out 15, 2018 | Mato Grosso do Sul

Roberto Costa
DESALENTADOR – Infelizmente, apenas 3,3% dos estudantes brasileiros. querem ser professores. A falta de valorização da categoria não estimula o jovem a se interessar pela profissão.
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NEUTRALIDADE – Em política é interpretada como “você não me ajuda com ministérios e secretarias, eu não participo da sua campanha no segundo turno das eleições de 2018”.
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CLUBE DO BOLINHA – A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul não terá representante feminina na próximo legislativa. Está mais do que provado que “mulher não vota em mulher”.
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MAIORIA (?) – É incompreensível que, em sendo a mulher maioria do eleitorado (52%), não consiga fazer predominar sua força elegendo representantes em todos os cargos.
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ARTICULAÇÃO – Com retorno do experiente Londres Machado, do PSD, a pergunta que se faz agora é quem tem a honra de assumir a cadeira de presidente da Assembleia Legislativa?
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ELOGIO I – A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil manifesta seu profundo respeito ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que, através do seu Órgão Pleno, seguindo o voto do Corregedor Nacional de Justiça Humberto Martins, determinou o afastamento da presidente do TRE-MS, a Desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges.
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ELOGIO II – O Presidente da OAB/MS, Mansour Elias Karmouche disse que “o CNJ, após profunda análise das provas carreadas, assegurando o contraditório e ampla defesa, adotou uma postura digna de um órgão correcional”.
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BOLSONARIZOU – Se Jair Bolsonaro dependesse tão somente dos eleitores de Mato Grosso do Sul, a faixa presidencial já teria sido colocada em seu peito. Ele conquistou a simpatia da maioria dos sul-mato-grossenses.
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MARKETING – Fernando Haddad, nome indicado pelo Partido dos Trabalhadores para enfrentar o candidato do PSL, trocou o vermelho petista pelas cores da bandeira do Brasil.
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RANKING I – O instituto Ranking divulgou na madrugada do último sábado (13) o resultado da primeira pesquisa do segundo turno da eleição para governador do Mato Grosso do Sul.
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RANKING II – Os números, na estimulada, apontam Reinaldo Azambuja com 48,50% e Odilon de Oliveira com 40,08%.
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RANKING III – Nos votos válidos, os resultados foram os seguintes: Reinaldo Azambuja (PSDB): 54.75%, enquanto o Juiz Odilon (PDT): 45.25%.
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ALBERT EINSTEIN – “A vida é como andar de bicicleta. Para ter equilíbrio, você tem que se manter em movimento…”
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out 13, 2018 | Mato Grosso do Sul

Manoel Afonso
Amplavisão 1327 – PMDB-PT: os grandes derrotados no MS
O TÍTULO da coluna anterior já advertia: o eleitor iria as urnas com a faca afiada. E não deu outra. Com os velhos discursos desconexos com suas praticas, os políticos tradicionais foram sumariamente demitidos. Prevaleceu a indignação da opinião pública ancorada no resgate dos valores morais, da família, da segurança e contra a corrupção em todos os níveis. O país mudou: as redes sociais esvaziaram a velha metodologia de se fazer campanha política.
OS NÚMEROS finais mudaram o quadro político estadual. Velhos paradigmas foram quebrados e junto com eles lideres e partidos saíram menores do que entraram. Dois casos emblemáticos: PT e PMDB – esvaziados e sem perspectivas de se renascerem das cinzas em face a nova realidade. Os políticos precisam se precaver para o pleito de 2020 que pode dar sequência ao festival de surpresas. É bom não brincar com o eleitor.
EM BAIXA O MDB local resumiu-se agora a 3 deputados estaduais, uma senadora e prefeitos de 18 cidades de pequeno porte: Anaurilândia, Antônio João, Batayporã, Brasilândia, Costa Rica, Coronel Sapucaia, Deodápolis, Juti, Laguna Caarapã, Maracajú, Miranda, Nova Alvorada do Sul, Paraiso das Águas, Ribas do Rio Pardo, São Gabriel Do Oeste, Sonoro, Tacuru, Vicentina.
REFLEXOS O desgaste do MDB como sócio do PT no poder , além dos desempenhos eleitorais ruins do senador Moka (MDB) e do candidato Jr. Mochi (MDB), ficou visível nas votações de seus postulantes à Assembleia Legislativa – onde elegeu apenas 3. Renato Câmara (MDB) que em 2014 atingiu 36.903 votos – chegou agora a 33.291 (3.612 votos a menos); já Eduardo Rocha (MDB) que obteve 30.873 votos em 2014 não passou de 22.347 votos ( 8.526 votos a menos). O único que melhorou a votação foi Marcio Fernandes, pulando de 22.357 votos em 2014 para 23.296 votos ( 939 votos a mais).
MAIS DECEPÇÕES Os dois únicos vereadores do MDB na capital, Loester Nunes e Wilson Sami também não foram bem. O primeiro foi candidato a deputado estadual e chegou apenas aos 9.694 votos. Já o segundo, também médico, postulou a Câmara Federal e obteve só 7.529 votos. Ruins também as votações do ex-deputado e ex-prefeito de Corumbá – Paulo Duarte MDB) para o Legislativo Estadual – 17.343 votos e do deputado Paulo Siufi (MDB) à reeleição da Assembleia Legislativa: 8.649 votos.
‘SAYONARA’ Aos 77 anos de idade o deputado estadual George Takimoto dando adeus a política. Neste ano deixou o PDT seduzido pelas promessas do ex-governador Puccinelli e ingressou no MDB para chegar mais fácil a Câmara Federal e conquistou só 26.025 votos. Mas ele não pode reclamar da vida: foi vice prefeito de Dourados (1982), vice governador, deputado federal, e agora duas vezes deputado estadual.
DANÇOU O promotor de justiça Sergio Harfouche (PSC) fez tudo direito até o jogo começar. Deu palestras e lotou ginásios de esportes mesclando cidadania, política e religião. Mas errou feio a aceitar a candidatura a vice governador de Simone Tebet do MDB – sigla estigmatizada por acusações de corrupção e que levou o seu líder local (Puccinelli) para a cadeia. Essa incoerência, ainda que temporária decepcionou seu eleitorado. Os 292.301 votos recebidos ficaram de bom tamanho, mas ele perdeu uma boa chance. Quem sabe no futuro, desde que aceite bons conselhos. Um aprendizado.
AZAR & SORTE O quociente eleitoral fez estragos e 11 candidatos se deram bem embora tivessem menos votos para a Assembleia Legislativa. Azar da deputada Mara Caseiro (PSDB): obteve 23.813 votos – total superior a 11 concorrentes e ficou na 1ª. suplência. Sorte de João Henrique (PR): com apenas 11.010 votos garantiu a última vaga beneficiado pelas expressivas votações dos candidatos cel Davi e capitão Contar, ambos do PSL. Sorte também do candidato Lucas de Lima (Amor Sem Fim) do SD – apesar de votação inferior a 7 postulantes, foi beneficiado pelo quociente e se elegeu com 12.391 votos à Assembleia Legislativa.
EQUIVOCADO Faltou alguém para avisar Delcídio Amaral (PTC) que ele teria grandes chances de se eleger deputado federal e assim tocar em frente o seu projeto. Se tivesse sido, teria recebido mais dos que os 109.927 votos obtidos como postulante ao Senado. Havia uma espaço enorme do qual ele poderia ser beneficiado., ao contrário da eleição senatorial que estava congestionada com candidatos competitivos. O relógio não para! Qual seu futuro? Tentar a prefeitura da capital ou quem sabe de Corumbá?
MUSCULATURA Foram apenas 25.851 votos a menos do que a votação de Soraya Thronicke (PSL) e só 9.566 a menos da votação do candidato Moka (MDB). Portanto, os 347.861 votos do candidato ao senado Marcelo Miglioli (PSDB) mostraram seu excelente desempenho se levados em conta vários fatores. Mas como estreante fez bonito superando inclusive o candidato Zeca do PT em 53.802 votos. Miglioli saiu fortalecido do embate eleitoral.
ZECA DO PT Saiu mortalmente ferido desta guerra. Seu favoritismo nas pesquisas para a segunda vaga não se confirmou e amargou o 5º lugar com 294.059 votos – apenas 1.758 votos a mais do que Harfouche (292.301 votos). Embora aguerrido e pretendendo manter o comando da sigla, não se sabe qual caminho seguirá. Pode estar esperando o resultado da sucessão presidencial. Para piorar, apenas cabo Almi e Pedro Kemps se reelegeram a Assembleia Legislativa. Já Vander Loubet (PT) se reelegeu para a Câmara Federal com 59.970 votos contra 69.504 votos em 2014. Portanto 9.534 votos a menos.
SORAYA THRONICKE A grande estrela destas eleições sem nunca antes ter participado de qualquer pleito. A candidata ao Senado pelo PSL surpreendeu com 373.712 votos, contra 424.085 votos de Nelson Trad Filho (PTB). Uma diferença entre ambos de 50.373 votos. A votação aumenta a responsabilidade de Soraya no exercício do mandato. Ela precisa aproveitar esse perigo que antecede a posse para se aprofundar no conhecimento da vida política do Estado e sobre o exercício do mandato no Senado. Ela precisa descer do salto e ouvir conselhos de gente mais experiente. Certo?
NELSINHO TRAD (PTB) Estava no lugar certo e na hora certa, não teve dificuldades apesar de sua votação menor do que as projeções iniciais. Mas tem um mandato poderoso nas mãos para participar do jogo político exatamente quando algumas figuras da velha guarda do Estado estão saindo de cena por motivos diversos. Não deve deixar o partido para não ficar preso ou dependente como no passado quando que ficou subordinado a liderança do então governador Puccinelli (MDB).
FABIO TRAD Prejudicado em 2014 pelo esquema governista que priorizou as candidaturas de Carlos Marum MDB (91.816 votos) e Tereza Cristina PSDB (75.149 votos), quando obteve 67.508 votos, o deputado Fabio Trad (PSD) se reelegeu agora para a Câmara Federal com 89.385 votos, dos quais 57.020 votos na capital – onde foi o mais votado. Mesmo aqueles que não se identificam politicamente com ele reconhecem seu preparo para o exercício do mandato.
ROSE MODESTO Campeã de votos. Mais um desafio que ela enfrentou obtendo 120.901 votos. Essa vitória aumenta sua musculatura para futuros embates, colocando-a no seleto rol daqueles personagens com futuro na política local. Companheira do governador Reinaldo (PSDB) aumentou seu cacife para voos mais altos. Articulada e atenta é também cuidadosa para não atravessar o sinal. Vai se dar bem em Brasília.
BETO PEREIRA (PSDB) Foram 80.500 votos espalhados por todos os municípios e tornou possível seu sonho de integrar a cobiçada bancada federal. No café amigo que tivemos ele revelou com desenvoltura seu conhecimento sobre os desafios que considera uma espécie de incentivo para a superação. Beto quer aproveitar seu vigor físico e intelectual para mostrar serviço não só para trazer benefícios ao Estado e municípios, como também para participar ativamente dos embates em plenário. Está feliz e animado. Isso é bom!
A VOLTA No saguão da Assembleia Legislativa as chances da eleição do ex-deputado Londres Machado (PSD) sempre constaram da ‘pauta’ dos observadores de plantão. Alguns pessimistas, outros otimistas por várias razões que dispensam comentários. Mas o retorno dele, com seu senso de equilíbrio, dará uma contribuição impar ao Legislativo que ele conhece desde a criação do Estado. Foram 20.782 votos suficientes para seu retorno.
DOURADOS Desta vez ficou sem deputado federal mas tem o candidato a vice governador Murilo Zauith (DEM) e elegeu 6 deputados estaduais: Renato Câmara (MDB) 33.291 votos; Zé Teixeira (PSDB) 30.788 votos; Barbosinha (PSDB) 27.492 votos Marçal Filho (PSDB) 25.437 votos; Londres Machado (PSD) 2.782 votos e Neno Razuk (PTB) 19.472 votos. Desnecessário comentar a influência destes nomes na sucessão municipal.
NA ONDA Cerca de 20 autoridades tentaram vaga na Assembleia Legislativa: Bombeiro Mota, Bombeiro Quintana, Capitão Contar, Coronel David, Cabo Almi, cel Eziquiel, Cel Izaias Bitencourt, Cel Vilassanti, Delegado Cleverson, Delegada Sidneia, Delegado Bispo, Inspetor Sodré, Sargento Prates,, Sargento Betânia, Sargento Elmo, Sargento Edi Marco, Sub oficial Gerson, Sub Tenente Mota, Policial federal Jorge Caldas. Para a Câmara Federal tivemos Sub Oficial Mabel, Sub Oficial Maurício e Tenente Mônaco.
DE CARONA Paranaíba voltará a ter um representante na Assembleia Legislativa através dos laços afetivos que o deputado eleito João Henrique (PR) mantém com a cidade que lhe deu 4.172 votos. Por ser neto do ex-governador Marcelo Miranda, ele contou com o apoio de um tio vereador e alguns conhecidos da família. No fundo, as velhas lideranças de lá, devem ter torcido o nariz com a eleição dele que ocupa um espaço importante.
“Haddad é refém da alcateia que finge a voz da vovozinha.” ( Rogério Distéfano)
out 9, 2018 | Mato Grosso do Sul

Roberto Costa
SEGUNDO TURNO – Mato Grosso do Sul terá segundo turno para governador. A disputa será entre Reinaldo Azambuja (PSDB) e o juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT).
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SURPRESA – O eleitor sul-mato-grossense optou pela renovação no Senado. Nelsinho Trad (PTB) e Soraya Thronicke (PSL) conquistaram as duas vagas para o Senado Federal. Soraya foi a grande novidade.
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ALMA LAVADA – A inclusão do nome de Delcídio Amaral (PTC) desbancou o favoritismo de José Orcírio Miranda dos Santos (Zeca do PT) beneficiando diretamente a candidata ao Senado de Jair Bolsonaro.
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APOSENTADORIA – A manifestação dos eleitores não permitiu que o senador Waldemir Moka (MDB), 36 anos de atividade política ininterrupta, conquistasse mais um mandato.
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CÂMARA FEDERAL – Rose Modesto (PSDB), Fábio Trad (PSD), Beto Pereira (PSDB), Tereza Cristina (DEM), Tio Trutis (PSL), Vander Loubet (PT), Dr. Luiz Ovando (PSL) e Dagoberto Nogueira (PDT) conquistaram o direito de representar o Estado.
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NOVATOS – Dr. Luiz Ovando e Tio Trutis, ambos do PSL, são duas pessoas que pela primeira vez ocuparão cargos eletivos. Eles são discípulos do mito presidenciável Jair Bolsonaro.
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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA – Foram eleitos: Capitão Contar (PSL), Coronel David (PSL), Jamilson Name (PDT), Renato Câmara (MDB), Onevan de Matos (PSDB), Zé Teixeira (DEM), Lídio Lopes (PEN), Paulo Corrêa (PSDB), Felipe Orro (PSDB), Barbosinha (DEM), Marçal Filho (PSDB), Professor Rinaldo (PSDB), Marcio Fernandes (MDB), Eduardo Rocha (MDB), Cabo Almi (PT), Pedro Kemp (PT), Londres Machado (PSD), Neno Razuk (PTB), Herculano Borges (SD), Gerson Claro (PP), Antonio Vaz (PRB), Evander Vendramini (PP), Lucas de Lima (SD) e João Henrique (PR).
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CAMPEÃO DE VOTO – Dentre as 355 candidaturas que disputavam as 24 vagas na Assembleia Legislativa, Capitão Contar, do PSL, um estreante na política, surpreendeu ao receber 78.390 votos.
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RETORNO – Um nome emblemático da política sul-mato-grossense, Londres Machado (PSD), retoma o cargo de deputado estadual a partir de 2.019, ao conquistar 20.782.
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ESPECULAÇÃO – Por conta da estrondosa votação recebida fica a indagação se o futuro presidente da Assembleia Legislativa será o Capitão Contar, do Partido Social Liberal.
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AUTOR DESCONHECIDO – “O tempo deixa perguntas, mostra respostas, esclarece dúvidas, mas, acima de tudo, o tempo traz verdades.”
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out 9, 2018 | Mato Grosso do Sul
A economia de Corumbá é basicamente voltada para a mineração, pecuária do gado de corte e o turismo pesqueiro. As áreas mais procuradas para turismo no Pantanal estão no rio Paraguai, são o Porto da Manga, baía de Albuquerque, foz dos rios Abobral e Miranda, Morrinhos e Porto Esperança. O turismo da pesca é o setor da economia que mais gera postos de trabalho, Em 1910 como tentativa de organização dos comerciantes locais foi fundada a Associação Comercial de Corumbá. Ela que considerava a navegação fator principal no desenvolvimento da cidade reagiu contra a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, hoje privatizada.
Essa estrada trouxe consequências para cidade mudando a história da economia local. Com a ferrovia o transporte fluvial foi deixado de lado e o eixo econômico foi deslocado para Campo Grande, que se tornou então o ponto central de comunicação e transporte do sul de Mato Grosso a partir da década de 1920. Desta época ainda resta imponente pelo local um dos históricos casarões corumbaenses, cujas linhas remetem à arquitetura italiana dos anos 30 do século passado. Lá está a Cantina da Tia Mary, principalmente pelo aroma da comida deliciosa que perfuma o local.
Mas arquitetura e história à parte, é a comida o principal atrativo do local: comida pantaneira e caseira de qualidade, e um colorido salutar. Os pratos com peixes são os mais pedidos, como era de se esperar em uma cidade ribeirinha como Corumbá, banhada pelo Rio Paraguai. O Peixe à Urucum (filé de pintado empanado, frito e depois cozido com presunto, mussarela e molho de urucum), Peixe a Escabeche (filé de pintado frito e depois ensopado em molho de tomate) e costelinhas de pacu saem à todo momento da cozinha comandada pela Dona Marivalda de Pinho Costa – carinhosamente Tia Mary O restaurante que une a cor ao aroma, fica na Rua Delamare, entre a Firmo de Matos e a Major Gama, em Corumbá, quase em frente a antiga Câmara Municipal. Sugestão de sabor com tempero de história. Aliás, por mais que se retroceda no tempo em busca de alguma lembrança, jamais será possível considerar uma memória que não se desenvolva num quadro espacial, quer seja dentro dos limites de uma rua, de uma casa, de um sabor especial ou de um amor que apesar de todos os percalços, está ali, firme e forte e faz tremer um coração, do de olhar.
*Agente Cultural e Coordenadora de Saúde.
out 5, 2018 | Mato Grosso do Sul

Manoel Afonso
Amplavisão 1326 – Rumo às urnas com a faca afiada
REINALDO A reeleição do governador (PSDB) pode ocorrer ainda no primeiro turno com base nas pesquisas. Mostrou as obras na capital e no interior, além de sobreviver sem perdas eleitorais ao episódio das prisões feitas pela Polícia Federal. A musculatura política dele e a força de seu grupo surpreenderam e inibiram o discurso dos adversários que se imaginava mais contundente.
JUIZ ODILON Ao longo da campanha seu desempenho ficou abaixo daquela figura maiúscula que pairava no imaginário popular pelo exercício do cargo. Não conseguiu impor um estilo forte no horário eleitoral e sua produção de estúdio deixou a desejar. Associando suas expressões faciais e gestuais ao tom do discurso repetitivo não atraiu o encanto do eleitor. Como candidato com a marca da oposição, faltou-lhe indignação e acabou desgastado pela tal denúncia de seu parente, ex-funcionário na Justiça Federal.
- MOCHI Dificuldades em convencer com seu discurso que lembrava o seu líder preso – ex-governador Puccinelli – também do MDB. Como pregar um novo tempo, um novo estilo, sem se referir as ações de seu partido marcado por denúncias de corrupção nas ações administrativas? A proximidade de Jr. Mochi – como presidente do Legislativo Estadual – ao Governo Estadual acabou prejudicando-o. Pode pagar caro com essa ousadia e fidelidade ao ‘italiano’.
SENADO Tivesse revertido sua situação bem antes, o ex-senador Delcídio do Amaral (PTC) teria grandes chances de vitória. Mas seu crescimento nas pesquisas surpreendeu, a exemplo de Soraya Thronicke (PSL) que com um discurso forte contra a corrupção superou nomes já conhecidos. Quanto a disputa da segunda vaga está entre Zeca do PT e Moka (MDB).
E AGORA? Impetrar recurso extraordinário ao STF é um dos remédios prováveis de Alcides Bernal (PP) contra a decisão do TSE em barrar sua candidatura à Cãmara Federal. Afinal ele já concorreu em duas eleições nas condições atuais e que o fato se repetiu com a ex presidente Dilma (PT) que mesmo ‘impichada’ é candidata ao Senado Federal. Novos capítulos virão.
REGISTRO Nas eleições presidenciais desde 1989 nunca houve a ‘virada. O segundo turno acabou tendo como vencedor quem já liderava ainda no 1º turno. E mais: Vencedores das cinco disputas de segundo turno foram previstos acertadamente logo na primeira pesquisa após as votações do 1º turno. Claro que neste ano temos um cenário atípico que pode sofrer influências diversas na reta final.
O RETROVISOR mostra lições nem sempre aprendidas. Os partidos do chamado centro se dividiram e não conseguiram encantar o eleitor. Foi o que ocorreu em 1989: o centro se dividiu nas candidaturas de Aureliano Chaves (PFL), Ulysses Guimarães (PMDB), Mario Covas (PSDB) e Afif Domingos (PL), enquanto Collor de Mello (PRN) era visto com ‘rabo de olho’ por eles e que acabou vencendo Lula (PT), candidato da esquerda.
OS CANDIDATOS Álvaro Dias ( Podemos), João Amoedo (Novo), cabo Daciolo (Patriota), Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB) não encantaram o eleitor. Com isso perderam votos para Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O PT ficou dependente de Lula e assumiu a ‘exclusividade’ de representar a esquerda, perdendo votos para Ciro Gomes e Marina Silva (ex-PT) e Vera Lúcia (PSTU) expulsa do PT.
MANCADA A demonstração de desespero dos partidos alinhados ao socialismo ficou patente naquele manifesto do ex-presidente Fernando H. Cardoso (PSDB). O sociólogo perdeu uma grande chance de ficar calado e descambou num proselitismo sem fim para tentar defender o indefensável. Praticou o nhenhénhém que combateu no poder. Ora! O Brasil precisa virar a página, colocando tanto Fernando Henrique como o ex-presidente Lula (PT) no passado, sem volta.
INÉDITO Por culpa de alguns segmentos do PT e Cia, de artistas e intelectuais que atravessaram o sinal inclusive na internet, com a discussão de temas ligados à moral sexualidade e valores da família, a campanha eleitoral para o Planalto desviou-se do rumo das propostas sociais e econômicas. |Assim conseguiu-se unir católicos e evangélicos numa cruzada moralista, somando-se aos questionamentos relativos a corrupção nos dois governos petistas.
AS PESQUISAS tem mostrado a evolução do candidato Bolsonaro que vem atraindo antecipadamente eleitores de Marina Silva, Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Álvaro Dias, João Amoedo, cabo Daciolo e pasmem – de eleitores que no passado votaram em Lula e Dilma. Aliás, conversando nesta semana com a senadora Katia Abreu ( PDT) vice de Ciro Gomes – ela admitiu que seu partido ficou espremido entre o discurso moralista de Bolsonaro e o discurso de Haddad prometendo a volta do passado dos tempos de Lula.
DONALD TRUMP É oportuno estabelecer a comparação em alguns pontos entre a candidatura do Republicano – tida antes como mero blefe contra Hilary Clinton do partido Democrata. Tal como nos ‘States’, aqui Bolsonaro não era levado a sério pela maioria dos jornalistas dos grandes veículos de comunicação, notadamente da Rede Globo e Folha de São Paulo. Os discursos equivocados dos outros postulantes e o atentado contra o candidato do PSL acabaram fortalecendo a sua candidatura, a ponto de questionar as chances dele vencer já no primeiro turno.
MÉRITOS Com todos seus defeitos e equívocos na abordagem de alguns temas, o candidato Bolsonaro leva a grande vantagem de falar exatamente o que a grande maioria do povo brasileiro quer ouvir em tempos de corrupção e crise moral. Ele não usa de metáforas e nem acaricia as palavras. Com isso representa o sentimento de indignação do cidadão, tocando o dedo nas feridas. Evidente que comete excessos mas que não tira o seu mérito de combater o sistema podre que aí está.
PT PELADO A situação do PT parece de alguma forma com o MDB aqui no Estado que falou em defender o ‘legado o ex-governador André Puccinelli’. Progresso (obras) com corrupção? As delações mostraram o esquema nos governos Lula e Dilma Roussef (PT) num desvio fabuloso de dinheiro para o partido, dirigentes e gente próxima. A prisão dos medalhões do PT mostrou a cara verdadeira do petismo. A delação recente do ex ministro Antonio Pallocci (PT) foi o tiro de misericórdia na imagem do PT.
LAVA JATO Um dia os brasileiros irão reconhecer os benefícios que ela trouxe ao país no combate da corrupção. Ela deixará um legado positivo que servirá de alerta para os políticos com tendências a levar vantagem na administração pública. Claro que não impedirá a ação de todos os espertos, mas a prisão de gente tida antes como intocável, servirá de aviso. Aqui em Mato Grosso do Sul – por exemplo – pouca gente admitia que o ex-governador Puccinelli (MDB) acabaria em cana – e assim por diante.
RENOVAÇÃO? Difícil, a começar pelas Assembleias Legislativas onde o índice de candidaturas a reeleição passa dos 8º%. O Rio de Janeiro tem o menor índice de postulantes a reeleição; 65.52% e o Amapá com 95,83% lidera o bloco da reeleição. Outra notícia interessante é que essas novas vagas tendem a ser ocupadas por pastores evangélicos, policiais de linha dura ou aqueles parentes de políticos tradicionais.
EXPLICANDO: Os votos nulos e brancos não são contabilizados como válidos e não são incluídos no resultado final das eleições. O artigo 224 do Código Eleitoral quando fala em nova eleição refere-se no caso de fraude nas eleições, por exemplo, na eventual cassação de candidato eleito – tendo obtido mais da metade dos votos e depois condenado por compra de votos. Basta apenas um voto válido para derrotar qualquer número superior de votos brancos ou nulos.
E MAIS… os votos brancos, ao contrário do que se propaga na internet, não são direcionados ao candidato que está à frente na votação. Confunde-se com o que rezava o antigo Código Eleitoral de 1965 que mandava contabilizar os votos em brancos para efeito do quociente eleitoral. A manobra visava elevar o quociente eleitoral, dificultando assim as legendas menores de alcançar o índice.
AINDA… A questão da abstenção é uma lenda que sobrevive por ignorância do eleitor e notícias infundadas. Na verdade a abstenção na votação não provoca a realização de um novo pleito. A ausência dos eleitores é um direito que perdem assim a chance de escolher seus representantes democraticamente. No arremate lembro que a primeira opção do eleitor neste domingo será para deputado federal, depois deputado estadual, senador 1 , senador 2, governador e por último presidente da República.
BAÚ FORENSE A Comarca de Dourados foi criada em pelo Decreto Lei 9.055 de 12/03/1946 e instalada em 26/08/1946. O então Distrito de Dourados pertencente ao município de Ponta Porã foi criado em 1914 e sua emancipação política administrativa veio ocorrer somente em 20/12/1935, ficando portanto subordinada aquela Comarca por mais de 11 anos. Em 6 de janeiro de 1989 a Comarca foi elevada a entrância especial.
O PT criou tanto Bolsa disso, Bolsa daquilo…que acabou criando o Bolsonaro. (Na internet)
out 5, 2018 | Mato Grosso do Sul

Wilson Aquino*
Sabiamente alguém já disse que o local onde está guardado o maior tesouro da humanidade, os maiores projetos e ideias incríveis é no cemitério. Um tesouro inspirado, entabulado mas não executado por falta de empenho do próprio autor.
Quem não tem ao menos uma grande ideia que se posta em ação proporcionaria algo grandioso em benefício próprio ou da coletividade? Todos têm. Entretanto falta coragem, trabalho e determinação para a materialização da ideia.
Muitos carregam consigo grandes e revolucionários projetos que ficam armazenadas somente no campo do desejo, sem desprender um esforço sequer para coloca-los em prática, procurando vencer todo tipo de obstáculo, quer financeiro, burocrático ou de qualquer outra natureza para torna-los realidade.
Algumas barreiras que impedem essa materialização são formadas dentro do próprio homem que tem capacidade maior de exercer fé negativa. Ou seja, antes mesmo de dar o primeiro passo para a realização de um grande trabalho como esse, ele próprio se poda dizendo que não dará certo por conta desse ou daquele motivo.
Outros que ousadamente conseguem dar os primeiros passos logo desistem quando se deparam com as primeiras dificuldades.
A história da humanidade nos ensina que não devemos desistir. Aqueles que perseveraram alcançaram grandes vitórias e realizaram seus sonhos, seus objetivos.
Dentre os incontáveis exemplos que temos, penso na persistência dos grandes inventores que perseveraram mesmo diante dos maiores e mais difíceis percalços e venceram, tornando realidade suas ideias e projetos que mudaram a vida da própria humanidade. Outros deram o alicerce necessário para outras grandes invenções.
É sempre bom e inspirador analisarmos as condições de vida que levamos hoje, o conforto, a tecnologia que estão à nossa disposição. Elas só foram possíveis graças a ousados homens que materializaram suas criações, não permitindo que elas fossem levadas para depósito nos cemitérios.
Mas então, como aumentar a fé para colocarmos em prática aquilo que idealizamos mentalmente ou de qualquer outra forma?
O homem pode buscar e encontrar outros caminhos como resposta, mas prefiro o mais seguro e grandioso que é por intermédio de Deus e da fé que desenvolvemos Nele. Fé essa que nos alicerça para não só transpormos todo e qualquer obstáculo que a vida impõe a todos nós, como também nos inspira e nos dá grandes e novas ideias se assim o desejarmos.
Também acredito que como tudo vem de Deus, as ideias geniais que os homens tiveram ao longo da história da humanidade, também vieram Dele. E é Ele mesmo que ainda nos oferece todo conhecimento que necessitarmos. Na Escritura Sagrada está escrito: E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada (Tiago 1;5).
Toda grande ideia, se não executada pelo idealizador, essa mesma ideia é repassada para outro para que seja posta em ação. Em outras palavras, se Albert Einstein, Benjamin Franklin, Thomaz Edison e tantos outros que entraram para a história com suas teorias e invenções, não o fizessem, certamente outros nomes aflorariam para executar o mesmo serviço.
Se nos conscientizarmos dessas coisas, de que os obstáculos sempre existiram e existirão até para quem optar por levar uma vida simples e pacata, e se realmente acreditarmos que tudo vem de Deus e que não termina aqui, que a eternidade é sim o maior presente que Ele nos deu, tudo fica mais fácil, os problemas, de qualquer natureza, ficam pequeninos, insignificantes diante do verdadeiro e grandioso sentido da vida.
Mas é preciso que perseveremos na fé em Deus e isso só é possível com a leitura diária das Escrituras Sagradas. Somente assim poderemos conhece-Lo melhor para termos forças e condições para tocar a vida e materializar sempre nossas ideias e aspirações.
*Jornalista, Professor e Cristão SUD.