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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 22 de Novembro de 2024
Um Ano de Guerra da Ucrânia, e então?

Um Ano de Guerra da Ucrânia, e então?

Após um ano de guerra da Ucrânia, algumas perguntas emergem: Qual o estágio do conflito? E quais foram mesmo os motivos da invasão russa? Vale a pena relembrar a trama política que levou ao cenário beligerante antes de avaliar a situação atual.

Desde o final da Guerra Fria, a Rússia vem tentando manter a liderança política e econômica que tradicionalmente exerceu no leste europeu, especialmente nas regiões que pertenceram à União Soviética. Fragilizada economicamente desde os anos 1980, a Rússia assistiu à expansão do Ocidente sobre a região no decorrer das últimas décadas: tanto a União Europeia quanto a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) incorporaram Estados que, no passado, orbitavam na esfera de influência soviética. Percebe-se, aqui, uma disputa de poder entre grandes potências: Estados Unidos (via Otan) e União Europeia, de um lado, com interesse em ampliar conexões econômicas, políticas e militares na região; e Rússia, de outro, tentando manter a hegemonia no leste europeu.

Em 2014, para dissuadir a Ucrânia de se aproximar da União Europeia, o governo de Vladimir Putin ocupou militarmente a Crimeia (no sul da Ucrânia) e apoiou as independências de Luhansk e Donetsk (no leste), regiões com população russófona. Em 2022 foi a vez da Otan acenar com um convite à Ucrânia para ingresso no pacto militar liderado por Washington. A reação de Putin foi movimentar tropas militares até a Ucrânia, caso a Otan não limitasse a área de atuação no leste europeu. A resposta do Ocidente foi ameaçar os russos com sanções econômicas. Putin, então, ocupou Luhansk e Donetsk, no Donbass. O Ocidente, assim, impôs sanções econômicas às duas cidades. A Rússia, então, invadiu militarmente territórios para além da região do Donbass, iniciando uma intervenção em larga escala. A reação do Ocidente, desta vez, foi estender as sanções econômicas para a Rússia. Assim foi o mês de fevereiro de 2022. Um ano depois, qual o estágio do conflito?

3) Mapa do conflito – Crédito – Viewsridge – Obra do próprio – Reprodução – Wikimedia Commons-compressed

Tudo indica que a Otan e a União Europeia desejam estender ainda mais a guerra. Por quê? Porque as duas pretensões russas durante o último ano de beligerância têm se revelado gradual e progressivamente não favoráveis a Putin. A primeira delas, que foi dissuadir a expansão da Otan no leste europeu, não apenas não vem se concretizando como também tem tido um efeito contrário: o pacto militar liderado pelos Estados Unidos vem obtendo mais aliados, coesão, contingente e justificativas para seguir existindo, mesmo após o final da Guerra Fria; a segunda pretensão, que foi proteger a população russófona no leste da Ucrânia, tem se mostrado ineficiente, já que a maioria dos mais de 6 mil mortos e 9 mil feridos no conflito é de pessoas da região do Donbass, onde o apoio à causa russa vem se tornando menor.

Do ponto de vista russo, também há uma tendência de manutenção do conflito. Por quê? Porque, para Putin, a guerra vem servindo de sustentação “ideológica” do governo, que, em nome do esforço bélico, reforça o discurso nacionalista (com apelo à identidade nacional), militarista (com uso de “hard power”, isto é, do poder político, econômico e militar) e expansionista no leste europeu, o espaço geopolítico considerado, pela Rússia, como fundamental para as pretensões do Kremlin de voltar a ser uma superpotência. O ônus das sanções econômicas, em parte, vem sendo diluído pela compra do petróleo e do gás natural russo pela China e pela Índia, pela inflação desses produtos na Europa central e pela alta taxa de juros praticada pelo banco central russo.

