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Bela Vista-MS Sábado, 18 de Maio de 2024
O Elogio do Pequeno: Por Janir Alves

O Elogio do Pequeno: Por Janir Alves

Quando encontramos um ombro, um porto seguro, um amor enfim, que talvez nunca tenhamos sonhado, ou que simplesmente, sempre estivemos esperando, percebemos que a vida realmente traz e carrega as suas belezas naturais, e somente os apaixonados que a enxergam. Quem não recebe poesia do ser amado, deixa de alimentar a alma como ela realmente necessita. Aliás, arrisco a dizer: qual mulher não gosta de flores e de poesia ? E quem disse que a noite precisa de estrelas para ser noite ?

Certamente me incluo no grupo de mulheres que também entendem ser necessário que estrelas precisem da noite para brilhar … a proximidade com o aniversário de sua partida ( 13 de novembro de 2014) e as esperanças de mudanças e renovação nesse 15 de novembro que se aproxima, faz com nós mulheres se sintam um pouco mais reflexivas. E em momentos de reflexão lembro de Corumbá e Ladário e de nosso poeta maior: Manuel de Barros. Que andou também pelo mesmo chão branco, que eu piso com meus pés descalços. Manoel de Barros é uma estrela com o brilho constante. Hoje mesmo, soltou pipas no céu da minha vida, enquanto escolhia uma poesia, para enviar como mensagem ao meu amado. Fui lendo e relendo até sentir que era levada pelo  vento. Momento em que me perdi totalmente na obra do nosso poeta que quis ser reconhecido como passarinho. Ele partiu, mas não se foi.

E se as palavras são eternas, certamente que o sinônimo de eterno… é poesia. E Manoel de Barros sabiamente afirmava no” Livro sobre nada” – Eu queria ser lido pelas pedras. As palavras me escondem sem cuidado. Aonde eu não estou as palavras me acham. E continuava com a beleza dizendo: A minha diferença é sempre menos. Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria. Não preciso do fim para chegar. Do lugar onde estou já fui embora.
Assim, Manoel Wenceslau Leite de Barros, que nasceu em 1916 em Cuiabá e viveu grande parte de sua infância em Corumba, em uma propriedade rural, certamente caminhou por estes meandros ladarenses, que hoje passeamos a cantarolar. E com certeza o poeta desenvolveu um discurso literário que não se mantém na superfície das palavras conscientes, nem racionais, mas que são muito nossas. Nós que respiramos o ar cultural de Ladário e Corumbá.
Manoel de Barros mergulha nas mais fundas águas da irrealidade das fantasias humanas.

Janir Alves

Quando criança, apelidado de “Nequinho’ por sua família, sentia a textura da terra nos pés, de Ladário e Corumbá, brincando e correndo entre personagens que definiriam futuramente sua obra, os currais e os objetos que chamavam a atenção do futuro escritor e assim redimensionamos o nosso dia enfocando a relação entre homem e natureza, marcando o território de sua criação como contrário a tudo o que é útil ou racional. Indubitavelmente, Manoel de Barros carregou consigo suas valiosas vivências de infantis de menino, experimentada na singela vida rural pantaneira, e assim próximo ao seu centenário, deveríamos além de comemorar a transfiguração do mundo, que corresponde à experiência dos próprios sentidos mas também valorizar a nossa própria vida, dando mais brilho as pequenas coisas, que nos encantam: como o amor e a poesia, assim como Manoel de Barros nos ensinou. Quero aproveitar esse espaço e dizer que o primeiro turno das eleições municipais está marcado para 15 de novembro. O segundo turno, onde houver, ocorrerá em 29 de novembro. O horário de votação é sempre das 7h às 17h, no horário local.

Uma das justificativas aceitas para não ter ido votar é se o eleitor comprovar que estava fora dos limites geográficos de seu domicílio eleitoral, no dia de votação. Neste ano, em função da pandemia do novo coronavírus (covid-19), foi adicionada ao aplicativo e-Título uma funcionalidade que permite justificar a ausência por meio do sistema de georrefenciamento disponível nos aparelhos celulares. A função é capaz de identificar se o eleitor está de fato fora de seu domicílio eleitoral.

