O prazo de recadastramento para quem recebe o Mais Social e o Energia Social: Conta de Luz Zero está acabando. O último dia é 31 de dezembro.
São programas da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) que beneficiam pessoas como Márcia Angelita da Silva Correa, responsável por sustentar sozinha a casa com quatro filhas, em Itahum, distrito de Dourados. Para não deixar faltar comida no prato das meninas, que têm entre 6 e 20 anos, ela conta com o Mais Social. Márcia já se recadastrou e não teve dificuldade. “Esperei pouco tempo para me atenderem. Foi bem tranquilo”, diz.
O programa ajudou ela no momento de maior dificuldade. “Eu recém tinha me divorciado e o Mais Social me ajudou e continua me ajudando. Eu não tinha serviço e nem nada. É uma benção, que chegou para somar. Eu sei que todo mês vai chegar essa ajuda importante para quem tem uma família grande como a minha. Recentemente consegui me tornar monitora de ônibus escolar e faço diária, mas ainda preciso desse benefício para compra de comida e gás de cozinha”, conta.
Esse é o objetivo do Mais Social: promover segurança alimentar e melhoria de qualidade de vida das famílias em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar e nutricional. O beneficiário recebe um cartão no valor de R$ 450,00 que pode ser utilizado para compra de alimentos, gás de cozinha e produtos de limpeza e de higiene. É proibida a aquisição de bebida alcoólica e produtos à base de tabaco, sob pena de exclusão do beneficiário do programa.
No caso do Mais Social, os beneficiários estão sendo convocados pela equipe em cada cidade e região. Quando forem chamados, devem levar os documentos pessoais e comprovantes solicitados. E quem tiver dúvidas sobre o recadastramento pode telefonar para (67) 3368-9000.
Energia Social
Já no Energia Social não há convocação. Basta acessar o site https://www.energiasocial.ms.gov.br. Outras opções são ir ao Cras (Centro de Referência em Assistência Social) mais próximo da residência, até uma sede do Mais Social ou mesmo a uma agência da Sanesul. Em Campo Grande, a sede do Mais Social fica na Rua Barão de Ladário, 85, na Vila Sobrinho.
“É muito importante que todos os beneficiários do programa Energia Social, aquele que vem com a conta de luz quitada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, se recadastre, porque, pela lei, aquele que não se recadastrar até o dia 31 de dezembro de 2024 não terá mais a sua conta de energia paga”, explica a secretária Patrícia Cozzolino, da Sead.
Quem ainda não tem o benefício, mas se enquadra nos critérios, também pode se cadastrar. Por meio do programa, o Governo de Mato Grosso do Sul faz o pagamento da conta de energia elétrica de famílias de baixa renda residentes no Estado e assim garante a continuidade do serviço essencial e ajuda quem mais precisa para que não falte dinheiro para compra de comida e remédios.
O programa vale para imóveis residenciais, seja em área urbana ou rural, com consumo mensal até 220 kWh. O titular não pode ser proprietário de mais de um imóvel residencial, deve ser beneficiário do Programa Tarifa Social de Energia Elétrica do Governo Federal, ter renda familiar mensal per capita igual ou inferior a meio salário mínimo nacional e renda familiar mensal total de até dois salários mínimos nacionais.
Paulo Fernandes, Comunicação Sead
Foto: Divulgação/Sead
Com ações efetivas e assumindo o papel de mediador, o Governo de Mato Grosso do Sul contribui para resolver o problema da falta de água na Reserva Indígena de Dourados. Este trabalho com órgãos federais, lideranças indígenas e municipais fez a diferença na busca de soluções às comunidades: serão construídos novos poços de captação de água potável e ofertados caminhões pipas diariamente nas aldeias até que as obras dos poços sejam concluídas.
A solução foi apresentada na reunião de quinta-feira (29) pela secretária estadual de Cidadania, Viviane Luiza, junto com as demais autoridades do munícipio de Dourados. Este encontro, inclusive, já estava marcado para ocorrer na cidade, fruto de um planejamento e estudo iniciado no ano passado.
