Resultados foram publicados recentemente em revista científica internacional
O que o fogo pode revelar sobre o passado da Terra? Essa é uma pergunta que um grupo de pesquisadores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Universidade do Vale do Taquari – Univates, desenvolvendo estudos nas áreas de paleobotânica e paleoincêndios, procura responder. As evidências de incêndios, entre elas o macro-charcoal, são instrumentos importantes para ampliar a compreensão que se tem sobre os sistemas naturais e os ambientes de milhões de anos atrás. As atividades de pesquisa da Univates na área acontecem no Laboratório de Paleobotânica e Evolução de Biomas do Museu de Ciências.
Em outubro do ano passado, um coletivo de instituições de pesquisa, entre elas a Univates, revelou um estudo inédito sobre a ocorrência de paleoincêndios na Antártica há 75 milhões de anos, no período Cretáceo. Esse cenário tem se ampliado com mais estudos e, agora, uma nova pesquisa desenvolvida em parceria entre a Univates e outras três instituições atesta que a Índia também teve incêndios no Cretáceo Inferior, num período entre 145 milhões e 100,5 milhões de anos.
O novo estudo, publicado na revista Current Science, lança olhar para uma parte da Índia de onde os registros de macro-charcoal (carvão vegetal fóssil) eram inexistentes e correspondem à bacia sedimentar da Saurashtra, na atual região Saurashtra, no noroeste da Índia e próximo ao Mar da Arábia.
O estudo é assinado por Gisele Sana Rebelato e é parte de sua tese de doutorado desenvolvida no PPGAD. Também colaboraram na pesquisa o orientador da tese, professor doutor André Jasper, além de Ândrea Pozzebon Silva e Júlia Siqueira Carniere, estudantes do curso de Ciências Biológicas e bolsistas de iniciação científica, ambas da Univates; Alpana Singh, Shivanna Mahesh, Bhagwan D. Singh, do Instituto de Paleociências Birbal Sahni, da Índia; Márlon de Castro Vasconcelos, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul; e Dieter Uhl, do Instituto de Pesquisa Senckenberg e professor visitante do PPGAD.
A importância do estudo sobre paleoincêndios
Incêndios vegetais são eventos comuns em ecossistemas modernos e também passados, sendo um importante motor evolutivo da biodiversidade e da dinâmica dos ecossistemas desde o surgimento das primeiras plantas vasculares no período Siluriano, intervalo que vai de 443,8 milhões a 419,2 milhões de anos. Em geral, após o fogo, as plantas que não sofreram combustão completa podem ser incorporadas aos sedimentos e fossilizadas como macro-charcoal, portanto, fornecendo evidências da ocorrência de paleoincêndios nos paleoambientes no tempo profundo.
O estudo desses registros é importante e permite tirar conclusões sobre a composição da vegetação afetada pelo fogo e algumas das condições das áreas circundantes, bem como amplia o conhecimento sobre o passado geológico de determinada localidade. Considerando a ocorrência de macro-charcoal, apenas alguns registros foram publicados para os estratos na Índia e são principalmente originários dos depósitos do Permiano (de 298,9 a 251,9 milhões de anos atrás).
“Os paleoincêndios ocorreram concomitantemente com o surgimento das primeiras plantas terrícolas e se distribuíram por todo o Planeta Terra, ocorrendo em diferentes intensidades. Como o fogo é um dos fatores que moldaram a biodiversidade ao longo dos milhões de anos, as plantas fossilizadas, entre elas, o macro-charcoal, fornecem informações sobre a vegetação que foi queimada e sobre as condições ambientais e climáticas ao longo do tempo profundo”, descreve a pesquisadora Gisele Sana Rebelato.
Embora o Cretáceo seja globalmente considerado um intervalo com a concentração de grandes volumes de paleoincêndios, apenas um único registro de macro-charcoal e duas ocorrências de micro-charcoal foram publicados até agora para esse intervalo da Índia. “Apesar de trabalhos anteriores terem indicado a ocorrência de paleoincêndios no Cretáceo da Índia, este estudo confirma que a distribuição dos paleoincêndios no Cretáceo era mais ampla do que usualmente imaginado, atingindo o que hoje é conhecido como o noroeste da Índia”, detalha Jasper, orientador da tese cujos resultados foram divulgados no artigo.