O e-Título pode ser baixado gratuitamente nas plataformas Google Play, para celulares que usam o sistema operacional Android e App Store, para usuários de iPhone.  A justificativa de ausência por meio de georreferenciamento pelo e-Título estará disponível somente no dia e no horário da votação. A justificativa por outras razões, como motivos de saúde, por exemplo, também poderá ser feita no aplicativo, mas somente depois da eleição, num prazo de 60 dias.

Não posso deixar de lembrar que: nesse próximo domingo, além de toda a cautela em função do COVID-19, tenha cautela para escolher nossos representantes mais próximos (vereador e Prefeito). Busque quem tem história e quem preserva essa história. Quem abraça a cultura e o turismo. Pois já foi provado que esses dois itens trazem recursos, empregos; movimentam a economia, e com a economia forte reforçamos a saúde. Se o cidadão tem acesso ao emprego, ele pode cuidar de sua família, adquirir o medicamento, ter momento da sua caminhada, do seu lazer, pagar seus impostos em dia e assim movimentar as contas do município, que responderá com obras e desenvolvimento da cidade. E nesse momento, ao meu ver, é o que precisamos de imediato!

* Acadêmica de Educação Física

 

Leia Coluna Amplavisão: Uma eleição discreta e sem rostos

Leia Coluna Amplavisão: Uma eleição discreta e sem rostos

EVIDENTE! Ninguém decide entrar numa campanha eleitoral por espírito altruísta. A vaidade e o sonho de poder afloram dentre os incontáveis interesses submersos das candidaturas, independentemente das dimensões do cenário da disputa. No frigir dos ovos as ‘boas intenções’ de doação à favor da comunidade ou Pátria, são apenas retóricas de pretenso encantamento.

EXCEÇÃO?  Dr. Enéas revelou; a entrada na política deveu-se as reclamações de sua esposa, saturada de suas queixas do país/políticos. Fundou o Prona em 1989 e disputou   por  3 vezes ( 1989/1984/98) a Presidência da República ( 12º, 3º e 4º lugar) e em 2002 à Câmara; recorde; 1.570 mil votos em S. Paulo e reeleito em 2006 ( 4º maior votação).

CREDIBILIDADE:  Enéas conseguiu passar isso aos eleitores já decepcionados com tantas tragédias eleitorais e administrativas do país. Pelos temas abordados e suas ideias a respeito, embora ignorado pelas velhas raposas de outras siglas, encontraram eco nas  diferentes camadas sociais. Intelectual e patriota,  exemplo raro de altruísta na política.

REJEIÇÃO:  Ela decide o potencial dos candidatos  no decorrer da disputa. Ela é a foto imutável que o eleitor tem do candidato e que acaba definindo o seu potencial de sua aceitação ao longo da campanha. Aí, não basta se ater aos números da parte positiva das pesquisas. Contam também os índices de rejeição. Rejeitado não cresce.

TRÊS LAGOAS:  422 kms de ruas asfaltadas,  218 kms de terra e só 36 kms de drenagem.  Ângelo Guerreiro assumiu com 54% de esgoto e até o final de 2020 chegará aos 87%. Pronto o projeto para o asfalto de 75 kms, drenagem e galerias. O prefeito investe num setor ignorado pelas gestões anteriores. Daí as pesquisas indicam sua reeleição tranquila.

NO RETROVISOR:  Comerciante, com passagem pela Câmara Municipal e A. Legislativa, Guerreiro defende a gestão pública técnica. Mas além de sua formatação política, o carisma e sensibilidade na relação com a comunidade pesam na avaliação das reivindicações e prioridades. Temos duas Três Lagoas: antes e com Guerreiro prefeito.

BEM ATUAL:  Max Weber, guru do ex-presidente Fernando H. Cardoso (PSDB) já pregava:  “aqueles que buscam a salvação das almas, a sua e a do próximo, não devem buscá-la nas avenidas da política”. Na contramão do alerta, os políticos estão atrelados cada vez mais a religião.  Aliás, a ‘Marcha para Jesús’ também tem esse viés político.

FAVORITO:   Nem PT, nem MDB  tem conseguido a ressurreição nas pesquisas.  O prefeito Marquinhos Trad (PSD) mantém a musculatura  e o favoritismo na capital. Por conta do episódio conhecido Pedro Kemp (PT) acabou no prejuízo . Quanto a Marcio Fernandes (MDB) – não encanta e nem deslancha. E agora Puccinelli?

