ago 12, 2022 | Mato Grosso do Sul
As últimas semanas para a indústria brasileira não foram fáceis. Começamos, na semana passada, com o impactante aumento da taxa básica de juros, a Selic, que chegou à 13,75%, depois da decisão do Banco Central. Esse número, por si só, já é um abuso.
A pandemia de Covid-19 nos trouxe muitas dores, muitas vidas foram perdidas e, no campo empresarial, muitos fecharam seus negócios. Agora, com a pandemia praticamente controlada, as empresas estão se reorganizando e focando na retomada econômica. O grande problema são os obstáculos diários que são colocados nesse caminho
Nessa semana, fomos obrigados a lamentar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que suspendeu a redução as alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). A decisão liminar resgata um ambiente de incertezas quanto ao recolhimento do imposto, impacta diretamente a formação do preço dos produtos ao consumidor e adiciona dificuldades à retomada econômica, que já vem sofrendo com o constante aumento das taxas de juros.
O desafio de manter as indústrias mais competitivas está cada vez maior e mais desgastante. As empresas começam a ter dificuldades nos seus investimentos, agravados por outro dado: falta de mão de obra qualificada. Ou seja, além de sofrer com todo disparo fiscal e tributário, o empresário está com grandes dificuldades em encontrar trabalhadores qualificados.
Em que pese os investimentos do Sistema Indústria na busca ativa por trabalhadores para qualificação, estamos enfrentando um fenômeno. Ao mesmo tempo que Mato Grosso do Sul tem, ao menos, 20 mil vagas de trabalho abertas, o Estado tem cerca de 100 mil famílias vinculadas a benefícios sociais. Ou seja, a conclusão é que sobram vagas de trabalho com carteira assinada, mas falta gente qualificada e interessada em ocupar essa vaga de trabalho. O benefício em detrimento ao emprego. O desafio a partir desse momento é entender como as ajudas sociais estão, em certo ponto, afastando o interesse pela vaga de trabalho.
Em contrapartida a esse fenômeno social, a prova de que a indústria resiste, sobretudo em Mato Grosso do Sul, é irrefutável.
O PIB industrial do Estado atualmente é de R$ 20,5 bilhões, respondendo por 22% de todo o PIB estadual. Com isso, a indústria é o setor econômico com a segunda maior participação no PIB estadual. Até 2020, último dado oficial disponível, nosso estado tinha 5.840 estabelecimentos industriais ativos, para 2022, a projeção é de fechar em 6.100.
Na geração de emprego a indústria encerrou o ano de 2021 com 132.830 trabalhadores formais diretamente empregados, indicando um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior. No ano passado, foram abertas 7.259 vagas pelo setor industrial sul-mato-grossense. Com relação às exportações, a receita com produtos industriais exportados alcançou em 2021 US$ 4,32 bilhões. Isso representa 63% sobre a receita total de exportação do Estado.
Além disso, os investimentos no setor industrial do Estado ultrapassam a casa dos R$ 30 bilhões. A reflexão que fica é que a indústria brasileira, sobretudo a de Mato Grosso do Sul, tem um potencial de desenvolvimento sem limites. Os limites são exatamente essas pedras que vamos encontrando pelo caminho. Apesar de não ter um dia de paz, a indústria ainda resiste.
*Sérgio Longen é empresário, presidente da Federação das Industrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS) e vice-presidente da Confederação Nacional da Industria (CNI)
ago 12, 2022 | Mato Grosso do Sul
No antigo estado francês da Bretanha, na Alta Idade Média, viveu um aluno de São Tomás de Aquino que foi alçado à santidade pela pureza e destemor de seus atos em defesa dos desfavorecidos. É dele a célebre frase – “Jura-me que tua causa é justa e eu a defenderei gratuitamente”. Ele, no mais puro exemplo de amor cristão, inaugurou um serviço de assistência judiciária gratuita que anos mais tarde viria a inspirar a atual instituição da Defensoria Pública. Seu nome é conhecido como Santo Ivo, padroeiro dos advogados.