A manutenção do conflito também vem sendo a tendência por parte do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, uma vez que a Ucrânia tem solicitado, obtido e aceitado ajuda militar por parte dos membros da Otan: blindados dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Alemanha; mísseis dos Estados Unidos; drones da Turquia. A participação indireta do Ocidente na guerra tem sido responsável pelo terceiro estágio dos confrontos: no primeiro, de fevereiro a abril de 2022, a Rússia cercou Kiev e bombardeou o norte da Ucrânia; no segundo, de abril a julho de 2022, os ataques russos se concentraram no leste e no sul; no terceiro, desde julho (até o momento), graças ao apoio material da Otan, tem ocorrido uma contraofensiva ucraniana, no nordeste e no sul, razão pela qual a guerra tem se prolongado, sem que Moscou obtenha, de Kiev, a confirmação de que não fará parte das organizações internacionais ocidentais.

O estágio atual da guerra, então, é de manutenção do estado de beligerância, uma vez que, a longo prazo, o Ocidente deseja desgastar a Rússia, a Ucrânia orbitar no Ocidente, a Rússia manter “status” de grande potência, a China dominar a economia do leste europeu. Enquanto isso, seguem os milhares de mortos e os milhões de refugiados.

Foto: Professor Mateus Dalmáz – Crédito – Divulgação – Acervo pessoal

Dentre as formas de inteligência, qual é a sua? Wilson Aquino*

Dentre as formas de inteligência, qual é a sua? Wilson Aquino*

Se você não for bom em matemática, física ou química, não se preocupe, pois pode ser melhor em português, inglês ou em qualquer outra disciplina. E se ainda assim não se identificar com nenhuma delas, isso não é motivo para se achar inferior, pois existem diversas formas de inteligência, que podem ser tanto intelectuais como físicas.

Assim sendo, você pode crescer frequentando com dificuldade os bancos escolares e no final se identificar como um bom atleta em determinada modalidade esportiva, um músico, um artista, um escultor, um pintor, enfim, alguém com habilidades especiais desenvolvidas pelo físico em perfeita comunhão com a mente, que sempre será um mistério pela sua imensurável capacidade de realizações.

Essas verdades precisam ser trabalhadas no lar, especialmente junto às crianças que se deparam com esse problema de comparação de suas capacidades com as de colegas de classe, ou na juventude, no mercado de trabalho.

Agora mesmo, quando estamos iniciando um novo ano letivo, o problema pode começar, ou se repetir, deixando a criança insegura quando enfrenta dificuldade para dominar uma matéria e seus amiguinhos parecem não ter dificuldade alguma. Sentem-se “burras”, “incapazes” e isso muitas vezes provoca a extrapolação crítica, entrando no campo do bullying, que torna prejudicial todo processo de aprendizado da criança na escola.

Para evitar a chegada a esse ponto, não somente os pais, mas também professores e diretores de escolas precisam trabalhar bem esses temas nas instituições de ensino, fazendo com que as crianças cresçam dentro de um ambiente de conhecimento diversificado, sabendo que cada um nasce com alguma aptidão, que mais cedo ou mais tarde aflora em diferentes graus de potência. O bullying também deve ser trabalhado para se respeitar o limite de cada um.

Todo indivíduo tem pelo menos um dom especial. Uma ou mais habilidades físicas ou intelectuais que vão ajuda-lo a enfrentar o mundo e conquistar, com muito trabalho, o seu espaço. Então, não há com o que se preocupar, pois tudo o que se deve fazer é descobrir o talento de cada um para que seja utilizado em benefício próprio e/ou coletivo.

É importante saber que nossos talentos, nossas habilidades especiais de falar, escrever, esculpir, pintar, criar… são dons de Deus concedidos a cada um de nós para que os usemos da melhor maneira possível durante nossa vida aqui na Terra.

Dieter F. Uchtdorf, membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ensinou: “Talvez você pense que não tem talento, mas essa é uma conclusão falsa, pois todos temos talentos e dons, cada um de nós”.

Portanto, pode exigir tempo e esforço de nossa parte para descobrir e desenvolver ainda mais os dons que recebemos, mas todos temos muito a contribuir por meio das habilidades que Deus nos deu. Jovens e adolescentes precisam ser pacientes e exercer fé de que os problemas que enfrentarão a partir dessa fase, podem ser vencidos e as conquistas bastante prazerosas, compensando os tombos que certamente levarão mesmo quando estiverem fortalecidos, pois assim é a vida.

