Jovem de Campo Grande tem prova de atletismo no dia 03 de setembro
As Paraolimpíadas de Paris começam dia 28 de agosto e Gabriela Mendonça, de 26 anos, de Campo Grande, vai competir a prova de 100m da classe T13 atleta com baixa visão, no dia 3 de setembro.
Gabriela iniciou no esporte aos 13 anos, treinando com o professor Daniel Sena em 2011. Após alguns anos, foi morar em São Paulo para buscar uma estrutura melhor, crescimento pessoal e profissional. E, depois de um tempo, em 2021, voltou Campo Grande, retomou os treinos com o Sena, agora já com a estrutura do Sprint Social.
“Eu acompanhei todo o processo de desenvolvimento do projeto que o Daniel Senna criou, muita coisa cresceu e evoluiu, os atletas agora têm uniforme, estrutura, equipamentos e aparelhos que ajudam no desempenho”’, destaca Gabriela ao relembrar o seu período de treino aqui na cidade.
Mas nem sempre a vida no esporte é fácil, Gabriela viveu momentos difíceis, que pensou em desistir. “Eu estava bem frustrada com alguns acontecimentos. Esporte não é fácil e nunca será, então eu vinha de umas sequencias de frustrações com o esporte, lesões, treinos que não encaixavam, resultado que não saía, fiquei fora dos jogos de Tóquio em 2021, porque passei por uma classificação visual uma semana antes e mudei de categoria e isso me tirou das Paraolimpíadas, fiquei desgastada emocionalmente e fisicamente com tudo. O treinador Sena sempre acreditou em mim e me motivou a voltar a treinar. Comecei do zero novamente no Sprint Social, hoje faço parte da equipe do Sesi em São Paulo, mas foi em Campo Grande que me fortaleci para o esporte e hoje estou nos jogos de Paris”, conta Gabriela.
O projeto Sprint Social – Paratletismo & Atletismo de Inclusão proporciona uma nova perspectiva de futuro, através do esporte, para mais de 150 atletas e paratletas. O projeto surgiu em 2005 com o propósito de treinar crianças e adolescentes. Na época, recebeu o primeiro nome “Seninha Atletismo”, por causa do fundador, Daniel Sena, professor de educação física há dezenove anos.
“Depois do trabalho de iniciação ao atletismo, conquistamos o apoio de um patrocinador importante, do setor de Loteamentos, e a gente pensou em levá-los para disputar campeonatos nacionais. Mas pelas regras da Confederação Brasileira de Atletismo e do Comitê Paralímpico Brasileiro, o atleta precisa ser filiado a um clube. Criamos, então, o Sprint Social”, detalhou Sena.
Todos os anos, eles rodam o Brasil e participam de etapas paralímpicas nas categorias escolar e adulta, e já fizeram campeões em todas elas. “Como profissional de Educação Física, entendo que o esporte é a maior ferramenta de transformação e isso que me motivou a criar o Sprint Social e fazer esse trabalho. Tenho muito orgulho dos nossos atletas, vencendo diversas competições, estaduais, nacionais e até mundiais, brilhando por onde passam”, conta Sena.
Falta apenas um mês! No dia 22 de setembro, 25 mil pessoas irão as ruas para participar da Corrida do Pantanal. Histórias de superação sobre a maior corrida de rua do Centro-Oeste não faltam, mas poucas são as que estão marcadas na pele, como a de Leandro Bernal, de 30 anos. Como forma de celebrar a transformação de vida a partir do esporte, Leandro fez uma tatuagem com a data da primeira edição da Corrida do Pantanal, que ele participou em 9 de outubro de 2022.
“A corrida me salvou dos meus pensamentos turbulentos, da ansiedade, da depressão. Me tornei uma pessoa melhor”, resume.
Leandro preferia musculação e não tinha interesse por corridas. Ele conta que a corrida de rua foi o caminho encontrado para ter mais saúde mental.
“Em 2014, perdi meu avô em decorrência de um câncer. Depois entrei em depressão e tive vários picos de depressão e ansiedade. Passei por acompanhamento psicológico, fui encaminhado ao psiquiatra e ele me passou medicação. Como eu não queria ficar dependente de remédio, perguntei ao médico o que poderia fazer. Ele me indicou caminhada, leitura e corrida”.