EM BAIXA:  O PT se recupera dos desgastes? Em 2016 perdeu 374 cidades  (60%) das 630 que administrava. Hoje sem chances em São Paulo, Rio e Salvador ( as 3 maiores capitais). O PT perdeu o monopólio da esquerda e a própria unidade. Pior: a direção nacional quer usar o palanque eleitoral para fazer a defesa de Lula. Aqui em Campo Grande o candidato petista ignora essa orientação.

CONCORRÊNCIA:   Outras vertentes da esquerda – com brilho próprio, se colocam como representantes do anti-Bolsonarismo.  A candidatura de Boulos (PSOL) em São Paulo é fruto da dissidência; Manuela d’Avila (PCdo B) em Porto Alegre é outro exemplo de que Lula, pelos seus erros, não dita mais a ordem unida da esquerda.

É NATURAL!  Falso ‘mocinho’ na Casa Branca. Democrata ou republicano ele vai priorizar os interesses ‘deles’. Portanto, sem razões os delírios críticos da oposição contra Bolsonaro. O Brasil ainda é referência na questão ambiental, produz o que o mundo precisa e consome – temos a China como outro grande parceiro comercial.

OUTRO POVO:  Olhando as eleições percebe-se o diferencial americano.  Outra cultura patriótica, história (a autonomia dos Estados) e as influencias diferentes da nossa. Não chegaram ao topo por acaso. Após a decisiva participação na 2ª. Guerra a liderança mundial foi alcançada. ‘A América para os americanos’ enquanto nós da América Latina somos vistos como ‘cucarachas’. É assim que funciona.

DESENCANTO: O torcedor que não sabe a escalação da seleção de futebol  é igual ao eleitor  desmotivado como mostram as pesquisas. Ele deve colaborar com a abstenção   através do voto nulo e branco. Lembrando Platão: “Não há nada errado com aqueles que não gostam da política. Simplesmente serão governados por quem gosta” (e aproveita).

MARQUETEIROS:  Alguns resolvem ser os donos da verdade, produzindo planos de governo e pensando pelos próprios candidatos ao invés de apenas trabalhar a linguagem dessas ideias.  Acham que tem a exclusividade de formulas mágicas de ilusionismo. Aí o eleitor começa a desconfiar da sinceridade ou viabilidade de suas propostas. E tchau!.

VEJA! A cada eleição uma lição. Apresentar um candidato não é com vender sabonete onde a embalagem/perfume contam. Nas eleições nem sempre a propaganda é a alma do negócio. Um exemplo: Enéas (Prona)  foi o 3º colocado na disputa presidencial  (1984) com apenas 1 minuto e 17 segundos no horário eleitoral sob os acordes da  Sinfonia nº 5 de Beethoven.  Quercia (MDB) e Brizolla (PDT) ficaram atrás dele.

PLANOS & PROMESSAS: Candidato a cargo majoritário é obrigado, desde 2010, a  apresentar  junto à Justiça Eleitoral o plano de governo. Mas na pratica o ‘plano’ acaba  sendo um conjunto de promessas vagas sobre  problemas genéricos, sem comprovar os mecanismos de gerenciamento. O candidato vende uma coisa e entrega outro produto.

UTOPIAS:   Pelas propostas de candidatos a prefeito da nossa capital, são visíveis as  ‘coincidências’ . Lembra o episódio protagonizado pelas Câmaras Municipais – que ao invés de fato elaborar a Lei Orgânica – terceirizaram  à empresas que negociaram  o mesmo trabalho também para outras cidades. Resultaram em Leis Orgânicas ‘siamesas’.

PROCEDE?  Circula nas redes sociais um questionamento sobre a obrigatoriedade do exercício gratuito da função de mesário nas eleições devido os riscos de contaminação do Covid 19. A pergunta é: se a função fosse remunerada haveria vaga para aqueles que não são apadrinhados das autoridades do Judiciário?  Correr riscos de graça é ruim.

‘MAR VERMELHO’:  Nesta época de eleições abre-se o divisor de águas nas cidades interioranas. A população faz suas escolhas e às vezes excede na defesa de seu grupo e ideias. Período de turbulência, de posturas que podem comprometer antigos laços de relacionamentos sociais.  A cicatrização das feridas só vem com o tempo ou sabedoria.