O Senhor deu a todos um cérebro excepcional, capaz de grandes feitos se bem utilizado para conquistar e dominar as coisas. Então, se não sou bom (naturalmente) em matemática, física ou química não há problema algum se eu quiser realmente dominar essas disciplinas, porque nossa mente é capaz sim de obter os conhecimentos mais difíceis. Tudo o que precisamos fazer é estudar e insistir de maneira perseverante até alcançar os objetivos desejados. A mente que o Senhor nos deu é perfeita e permite tranquilamente isso a todos.

Lembre-se de que até Jesus Cristo aprendeu gradualmente, com o passar do tempo. Seja diligente, mas também paciente consigo mesmo, pois o aprendizado acontece “linha sobre linha, preceito sobre preceito” (2Néfi 28:30).

Aprenda pelo estudo e pela fé. Sua capacidade de compreender a verdade em qualquer assunto será melhorada ao combinar o máximo de seus esforços intelectuais e espirituais. Viva de maneira que possa ter a ajuda do Espírito Santo. As palavras do próprio Salvador confirmam Sua preocupação e interesse em nos ajudar: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente” (Tg.1:5). Acredite nisso, pois “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria Ele e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria? (Nm.23:19).

*Jornalista e Professor

De adobe e taipa de sebe, o berço do Estado!  Rosildo Barcellos

De adobe e taipa de sebe, o berço do Estado! Rosildo Barcellos

Miranda cantada em versos, Miranda contada em prosa, de façanhas sem fronteiras, de área portentosa, pelo desenvolvimento, pela hospitalidade, pelo exemplo sulino, pelas personalidades, a ti cidade sorriso, baluarte da nação, hei de honrar a tua flâmula, hei de amar o teu brasão, assim conta um trecho do Hino da cidade de Miranda, berço da história do Estado, possui um patrimônio histórico que remonta a Guerra da Tríplice Aliança, sendo palco de muitos acontecimentos que perenizam seus reflexos até os dias atuais. Fundada a partir da construção do Presídio Nossa Senhora do Carmo, do Rio Mondego, reduto construído pelo governador Caetano Pinto de Miranda, a mando do Capitão das Conquistas João Lemes do Prado, que desbravou os rios Mbotetei (Miranda) e Arariani (Aquidauana), encontrando as ruínas de Xerez, cidade fundada em 1579 e destruída pelos índios Guaicurus, e, que, na ocasião, tinha o objetivo de defender a região contra possíveis ataques dos (Castelhanos de Assunção). A 16 de julho de 1778, era chamada de Mondego, e em 1835, o local passou a se chamar Nossa Senhora do Carmo de Miranda e sua comarca encampou todo o Planalto do Amambai.

Em 1857, Francisco Rodrigues do Prado (irmão do fundador do presídio) consegue por meio de lei provincial transformar a localidade em vila com o nome de Miranda, sendo uma homenagem ao ex-governador que iniciou a construção do presídio. Entretanto, os homens de Francisco Izidoro Resquim, num total de cinco mil soldados, invadiram Mato Grosso, com uma coluna chegando até Miranda. A invasão se deu em 28 de dezembro de 1.864, por Bela Vista, tendo as tropas paraguaias chegando à vila de Miranda em 12 de janeiro de 1.865, causando destruição e se apropriando a maioria dos bovinos e equinos, existentes na Fazenda Imperial do Betione.

Com seu povo batalhador que buscava o progresso, a cidade é reconstruída novamente. No primeiro censo nacional realizado 94 anos depois, Miranda era a cidade mais populosa do sul de Mato Grosso com 3.852 habitantes. Atualmente a cidade possui cerca de 27 mil habitantes. Comemora-se a sua data de emancipação político-administrativa, em 16 de julho. Nesta data também é celebrado o Dia de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da cidade e nome da Igreja Matriz. Há na cidade ainda vários prédios históricos, como o antigo e o atual prédio da Prefeitura, da Usina Açucareira Santo Antônio, da Igreja Matriz e o da Estação Ferroviária, inaugurado em 1912 e que, em 2009, foi reformado e reinaugurado. O piscoso Rio Miranda, corta o município e representa um atrativo para turistas que procuram a região para pescar e descansar.