“Nós enquanto Estado desde domingo, dia 24, quando nos foi solicitada ajuda pelo DSEI, disponibilizamos o abastecimento na RID com caminhões pipas da Sanesul. E a questão da água já vem sendo discutida desde o ano passado, quando o Governo do Estado mesmo não tendo a competência para tal gestão, se propôs a fazer o estudo e a elaboração do projeto para uma solução definitiva”, afirmou a secretária.
Durante o encontro, a secretária destacou que o governador Eduardo Riedel sempre se colocou à disposição para levar a solução a este problema. “O governador nos diz que não há uma classe de cidadãos, não há um cidadão municipal, estadual ou federal, são todos cidadãos sul-mato-grossenses. E nós vamos trabalhar junto com o Governo Federal e demais órgãos para a resolução desse problema que perdura há mais de 20 anos”, completou Viviane.
O Estado assumiu o compromisso de perfurar dois poços na reserva para captar água potável nas aldeias Jaguapiru e Bororó, com previsão das obras ficarem prontas até 15 de março de 2025. Até lá as aldeias serão abastecidas diariamente com caminhões pipas ofertadas pelo Estado. O investimento previsto para obra é de R$ 490 mil.
O Governo de Mato Grosso do Sul se empenhou como mediador e participante de toda esta discussão para chegar uma solução que atenda as comunidades. “Eu acredito que essa união de esforços está escrevendo uma nova história na vida dessas pessoas, que poderão viver com mais dignidade e com os seus direitos garantidos”, descreveu a secretária.
A ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara, explicou as atribuições dos órgãos e reconheceu a importância das parcerias para se obter os resultados desejados. “Temos trabalhado estas parcerias e articulações para resolver este problema. Na verdade, a responsabilidade direta é do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena, mas o Ministério dos Povos Indígenas não se isenta desta responsabilidade e segue com esta parceria com estes órgãos”.
O Governo Federal se comprometeu a disponibilizar R$ 2 milhões para perfuração de quatro poços definidos a partir de estudos a serem elaborados a partir de 3 de dezembro, com previsão de início das obras em janeiro de 2025. Também vai definir em dezembro o emprego de R$ 2 milhões para serem empregados no abastecimento de água da RID Dourados.
“Esta conjunção das esferas estadual, municipal e federal era necessário por envolver uma questão complexa, que precisava ser enfrentada. Estes recursos do Governo Federal, somados aos caminhões pipa e poços do Governo do Estado representam um incremento muito relevante. Nós verificamos uma sensibilização para uma resolução estrutural”, afirmou o procurador do Ministério Público Federal, Marco Antônio Delfino de Almeida.
Leonardo Rocha, Comunicação Governo de MS Fotos: Ewerton Pereira
A redução dos focos de incêndios florestais no Pantanal neste último trimestre permitiu também a redução das equipes em campo pela Operação Pantanal, iniciando o monitoramento da situação na região e o planejamento para o ano de 2025, em um trabalho contínuo e que tem como primeiro passo dessa nova fase a manutenção dos equipamentos usados no combate ao fogo no decorrer deste ano pelo Corpo de Bombeiros, que encabeçou a ação.
Seguindo o planejamento anual, a equipe dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul está retirando materiais e equipamentos das áreas de combate para realização de manutenção em Campo Grande, os preparando para os trabalhos que podem ocorrer no próximo ano.
“A Operação Pantanal não é só combate a incêndios, são várias atividades que a gente executa durante o ano inteiro para que quando haja necessidade, não importa a época, se está em estiagem ou não, a gente tenha condições e estrutura para combater os incêndios florestais”, explicou a diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Tatiane Inoue.