CIRO & LULA:  A reconciliação entre o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Lula (PT) capotará na primeira curva. O ego deles se equivalem. O primeiro tem protagonizado cenas hilárias nas redes sociais pelos excessos etílicos e palavrões. O segundo em grave crise existencial pelas derrotas na justiça. E ele continua pregando sua honestidade em pleno deserto.

Adeus, Luiz Roberto da Costa! Por Wilson Aquino*

Adeus, Luiz Roberto da Costa! Por Wilson Aquino*

A perda de um ente querido, parente ou não, é sempre um impacto. Por mais que saibamos que a morte faz parte da vida e que a vida não termina com a morte, porque é eterna, torna-se muito difícil aceitar o fato de que não mais veremos, neste plano, aqueles que amamos e que faziam parte de nossa rotina.

A perda recente que inspirou a presente reflexão foi a de Luiz Roberto da Costa, o “Seu” Roberto, meu vizinho. Não era um simples vizinho, pois fazia parte do nosso convívio no entorno de nosso lar. Aposentado da carreira militar, com mais de 70 anos, procurava viver bem e em harmonia com todos no seu dia a dia, sempre alegre, de voz mansa e otimista.

Adorava sua varanda no primeiro andar de nosso prédio. Eu, no terceiro e último do mesmo bloco. Era ali que ele passava boa parte do dia, sempre lendo, mantendo-se em dia com os noticiários dos impressos, que saia para comprar todas as manhãs. Também era ali com quem sempre estava a conversar com sua inseparável amada e companheira Sônia. Suas conversas eram longas e pareciam muito agradáveis. Era ali também que gostava de receber as visitas, inclusive filhos e netos.

Sempre bem-humorado e brincalhão, quando me via saindo para o trabalho, numa “segundona” por exemplo, ele, lá do alto perguntava:

– Wilson, pode me dizer que dia é hoje?

– É sábado ou domingo? Completava. Depois de lhe “tirar a dúvida”, ele ainda dizia: – Achei que hoje era sábado!  Eu repetia a ele  dizendo que um dia eu também desfrutaria daquele privilégio que só uma merecida aposentadoria permitia. Dava uma pequena gargalhada e me desejava abençoado dia.

Também era um grande apreciador de meus artigos publicados semanalmente neste prestigioso Jornal O Estado MS todo domingo, há mais de ano. Sobre as mensagens que escrevo, sempre alicerçadas nos bons princípios morais e espirituais, ele era um grande incentivador. Comentava os temas abordados, colocando seu ponto de vista sobre eles.

Entristece saber que ao sair e ao retornar para casa não mais o vejo no seu cantinho da varanda ao lado de sua amada Sônia.

“Seu” Roberto também amava a praia e ao longo da vida, conheceu quase todas elas do Brasil. Saia com Sônia, uma ou duas vezes por ano para passear. Contava que gostava de ficar longas horas de frente ao mar. Certamente relembrando fatos e feitos de sua longa jornada de vida. Chegava sempre cheio de histórias para contar.

O amigo deixa os filhos Elaine, Cleyson e Wanessa e três netos, responsáveis agora por levar adiante seu nome, seu legado.

Toda perda humana nos faz refletir e ver quão frágeis somos. Diante do corpo inerte do amigo, vi com mais clareza as fraquezas humanas.

Vi e refleti sobre como existem pessoas que desprezam a própria vida com futilidades; o próprio sangue quando cultiva e remói ódios e intrigas por toda uma vida, contra membros da própria família;

Como são duros de espírito e coração. Incapazes de perdoar, mesmo sabendo que ao fazê-lo, é ele próprio o maior beneficiário, pois retira do lombo, pesada carga;

Quão tolos e injustos são, que muitas vezes passam uma vida inteira sem entender e enxergar que o maior e verdadeiro sentido da vida é de fato amar e ajudar o próximo como a nós mesmos, como o próprio Senhor nos ensina por intermédio das Escrituras Sagradas.

Felizes aqueles que entendem a profundidade desse que é o segundo maior de todos os mandamentos e ensinamentos que Ele nos deixou para que, agindo assim, encontrássemos a felicidade plena neste plano de vida.