Para isso, há diversos hotéis, pousadas e hotéis fazenda. Além do turismo, a pecuária também movimenta a economia, com as mudanças em relação à Estrada de Ferro, tem considerável importância a BR-262, que faz a ligação Corumbá/Bolívia e a região Sudeste do Brasil. Existem também comunidades indígenas que buscam manter as tradições. Uma das grandes aldeias da região fica cerca de 17 quilômetros da entrada do município e tem o nome de Cachoerinha, com uma população estimada em 10 mil índios. A aldeia é composta por cinco outras comunidades menores, sendo elas a Mãe Terra, Babaçu, Argolinha, Morrinho e Lagoinha. O sustento da comunidade vem de duas grandes atividades, sendo elas a agricultura e a produção de peças em cerâmica. Assim é Miranda, tradição a céu aberto e traduz a saga de gerações que se sucederam no tempo!

*Articulista

**Regionalismo: Adobe (tijolo cru) e taipa de sebe (pau a pique)

 

Leia Coluna Amplavisão: PSDB e MDB juntos: Puccinelli isolado?

Leia Coluna Amplavisão: PSDB e MDB juntos: Puccinelli isolado?

‘OBSERVATÓRIO’: Nas eleições das mesas diretoras dos legislativos, sempre há negociações envolvendo outros cargos como consolo. Quem num acordo desiste de uma candidatura ficaria com ‘crédito compensação’. Nestas eleições da Alems, por exemplo, deve se repetir o ocorrido em pleitos anteriores. Sem espantos inocentes. Faz parte.

É NORMAL: Não é preciso construir catedrais de linguagem para falar das candidaturas  na Assembleia Legislativa. Os 24 deputados tem o mesmo direito. Vencerá quem  transitar melhor, agregar simpatia, carisma e prestígio partidário. Precisamos nos acostumar com o jogo democrático, às vezes até viciado, mas ainda o melhor existente.

INCOMPREENDIDOS: Às vezes o eleitor comum, sem intimidade com o clima do parlamento não entende, discorda da posição desse ou daquele deputado. ´Fatores mais influentes ficam submersos em certas votações como na eleição da mesa diretora e projetos de interesse do governo. A postura do deputado na campanha nem sempre se repete no mandato.

EQUILÍBRIO: Se na campanha eleitoral Riedel já mostrara essa faceta, agora repete-se a postura nas decisões administrativas, nas tratativas com a sociedade e nas relações com o público em eventos no dia a dia. Só tenho ouvido elogios sobre a facilidade de Riedel em se adaptar à liturgia do cargo. E mais: ele é  técnico, calmo – mas não é lento.

SÉRGIO MURILO: Presidente local do Podemos fez o raio X da sigla. Em 2022 elegeu 6 senadores, 12 deputados federais e 28 deputados estaduais (um no MS). Em 2020 foram 1524 vereadores e 99 prefeitos. No final de 2022 fundiu-se ao PSC. Engenheiro, Sérgio preside o Rádio Clube e constrói um grupo político. Sonha e não se omite. Tem seu valor.

MUDANÇAS:  As velhas e  suspeitas coligações de ocasião deram lugar as federações de caráter nacional, mais duradouras, dando sobrevida as siglas nanicas e o acesso ao Fundo Partidário.  Os partidos ficarão alinhados nacionalmente no mínimo por 4 anos (tempo do mandato) valido para os cargos proporcionais e majoritários. Mas as siglas preservam a identidade e autonomia.

QUESTÕES: Três federações estrearam no pleito de 2022 e outras devem ocorrer em 2024. Será um desafio para o novo sistema porque nos municípios há tradicionais grupos políticos antagônicos que serão obrigados a ‘deitar com o inimigo’ por decisão superior.  Essas uniões a contragosto  até provocam desconforto mas elas não são eternas.

EFEITOS: Antes, o partido era um em Brasília e outro nos Estados. Diferentes das coligações, as federações dificultam a união de partidos ideologicamente distintos. Antes os partidos eram companheiros num município e adversários na cidade vizinha ou em outro Estado. É o fim dos ‘partidos de aluguel’ com ‘donos’ que cobravam caro para eleger um candidato.