No prédio onde são feitos o controle e a manutenção dos materiais que chegam de diferentes áreas do Pantanal, várias ferramentas e equipamentos diversos – roçadeira, pinga-fogo, motobomba flutuante, soprovarredor – passam por avaliação, recuperação e conserto. Além de garantir que os materiais retornem para as áreas onde são necessários, o trabalho também gera economia e possibilita a realização de um inventário para o emprego adequado de cada item.
“Quando os materiais chegam são listados e inseridos numa planilha, para o controle dos mais de 400 equipamentos, de sapa (para escavar) e motomecanizados. Tudo que é empregado na Operação Pantanal é controlado por aqui, e com isso a gente pode saber o local onde estão, quando houve manutenção e o controle do quantitativo”, disse o subtenente Evandy Segarini.
Com a desmobilização do trabalho no Pantanal, todos os equipamentos podem passar pela manutenção e assim continuar empregados nas ações de combate a incêndios em qualquer época do ano. “A desmobilização é uma das etapas da Operação Pantanal, que é contínua no nosso Estado. A atividade de combate a incêndio florestal exige muito de cada equipamento. Por isso precisamos estar com tudo pronto, tudo em ordem, a qualquer época e para atender qualquer situação”, afirmou a tenente-coronel.
O trabalho de manutenção ocorre durante todo o ano, mesmo quando a Operação está em andamento. Mas é concentrado de forma mais intensa nesta época, quando as chuvas na região pantaneira começam a favorecer de forma mais eficiente o controle e redução dos focos, impedindo a propagação dos incêndios.
“É um período que a gente traz todo o material, inclusive os estão nas bases avançadas, para darmos manutenção nos nossos motomecanizados e demais materiais que utilizamos durante os incêndios. É o momento ideal para dar continuidade, logo mais os materiais voltam para a operação. Todo o material utilizado na operação pantanal a gente começa a recolher para poder deixar em condições para as próximas atividades”, disse Segarini.
No mesmo prédio onde os materiais passam por manutenção, também existe um espaço para confecção de abafadores, um dos principais itens utilizados no trabalho de combate a incêndios. “Separamos um local para confeccionar os abafadores, que é um dos materiais que a gente utiliza. A gente vai fazendo e deixando eles todos prontos. É feito aqui mesmo, a gente adquiri a matéria prima e confecciona na unidade”, finalizou o subtenente.
Operação Pantanal
Para atuar de maneira eficiente e garantir resposta rápida em caso de incêndios florestais na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado, por meio do CBMMS, iniciou o trabalho preventivo no início do ano, com atuação presencial dos bombeiros e em maio a instalação de bases avançadas no bioma.
As 12 bases avançadas do CBMMS foram instaladas neste ano nas diversas regiões do Pantanal e contribuíram para garantir combate rápido e eficiente durante a temporada de incêndios florestais. As bases foram uma novidade implantada pela Operação Pantanal e parte delas serão mantidas permanentemente para atendimento às ocorrências de incêndios em todas as épocas do ano.
O Pantanal de Mato Grosso do Sul tem 9 milhões de hectares, correspondendo a 65% do total da região pantaneira que ainda se estende ao Mato Grosso, ao Paraguai e à Bolívia. O bioma passa pela pior estiagem dos últimos 70 anos.
Quem passou pela região do Bairro Tijuca, nesta quarta-feira (27), foi surpreendido pela movimentação intensa de militares na Academia de Bombeiros. Ao lado de amigos e familiares, centenas de soldados fizeram o juramento pra fazer parte de uma das forças mais respeitadas e admiradas pela população: o Corpo de Bombeiros.
A cerimônia de formatura dos 168 novos soldados contou com a presença do governador Eduardo Riedel, que ressaltou a importância de formar a maior turma de soldados da história da corporação, com um número recorde de mulheres entre os novos integrantes.
”Parabéns às mulheres de Mato Grosso do Sul. Parabéns a todos. Não é para qualquer um, tem que ter vocação, perseverança, força de vontade, capacidade de enfrentar desafios e doação”, disse Riedel, que também citou a importância do efetivo para o combate aos incêndios no Pantanal.