Então, depois de vagar também na imensidão das palavras carinhosas e amáveis proferidas pela filha Elaine, na despedida do pai, pouco antes de seu sepultamento, voltei à realidade e segui o meu caminho após garantir o armazenamento na memória e no coração, aquelas últimas lembranças gravadas naquele instante em torno do amigo que se foi.

*Jornalista e Professor

Leia Coluna Amplavisão: Você concorda com o que disse Voltaire?

Leia Coluna Amplavisão: Você concorda com o que disse Voltaire?

DECLARAÇÃO do filósofo francês Voltaire no século XVIII: “Há 2 tipos de ladrões; o comum que rouba sua carteira, o cavalo etc. e o político, que rouba seu futuro, sonhos e saúde. A diferença entre eles: o ladrão comum te escolhe para roubar seus bens. Já o ladrão político é você que o escolhe pra te roubar. Se o ladrão comum é procurado pela polícia, o ladrão político é geralmente protegido pela polícia.” Isso no século XVIII!

CONCLUSÃO: A declaração de Voltaire alerta os eleitores sobre a importância de votar certo. Sem desculpas: o cenário municipal e o cotidiano permitem saber quem é quem. Até os apoiadores dos candidatos precisam ser analisados. Voto sem critério é como um bumerangue que volta mais cedo ou mais tarde atingindo o próprio eleitor.

MEMÓRIA: Sem compostura o ex-presidente Lula (PT) definiu o político em 2016: “…a profissão mais honesta é a do político. Sabe por quê? Porque todo ano, por mais ladrão que ele seja, ele tem que ir para a rua encarar o povo, e pedir voto. O concursado não. Se forma na universidade, faz um concurso e está com emprego garantido o resto da vida. O político não. Ele é chamado de ladrão…”

‘COMPANHEIROS’: Nitroglicerina no vídeo onde o candidato do PT Pedro Kemp discute com a candidata a vereadora Karla Cânepa (PT) e é contido por assessores. Em plena campanha viralizou na internet. Apesar do ‘esclarecimento’ ficam os resíduos das imagens desgastantes. Parafraseando Fernando. Gabeira: “O que é isso companheiros?”

HÁ DÚVIDAS: Thiago Cânepa Amorim, irmão de Karla, postou no seu facebook que o episódio estaria vinculado ao repasse de recursos (Fundo Partidário e Fundo Eleitoral) aos candidatos a vereança. Aliás, essa questão ocorre em todos os partidos. Só para ilustrar: Dos R$ 807 milhões dos recursos oficiais nestas eleições, R$ 632 milhões (78%) foram para os candidatos veteranos. Aos novatos só R$175 milhões.

DEPUTADO Lucas de Lima (Solidariedade): Autor do projeto instituindo a ‘Semana Estadual do Lixo Zero”; sintonizado com o Ibama sobre o Pantanal. Deputado Evander Vendramini (PP); com a sua emenda entregou materiais à Rede de Combate ao Câncer de Corumbá; quer programa estadual de moradias populares em Corumbá. Deputado Deputado Marçal Filho (PSDB); virou lei seu projeto obrigando o Detran avisar sobre o vencimento do CNH; quer instituir a Campanha Permanente de Incentivo a Vacinação.

ESTRANHA: É a melhor definição desta eleição. A pandemia nos tirou a pratica do debate popular e nos levou ao sofá, tornando mais relevante o noticiário. Sem o ‘tête-à-tête’ das ruas e os debates já descartados pelas TVs, o marketing terá papel decisivo como influenciador. E aí é preocupante porque o eleitor poderá comprar gato por lebre.  

TRÊS LAGOAS: 4.582 funcionários, 432 estagiários e 182 terceirizados na gestão de Ângelo Guerreiro e Paulo Salomão. Competência e simplicidade compõem o binômio que revolucionou a cidade alcançando índices formidáveis de satisfação e qualidade vida. Quadro otimista que desembocará na reeleição como mostram as pesquisas.

EXPECTATIVA: Será? Especula-se o eventual socorro de lideranças do MDB e antigos aliados (‘guarda chuva protetor?’) para tentar socorrer a candidatura de Marcio Fernandes na capital. Entre eles estariam o ex-ministro Carlos Marun, o ex-vereador Paulo Siufi (MDB), os ex-deputados Jr. Mochi (MDB) e Edson Giroto (PR), ex-senador Moka (MDB) e a senadora Simone Tebet (MDB). Pelas circunstâncias – nem todos.

