Gasto com contratação política consome 1,36% do orçamento, contra 0,53% destinado à moradia
Reduzir drasticamente o volume de recursos gastos com o pagamento de salários de assessores e cabos eleitorais contratados com base em indicação política, que hoje ocupam dezenas de cargos no gabinete do prefeito e na Secretaria de Governo, destinando esse dinheiro para investimentos em moradias, é mais um compromisso anunciado pelo engenheiro Marcelo Miglioli , pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelo Solidariedade.
Na atual gestão, os investimentos em habitação não são priorizados. Por conta disso, crescem as favelas e as habitações precárias se espalham por toda a cidade.
Ao visitar a Cidade de Deus, Marcelo Miglioli salientou que a Agencia Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários, antiga Ehma, tem uma receita equivalente a 0,53% do orçamento. A maior parte desses recursos é gasta com o pagamento de salários. Por sua vez, o gabinete do prefeito Marquinhos Trad, onde “trabalham” algumas dezenas de assessores, tem dotação orçamentária equivalente a 0,51% do orçamento.
“O gasto com o pagamento de assessores políticos lotados no gabinete do prefeito e a área da Habitação se equivale. No entanto, as despesas de caráter político se acentuam ainda mais ao considerarmos que a dotação da Secretaria de Governo e Relações Institucionais da prefeitura consome mais 0,85% dos recursos, totalizando 1,36% do dinheiro para a política, duas vezes e meia do que é gasto com a Habitação”, argumentou Marcelo Miglioli.
Essa falta de prioridade gera problemas sociais graves, como invasões e surgimento de favelas, comprometendo o desenvolvimento urbano de Campo Grande e condenando pessoas a uma vida de baixa qualidade.
Marcelo pontuou, como solução, elevar os recursos orçamentários para a Habitação, “que hoje são irrisórios”, e frisou que pretende fazer a adesão a programas como o Lote Urbanizado do Governo do Estado, que está construindo moradias em vários municípios.
“E Campo Grande, inexplicavelmente, não aderiu à ideia criada quando nós éramos secretário estadual de Obras”, comentou.
Marcelo disse que com mais recursos a pasta da Habitação poderá financiar a construção de casas para as pessoas que já têm seu lote. Ele também pretende fazer o levantamento de todas as áreas públicas e fazer estoque de terrenos.
“O prefeito não pode ficar de braços cruzados olhando o problema da habitação se agravar”, assinalou.