está em fase de trâmites contratuais). Além destas, duas pontes fazem a interligação entre Corumbá (MS) e Brasileia (AC) à Bolívia, uma ponte fica entre Assis Brasil (AC) e Peru, uma entre Bonfim (RR) e Guiana e outra sobre Oiapoque (AP) e Guiana Francesa.

Além das abordagens relacionadas à infraestrutura nas fronteiras, Camilo comenta sobre as articulações necessárias para fortalecer a integração e o desenvolvimento nessas regiões. “Nós temos os acordos de localidade fronteiriça do Brasil com o Uruguai, Paraguai, Argentina e Bolívia, mas eles têm que fazer parte da legislação dos países e para isso acontecer, o Congresso de cada um deles tem que aprovar e incorporá-los na legislação”. Camilo também explica que pode-se resgatar projetos que o Brasil já tem para as fronteiras, voltados para educação, saúde e geração de emprego. “Tivemos iniciativas interessantes como o Sistema Integrado de Saúde das Fronteiras (SIS FRONTEIRAS), que destina recursos na área de saúde para os municípios que atendem brasileiros que vivem em outros países e projetos na área de educação. Precisamos de iniciativas que reforcem o potencial de desenvolvimento das fronteiras”.

Político paraguaio é assassinado por ouvir polca do partido colorado

Político paraguaio é assassinado por ouvir polca do partido colorado

Um candidato a vereador do partido Colorado por Itakyry, cidade do Paraguai, foi assassinado na noite desta segunda-feira (20). Segundo informações da Polícia Nacional, Carlos Aguilera foi atingido por dois tiros.

O comissário Édgar Romero indicou firmou, após relatório sobre os fatos, ficou evidenciado que, no momento em que foi morto, Carlos Aguilera ouvia a polca “Colorado”  e que pessoas ligadas  a um grupo adversário teria pedido para ele desligar o som. Já que estava na frente da Rádio de propriedade de um candidato de outro partido.

Ainda de acordo com as informações policiais, as discussões verbais acabaram evoluindo para agressões físicas e, no meio da confusão, aconteceram dois disparos de arma de fogo, que acabaram atingindo o candidato colorado.

Fonte: midiamax.uol.com.br

Fotógrafo brasileiro ganha concurso internacional e leva prêmio de R$ 620 mil

Fotógrafo brasileiro ganha concurso internacional e leva prêmio de R$ 620 mil

Sempre estamos divulgando concursos de fotografia aqui no iPhoto Channel para que fotógrafos brasileiros possam participar e buscar reconhecimento nacional e internacional. E o fotógrafo brasileiro Ary Bassous não só venceu um concurso internacional, mas como venceu o maior concurso de fotografia do mundo, o  HIPA International Photography Award. A competição foi criada em 2011 sob o patrocínio do príncipe herdeiro do Dubai, xeque Hamdan bin Rashid bin Mohammed al Maktoum.

Ary Bassous é fotógrafo especializado em vida selvagem e paisagem, mas estava documentando a pandemia de COVID-19 em um hospital no Rio de Janeiro quando fotografou uma médica em sua pausa para o almoço após 8 horas de trabalho contínuo no pronto-socorro. Veja a foto abaixo:

Ao inscrever a foto no concurso com o título de “Dever”, Ary contou um pouco mais sobre a imagem: “A Dra. Juliana Ribeiro acaba de tirar o equipamento de proteção para o almoço, após 8 horas de trabalho contínuo no pronto-socorro Covid-19. Sinais claros de uso prolongado e repetido desse tipo de equipamento aparecem em seu rosto. Seus traços refletem grande esforço e extremo cansaço devido ao compromisso humano com seu dever moral. O que te agarra é a pitada de tristeza em seu rosto ao sentir a dor pela humanidade, pois as mortes no Brasil ultrapassaram meio milhão de pessoas por conta da pandemia. Esta foto foi tirada no Hospital Universitário Clementino Fraga Velho no Rio de Janeiro, Brasil“, contou o fotógrafo.

Ao saber o resultado do concurso e de sua magnífica vitória, ao invés de fazer uma postagem se vangloriando de ter vencido o maior concurso de fotografia do mundo, como sempre vemos, o fotógrafo de uma humildade e humanidade incrível simplesmente disse o seguinte: “Hoje é um dia muito especial. Foi anunciada minha premiação no HIPA Awards, @hipaae, com a fotografia de um momento sublime de @julianaribeirodecarvalho em dias de sofrimento. Hoje tenho milhares de registros das linhas de frente da Covid-19, que espero se que se tornem uma referência do olhar fotográfico de um profissional de saúde. Tenho certeza que esse prêmio vai ser de vital importância nesse caminho. Obrigado Juliana!”.

Como grande vencedor do concurso de 2021 do HIPA, Ary Bassous ganhou um prêmio de US$ 120.000 (cento e vinte mil dólares), o que equivale na cotação atual do dólar a nada menos que R$ 620 mil. Com prêmios totalizando incríveis US$ 450.000, o HIPA oferece a maior premiação em dinheiro entre todos os concursos de fotografia do mundo. Então, daqui pra frente, e inspirado na vitória de Ary Bassous, também acredite no seu talento e participe desse concurso, pois a inscrição é gratuita e aberta à fotógrafos amadores e profissionais.

E se você acha que só fotógrafos com milhares de seguidores é que são bons ou ganham prêmios e concursos, aqui vai mais uma informação. O perfil do Ary Bassous tem apenas 2.050 seguidores no Instagram. Prova inquestionável que a qualidade de sua fotografia não se mede pela quantidade de likes e seguidores como muitos fazem você acreditar. E o mais importante, sempre, é acreditar em você.

Martin pesca peixe que tem ‘dentes humanos’;”Briga boa”

Martin pesca peixe que tem ‘dentes humanos’;”Briga boa”

Um raro peixe com dentes parecidos com os dos humanos foi pescado nos Estados Unidos. Uma foto compartilhada no Facebook esta semana mostra um peixe com dentes que se assemelham aos de seres humanos.

O peixe foi capturado em Jennette’s Pier, um destino de pesca em Nag’s Head, no estado americano da Carolina do Norte.

A espécie foi identificada como sendo um sargo-de-dentes, ou como os americanos chamam, um peixe-ovelha, que possui várias fileiras de molares para esmagar as presas.

O peixe recebe este nome devido à sua boca assemelhar-se à boca de uma ovelha. Ele foi fisgado por Nathan Martin, um frequentador assíduo do cais.

Martin disse que acreditava ter pegado um peixe-ovelha quando ficou cara a cara com a “boca cheia de dentes”.