AH! O PODER! Espiridião Amin começou prefeito nomeado de Florianópolis em 1975 não parou . Eleito 3 vezes deputado federal, duas vezes governador; prefeito em 1988, está no 2º mandato do senado. As derrotas não o abalaram. Perdeu duas eleições ao governo e uma a Presidência da República em 1994 – quando chegou em 6º lugar.

TAMBÉM? Sua mulher Ângela Amin foi vereadora, deputada estadual, duas vezes prefeita de Florianópolis, hoje é deputada federal e está concorrendo à prefeitura da capital nestas eleições. O filho João Amin, herdou a política no seu DNA: já foi vereador, vice prefeito de Florianópolis e cumpre o 2º mandato de deputado estadual.

DEPUTADO Neno Razuk (PTB); pede recursos para a piscicultura de Amambai; quer parcerias para melhorar a mobilidade urbana de Dourados. Deputado Lídio Lopes ( Patriota); preside a Comissão de C.J. Redação; quer declarar de utilidade pública a Associação dos Servidores da Guarda Municipal da capital. Deputado João Catan (PL): participa das sessões remotas manifestando sobre projetos diversos e assuntos.

PRA PENSAR: Se a impugnação ao candidato Harfouche (Avante) for revertida ele poderá ser vitimizado e acabar beneficiado? Não! Ele não lidera a corrida e não é visto como herói, vítima dos donos do poder. É incomparável ao então candidato A. Bernal (PP) (ídolo ocasional), pois Harfouche não teria tanto apelo popular. É ver pra crer!

SEM FIM a novela da PEC da Prisão em 2ª. Instância. O presidente Rodrigo Maia (DEM), querendo a reeleição na Câmara, faz o jogo da esquerda e direita que tem rabo preso na corrupção. A proposta do deputado Fabio Trad (PSD) (relator dessa comissão) abrange todos os crimes (inclusive econômicos) e isso contraria vários interesses. Até o ex-ministro Moro elogiou Trad e ‘estranhou’ a postura ‘pastosa’ da Câmara.

PRESENTES: Os detentores de mandatos estaduais e federais estão nas redes sociais ao lado dos candidatos. A tecnologia permite essa aproximação na campanha. Mas se espera do eleitor a leitura qualificada dos perfis e propostas. As imagens sedutoras dos programas eleitorais na TV estão hoje nas redes sociais. É a mesmice em outro local.

PLIM PLIM: A Globo dizia que se sustentava, sem depender do Governo. Conversa mole! A demissão de tantos profissionais seria reflexo só do Covid? Aliás, Antônio Fagundes (ator demitido após 41 anos) falou disso à ‘Veja’. A saída seria viabilizar o apresentador Luciano Hulk candidato ao Palácio do Planalto? Um tanto quanto difícil.  

DEPUTADO Contar (PSL): é seu o projeto para gravar/divulgar processos licitatórios; enaltecendo as obras de 52 kms na BR 419 (MS) pelo M. da Infraestrutura. Deputado Gerson Claro (PP): Suas emendas ajudaram as Santas Casas de Cassilândia (R$ 60 mil) e Paranaíba (R$40 mil); ativo nas sessões. Deputado Antônio Vaz (Rep); alinhado à Sec. de Saúde nas ações anti Covid-19 e participativo nas sessões on-line. Deputado José C. Barbosa (Democratas); Combativo; sua candidatura em Dourados não interfere nas suas ações no legislativo.

VERDADES: Embora com apenas 11% dos pesquisados, a esquerda tem visibilidade maior que a direita (28%) e do centro (17%) no Brasil. Como dizem em Portugal: “a esquerda não faz farinha. Só barulho”. Ela tem apoio dos intelectuais, da mídia, do meio artístico e na educação. Mas quando se trata de governar é ruim. Só tem teoria.

COVID: mudou a rotina dos lares. Sem a empregada, patrões botaram a mão na massa. Até aprenderam cozinhar via WhatsApp. Os programas de culinária na TV e receitas no Instagram bombam. Só agora valorizam o trabalho doméstico. A propósito: metade das 8 milhões de empregadas domésticas ainda sem registro em carteira. Pode isso Arnaldo?

