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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 23 de Maio de 2025
A Associação é composta por 46 universidades Estaduais e Municipais de todo território nacional
No segundo dia do Fórum Nacional de Reitoras e Reitores da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM), que acontece nesta semana em Campo Grande, com organização da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), foram realizadas diversas câmaras temáticas. Uma delas foi a Câmara Técnica de Pesquisa e Pós-Graduação, que abordou os investimentos nos editais de apoio à pesquisa e a distribuição dos percentuais de investimento.

Márcio Araújo, diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), apresentou um panorama das Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs) de todo o país. Ele fez uma análise da capacidade de investimento de cada fundação e dos percentuais destinados aos editais de bolsas. Araújo alertou para a importância de que cada reitor compreenda o funcionamento dos sistemas de fomento de suas respectivas agências, a fim de desenvolver melhor os projetos e aplicar os recursos de forma eficiente.

O diretor da Fundect destacou alguns programas bem-sucedidos e com resultados expressivos, como o Centelha, o Tecnova, o Inova Amazônia e os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs). Durante sua apresentação, explicou o funcionamento de cada programa e ressaltou como essas iniciativas oferecem soluções inovadoras e práticas, tanto para as universidades quanto para a comunidade externa.

Programa Centelha – Trata-se de um programa de subvenção econômica, desenvolvido em parceria entre o Fundo Nacional de Educação Profissional (FNEP) e as Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs), que garante recursos para inovação e o desenvolvimento de ideias inovadoras. Bons exemplos podem ser vistos em Costa Rica, Ponta Porã e Corumbá, onde, com o apoio das universidades, iniciativas inovadoras prosperam. “As Instituições de Ensino Superior (IES) dão suporte para que projetos saiam do papel e se tornem realidade. São negócios que estão dando certo, com aplicação direta na sociedade, desenvolvendo estados e municípios”, afirmou Araújo.

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Tecnova – Programa que distribui recursos para empresas com ideias inovadoras. Atualmente, há um montante de R$ 15 milhões disponíveis — sendo até R$ 500 mil por empresa — destinado a negócios criativos e inéditos. Segundo Márcio Araújo, a presidência do FNEP assegura que 90% do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) deve ser destinado às regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste — as que mais precisam de investimentos.

Inova Amazônia – Programa voltado para a bioeconomia, que promove desenvolvimento regional e territorial, valorizando o bioma, a localidade e a população. Com apoio das universidades, essas iniciativas já geram milhões de reais em lucro, impulsionando o crescimento em diversas áreas do conhecimento. Segundo o Fórum Mundial de Economia, a expectativa é que a bioeconomia movimente, até 2030, entre 30 e 40 trilhões de dólares.

Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) – Os INCTs também se configuram como instrumentos de transformação local e desenvolvimento regional, seja por meio de investimentos próprios ou em parceria com instituições públicas e privadas. Essas iniciativas são fundamentais para fomentar a pesquisa na graduação e incentivar o desenvolvimento de ideias inovadoras.

Compuseram a mesa da câmara técnica o Prof. Dr. Leandro Vanalli, reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM); o Prof. Dr. Mauro Antonio da Silva Sa Ravagnan, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM; e Márcio Araújo, diretor-presidente da Fundect.

Na quarta-feira (21/05), durante a abertura do Fórum Nacional, no auditório da Unidade Universitária da UEMS em Campo Grande, reitor da Instituição sul-mato-grossense, Prof. Dr. Laércio de Carvalho, enfatizou a importância do trabalho em equipe para alcançar a excelência na educação. Ressaltou também os investimentos realizados pelo governo estadual na instituição, citando, entre eles, um aporte de R$ 4 milhões destinado aos cursos de graduação e pós-graduação. “Aqui sentimos que a atual gestão se ocupa do cidadão, com aportes financeiros para o ensino superior”, afirmou.

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A programação do Fórum Nacional de Reitoras e Reitores da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM) vai até o próximo sábado (24/05).