Ao longo de centenas de anos até o presente século, não se mensura a importância do exercício da advocacia para a construção de uma sociedade mais justa, livre e solidária. Não por menos o advogado é essencial à administração da Justiça, exercendo múnus público de impreterível função social. Tal se deve ao fato de que o seu acesso à justiça é condição básica para a dignidade da pessoa humana.
Nossa missão é não apenas a de defender a boa causa, mas atuar com altivez e sensibilidade para pacificar o conflito social e garantir a plena consecução da Justiça. Como diria argutamente Ruy Barbosa, é mais que uma profissão, é de uma dignidade quase sacerdotal. E, assim sendo, deve mostrar a sua dignidade em cada ato, desde a empatia pelo sofrimento do cliente até o zelo, ética e transparência na condução da causa, passando pelo não aviltamento de honorários.
A verdadeira advocacia não é o comportamento arrogante e distante típico dos inseguros, antes é o engajamento ético e zeloso com a causa e a pureza de propósitos em relação ao cliente. É conectar-se com a sua angústia em paradigma de horizontalidade e sensibilidade. Feliz é o verso solto do poeta e advogado Quintino Cunha quando registrou: “Na história da teimosia, entre a rudeza e a arrogância, é tão forte a ignorância, tão cruenta, tão mendaz, que a própria Sabedoria; de tudo, sabendo tanto, não pôde saber de quanto, o ignorante é capaz.”
Neste dia 11 de agosto, Dia do Advogado, que toda a classe reflita sobre a nobreza da mais bela das profissões e que sejamos dignos de nosso status pela promoção irrestrita do Estado democrático de Direito e dos direitos fundamentais.
Helano Márcio Vieira Rangel – Advogado, docente da Estácio
ago 12, 2022 | Mato Grosso do Sul
PIONEIRISMO: Parabéns ao presidente da Cassems – Ricardo Ayache – pelo feito do Hospital da entidade em Campo Grande – realizando o primeiro transplante de medula óssea de Mato Grosso do Sul. Um procedimento de alta complexidade que coloca nosso Estado no mesmo patamar da medicina de outros 10 Estados. Quando o trabalho é sério ele produz bons frutos.
CARIMBADAS: Na relação de candidatos à Câmara Federal e Assembleia Legislativa há mais de uma dezena deles sem mandato. São figuras conhecidas de outras eleições e que de novo apostam no sucesso. Como a lei eleitoral exige tratamento igual aos candidatos, não citaremos os nomes deles e nem comentaremos sobre outros postulantes até as eleições.
DETALHES: A legislação eleitoral – no caso de transgressão das suas normas isenta os candidatos, mas prevê multas pesadas aos órgãos de imprensa: sites, rádios, televisões, jornais, etc. Assim, o conteúdo da coluna terá novos critérios na abordagem das eleições, omitindo os nomes dos candidatos para não caracterizar tratamento promocional privilegiado.
INELEGÍVEIS? Continua em clima de suspense a novela no STF que discute o teor da nova Lei de Inelegibilidade que pode beneficiar políticos já condenados pela lei velha. Casos dos ex-governadores Garotinho e José Roberto Arruda (União Brasil) e do deputado Arthur Lira (PP-AL). Como tudo é possível, inclusive o impossível, não se pode duvidar de nada da justiça neste país.
A DISPUTA: Os cálculos apontam que o quociente eleitoral para deputado estadual não deva ser inferior a 55 mil votos. Para eleger o 1º candidato, o partido deve ter esse número de votos, podendo baixar caso a abstenção seja muito grande. Para a Câmara Federal o quociente deverá ficar entre 140 e 150 mil votos. Mas o cálculo das ‘sobras’ pode favorecer mais gente.
A PARTILHA: Tal qual na peça teatral, onde as herdeiras discutem no velório o critério da divisão dos bens deixados pela mãe, na política esse fato é previsível, natural. Quem de alguma forma concorre com a vitória do candidato reivindica seu espaço/prêmio na futura administração. Evidente, as fatias do ‘bolo’ são proporcionais a estatura do apoiador.
NO SAGUÃO: Observadores que voltaram a dar plantão na Assembleia Legislativa já falam dos acertos e apoios para o 2º turno. Contaria menos a afinidade partidária e mais o conteúdo do pacote de compensações oferecidas. Além de bons cargos na futura administração, estariam incluídas vagas no Tribunal de Contas e os cargos de presidente e secretário da Assembleia Legislativa.
E MAIS… Embora muita água deve passar debaixo da ponte até as próximas eleições municipais, a prefeitura de Campo Grande deverá tratada como uma joia diferenciada nestas futuras negociações de 2º turno. Mas como dizia Tancredo Neves: “Se é segredo não deve ser revelado – tal qual a promessa – que existe para não ser cumprida”.
INGRATIDÃO: Ao longo da formação dos governos sempre houve reclamações de personagens devido ao critério da escolha para os cargos de peso. A Secretaria ou o Ministério da Cultura por exemplo, não tem o mesmo poder de fogo da Secretaria ou o Ministério da Fazenda. Os ‘prêmios de consolo’ acabam indo para o pessoal do baixo clero.
JEITOSO: Sarney arranjou espaço no seu Ministério para todos partidos e lideranças escolhidos por Tancredo Neves. Assim ratificou os nomes de olho na governabilidade. Mas se o ‘combinado não é caro’, é natural que também no Mato Grosso do Sul ocorra tratativas sobre alianças com as ‘bênçãos’ de São Francisco de Assis.
ATUALÍSSIMA: Analisando o perfil de candidatos ao Senado e Câmara Federal recordo a opinião irônica e sabia de Ulysses Guimarães a um repórter sobre o fraco nível (na época) da representação: “Você só diz que esse Congresso é ruim porque não viu o próximo”. O temor é que isso possa a ocorrer também nas Assembleias Legislativas.
APATIA: Se 64% dos eleitores não lembram o nome do candidato a deputado federal e ao Senado em que votaram em 2018, não é de esperar milagres agora. Se a propaganda é insuficiente com seus segundos para se conhecer os candidatos, o eleitor colabora com o quadro desolador ao votar em qualquer um deles, por amizade e outros interesses.
A SALVAÇÃO: Como visitar 853 cidades numa campanha eleitoral? É o desafio dos candidatos em Minas Gerais que optam pela capital e cidades maiores como Uberlândia, Contagem, Juiz de Fora e Uberaba. Graças a tecnologia das comunicações acabou a época das caravanas de políticos que percorriam o interior fazendo comícios nas praças.
A DIFERENÇA: Se Minas Gerais tem área de 586 mil km², temos 357 mil km² com 79 cidades – 774 cidades a menos que os mineiros. Pela distância entre elas e características regionais, é tradição que os candidatos visitem todas elas fazendo reuniões. Aliás, essa pratica eleitoral ainda resiste nos Estados com baixa densidade populacional como o nosso.
EMBRAPA: É alvo de acirrado debate devido ao projeto do Governo de vincular suas atividades às demandas do setor privado. A nossa Embrapa Gado de Corte, criada em 1978, referência em pesquisas, tem relações com instituições do Japão, Austrália, Europa e U.S.A. O projeto de privatização ganha espaço nestas eleições e pode gerar desgastes aos políticos defensores da ideia.
FOLCLORE: Durante um jantar em Lisboa (1985) o chanceler Azeredo da Silveira perguntou ao senador Fernando Henrique Cardoso se ele realmente iria disputar a prefeitura de São Paulo. Com aquele sorriso simpático FHC respondeu: “Você acha que eu entraria numa fria ao disputar contra Jânio Quadros”? Dito e feito – entrou e dançou.
MEMÓRIA: Conta um amigo o episódio que retrata o tratamento para quem está no poder e fora dele. Quando governador, a casa de Pedrossian ficava cheia no seu aniversário. Mas no seu primeiro ‘nat’ após deixar o cargo, meu amigo foi cumprimentá-lo na sua fazenda em Miranda. Para sua surpresa – além dos familiares – ele fora o único a ter esse gesto nobre.
‘FATOS & BOATOS: Estão sempre presentes em todas campanhas eleitorais. Seus estragos e benefícios dependem de vários fatores. Se você assistir ao noticiário ou se ligar nas mídias sociais, acabará ‘balançando’ devido ao conteúdo mostrado com a imagens sonorizadas inclusive. Como se diz: campanha eleitoral não é mesmo para amadores.
MUITO BOA: O Brasil ganhou da Itália em 1994 e chegou ao tetra. Alckmin e Montoro Filho estavam dias depois com Giogio Mottura, presidente da Federação das Industrias da Itália. Para agradar, Mottura disse que “os italianos são craques em 2 esportes favoritos: futebol e sonegação fiscal. ” De pronto, Montoro observou: “e são vice em ambos”!
PONTO FINAL: Não é que o crime não compensa. É que, quando compensa, muda de nome. (Millôr)
ago 10, 2022 | Mato Grosso do Sul
Quem não conhece alguém que quando chega a um determinado ambiente o torna imediatamente tenso, pesado, ao ponto de até provocar conflitos? Enquanto outros, quando chegam, tornam o local harmonioso, radiante, cheio de bem-estar e alegria? Todos temos capacidade de ser luz para as pessoas. De proporcionar alegria e esperança de que podemos sim sermos felizes e bem sucedidos, mesmo com todas as adversidades da vida.
Assim como o Senhor tem o poder de iluminar nosso caminho através das trevas e nos livrar das confusões que nos cercam no mundo, todos nós temos também as condições de sermos luz para a vida de nosso próximo e, desta forma, ajudá-lo a se livrar da escuridão que o cerca.
Para isso é necessário que procuremos levar uma vida exemplar, alicerçada nos ensinamentos e mandamentos de Deus. E apesar do fato de que nunca atingiremos a perfeição devido às nossas falhas e pecados que sempre cometeremos, não podemos desistir de procurarmos ser luz, pois o que vale mesmo para o Senhor é o esforço de cada um em procurar obedecê-Lo e a determinação para seguir firme no Caminho que Ele traçou para todos nós.
Ser luz para o mundo não é fácil. Exige sacrifício e grande esforço constante para lutar e vencer obstáculos e tentações que tentam apagar essa chama. Não podemos desistir. Primeiro, pela nossa própria salvação nesse Plano Perfeito que Ele criou para o crescimento de todos nós. Depois, pelo próximo, que está, em grande parte, perdido, em desespero, em completa escuridão, precisando de um ombro amigo, de uma palavra de consolo para que recupere as forças e tenha esperança.
Deus e Jesus Cristo são luzes e nós também podemos sê-lo. É o que Eles nos ensinam por intermédio das Escrituras Sagradas: “A tua palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho” (Sl. 119:105). Eles pediram para que não cubramos nossa luz, mas que levemos a luz do Evangelho conosco para que outras pessoas possam vê-la. É como encontramos em Mateus (5:14-16):
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um mante;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”.
É portanto nossa responsabilidade certificar-nos de que nossas lâmpadas estejam cheias de óleo para produzirmos luz permanentemente para nós e nosso próximo. E como a parábola é um método utilizado pelo Senhor para nos ensinar, o óleo, nesse caso, é todo conhecimento e preparação que devemos fazer para que estejamos sempre aptos a gerar luz, que orienta, consola, conforta e dá segurança e esperança a todos à nossa volta.
Devemos também procurar e orar por oportunidades para deixar nossa luz brilhar de modo que as pessoas enxerguem o caminho para que Jesus Cristo, aquele que cura corpos e almas feridas, opere milagres e transforme vidas.
Quando acreditamos em Deus e em Jesus Cristo, nos conscientizamos de que a salvação do espírito é o mais importante. E ao nos sentirmos dignos, nos fortalecemos de tal forma que enfrentamos desafios e obstáculos, desbravamos lugares desconhecidos para resgatar nosso próximo para que ele encontre a luz que o conduzirá ao bom caminho cheio de alegria, bênçãos e realizações.
*Jornalista e Professor
ago 5, 2022 | Mato Grosso do Sul
APOSTAS: Nem sempre é preciso ser portador de conhecimentos sociológicos para analisar o quadro eleitoral. As vezes basta ter o senso desapaixonado de observação para se chegar a conclusão mais provável. Sobre a sucessão estadual seria precoce apostar em determinado nome, mas para a Assembleia Legislativa já é possível falar em favoritismo.
VANTAGENS: Em tese, quem ocupa hoje uma cadeira na Assembleia Legislativa tem a seu favor vários fatores. O mandato é uma arma poderosa quando usada com sabedoria em certos cenários políticos. Ele proporciona visibilidade na mídia e instrumentaliza ações políticas e sociais que capitalizam prestígio e reconhecimento na opinião pública.
DETALHES: Mas o candidato precisa estar no partido certo para não sofrer reveses da legislação. O quociente eleitoral as vezes castiga candidatos bons de votos e beneficia outros com desempenho inferior. Em 2018 Joao Henrique (PL) com 11.010 votos foi eleito com votação inferior a 7 concorrentes, inclusive Mara Caseiro (PSDB) com o dobro da sua votação – 23.813 votos.
PEDREIRA: Até aqui apenas dois dos 24 deputados estaduais não concorrerão a reeleição: Capitão Contar (PRTB) eleito com 78.390 votos e Eduardo Rocha (MDB) com 22.347 votos. Difícil identificar prováveis herdeiros dos votos de ambos por uma série de fatores e circunstâncias inerentes a cada pleito. Transferir votos e prestígio é complicado.
CONCLUSÃO:Além dos 22 postulantes à reeleição há vários nomes com boa votação que ficaram como suplentes no último pleito e que concorrerão novamente. São personagens com experiência e boa inserção em seus colégios eleitorais. A priori, em tese, estariam em posição mais favorável, mas sem garantia absoluta de êxito nas urnas.
PALPITES: São válidos. No aprazível saguão da Assembleia Legislativa na manhã da última terça feira, observadores foram unânimes -a disputa hoje seria por apenas 4 cadeiras. Portanto, salvo tropeços de última hora, a renovação tende a ser mínima. Vale lembrar que os atuais detentores de mandato acabaram beneficiados pela pandemia.
AÇÕES & DEPUTADOS: Paulo Corrêa (PSDB): Imprimindo ritmo dinâmico as sessões; comemorou o Dia do Padre na pessoa do padre Giulio Boff; esteve em Bonito visitando obras com o prefeito Josmail. Zé Teixeira (PSDB): pede união de forças federais e estaduais para aquisição de aparelhos de eletrocardiograma para postos de saúde de Ivinhema. Lucas de Lima (PDT): destinando emenda no valor de R$100 mil para Pedro Gomes em nome do radialista Genilson Santana. Capitão Contar (PRTB): seu projeto permite que idosos e deficientes físicos façam reserva de transporte gratuito de ônibus pela internet. Marçal Filho (PSDB): destacando a importância da campanha ‘Agosto Lilás’ contra a violência doméstica que vem aumentando também em nosso Estado. Gerson Claro (PP): tem projeto para ampliar a publicidade sobre isenção de custas e emolumentos em nossos cartórios.
‘MISTÉRIO’: Na Assembleia Legislativa ouvi críticas a postura do ex-governador Zeca do PT. Após recuperar sua elegibilidade ele tem se postado distante do núcleo da candidatura petista ao Governo. Sua ausência na convenção do partido soou muito mal, pois é a liderança maior do PT e favorito a uma cadeira na Alems.’ Estranho’ mesmo.
PREPARADO: A atuação do deputado Paulo Duarte (PSB) prima pelo embasamento técnico desde a época do PT. Não cultiva abobrinhas. No projeto do Executivo sobre o Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, por exemplo, elecontribuiu com subsídios aperfeiçoando a proposta que beneficia a população de muitas cidades do interior.
SAI DEBAIXO! Salve-se quem puder. No facebook e em outros nichos das redes sociais a guerra eleitoral ganha contornos jamais vistos num pleito doméstico. Esqueçam ética e princípios básicos das relações humanas. Está valendo absolutamente tudo na batalha para seduzir o eleitor, do humor sarcástico às acusações com imagens de arrepiar.
IMPOTENTE? O mau uso da internet nas eleições é objeto de promessas de combate com leis rigorosas. Mas o que se vê é a esperteza, a criatividade e a ousadia formando um trio que caminha à frente do poder público. A demora nas investigações acaba favorecendo os abusos que provocam estragos imensuráveis. Afinal, na política o que vale é a versão do fato.
QUE CRISE?Se até a banana anda cara, a esperança do pobre é que a generosidade ocasional dos candidatos lhe garanta um suspiro temporário. Sobre a relação cumplice entre eleições e a circulação do vil metal, tem certo sentido a tese surrealista de que no Brasil as eleições deveriam acontecer todos os anos. Mas, após as eleições tudo ficacomo antes e o pobre não ganha nem um ‘bom dia’.
DEPUTADOS & AÇÕES: Evander Vendramini (PP): comemora aprovação de seu projeto obrigando a presença de dentista nas UTIs dos hospitais públicos e privados do MS. Lídio Lopes (Patri): incansável na oitiva pessoal de prefeitos, vereadores e lideranças das comunidades urbanas e rurais da região do Cone Sul. José C. Barbosa (PSDB): antenado, vem insistindo na necessidade das políticas públicas de inclusão social nos projetos de governo de Mato Grosso do Sul. Mara Caseiro (PSDB): ampliou sua base eleitoral atingindo várias regiões, – cujas cidades vem recebendo benefícios governamentais. Excelente parlamentar. Pedro Kemp(PT): suas intervenções nas sessões tem contribuído no aperfeiçoamento dos debates e de decisões que refletem positivamente na população.
1-CRITÉRIOS: Alberto Schlatter foi escolhido como companheiro de chapa de Rose Modesto (União Brasil) menos pela sua biografia política e mais pelos predicados de cidadão interiorano que ajuda o país na lida da terra. É possível (é esse o objetivo) que sua imagem transfira maior textura ao projeto político. Mas isso dependerá do espaço que lhe será destinado na campanha.
2-CRITÉRIOS: No que concerne a escolha de Tânia Garib como companheira de chapa de André Puccinelli as motivações são outras. Caminhantes de longa data do MDB, ambos tem identificação e uma boa sintonia administrativa de vários anos. No caso pesou consideravelmente – também – a visão social e a notória competência profissional dela.
3-CRITÉRIOS: Não foi por mero acaso a escolha de Viviane Orro como companheira de Marquinhos Trad (PSD). Filha do ex-vice prefeitoOdilson Nogueira (gestão Raul Freixes) com tradição política em Aquidauna, esposa do deputado Felipe Orro, tem facilidade de expressão, disputou a prefeitura em 2020 e como médica atuante cultiva valores vinculados a dignidade humana.
DUPLO ADEUS: O primeiro deles é do ex-senador Delcidio do Amaral ao perder a batalha judicial. Engajado no PTB continua inelegível à espera de um milagre para voltar a ter espaço. O segundo, em situação diferenciada, o vice governador Murilo Zauith que saiu sutilmente da cena eleitoral recusando o convite de Rose Modesto pelo ‘União Brasil’. Após o Covid ele mudou as prioridades na vida.
PESQUISAS: Sobre elas temos falado muito. Mas como campanha eleitoral é igual a viagem pelas estradas brasileiras, imprevistos não são descartados. Pode aparecer de tudo no caminho e o que era bom fica ruim. Os candidatos estão apostando no horário eleitoral para solidificar os redutos conquistados e convencer os eleitores indecisos que são muitos. Lembrando que o eleitor quer ouvir projetos e não apenas ‘obaoba’.
AJUDA?A vinculação de candidaturas locais ao Governo de Bolsonaro deve ser benéfica, tendo como ponto de referência a ex-ministra Tereza Cristina. Mas é claro que apenas esse vínculo midiático não será o bastante para garantir a eleição de alguns postulantes com pouca eficiência comprovada ou de preparo duvidoso para suas pretensões. Podem ficar à beira do caminho.
‘REMEMBER’: No Brasil há ondas eleitorais vencedoras. Foi assim em 1986 com o MDB varrendo a oposição de ponta a ponta. Depois tivemos o PT protagonizando o episódio conhecido. Nos dois casos muitos oportunistas se saíram bem. Agora percebe-se que alguns fantasiados de verde e amarelo pegando carona na ‘Onda Bolsonarista’. Sinceramente não sei qual o percentual de eleitores simpáticos a estratégia.
