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Bela Vista-MS Sábado, 19 de Abril de 2025

Fazendo uma análise do país nesses últimos anos em que se evidenciaram incontáveis denúncias de corrupção e ladroagem, me ocorreram alguns fatos que quero aqui destacar e, ao mesmo tempo, fazer as pessoas também refletirem e buscar respostas. Nesse mesmo período em que teriam ocorrido a maioria desses atos de corrupção e roubalheira, o país passou pelo seu maior período de crescimento dos últimos anos. Houve também o pleno emprego no mercado de trabalho e a política implementada pelos governos da época tiraram mais de 36 milhões de brasileiros da faixa de miséria.

Me veio à mente a euforia dos trabalhadores que tiveram seus salários valorizados; havia emprego para todos e levou dignidade para grande parte da população que vivia abaixo da linha de pobreza. Elas comemoravam ter à mesa pelo menos duas boas refeições/dia.

Esse mesmo pessoal corrupto, como se diz, incrementou os projetos como Minha Casa Minha Vida e Luz para todos, além de promover os maiores investimentos nas universidades públicas e privadas que foram abertas aos pobres. Nunca se viu antes tantos jovens de famílias assalariadas nas universidades como naquele período.

A classe trabalhadora também tinha a valorização do Salário Mínimo. Os “corruptos” conseguiram segurar a inflação e o custo de vida era duramente controlado, como podemos constatar se relembrarmos alguns custos de produtos da cesta básica da época: a lata de óleo de soja variava de R$ 2,10 a R$ 2,50 hoje, mais de R$ 6,00; o quilo da carne variava de R$ 10,00 a R$ 12,00 e hoje tudo gira em torno de R$ 30,00. Lembrando que o quilo da costela custava em torno de R$ 6,00 o quilo. Hoje, está mais de R$ 20,00. E o pacote de arroz então, subiu de R$ 7,50 a R$ 10,00 para R$ 25,00 a mais de R$ 30,00. O feijão custava em torno de R$ 1,80 a R$ 2,40 o quilo.

O Brasil era a 6ª economia do mundo e hoje eu queria entender o que está acontecendo realmente, pois o governo que disse que veio para acabar com a corrupção e “botar ladrão para correr”, colocou o país num período longo de desemprego e quando se fala em emprego, é só na informalidade. Hoje podemos afirmar sem errar que 60% da população ativa no mercado de trabalho, está na informalidade.

Estou vendo a inflação batendo na porta dos brasileiros com os preços das mercadorias, como carne, arroz, feijão, óleo e outros tantos produtos, lá nas alturas.

Não podemos aceitar e nem concordar que o salário mínimo do trabalhador brasileiro hoje não lhe permite comprar sequer 30 quilos de carne no mês, com o que recebe.

E como tiraram dinheiro da educação, dinheiro da saúde e de outras áreas e a situação do país continua cada vez pior, eu gostaria muito de entender o que está acontecendo com o nosso Brasil. E o governo que aí está, que não rouba e não deixa roubar? Realmente não consigo entender o que se passa. Me parece que há sim alguma coisa errada nisso tudo e quem está realmente perdendo e pagando a conta é o povo brasileiro.

Não podemos aceitar que o trabalhador pague mais uma vez essa conta. O número de pessoas com fome aumentou, assim como aumentou também o número de pedintes nas ruas e em favelas. Tudo isso num país rico. Nossos governantes não podem deixar o povo passar por essa humilhação.

Além disso temos ainda situações na nossa economia que nos deixam de queixo caído como a cotação do dólar que alcançou patamares nunca visto antes e como se tudo isso não bastassem, temos ainda os grandes reflexos de medidas tomadas como as reformas trabalhista, que tirou direitos dos trabalhadores e enfraqueceu as entidades representativas dos trabalhadores, que ficaram sem recursos para implementar as batalhas em sua defesa; a reforma da Previdência Social, outro duro golpe contra os menos favorecidos, acabando com a aposentadoria daqueles que dedicaram uma vida de trabalho para a sociedade.

Diante de todos esses lamentáveis fatos aqui registrados, insisto: gostaria muito de entender o que o atual governo anda fazendo para melhorar a vida do povo brasileiro.

*Presidente da Feintramag MS (Fed. Trab. na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso)