Escritor Alci Massaranduba
No mês de julho, especificamente no dia 10, cheguei aos 40 anos. Inacreditável! A juventude definitivamente ficou para trás e agora sou formalmente um homem maduro, pelo menos isso é o que ouvi falar. Quais as vantagens de ser ter mais experiência de vida? Quais as desvantagens? O que esperar do futuro diante da realidade que muda drasticamente numa velocidade assustadora? Talvez você esteja pensando, chega de tantas perguntas e vamos às respostas! Respostas. Quem as detém possui algo de inestimável valor. As pessoas estão em busca de respostas para as suas muitas perguntas e, infelizmente vou desapontá-lo, pois ainda não tenho muitas respostas para dar.
Nem é preciso dizer que a vida corre como o velocista Usain Bolt, tudo passa mais rápido do que gostaríamos como num piscar de olhos, de repente chegamos aos 40 anos de forma repentina e assustadora. Os sonhos da juventude muitas vezes frustrados pela implacável passagem do tempo, os sinais visíveis na fisionomia da idade caminhando firmemente em direção à palavra: idoso.
A cada dia surgem novos fios que se destacam em meio ao outrora puramente tom castanho. Esses fios destoam dos demais e ainda chamam mais a atenção do que todos os outros. É comum ouvir a expressão: Está ficando velho! Não adianta tentar escondê-los com tinturas, pois logo eles voltam e o processo se eterniza. Há quem não se importa em seguir um ritual para parecer mais jovem, mas no momento vou deixar as “marcas” seguirem o seu caminho. Mesmo adiando não poderei modificar nada, apenas disfarçar e se não tiver bom senso corro o sério risco de parecer ridículo diante de todos.
O jeito é assumir com orgulho que já não sou tão jovem e isso não é necessariamente algo limitador. Quem dera se tivéssemos a chance de voltar ao passado para corrigir muitos erros cometidos, mas se isso fosse possível talvez o aprendizado fosse prejudicado, pois o crescimento pessoal passa pela análise dos erros cometidos e são os erros os nossos grandes mestres. Cada fase da vida trás os seus próprios desafios e também grande contentamento, saber aproveitar cada uma delas sem pular as demais é sinal de sabedoria.
A idade em si não é uma barreira intransponível, pois uma mente jovial desafia o próprio tempo. O corpo se enfraquece, mas a alma pode continuar a ter o frescor da juventude. No fim, o que nos resta é o próprio fim. Desfrutar da vida na sua plenitude deveria ser a nossa busca incansável. Realmente não importa qual a nossa idade biológica, mas sim como estamos gastando os nossos limitados dias. No relógio do tempo jamais faltará bateria, por isso, ele não irá parar jamais. Um dia nós seremos desligados, até lá que venham os próximos anos.
Alci Massaranduba
Autor dos livros “Minha Vida de Carteiro” e “Pensamentos de um Carteiro”. Bacharel em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior pela UEMS e Especialista em Gestão Empreendedora de Negócios pela UNIGRAN.