A menos de um mês das eleições municipais, o que se vê nas ruas de Campo Grande é clima de desconfiança. Questionados sobre qual promessa levaria o voto neste ano, eleitores esquivaram da pergunta e afirmaram que o problema é justamente não acreditar nas falas políticas.
Em cenário diferente do costume, as campanhas políticas deste ano estão sendo realizadas também focadas em redes sociais. Para a diarista Georgina Dias de Souza, de 57 anos, as mudanças que vieram com a pandemia não afetam o pensamento já consolidado: falta de crença em promessas durante período eleitoral.
Questionada sobre como está escolhendo os candidatos a prefeito e vereador, ela explicou que continua sem parâmetros e ainda não sabe o que fará em novembro
Refletindo com desconfiança, Atelanir Rosa Silva, de 51 anos, explica que precisa pensar muito distante para acreditar em alguma proposta. “Acho que me chama atenção promessa sobre melhora de transporte público. Não acredito que alguém vai colocar isso em prática, mas se fosse verdade é isso que iria garantir voto”.
Moradora do Jardim Noroeste, Maria de Fátima Traze, 32 anos, conta que tenta buscar algum candidato focado nos bairros. Para ela, ali está a maior necessidade de atenção durante e após o período eleitoral.
Se eu forçar bastante para acreditar que é verdade, penso em ações nas regiões que ficam longe do Centro. A gente que mora mais longe vê a importância dessas promessas, isso que ia ter meu voto se eu pudesse pensar que ia ser colocado em prática.
Ainda sem ter decidido o voto, Maria explica que vai tentar pensar até o último momento para buscar a melhor opção. “É difícil porque a gente é desanimado com política, então complica na hora de ver em quem vai votar”.
Um pouco mais otimista, a auxiliar de cozinha, Márcia Balbino Costa, de 39 anos, diz que vem pensando em muitos critérios para tentar filtrar melhor as escolhas. “Tá tudo tão caótico, mas acho que penso na área da saúde. Vejo a trajetória dessas pessoas e tento imaginar se é possível que estejam falando a verdade. Garantia mesmo a gente não tem nenhuma, né?”. –
Fonte: Campo Grande News