Buffon divide méritos por recordes com elenco da Juventus (Foto:Marco Bertorello/AFP)
O italiano Gianluigi Buffon, que expandiu o recorde sem levar gols no Italiano para 974 minutos após a partida contra o Torino, no último domingo, não poupou agradecimentos aos colegas ao escrever uma carta em sua página do Facebook.
Orgulhoso dos feitos recentes, o goleiro de 38 anos – italiano que mais atuou em competições europeias, superando Andrea Pirlo com 139 aparições – mencionou seus companheiros de time um a um ao dividir com os colegas os méritos pelas marcas pessoais.
Disputando o Calccio há 21 anos, desde quando estreou pelo Parma em 1995, Buffon não esqueceu de nenhum dos colegas que estão próximos de dar o pentacampeonato italiano a Juventus. Dos reservas brasileiros Neto e Rubinho a Mandzukic, Buffon fez menção a todos.
“Quero agradecer a todos da equipe por como defende e como me defende, começando pelos atacantes que deixam a alma em campo. Aqui nós dividimos tudo, inclusive o sofrimento”, falou o goleiro, que confessou ter acordado com prenúncio de febre no último domingo, mas mesmo assim decidiu ir a campo.
Até os brasileiros da Juventus foram lembrados por Buffon. Mesmo que na reserva, Neto e Rubinho, caracterizado como líder paciente e silencioso por Buffon, tiveram menção na carta, assim como Alex Sandro, que teve o lado ofensivo destacado, e Hernanes, classificado como “o profeta”, apelido que cultiva desde os tempos de São Paulo.
Eliminada da Liga dos Campeões após duelos emocionantes contra o Bayern de Munique (2 a 2 em Turim e derrota por 4 a 2 em Munique), a Juventus encaminha o pentacampeonato italiano a oito rodadas do fim. A equipe de Turim está três pontos à frente do Napoli e, na próxima rodada, recebe o Empoli.
Confira a carta escrita por Buffon ao elenco da Juventus:
“Não há recorde que se consiga de maneira individual e não se alcança o número 1 sem um grupo. Assim, quero agradecer a: Neto, pela tranquilidade que transmite à equipe toda vez que entra em campo; Rubinho, líder paciente e silencioso; Chiellini, porque nunca se rende; Cáceres, pela vontade que mostra até nas horas mais complicadas; Alex Sandro, porque dá gosto de ver quando ele parte no um contra um; Barzagli, porque têm que copiá-lo”
“Bonucci, por sua personalidade; Rugani, por saber escutar, uma virtude rara; Stephan (Lichsteiner) por ser o pulmão e as pernas dessa equipe; Evra, que se não estivesse, teríamos que fechar; Khedira, o homem certo no lugar preciso; Marchisio, o único jogador que conheço que é bianconero; Pogba, porque não vive o futebol e sim o inventa; Hernanes, porque cada equipe tem que ter o seu profeta”
“Lemina, simplesmente um dos nossos; Padoin, porque onde ele é posto está bem; Asamoah, porque sua vontade de jogar supera qualquer lesão; Sturaro, porque luta, cai e sempre se levanta; Pereyra, porque é a fantasia que apimenta esse esporte; Zaza, porque nasceu para marcar em qualquer posição; Morata, porque está lá sempre que é preciso; Cuadrado, porque sempre que dribla um rival parece dizer ‘me pegue se puder’; Mandzukic, porque é o primeiro que ataca e o primeiro que defende; e Dybala, que depois de Thuram, Zidane e Pirlo, leva a camisa 21 por algum motivo”
Gazeta Esportiva