CRÍTICAS: Pegou mal a presença como entrevistado no ‘Roda Viva’ da TV Cultura de São Paulo o marqueteiro João Santana, condenado na ‘Lava Jato’, cumprindo pena domiciliar com tornozeleira. Ele fez comentários, opinou e ofereceu seus préstimos profissionais. O governador João Dória (PSDB) está sendo criticado por esse fato.

AGORA VAI? O desespero pode levar o PT a se unir ao PDT. Esse último encontro entre o presidente Lula e o ex-ministro Ciro Gomes indica isso. A situação das duas siglas nestas eleições indica desastre para ambas. Pelas pesquisas nenhum candidato apoiado por Lula lidera a corrida em 7 capitais. A capital paulista é apenas um exemplo.

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 VOLTAIRE: “Os homens erram, os grandes homens confessam que erraram.” 

Do giz à internet: Tempos diferentes pedem ações diferentes

Do giz à internet: Tempos diferentes pedem ações diferentes

Neste mês comemora-se o Dia do Professor, data instituída para celebrar o decreto que criou o Ensino Elementar no Brasil em 1827. De lá para cá são quase 200 anos, um período longo e de intensas transformações no sistema escolar e na forma de se ensinar e aprender. Principalmente neste ano, atípico, onde precisamos nos reinventar e redefinir os papéis, seja do aluno, seja do professor. Pode soar estranho, mas mesmo nesse contexto, todos ganham, com mais interação, informação e possibilidades de aprendizado.  

Com a internet, o professor, figura central da escola, não perdeu sua importância. Muito pelo contrário, ele apenas a evidenciou, já que nesse período de pandemia ele precisou mudar suas metodologias para garantir que o ensino não fosse interrompido. Os professores têm sido, assim como os profissionais da saúde, heróis em seu campo de atuação, pois mesmo dentro de um Brasil de tantas realidades, têm conseguido driblar os desafios impostos e se reinventar, transferindo o ensino presencial para o ensino ao vivo pela internet.  

É muito provável que pós-pandemia a máxima de que “temos escolas do Século XIX com professores do Século XX para alunos do Século XXI” tenha que ser repensada, pois grande parte dos professores têm se mostrado aberto às mudanças impostas e, sem dúvida, darão um salto em suas carreiras. Assim como os novos ambientes de estudo precisarão ser reinventados, com mais tecnologia inserida no contexto presencial. Escuto muito sobre estarmos perdendo um ano letivo e que devemos o quanto antes voltar para as salas de aula para recuperar o tempo perdido. Tem uma verdade nisso, mas não podemos olhar apenas sob essa ótica. Não devemos enxergar o ano como perdido, mas, sim, com o quanto aprendemos durante esse período e o que faremos com isso de agora em diante. A tecnologia conseguiu personalizar a Educação, tornando o aluno o centro do processo de aprendizagem. Os novos recursos possibilitam aulas direcionadas, pois temos retornos precisos sobre cada clique e conteúdo acessado, além de ampliar o acesso à informação, unindo o que já de melhor nos dois mundos.   

A discussão em sala de aula vai retornar, mas agora temos em mãos ferramentas que antes não eram tão utilizadas e podem apoiar e otimizar o que será debatido em aula, além de possibilitar o desenvolvimento de mais atividades no ambiente virtual. Aulas por vídeo, debates, convidados, inclusive internacionais, podcasts, entre outras fontes de informação, agora permitem o professor acompanhar bem mais de perto o desempenho de seus alunos. A prova deixa de ser o único balizador do aprendizado.  

Essa nova metodologia, onde o professor ensina o aluno a aprender e aprende com ele ao ensinar, faz com que o professor deixe de ser o portador do conhecimento para se tornar o mediador do processo de aprendizagem. Cabe a ele e às Instituições de Ensino Superior ofertar aos alunos, enquanto seres em formação, os mecanismos pedagógicos e tecnológicos necessários para que eles se tornem protagonistas de sua própria história, reforçando, assim, a missão do professor na sociedade, de forma atualizada com a nova realidade.  

*Adriano Pistore, vice-presidente de Operações Presenciais da Estácio.  