EXPECTATIVA: Muito cedo para dizer como serão as composições das federações partidárias para as eleições municipais de 2024. Estamos no início de um governo federal e a classe política – diante de tantos fatos ocorridos e do clima de expectativa – mantém  cautela esperando as eleições para o Senado, Câmara e a formação das suas comissões.

ENFIM JUNTOS! PSDB e MDB devem retornar ao papo de se juntarem. Na Câmara são 18 deputados do PSDB & Cidadania, e o MDB com 42. No Senado são 4 ‘tucanos’ e 9 do MDB. A hipótese gera expectativa aqui no Estado. O deputado Beto Pereira (PSDB), já defende a união, mas o ex-governador Puccinelli não vê com bons olhos a ideia.

BORBULHAS: A presença de Eduardo Rocha no Governo Riedel é significativa.  Fomenta o racha visível no MDB – isola, enfraquece Puccinelli, estabelecendo uma ponte com o Planalto através da ministra Simone Tebet. O jogo vai sendo jogado de olho nas eleições municipais que formatarão os projetos e as bases eleitorais para o futuro.

BOM SABER: O PSD, 42 deputados federais e 11 senadores na mira da federalização. Mas é cedo para saber com quem. Gilberto Kassab não abre o jogo. Em termos locais o plano do MDB seria atrair o vereador Carlão (PSD) (presidente da Câmara de Campo Grande)  e viabilizá-lo candidato a vice prefeito na chapa encabeçada por Beto Pereira.

SEM ILUSÕES:  A dimensão das bancadas no Congresso impacta no financiamento dos partidos. A maioria do Fundo Partidário é dividida entre as siglas proporcionalmente a votação para a Câmara Federal. O tamanho das bancadas influencia na atuação parlamentar, pois as presidências das comissões e as vagas na mesa são escolhidas pela proporcionalidade de votos.

O JOGO: Muito mais perguntas do que respostas na atual conjuntura. O que estaria passando na cabeça das lideranças dos principais partidos? Eles sabem da importância de eleger seus cabos eleitorais das bases. Prefeitos e vereadores são os pilares de sustentação, o oxigênio político que sustenta o mandato dos parlamentares estaduais e federais.

SINTONIA: É o que não pode faltar entre esses parlamentares e as lideranças de seus municípios na análise da viabilidade de integrar uma federação partidária. Nas cidades interioranas a política está presente 24 horas por dia de todos os seus segmentos sociais. Todo fato tem sua narrativa política. Vereadores e prefeitos deveriam ser ouvidos.

FERIDAS: Nas cidades do interior a cicatrização demora. Cada eleição deixa marcas, mágoas – tornando a convivência social do dia a dia difícil. Não é como simplesmente passar o apagador na lousa e começar do zero esquecendo as velhas diferenças e rixas pessoais.  É neste ponto que poderá haver dificuldades das federações partidárias.

COMPOSIÇÃO: da futura Câmara dos Deputados: PL 99 – PT/PCdo B/ PV 80 – União Brasil 59 – PP 47 – MDB  42 – PSD 42 – REP 41 – PSD/Cidadania 18 – PDT 17 – PSB 14 –PSOL/Rede 14 – Podemos 12 – Avante 7 – PSC 6 – Patriota 4 – Solidariedade 4 – Novo 3 – PROS 3 – PTB 1. Os dados divulgados pela Agência Câmara.

SENADO:   L 14 – PSD 11 – MDB 10 – União Brasil 10 – PT 9 – Podemos 6 – PP 6 – PSDB 4 – Republicanos 3 – PDT 3 – Cidadania 1 – PSB 1 – PROS 1 – PSC 1 – REDE 1. Para as 27 vagas disputadas a taxa de reeleição foi de 38,5%. Dos 13 senadores que tentaram a reeleição só 5 obtiveram êxito. Sete senadores não disputaram qualquer cargo.

GOLPISTAS? Lula  morde a língua e chama de golpe o impeachment da ex-presidente Dilma. Conclusão: quem votou a favor da medida seriam golpistas como os ministros Simone Tebet (MDB) do Planejamento; André de Paula (União Brasil) – da Pesca e Juscelino Filho (União Brasil) das Comunicações. Por tabela atinge também seu vice Alckmin e Temer, seu eleitor.