“A sociedade sul-mato-grossense deposita grande esperança em vocês. Vocês irão para os mais diversos cantos do nosso estado, talvez até para uma das onze bases espalhadas pelo Pantanal, onde protegerão nosso bioma e atenderão às necessidades das poucas, mas importantes, pessoas que ali vivem”, destacou o governador.
Dos 168 alunos formados, 38 são mulheres, incluindo a soldado Alana Lubas, oradora da turma, que falou em seu discurso sobre os longos meses de treinamento intenso.
“O treinamento é o mesmo para todos; homens e mulheres realizam as mesmas atividades. Quero que as mulheres saibam que elas podem entrar na corporação, que são bem-vindas e serão acolhidas, porque as mulheres que vieram antes de nós abriram caminho para que tivéssemos melhores condições e pudéssemos concluir essa jornada”, afirmou Alana.
Um dos momentos mais emocionantes da cerimônia foi quando o Secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, entregou o distintivo do curso para o seu filho, Carlos Augusto Batista Videira, que aos 18 anos sofreu um grave acidente de trânsito e foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros de Fátima do Sul.
“O que fizeram comigo, quero fazer pela população. Salvar vidas para que pessoas tenham uma nova chance, assim como eu tive”, contou Videirinha como é carinhosamente chamado. Curiosamente, antes do acidente, ele já havia realizado um teste vocacional que indicou seu perfil para a carreira militar.
”Nesse período de curso eu sempre disse ao meu filho: faça pelos outros o que fizeram pra você, ao que fizeram pra mim te devolvendo a vida”, afirmou o secretário Videira, que também destacou investimentos na corporação.
Os soldados iniciaram o Curso de Formação em 15 de janeiro. Durante 10 meses, foram treinados para atuar em diversas situações, como combate a incêndios urbanos, técnicas de busca e salvamento em matas e cerrados, totalizando 1.899 horas-aula. O curso deste ano incluiu três novas disciplinas: Primeira Intervenção em Crises de Suicídio e Emergências Psiquiátricas, Operações Bombeiro Militar e Salvamento Veicular.
Comandante-geral do CBMMS, Coronel Frederico Reis Pouso Salas, destacou o empenho da turma e falou sobre o novo uniforme, que deve ser implementado em toda a corporação até 2025.
”Todos os Corpos de Bombeiros do Brasil e do mundo estão começando a utilizar o laranja. Além do novo fardamento, os militares receberam todos os equipamentos de proteção individual, garantindo ainda mais segurança nas missões”, explicou o coronel.
Os novos soldados estão prontos para atuar em diversas missões e serão distribuídos em unidades do Corpo de Bombeiros da Capital e interior do Estado. Entre eles, o João Gilberto, de 26 anos, que ficou em primeiro lugar no curso.
“O mais difícil foi ficar longe da família. Durante o curso, o tempo com eles era mínimo, só para dar um abraço rápido, enquanto ajudavam a preparar a farda para o próximo dia. Valeu a pena. Vou sentir saudades dos amigos que fiz, mas agora cada um vai para uma cidade cumprir sua missão”, contou João.
Cerca de 1.500 pessoas prestigiaram a cerimônia. Em frente ao palanque, dona Elizabeth Camargo, de 85 anos, não conseguia tirar os olhos do neto.
“Eu acho maravilhoso a pessoa dar a sua vida para salvar outra, não tem nada igual. Saber que meu neto vai fazer isso é gratificante e espero que Deus esteja com ele sempre”, diz ela, toda orgulhosa.
Gustavo Henrique Simões, de 19 anos, também não escondeu o orgulho de ver o irmão se tornar Bombeiro Militar. “É uma sensação única. Ver ele se formar é uma honra para toda a família”, disse Gustavo.
O soldado Simões refletiu sobre sua jornada. “Não foi fácil, ninguém disse que seria. Mas estou feliz. Vou voltar para a minha cidade e servir a sociedade, salvar vidas. Tem coisa melhor que isso”, ressaltou o ele que é de Coxim.
