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Bela Vista-MS Domingo, 05 de Maio de 2024

Audiência pública para discutir preservação e produção da guavira lotou o plenário da Câmara Municipal de Bonito

Audiência foi promovida pelo deputado Renato Câmara autor da lei que denomina o fruto símbolo de Mato Grosso do Sul

Bonito (MS) – O“A guavira tem um grande potencial para gerar renda a ajudar a desenvolver o turismo. O passo agora é desenvolver a sua cadeia produtiva”, afirmou o deputado estadual Renato Câmara (PMDB) na abertura da audiência pública em Bonito que discutiu o fortalecimento e preservação dos guavirais e o aproveitamento comercial e turístico da fruta. O evento, realizado no Plenário da Câmara, foi promovido pelo Mandato do deputado, em parceria com a Prefeitura e Câmara Municipal.

O prefeito Odilson Arruda Soares parabenizou Renato pela iniciativa de tornar a guavira fruta símbolo de Mato Grosso do Sul – um projeto nesse sentido, de autoria do deputado, tramita na Assembleia – e pela realização da audiência em Bonito. A vereadora Maria Lúcia Gonçalves, presidente da Câmara, também destacou a importância da proposta de Renato.

O secretário de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, Augusto Barbosa Mariano, classificou a visão de Renato de propor o projeto de lei como a de um estadista. Para ele, o desenvolvimento abre importante possibilidade no turismo e na geração de renda. “A guavira é uma planta difícil de lidar e merece a nossa atenção”, disse.

O delegado federal do Desenvolvimento Agrário em Mato Grosso do Sul, Dorival Betini, também classificou como muito importante tornar a guavira fruto símbolo do Estado. Para ele, isso vai garantir a proteção da planta e abre possibilidade de geração de renda, principalmente na agricultura familiar.

O gerente regional da Agraer de Bonito, Paulo Cesar Gimene, acredita que manter os gravirais gera diversificação da renda e diversificação do gênero, uma vez que é uma atividade que pode ser desenvolvida na família pela mulher, tanto na coleta dos frutos quanto no seu processamento para a obtenção dos subprodutos. Segundo ele, 60% dos produtores da região de Bonito preserva um capão (porção de área) de guavira na propriedade.

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O vereador Pedro Aparecido Rosário, o Pedrinho da Marambaia, disse que Bonito vai ganhar muito com a lei proposta por Renato. Ele disse ainda que é muito importante as ações que o deputado realiza pelo desenvolvimento regional. O também vereador Jorge Luiz Soares de Figueiredo, o Jorginho, falou da necessidade de estudos para que o produtor possa preservar os guavirais sem ter prejuízo com isso. Ele defende um programa de incentivos governamentais para quem desejar preservar. “Essa proposta de Renato é muito boa, porque valoriza as nossas coisas”, afirmou.

A pesquisadora da Agraer, Ana Cristina Araújo Ajalla, que engenheira agrônoma, falou um pouco na audiência das pesquisas que a empresa faz desde 2007 para a reprodução e cultivo comercial da guavira. Ela classificou o projeto de Renato como brilhante e que favorecerá o estudo e a preservação da espécie. Edmundo Volpe, também engenheiro agrônomo e pesquisador da Aglaer falou sobre a pesquisa para o sistema de produção consorciada da guavira.

O ex-prefeito José Arthur de Figueiredo disse que é possível desenvolver um sistema de preservação da guavira e produção dentro das normas do meio ambiente e sem prejudicar a agropecuária tradicional. “É uma fruta muito especial e temos de preservar”, disse. Fernanda Reverdito destacou a importância cultural da guavira como símbolo cultural de Mato Grosso do Sul.

Durante a audiência foram apresentadas experiências de pessoas que estão extraindo essência da fruta e planta, produzindo condimentos e geleias. Logo após o evento o deputado almoçou, acompanhado dos secretários municipais Augusto e João, em um restaurante de Bonito que serve peixe e porco ao molho da guavira e também sobremesas com sabor da fruta.

Renato explicou que a proposta da lei que torna a guavira fruta símbolo de Mato Grosso do Sul é preservar a planta, já que restam poucas áreas de produção natural no Estado, grande parte do ainda existe em Bonito. “Temos que preservar o que é nosso e encontrar o caminho para desenvolver uma cadeia produtiva que gere renda e desenvolvimento para o Estado, de forma democrática, sem prejudicar a ninguém. Nossa proposta é agregar e não substituir”, afirmou, acrescentando. “Quem sabe no futuro não vamos receber gente do mundo todo no Estado na época da cata da guavira”.

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Participaram também os secretários municipais de Bonito João Antonio Alves de Oliveira (Produção e Desenvolvimento Rural) e Alexandre Augusto Ferreira Ferro (Meio Ambiente), vereadores, pesquisadores e lideranças locais.