LIDERANÇA:  O poder é para os fortes. Antônio Carlos Magalhães se elegeu governador da Bahia em 1971, 1979 e 1990. Em 1986 perdeu para Valdir Pires, mas não deixou seus eleitores órfãos. ‘Não foi para Miami’.  No primeiro dia de governo de Waldir –  ACM  bradou na rádio: “Acorda Waldir moleza! Está na hora de trabalhar. ”  Resultado: em 1990 voltou ao poder.

APITO FINAL: “Não era nada ruim aquele tempo em que tudo era bom”. (Nélson Padrella)

Seja otimista e nunca diga não sei, não consigo!  Wilson Aquino

Seja otimista e nunca diga não sei, não consigo! Wilson Aquino

Um dos grandes obstáculos do crescimento humano nos aspectos moral, espiritual e profissional, é sua dificuldade de encarar os desafios com força e otimismo necessários para dominá-los, superá-los e sair vitorioso. O indivíduo (homens e mulheres) têm mais facilidade de exercer a fé negativa, de que não consegue, não sabe ou não aprende, do que ao contrário.

É muito comum um jovem começar algo novo nos estudos ou no trabalho e em pouco tempo achar que não consegue dominar aquele conhecimento com competência e sabedoria.

Se esquece ou não sabe, provavelmente porque foi pouco instruído, inclusive dentro do próprio lar, sobre a importância do pensamento positivo diante dos embates da vida.

Se esquece ou não sabe sobre o poder da mente humana de dominar absolutamente qualquer conhecimento, desde que os devidos esforços sejam evidenciados em todas as fases do processo.

Quando a pessoa recebe o desconhecido para aprender e dominar e logo diz: “eu não vou conseguir”, “isso é muito difícil”, ela já está se sentenciando ao fracasso pelo uso da “fé negativa”. Ou seja, se você mesmo já está impondo barreiras, dizendo a ele (cérebro) que algo é muito difícil de ser alcançado, como espera obter um resultado diferente?

Ao contrário disso também é verdadeiro. Ou seja, por mais que o desafio seja grande, a partir do momento em que a pessoa olha para ele e diz: Eu vou dar conta! Eu vou fazer! Eu consigo! O resultado certamente será outro.

Sabe por quê os judeus são, na sua maioria, prósperos profissionalmente? Estudos e pesquisas já detectaram há tempos que um dos principais motivos é que desde criança eles são “doutrinados” pelos pais com extraordinário otimismo sobre o futuro promissor daquela criança: “…filhinho será um grande banqueiro”, “…filhinho será um grande empresário”, …

A criança cresce com esse tratamento, mesmo atingindo a adolescência e a juventude. Dessa forma, ele acaba indo para o mercado de trabalho muito bem preparado psicologicamente e espiritualmente para se tornar um grande profissional.

Deus é o maior estimulador da vitória de todo indivíduo. Ele ama cada um e nos conhece inclusive pelo próprio nome. Sabe das nossas forças e limitações. Está sempre disposto a ajudar e a orientar todos aqueles que O buscam ao longo da jornada da vida.

Ele estabeleceu um grandioso Plano de Salvação para a humanidade, que consiste no esforço individual, de crescimento com Ele na mente e no coração. Requisitos básicos para vencer e ter sucesso nesta vida e na eternidade.

O Senhor também nos ensina sermos confiantes, otimistas, alegres. E mais: que ao exercermos a fé Nele, consigamos dominar todos os conhecimentos já revelados e até sermos usados como propagadores de novos conhecimentos em benefício de todos.

E como se não bastasse, ainda nos promete que: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada” (Tg. 1:5)

Ele está sempre nos ensinando sobre como as coisas são difíceis, mas que isso faz parte do Plano, pois se formos perseverantes, se não desistirmos, sairemos vitoriosos. Ele nos diz isso por intermédio das Escrituras Sagradas, como podemos ver em João (16:33): “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.

Todos nós podemos fazer o mesmo. Podemos superar os mais gigantescos problemas e limitações que nos forem apresentados.