A cerimônia terminou com desfile dos novos soldados, gritos de guerra e o tradicional banho dos formandos.
Evelyn Souza, Comunicação Governo de MS Fotos: Álvaro Rezende
Uma solução para a falta de água na RID (Reserva Índigena de Dourados) foi o resultado do trabalho capitaneado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, tornado público nesta quinta-feira (28) após reunião com lideranças indígenas e representantes da União, no munícipio de Dourados. Serão perfurados poços para captar água potável nas aldeias Jaguapiru e Bororó e, até que as obras estejam concluídas, será fornecida diariamente água em caminhões pipa para a comunidade, a mais populosa reserva dos povos originários do país.
As ações foram definidas em reunião de trabalho liderado pela titular da SEC (Secretaria de Estado de Cidadania), Viviane Luiza, e que já estava prevista para ocorrer nesta quinta-feira (28), contando com representantes dos governos estadual e federal, além da participação de lideranças indígenas. Acompanharam o encontro representantes da Funai, Sesai, Aty Guassu, APIB, SPU/MS, OAB, MPF, Força Nacional e Polícia Militar.
Após cinco horas de discussões, um termo de compromisso foi fechado, detalhando 14 pontos, prazos e responsabilidades a serem cumpridas. “Repito que não vamos deixar a comunidade indígena de Dourados sem água por parte do Estado. Apesar de ser uma atribuição federal, sempre digo que são cidadãos sul-mato-grossenses”, frisou o governador Eduardo Riedel ao comentar a busca por solução a falta de água nas aldeias douradenses.
“Temos que ter ordem, organização e diálogo permanente. Fico feliz que nosso time chegou a um bom termo lá em Dourados com a comunidade para a gente poder seguir com a vida normal, trabalhando ao lado das parcerias, firmemente, para resolvermos um problema histórico, que é da água na reserva indígena de Dourados”, concluiu Riedel.
O Governo de Mato Grosso do Sul assumiu o compromisso de perfurar dois poços na Reserva Indígena de Dourados, concluindo as obras até 15 de março de 2025. Até que chegue ao fim essa construção, as aldeias serão abastecidas diariamente com caminhões pipas ofertados pelo Estado. A previsão é que R$ 490 mil sejam utilizados na obra.
“Em todos os momentos falamos que não dava para um caminhão perfurar um poço agora, porque tem um processo a ser feito. E nós vamos fazer um contrato emergencial, e é o DSEI junto com a Sesai, que são os responsáveis, que vão nos apontar onde que vai furar o poço, porque o Estado não se sobrepõe à União. Então nós vamos fazer juntos”, afirmou Viviane Luiza.
Ela ressalta que o Governo de Mato Grosso do Sul sempre manteve o diálogo com lideranças indígenas, inclusive apresentando documentos referentes ao projeto para garantir água na reserva, e que os estudos para um projeto eficaz, que venha a atender com regularidade às mais de 20 mil pessoas que vivem nas aldeias de Dourados, já vêm sendo realizados desde o ano passado.
“Este projeto mais estruturante e mais técnico não conseguimos fazer agora. A Sanesul já se comprometeu e já fez todo o projeto que está com o Sesai para que fosse realmente viável cobrir toda a rede. Esta obra de agora é emergencial, porque nós sabemos da dificuldade e da dor que realmente é não ter água”, completa.
Para o cacique da Aldeia Jaguapiru, Ramão Fernandes, a solução apresentada corresponde à expectativa da comunidade indígena. “Era isso que a gente esperava, que eles viessem de lá com uma solução definida pra gente aceitar”, diz.
Cacique da aldeia Bororó, Reinaldo Arévalo agradece aliviado por ter em mãos o documento que garante compromissos, responsabilidades e prazos, respectivamente. “Nós damos graças a Deus que deu uma solução assinada pelos governantes do Estado. A luta continua, nós vamos lá apresentar este documento para a nossa comunidade, porque eles estão aguardando”, descreve.
Já para o procurador do Ministério Público Federal, Marco Antônio Delfino de Almeida, que participou das tratativas, a conjunção das esferas estadual, municipal e federal era necessária para solucionar a questão que é complexa.
“Vejo com muito otimismo esse passo. Igualmente, houve uma sensibilização por parte do Governo Federal, e estes recursos somados, tanto aos caminhões-pipa quanto aos poços do Governo do Estado, representarão um incremento muito relevante neste problema hídrico que a comunidade tinha”, pontua Delfino.
Os prazos e as medidas acordadas no documento serão monitorados por uma comissão formada pela Funai e lideranças indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororó.
“Este é um dos aspectos mais importantes deste acordo, que é a construção de uma comissão com representantes da Funai, lideranças e demais segmentos da comunidade indígena, professores, agentes de saúde, para que, por meio de reuniões mensais, sejam devidamente informados de qualquer problema que ocorra”, finaliza o procurador.
Coordenador do DSEI/MS, Lindomar Ferreira esteve presente na reunião e assinou o termo de compromisso. Ele reforça que o caminho para resolução do problema está na união das três esferas. “Município, Estado e Governo Federal. Só assim a gente consegue implementar e entregar uma política pública de qualidade e melhor para as nossas comunidades indígenas aqui do Mato Grosso do Sul”.
Confira abaixo os pontos acordados no termo de compromisso:
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado da Cidadania, em apoio à Secretaria Estadual de Saúde/DSEI/MS, órgão do governo federal responsável pelo abastecimento de água (saneamento básico) em territórios indígenas, se compromete a:
Disponibilizar R$ 490 mil para perfuração de dois poços, um na aldeia Bororó e outro na aldeia Jaguapiru. Destes recursos, R$ 250 mil derivam de emenda parlamentar do deputado federal Vander Loubet;
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Materializar a instrução processual do convênio de acordo com os trâmites burocráticos exigidos pelos órgãos de fiscalização. Prazo de conclusão: 15/01/2025;
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Em até 90 dias, a partir do início das obras, efetuar a conclusão nas duas aldeias. Prazo de conclusão: 15/03/2025;
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Efetuar o fornecimento de água por meio de caminhões pipa, de forma diária, até o período de construção e pleno funcionamento dos poços, conforme orientações do DSEI/MS.
Como contrapartida, as comunidades indígenas se comprometem a liberar totalmente a MS-156, o anel viário e permitir o livre trânsito dos caminhões pipa nas comunidades.
Já o Governo Federal, por meio do Ministério dos Povos Indígenas e do Ministério da Saúde/Sesai se compromete a:
Disponibilizar R$ 2 milhões para perfuração de quatro poços definidos a partir de estudos a serem elaborados a partir de terça-feira (03/12). Responsável pela ação: Sesai;
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Licitar os referidos poços até o final do mês de dezembro de 2024, com início das obras em janeiro de 2025. Responsável: DSEI/MS;
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Disponibilizar 100 caixas para armazenagem de água a serem distribuídas entre a comunidade indígena a partir de 02/12/2024, sendo 50 para Bororo e 50 para a Jaguapiru. Responsável pela ação: DSEI/MS;
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Definir até o dia 15/12 a forma de utilização de R$ 2 milhões a serem empregados no abastecimento de água da RID Dourados. Responsável pela ação: MPI;
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Efetivar um estudo para eventual incremento do fornecimento de água por intermédio de caminhões pipa durante o período de construção e pleno funcionamento dos poços. Prazo de conclusão: 10/12/2024. Responsável pela ação: DSEI/SESAI;
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Articular recursos para que seja efetuada uma solução estrutural do fornecimento de água, orçada provisoriamente em R$ 53 milhões. Os referidos recursos derivam de emendas parlamentares que serão deliberadas no dia 04/12, mediante aprovação da bancada federal de MS. Responsável pela ação: Bancada federal do Estado de MS;
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Efetuar tratativas com a Prefeitura Municipal de Dourados referente ao projeto de perfuração de um poço artesiano com recursos de R$ 250 mil derivados da emenda parlamentar do senador Nelson Trad. Prazo de conclusão: 15/12/2024. Responsável pela ação: DSEI/Sesai;
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Apresentar um cronograma de perfuração de poços artesianos nas áreas de retomada em Dourados, referente aos recursos de R$ 575 mil repassados pelo MPI. Prazo de conclusão: 15/12/2024. Responsável pela ação: UFGD;
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Efetuar ação emergencial de saúde mental destinada ao atendimento às famílias impactadas pela ação policial do dia 27/11/2024. Responsável pela ação: DSEI/Sesai.