OPINIÕES: “É só fazer um raciocínio: temos eleições a cada dois anos no Brasil. Tudo que o governo fizer é campanha eleitoral” (Dilma Roussef). “Pesquisa não definem resultados. Se definisse, Paulo Maluf teria sido eleito governador de São Paulo em 1998 e Lula presidente em 1994” (José Serra).
ago 2, 2022 | Mato Grosso do Sul
Num condomínio de classe média onde morava, um amigo contou que conheceu uma família que lhe pareceu feliz e exemplar. O marido, servidor público e a esposa professora, tinham dois filhos, um jovem de 17 anos e uma menina de 15. Depois de um tempo de amizade, ele percebeu uma mudança no comportamento do jovem, que passou a evitar o convívio com os demais colegas do residencial, inclusive nas partidas de voleibol e futsal. Preferia ficar isolado e parecia muito triste. O amigo teve pelo menos três boas oportunidades para conversar com aquele rapaz para saber o que o afligia, mas não o fez. Dias depois, o jovem tirou a própria vida.
O amigo então foi tomado por um profundo sentimento de culpa, remorso por não ter dado ouvidos à voz do Espírito Santo que o tocou (hoje ele sabe que que foi um sussurro do espírito) para conversar com aquele jovem e, quem sabe, salvar a sua vida.
“Ainda sinto um peso na consciência por não ter agido. Não ter feito o que deveria fazer por aquele jovem que deu sinais de socorro. Me arrependo de não ter feito nada para impedir o desfecho dessa triste história que abalou profundamente a família”. Assim me confidenciou o amigo que desde então procura fazer mais pelo próximo sempre que lhe surge oportunidade.
É isso que o Senhor espera de cada um de nós. Que amemos nosso próximo como a nós mesmos, e nos preocupemos e ajudemos as pessoas à nossa volta.
É preciso que você e eu trabalhemos para o estabelecimento de uma relação melhor com nossos parentes, amigos, vizinhos ou estranhos, não importa, pois afinal, todos somos (de fato) irmãos. Assim sendo, devemos ajudar uns aos outros.
Socorrer não apenas com bens materiais, mas também com palavras de compaixão, de amizade e companheirismo, que dão forças e esperança para o aflito e desesperançado continuar firme na sua difícil jornada.
Podemos e devemos ajudar nosso próximo com pão ou palavras de consolo e esperança. Esse sim é o grande propósito da vida e não o de juntar riquezas infinitas sem se importar em como vive nosso próximo. Pior ainda aqueles que exploram as pessoas para formar essas fortunas, como se tem visto no Brasil e no mundo ao longo da história.
Recentemente, em Mato Grosso do Sul e em outros Estados brasileiros, a justiça descobriu alguns ricos empresários que mantinham dezenas de pessoas em condições análogas à escravidão. Lamentável e triste situações como esta.
Também não é saudável enriquecer às custas do pagamento de baixos salários a pessoas e famílias quando se tem consciência de que esses serviços prestados valem muito mais do que recebem. É preciso mudança de mentalidade para se fazer justiça com aqueles que nos servem. Afinal, são pessoas e famílias que também buscam qualidade de vida e bem estar com o fruto de seu trabalho.
Nesses últimos tempos, além de guerras, surtos de doenças de toda ordem, pandemia e grandes catástrofes naturais, temos visto e vivido muitas situações difíceis. Mesmo assim, não podemos achar que devemos cuidar apenas de nossos interesses, pois assim como aquele amigo, podemos nos deparar com pessoas aflitas que precisam de nossa ajuda, mesmo que de uma simples palavra de conforto.
E amar o próximo como a nós mesmos não é por acaso. É lei de Deus. É Seu segundo maior mandamento. O primeiro é Amá-Lo acima de todas as coisas.
Então, isso implica dizer, insisto, que olhar e ajudar aquele próximo é uma obrigação de cada um de nós. Não podemos negligenciar esse ensinamento sendo desobedientes, omissos e egoístas.
*Jornalista e Professor