O segredo é não se abater com as adversidades, não se menosprezar por conta delas e nunca achar que seremos sempre fracassados só porque perdemos uma ou outra batalha. Muito pelo contrário, isso deve nos fortalecer para os novos embates da vida.

Que venham os desafios neste novo ano de 2023! E felizes todos aqueles que os enfrentarão alicerçados na obediência e na fé em Deus e Jesus Cristo, pois esses serão sempre os vitoriosos.

*Jornalista e Professor.

Leia Coluna Amplavisão: Eleições: chove candidatos, faltarão vagas

Leia Coluna Amplavisão: Eleições: chove candidatos, faltarão vagas

CONCILIADOR: Em sua trajetória na vida pública Jerson Domingos justifica esse cognome e seus sinônimos (afável, ameno, amistoso, cortês, gentil, polido, suave). Agora como Conselheiro Presidente (temporário) do Tribunal de Contas, não tem sido diferente na sua postura reconhecida por todos. Jerson é espécie rara em tempos de tanta soberba.

SOBERBA: Floresce nos corredores dos poderes em todos os níveis. É o orgulho excessivo, a altivez, a arrogância a presunção. Aliás, início de ano é uma época oportuna para tocar no assunto invocando a Bíblia em ‘Isaias 14:11’:  “Sua soberba foi lançada na sepultura junto com o som das suas liras; sua cama e de larvas, sua coberta, de vermes. ”

DE LEVE:  Paulo Maluf, Jair Bolsonaro, Lula, George Bush e Donald Trump podem ser considerados alguns dos personagens públicos que em alguns momentos se comportaram com autoconvencimento exagerado. Por interesses e corporativismo a mídia até fingiu não destacar o tom arrogante deles, mas prevaleceu o olhar pontual da opinião pública.

PRAGA: Tarquínio – O Soberbo – marcou de forma negativa na Roma 496 A.C.   George Bush ( pai)  se dizia o melhor comparando a capacidade de Bill Clinton e do vice Al Gore a da sua cachorra Millie. Perdeu as eleições. No mesmo tom arrogante, ridicularizando a concorrência, Trump xingava Joe Biden de ‘Joe Sonolento’. Dançou!

BOM SABER: Até 1950 moravam na roça 64 % dos brasileiros. Hoje são 25%. No Sudoeste  7%. Nos ‘U.S.A’, líder na produção de alimentos, 77% da população reside nas cidades. A tecnologia explica o sucesso do latifúndio/empresa brasileiro contra a  ideia da reforma agrária numa época em que sobravam terra ociosa e gente no campo.

DA ASSEMBLEIA: Adeptos da boas relações, Marcio Fernandes, Jr. Mochi e Renato Câmara almejam a 1ª. vice presidência da Casa. Todos têm bom senso para aferir que os tempos são outros, diferente da época em que o MDB era o todo poderoso. Hábeis – são deputados com bom trânsito junto aos colegas e ao Governo Estadual. Isso conta.

‘BORBULHAS’: As eleições da mesa diretora do Legislativo Estadual têm ingredientes especiais. Ali não há ingênuos.  Alguém já comparou a situação atual aos momentos que antecedem a cobrança de pênalti no futebol. Basta um descuido do pretenso ‘cobrador’ para outro jogador vindo de trás surpreender – chutar e fazer o gol.

‘O TABULEIRO’: No vácuo de Bolsonaro há 3 nomes – com estilos diferentes – para ocupar a liderançaoje contra o PT :  os governadores  Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais; Eduardo Leite (PSDB) do Rio Grande do Sul e Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo. Deles, Zema (Chico Bento) tem sido o crítico mais mordaz do Governo Lula.

‘UM SAARA’: Com Bolsonaro fora do cenário, não se pode dizer que determinado político preenche todos os requisitos para herdar os votos dos eleitores da direita e do centro. Na verdade estamos vivendo num deserto de lideranças. Exceto se algum fato excepcional ocorra e mude o quadro, apenas os 3 nomes teriam alguma chance de êxito.

ELEIÇÕES 2024: Bastou virar o ano (2022/2023) e as atenções se voltaram para a sucessão municipal. Os observadores de plantão, comparáveis aos ‘torcedores técnicos’ da seleção de futebol. Opinam, apontam nomes, buscam na memória fatos como subsídios aos seus argumentos. A política e o futebol provocam esse sentimento ou reação popular.

NOMES: Apesar do fator tempo, das incertezas do cenário político e econômico, o que não faltam são aqueles interessados em participar. Percebe-se na capital e em várias cidades – já é possível delinear um esboço do futuro quadro eleitoral. O fenômeno de atração/sedução que o poder exerce sobre o homem é algo simplesmente fantástico.

ARMADILHA? Sim ou não. O profissional, o empresário de sucesso – exemplos de quem – em tese – deveriam manter distância da política. Mas a ideia sucumbe pela difícil leitura do que se passa no cérebro deles. É como tentar entender os mistérios do coração  apaixonado. A atração pelo poder é o caminho natural para tentar massagear o ego.

DO LEITOR: “Lembra? No impeachment de Dilma a esquerda comandou quebra quebra no gramado do Congresso; na Reforma da Previdência idem, assim como na Bolsa de Valores das Privatizações, além da destruição de laboratório pela Vila Campesina…( )…Lula e Boulos, sem razão ou moral para criticar o quebra quebra em Brasília ”.

HERANÇA: Como diz a canção: “Não está sendo fácil…” A prefeita Adriane Lopes (Patriota) vai gastando o seu estoque de recursos para viabilizar a sua administração na capital. Os desafios se sucedem – exigindo habilidade inclusive nas relações e parcerias com o Governo Estadual e vereadores. Vem aí 2024 e o fator político já começa a pesar.

‘A HERDEIRA’: Cautelosa, a prefeita Adriane não avança o sinal nas declarações e postura. É ciente do rumo das eleições municipais, do jogo pesado, e que o PSDB quer emplacar Beto Pereira (deputado) candidato.  Pesa contra ela a falta de um grupo político próprio para lhe dar suporte, o que a obriga ao exercício diário de malabarismo.

‘MUY AMIGOS’: Grave a decisão unilateral da Argentina em cobrar pedágio (U$$1,47 por tonelada) das embarcações que navegarem no trecho argentino do rio Paraguai.  Vai impactar no custo das nossas exportações de soja e do minério de ferro principalmente.  Com a palavra os nossos parlamentares federais. Ora! Não há férias para opiniões.

OPINIÃO: Experiente, o ex-ministro Nelson Jobim entende que a retaliação do Governo contra os ataques em Brasília e as críticas de Lula às Forças Armadas não ajudam e  podem até fortalecer a radicalização bolsonarista. Espera-se que o presidente  não insista na fala aos militares naquele mesmo tom. Seria tentar apagar incêndio com gasolina.

PERFIL:   Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura, 58 anos de idade, nasceu em Bela Vista do Paraiso (PR). Ex-vice governador do MT ocupou a Secretaria do Meio Ambiente. Seu atual mandato de senador vai até 2027. Antes foi presidente da Aprosoja do Mato Grosso e hoje cursa Tecnologia em Gestão Pública na Unigran (Dourados).

TUCANOS ARREPIADOS:  O PSDB  retruca na mídia e busca a justiça contra a adoção do termo ‘golpe’ pelo   Planalto  ao se referir ao impeachment da ex-presidente Dilma. Aliás, essa guerra cultural propagandista do novo Governo cheira ranço.   Os tucanos lembram que o processo obedeceu aos trâmites constitucionais e citam o artigo 37 – parágrafo primeiro da Constituição na sua defesa. Aguarda-se novos episódios.  oje

PILULAS DIGITAIS:

Prender um ex-ministro da Justiça é fácil. Quero ver enquadrar a Justiça. ( na internet)

Anderson Torres: o único brasileiro a ir para Miami, não trazer um celular novo e ainda deixar o velho lá. (no facebook)

“Exército contrata Americanas para aprender a dar golpe”. (The Piauí Herald)

Hoje, a ideia é morrer jovem o mais velho possível. (na internet)

O pior cego é aquele que vê louça na pia e não lava. ( na internet)

Regulamentar o lobby sim, legalizar a corrupção não! (na internet)