Paula Maciulevicius e Jaqueline Hahn Tente, Comunicação da Cidadania
Nyelder Rodrigues, Comunicação Governo de MS
Foto de capa: Jaqueline Hahn Tente/Cidadania
Galeria: Ewerton Pereira/Secom
Após conquistar o segundo prêmio consecutivo, o Projeto Navio já se prepara para sua terceira missão, que terá início em meados de janeiro de 2025. A iniciativa, que atende comunidades ribeirinhas, percorrerá o trajeto de Ladário a Porto Murtinho, levando assistência médica, odontológica, vacinação, exames e ações de vigilância em saúde em uma abordagem integrada de saúde única. A previsão é de que a expedição dure cerca de 21 dias.
Com foco na saúde humana, animal e ambiental, o projeto também realiza atividades de educação em saúde, incluindo a distribuição de filtros de barro e hipoclorito para conscientizar sobre a qualidade da água. Além disso, reforça a vacinação e promove orientações práticas que impactam diretamente o bem-estar das populações atendidas.
Na última missão, foram realizados cerca de 500 atendimentos, número que a equipe pretende superar em janeiro. “Estamos indo para a terceira edição e com isso incorporando mais pessoas, mais tecnologia, mais inovações e projetos que possam efetivamente melhorar as condições de vida e saúde dessa população”, adianta a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.
Reconhecimento
O Projeto Navio (Navegação Ampliada para a Vigilância Intensiva e Otimizada) foi idealizado para levar assistência às comunidades ribeirinhas e regiões de difícil acesso no Pantanal, oferecendo uma solução inovadora que integra as dimensões da saúde humana, animal e ambiental, em um conceito de Saúde Única.
A iniciativa é fruto de colaboração entre a SES/MS, Fiocruz Minas (Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais), a Marinha do Brasil e a SES/MT (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso).
Em outubro deste ano, o projeto conquistou o segundo lugar na 28ª edição do Concurso de Inovação no Setor Público, promovido pela ENAP (Escola Nacional de Administração Pública). A premiação reconheceu a excelência da iniciativa ao fortalecer a gestão pública, promovendo maior eficiência e ampliando o acesso a serviços de qualidade para a população, especialmente nas áreas mais remotas do Estado.
E em novembro, foi um dos vencedores do XIX Prêmio Sul-Mato-Grossense de Inovação na Gestão Pública – Edição 2024, conquistando o 2º lugar no Eixo Inovação e Sustentabilidade. Realizado pela Escolagov, o concurso teve por objetivo reconhecer e premiar as melhores iniciativas de inovação no setor público estadual, incentivando a adoção de práticas mais eficientes e criativas na gestão pública.
“As premiações reconheceram a excelência da iniciativa ao fortalecer a gestão pública, destacando a inovação da Coordenadoria de Saúde Única, a primeira no Brasil com essa abordagem integrada. Ao trabalhar de forma unificada entre diversos setores, conseguimos alcançar resultados significativos para as populações ribeirinhas e para todo o estado. É importante também destacar o empenho e a dedicação dos colaboradores da SES, que foram fundamentais para a concretização deste projeto”, finaliza a Coordenadora de Saúde Única, Danila Frias.