A autora do trabalho revela que a pesquisa sobre esse tema foi motivada pela escassez de estudos sobre os paleoincêndios que ocorreram na Índia durante o Cretáceo e pela ausência total de registros de macro-charcoal para toda uma bacia sedimentar, no caso a bacia da Saurashtra. “Essa lacuna de informações levantava a pergunta sobre se existia ou não a ocorrência de fogo para o local, e, se sim, qual a vegetação que originou o macro-charcoal. Esses questionamentos, essa inquietação que é inerente da pesquisa científica, poderiam ajudar a tentar compreender como era o ambiente sob influência de paleoincêndios”, detalha.
As pesquisas científicas indicam que o Cretáceo foi um dos períodos de maior incidência de paleoincêndios na história da Terra, de alta concentração de (paleo)oxigênio, de altas temperaturas e de delimitação dos limites continentais atuais. No entanto, a distribuição desses registros de carvão fossilizado é desigual entre os hemisférios – o Hemisfério Norte possui uma quantidade muito superior que o Hemisfério Sul. Diante desse contexto, pesquisas como a de Gisele contribuem para estabelecer novos limites para o conhecimento científico na área.
“Outros dados importante para o Cretáceo são o surgimento e a expansão das angiospermas, as plantas com flores, e o fogo pode ter facilitado a dispersão e a diversificação das primeiras angiospermas, as quais hoje são as plantas que dominam o ambiente terrestre e, como tal, são a base da alimentação humana e não humana”, acrescenta a pesquisadora.
“Sendo assim, o estudo vem para ajudar a entender a distribuição no Hemisfério Sul – lembrando que no Cretáceo a Índia estava no Hemisfério Sul -, uma vez que é esperado que os paleoincêndios tenham ocorrências parecidas em ambos os hemisférios. Nesse cenário global do Cretáceo, o nosso estudo fornece mais uma importante evidência de que os incêndios, sim, podiam ocorrer em maiores volumes, mesmo que ainda existam alguns locais do Hemisfério Sul com lacunas regionais e temporais e que atuaram na dinâmica envolvida na evolução dos ecossistemas até hoje”, complementa Gisele.
Além disso, ao olhar para o passado, o estudo ajuda a compreender o funcionamento, tanto dos sistemas naturais do tempo profundo quanto os do presente, podendo auxiliar no entendimento dos processos naturais e antrópicos relacionados às mudanças climáticas atualmente em curso na Terra.
Perspectivas futuras
Novos estudos estão sendo conduzidos pela equipe da Univates vinculada ao Laboratório de Paleobotânica e Evolução de Biomas. Gisele, em especial, analisa atualmente material de uma bacia sedimentar brasileira, também do Cretáceo Inferior.
Texto: Lucas George Wendt
Fique por dentro de tudo o que acontece na Univates, clique nos links a seguir e receba diariamente as notícias diretamente no seu WhatsApp ou no Telegram.
Já era um fenômeno comum nas fronteiras brasileiras. Mas, frente à desvalorização do peso argentino e ainda mais após a última alta nos preços dos combustíveis no Brasil, a procura pelo produto argentino tem aumentado ainda mais. As cidades fronteiriças entre Brasil e Argentina registram intenso movimento. Mas, a superlotação e demora para abastecer nos postos argentinos tem feito brasileiros pensarem em outra forma de consumir o combustível do país vizinho – onde, atualmente, o litro custa em média a metade dos preços praticados no Brasil. Em Puerto Iguazú (fronteira com Foz do Iguaçu/PR), por exemplo, foi necessário estabelecer uma cota máxima de combustível para os brasileiros abastecerem, e, assim, não faltar o produto para os argentinos. Ainda em Puerto Iguazú, no início do mês o portal “La voz de Cataratas” noticiou: “Aduana e combustíveis: táxis, veículos de turismo e ônibus convocam para assembleia e buzinaço”.
A reportagem refere-se ao protesto feito por trabalhadores ligados, principalmente, ao setor de transporte turístico, que reivindicam uma bomba exclusiva para eles nos postos e também reclamam pela falta de combustível. A Argentina até tentou dificultar o consumo dos brasileiros quando estabeleceu uma limitação na quantidade de combustível: 15 litros por cliente estrangeiro.
No Brasil, o problema é outro: pessoas estão armazenando combustível argentino em galões, em casas ou galpões, o que representa riscos ambientais e de segurança, além de ser ilegal pela prática de contrabando. Em Dionísio Cerqueira (SC), que faz fronteira seca com a Argentina, moradores ficam posicionados na fronteira com galões cheios de gasolina – são bombas de combustível ambulantes.
Conforme explica o Advogado e Diretor-jurídico do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), Javert Ribeiro da Fonseca Neto, “a importação de gasolina é proibida, pois tal atividade constitui monopólio da União (arts. 177, II, e 238, da CF e art. 4º, III, da Lei 9.478/1997), salvo prévia e expressa autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Desta forma, caracteriza-se como crime de contrabando”. Javert complementa que abastecer em outro país para consumo próprio é perfeitamente permitido. Mas, o que tem ocorrido, é que os consumidores vão até o país vizinho várias vezes ao dia para abastecer.
O IDESF procurou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para fazer uma análise de cenário visto o aumento de preço e especulações em relação ao desabastecimento de combustíveis no Brasil e se haveria a possibilidade de mudança de legislação de forma temporária para evitar tal problema. Em nota, a Agência ressaltou que “a importação de hidrocarbonetos (como petróleo e gás) e seus derivados para consumidores finais é vedada pela Constituição Federal e pela Lei 9.478/97. Essas atividades podem ser autorizadas, pela ANP, a “empresas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no País”, mas não há atualmente previsão legal para a importação por pessoas físicas. A autorização, pela ANP, para empresas importadoras/exportadoras, bem como as normas para importação e exportação de combustíveis são reguladas pela Resolução ANP nº 777/2019. Ressaltamos ainda que a utilização pelo consumidor final de gasolina e óleo diesel requer a mistura de etanol anidro e biodiesel à gasolina A e ao diesel A (puros), respectivamente, nos percentuais definidos na legislação brasileira, formando a gasolina C e o diesel B. Essa mistura deve ser feita em instalação de distribuidor de combustíveis líquidos e o produto final deve atender às especificações físico-químicas estabelecidas pela Agência”.
Nas cidades de fronteira com a Argentina, “bombas” de combustível ambulantes
Segundo Luciano Stremel Barros, Presidente do IDESF, esta prática já aconteceu em anos anteriores. “É um fenômeno recorrente. No final dos anos 2000, por exemplo, o Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) do Paraná desencadeou uma operação que apreendeu diversos pontos clandestinos que funcionavam na cidade de Foz do Iguaçu. Nessa oportunidade, tivemos casos emblemáticos de postos clandestinos instalados na cidade, adulteração de tanques de combustíveis de ônibus, dentre outros”. Luciano destaca a necessidade de revisão de regimentos que permeiam os países do Mercosul. “Este tipo de problema ocorre pelas assimetrias de câmbio, políticas tributárias, de preços e também pela política energética entre os países do Mercosul. Precisamos avançar nos debates e na cooperação e ação conjunta entre os países”.
Além do “trabalho formiguinha” dos vendedores ambulantes de combustíveis, também ocorre o transporte em grandes volumes. A Receita Federal (RF) apreendeu, no dia 7 de março, um caminhão e uma carreta carregados ilegalmente com 52 mil litros de óleo diesel no município de Lindoeste/PR. Segundo informações da RF, os motoristas dos dois veículos afirmaram ter recebido a carga próximo à fronteira com a Argentina, na região de Francisco Beltrão/PR. Um dos condutores informou que teriam sido pagos R$ 4,00 por litro de combustível. Ele não tinha nenhum documento de comprovação da legalidade do produto. Pelos valores praticados no Brasil, os adquirentes poderiam ter um lucro de 40%. Ainda segundo a RF, os motoristas não informaram para onde iria a carga e disseram que seriam informados do destino final durante o trajeto.
Mark Tollemache, Auditor fiscal e Delegado da Receita Federal em Dionísio Cerqueira (SC), destacou a alta periculosidade de dois produtos que tem sido apreendidos com frequência pelos servidores da RF na região de Dionísio Cerqueira: além de combustível, botijões de gás de cozinha (GLP). “Além da quantidade, o que nos chama a atenção é a forma de transporte e de armazenamento desses produtos. Sem dúvidas, um risco não apenas a quem pratica o crime, mas à população que, muitas vezes sem saber, mora próximo desses locais ou acaba se envolvendo em acidentes nas rodovias”. Mark ainda ressaltou os números de apreensões de combustível de 2021 e dos dois primeiros meses de 2022, conforme apresentado abaixo:
2021
1.330 litros de óleo diesel
3.321 litros de gasolina
43 apreensões
2022 (janeiro e fevereiro)
280 litros de óleo diesel
17.422 litros de gasolina (17.000 referente ao caminhão citado)
8 apreensões
“Considerando as apreensões das equipes de Dionísio Cerqueira e de Cascavel/PR, a Receita Federal apreendeu cerca de 70 mil litros de combustível em 2022, apenas nessa região de fronteira com a Argentina, o que representa um aumento de 1400% em relação a 2021”.
Na entrevista, Mark também demonstrou preocupação com relação à possibilidade de novo aumento no preço dos combustíveis devido aos impactos gerados pela guerra na Ucrânia, o que poderá agravar ainda mais tais irregularidades praticadas nas fronteiras com a Argentina.
La Ejecutiva de la Secretaría Nacional de Turismo, Señora Sofía Montiel de Afara, visita este jueves a esta localidad para reunirse con las autoridades municipales, del sector privado turístico y conocer los puntos mas importantes de referencia, como recursos naturales, patrimonios culturales e históricos.
Esta visita es el seguimiento que la primera comitiva de la secretaría ha realizado con la Directora General de la SENATUR, la Dra. Doris Penoni el mes pasado.
Se levantaron todos los datos de los recursos y se habló con actores sociales, comerciantes de la comunidad, donde ahora se presentará el diagnóstico del trabajo realizado para una posible firma de un convenio interinstitucional entre el municipio y la secretaría.
En esa oportunidad la Dra. Penoni se quedó maravillado con lo que encontró en este distrito y que pasaría todos los informes a la Ministra Sofía Montiel de Afara para su venida, que hoy se concreta.
Ojala que con su presencia, y con la firma de un convenio se inicie el camino de un desarrollo sostenible sobre TURISMO para Bella Vista Norte.
Desde ontem (15) os caminhoneiros paraguaios fecharam a Rota PY 05, contra o aumento dos combustíveis no Paraguai. A rota é uma das principais do país e bloqueio atinge Pedro Juan Caballero.
O tráfego foi parado e, só passam pela via, os pedestres. Conforme informações, o protesto continua até a redução dos preços e, em caso de negativa por parte do governo, se dirigirão em massa a Mburuvicha Róga, residência oficial do presidente.
Em entrevista ao ao canal Telefutura, o representante dos caminhoneiros, Nery Pereira relatou que as mobilizações não irão ceder enquanto o governo não reduzir os preços dos combustíveis para a população em geral.
“Queremos que os trabalhadores e a população em geral, tenham um benefício de redução dos preços de combustíveis. Se continuar assim, teremos que buscar outra forma [de protesto] mais drástica. Caso tiver continuidade, o protesto poderá paralisar o país inteiro” disse Nery.
Além disso, outros municípios também estão em protesto, são eles: em Alto Paraná, são em Minga Guazú (km 16 e km 30), Santa Rita, Itakiry, Juan E. O’oleary, Santa Fe del Paraná e Minga Porã.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) fez alerta nesta quarta-feira (16): a guerra na Ucrânia ameaça jogar 90% da população do país para baixo da linha da pobreza. O sobreaviso do PNUD acontece no dia em que serão publicadas as primeiras estimativas do impacto econômico e social do conflito. Segundo a agência, se o confronto continuar, a Ucrânia e toda a região testemunharão o desmonte de décadas de avanços sociais obtidos após a queda da Cortina de Ferro. As informações são do UOL.
Cerca de 18 milhões de pessoas seriam diretamente afetadas pela guerra, com pelo menos 7 milhões de deslocados internos.
“As primeiras estimativas sugerem que 90% da população ucraniana poderia enfrentar pobreza e extrema vulnerabilidade econômica caso a guerra se aprofunde, atrasando o país, e a região, décadas e deixando profundas cicatrizes sociais e econômicas para as gerações futuras”, alerta o PNUD.
Ou seja, isso representaria mais de 36 milhões de pessoas vivendo com menos de US$ 5,5 (R$ 28,22) por dia.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 18 anos de conquistas socioeconômicas seriam perdidos, com quase um terço da população vivendo abaixo do limite da pobreza e mais 62% em alto risco de cair na pobreza nos próximos doze meses.
Ainda de acordo com o alerta, o PIB do país teria um tombo de 60%. A queda seria maior que o desabamento de 40% na economia do Líbano em 1982, no Kuwait em 1991, de 50% no Sudão do Sul e equivalente ao caos na Líbia a partir de 2014.
“A guerra na Ucrânia está causando um sofrimento humano inimaginável, com uma trágica perda de vidas e o deslocamento de milhões de pessoas. Embora a necessidade de assistência humanitária imediata aos ucranianos seja da maior importância, os impactos agudos de desenvolvimento de uma guerra prolongada estão agora a tornar-se mais evidentes”, disse o administrador do PNUD, Achim Steiner.
O administrador salientou ainda que o cenário desta decadência pode trazer sofrimento e dificuldade para a população de maneira mais marcante.
“Um declínio econômico alarmante, e o sofrimento e as dificuldades que trarão a uma população já traumatizada, devem agora ser mais acentuados”, disse.
E destacou que a paz seria a maneira de evitar tais sofrimentos.
“A fim de evitar mais sofrimento, destruição e empobrecimento, precisamos agora de paz”, defendeu Steiner.
De acordo com as estimativas governamentais, foram destruídos pelo menos US$ 100 bilhões em infraestruturas, edifícios, estradas, pontes, hospitais, escolas, e outros bens físicos.
A guerra provocou o fechamento de 50% das empresas ucranianas, enquanto a outra metade foi forçada a operar muito abaixo da capacidade.
Uma das saídas seria o estabelecimento de uma espécie de auxílio emergencial, que custaria US$ 250 milhões por mês e que cobriria perdas parciais de rendimento para 2,6 milhões de pessoas.
“O Arcanjo Miguel, juntamente com toda a Hoste Celestial, está lutando pela Ucrânia”, afirmou o líder da Igreja Grego-Católica Ucraniana
Nos últimos dias, alguns perfis das redes sociais publicaram imagens de nuvens em formato de anjos sobre o céu de Kiev e de outras cidades da Ucrânia.
A veracidade das fotografias é difícil de ser comprovada. Entretanto, as imagens levaram um pouco de alento para o país em guerra e chamaram a atenção nas redes sociais. “Que os anjos possam abençoar a Ucrânia”, comentou uma internauta.
“São Miguel Arcanjo e sua milícia intercedendo pela Ucrânia”, escreveu outro perfil do Twitter.
Arcebispo comenta imagens de anjos no céu da Ucrânia
O arcebispo de Kiev, Sviatoslav Shevchuk – líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana – gravou um vídeo no qual se refere às possíveis imagens de anjos que apareceram no céu da Ucrânia.
“Muitas pessoas de toda a Ucrânia estão se voltando para mim dizendo que viram anjos luminosos sobre a terra da Ucrânia,” afirmou ele.
“Aqui em Kiev, o padroeiro de nossa cidade é São Miguel Arcanjo”.
Para o arcebispo, o “Arcanjo Miguel juntamente com toda a Hoste Celestial está lutando pela Ucrânia”. Ele aproveitou para, mais uma vez, pedir a proteção do arcanjo para o país em guerra:
“Ó Arcanjo Miguel e todos os Poderes do Céu, lutai pela Ucrânia! Derrubai aquele demônio que está nos atacando, trazendo devastação e morte!”
Sinais do Céu?
Se as imagens de anjos no céu da Ucrânia forem verdadeiras – como se espera que sejam – é correto afirmar que elas, então, seriam “sinais”, e não obras do acaso?
Entendendo-se por “sinal” aquilo que contém um “significado”, certamente não há erro em dizer que são sinais naturais – ou seja, estão “previstos” na ordem natural das coisas e, por mais que pareçam inusitados ao nosso olhar, significam primariamente a própria existência dessa ordem natural. E isto já é grandiosamente instigante: existe uma ordem natural em vez de mero acaso.
De fato, não é apenas o sobrenatural que pode nos impactar: a natureza mesma, incluindo a nossa capacidade natural de admirar o belo, também tem muito a nos “dizer”, dado que o fascínio da natureza, em si mesmo, já nos remete a uma das perguntas-chave da filosofia e da ciência: qual é a origem de tudo isso?
Sentido
Mesmo um acontecimento tranquilamente explicável pela ordem natural das coisas pode servir como “gatilho” para reflexões importantes.
O cristão acredita que Deus nos fala através de sinais, sejam naturais, sejam sobrenaturais, e que Ele sempre deixa à liberdade de consciência de cada um a decisão final de como interpretá-los. Os próprios ateus, aliás, costumam enfatizar que as tragédias são uma “prova” de que Deus não existe, apelando para a sua “fé” na inexistência de Deus com base em sinais passíveis de interpretações pessoais (que, aliás, cientificamente falando, não são válidos como provas).
Para quem crê na inexistência de Deus, tudo é e será sempre mero acaso e falta de sentido. Para quem acredita em Deus e no sentido sobrenatural da existência, tudo é e será sempre um grande milagre, testemunhado por uma abundância de sinais repletos de sentido.
“Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de Suas mãos” (Salmo 18, 2)