 

A difícil jornada matrimonial! Por Wilson Aquino*

A difícil jornada matrimonial! Por Wilson Aquino*

Na longa jornada da vida o indivíduo sempre encontra alguém pelo caminho com quem se relaciona profundamente de maneira afetiva, sentimental e amorosa. Com esses sentimentos explodindo nos corações, muitos decidem caminhar juntos, como marido e mulher, para geram filhos, formar família e lutar para obter sucesso nessa difícil convivência que, com o tempo, exige mais e mais persistência e perseverança de ambos para que tudo continue em flores.

No computo geral, muitos conseguem êxito nessa empreitada. Porém, aqueles que não se conscientizam de que o casamento é como uma planta que exige todo cuidado, carinho e adubação, com paciência, amor e devoção, se perdem e se separam. Como vimos, aliás, inúmeros casos todos os dias nos noticiários dos famosos. Na vida comum as estatísticas não se diferem. Se o cônjuge não for competente para trabalhar (duro) pelo fortalecimento do matrimônio, ele torna-se fadado ao fracasso.

Mas afinal, como saber se aquele parceiro ou parceira é o ideal para o matrimônio? Como saber se conseguirá trilhar com sabedoria a difícil jornada da vida?

Gosto muito do conselho de uma autoridade religiosa de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias que disse recentemente que é muito difícil encontrar num bar, numa boate ou locais do gênero, um bom companheiro ou companheira que estará disposto (a) a trilhar com sabedoria o caminho matrimonial, enfrentando os percalços da vida, sempre pensando no bem-estar da casa, da família. Não é uma regra, mas pessoas que gostam e convivem em lugares santos são muito mais propensas a viverem com alegria e segurança, principalmente se estiverem alicerçadas nos ensinamentos e mandamentos de Deus, que desde sempre se preocupou em orientar e mostrar o caminho.

Nesses últimos tempos em que tanto homens como mulheres parecem fugir da responsabilidade matrimonial, torna-se ainda mais difícil formar pares, e ainda mais “perfeitos”.

Entretanto, se o indivíduo se conscientizar de que não está só neste belo mundo, cuja vida é eterna, e que Deus é o Senhor de todas as coisas, torna-se muito mais fácil enfrentar o cotidiano e esperar até que Ele coloque o ser que será vosso cônjuge, com quem poderá ser feliz e estabelecer um lar poderoso, capaz de vencer toda e qualquer adversidade que a vida impuser. Lembrando é claro, que devido ao livre arbítrio que Ele deu a cada um, cabe também ao próprio indivíduo trabalhar e se esforçar para construir uma vida matrimonial estável e feliz.

A pandemia revelou uma lamentável verdade: Casais não conseguiram fazer florescer e adubar o amor que os uniu. O lar, que deveria ser sagrado para ambos, tornou-se um campo de batalha. O resultado disso tudo foi um aumento astronômico de divórcios e separações. Os números vêm sendo estampados nos jornais em todo Brasil.

Lamentável e triste, porque o resultado de mais tempo juntos deveria provocar um efeito contrário, ou seja, de confraternização e alegria por partilharem de atividades no lar. Em vez disso vieram as brigas, os desentendimentos e o envolvimento inclusive dos filhos. Pior ainda quando a violência extrapolou o relacionamento, virando caso de polícia.

Definitivamente, matrimônio não é para qualquer um. O homem ou a mulher que não for competente para administrar o relacionamento, adubando-o com paciência, carinho e amor, não conseguirá viver casado. Se persistir, sem se conscientizar de que precisa se esforçar, trabalhar duro para ter êxito, as coisas continuarão ruins e seguirão rumo ao divórcio, à separação. Existem muitos casais que são resistentes em permanecer em desarmonia e consegue viver anos e anos dessa forma, provocando muitas vezes dor e sofrimento para os filhos e a família, sem que nenhum dos lados tome a atitude necessária para mudar esse estado de coisas.

Quando o indivíduo alicerçar seus atos e ações nos mandamentos e ensinamentos de Deus, deixará de pensar em si próprio e procurará fazer seu cônjuge feliz, superando com facilidade todas as adversidades da vida, pois seu lar ganhará mais luz, bênçãos e alegria que envolverão e fortalecerão toda família.

*Jornalista e Professor