A prescrição médica instigou a curiosidade de Leandro, que aproveitou a chamada de inscrição à primeira edição da Corrida do Pantanal, em 2022, para garantir um lugar na prova de 7 km. O desconhecimento sobre o esporte e o pouco tempo de preparação não foram empecilhos para que Leandro aceitasse o desafio.
“Procurei a assessoria do Sesi e comecei a fazer aulas faltando 30 dias para o evento. É pouco tempo de preparação para correr 7 km. Mas fui aprendendo, pegando a prática. No fim, consegui terminar a prova. Lógico que quem é iniciante vai andar, vai cansar mais, mas consegui fazer a prova no tempo que eu esperava”.
Depois da Corrida do Pantanal, Leandro conta que foi “picado pelo bicho das corridas de rua” e nunca mais largou o esporte. A musculação tornou-se complemento dos treinos de corrida, com objetivo de fortalecimento e prevenção de lesões. Até a vida profissional foi influenciada: Leandro, que tem graduação em contabilidade, hoje está cursando a faculdade de Educação Física. E a saúde mental teve uma melhora significativa.
“Através da corrida, fiz muitos amigos e tive a oportunidade de conhecer lugares novos e fazer o que amo. Hoje já não sei mais viver sem estar no meio dos eventos, seja trabalhando nos bastidores ou correndo junto com a galera. A corrida é libertadora. Não importa ritmo, quilômetros percorridos, se você é velho ou novo demais, magro ou acima do peso. Não importa se o tênis é de placa ou simples. Apenas vista-o e corra. Você vai ver a melhora na autoestima, na saúde como um todo”.
Neste ano, Leandro quer acrescentar mais uma medalha da Corrida do Pantanal à sua coleção. Há um mês para a edição 2024, os treinos serão intensivos para a disputa da prova de 15 km.
“Participei dos 15 km no ano passado e este ano quero melhorar meu tempo. Embora a distância ainda seja desafiadora para mim, vou me esforçar para superar meu desempenho anterior”.
Maior evento paradesportivo do planeta, os Jogos Paralímpicos começam em Paris, na França, no dia 28 de agosto e se estenderão até 8 de setembro. Contemplados pelo Bolsa Atleta, programa do Governo de Mato Grosso do Sul coordenado pela Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), dois atletas sul-mato-grossenses são favoritos ao pódio: Fernando Rufino, da paracanoagem, e Yeltsin Jacques, do atletismo. Ambos os atletas conquistaram medalhas e bateram recordes na última edição dos Jogos, a Tóquio-2020.
Além dos atletas, a professora de judô Anne Talitha Silva também foi convocada para representar o Brasil nas Paralimpíadas como auxiliar-técnica. Com uma trajetória dedicada ao treinamento de atletas paralímpicos desde 2006, a profissional é contemplada pelo programa Bolsa Técnico do Governo do Estado e traz sua vasta experiência para a equipe brasileira, contribuindo para o sucesso do esporte paralímpico nacional. Na capital francesa, a técnica comandará duas atletas sul-mato-grossenses nos tatames: Kelly Victório e Erika Cheres.
Fernando Rufino: o “Cowboy de Aço” na paracanoagem
Fernando Rufino de Paulo, popularmente conhecido como “Cowboy de Aço”, representará Mato Grosso do Sul na canoagem paralímpica. Natural de Eldorado, Rufino tem se destacado em competições internacionais, incluindo a recente conquista do ouro na categoria VL2M200m no Mundial de Paracanoagem, o que o torna uma das grandes promessas para Paris.
Rufino, que já brilhou nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 com uma medalha de prata, fez história na Tóquio-2020 ao conquistar a medalha de ouro nos 200 metros, com o impressionante tempo de 53,077 segundos. Para ele, o apoio governamental foi crucial em sua trajetória. “O programa Bolsa Atleta foi fundamental para minha preparação de nível mundial, permitindo-me obter bons resultados no Campeonato Mundial e nas Paralimpíadas. Espero continuar contando com esse suporte rumo a Los Angeles 2028, acreditando que, com esse apoio, podemos alcançar alta performance e garantir uma medalha em 2028”, afirma o atleta.
O “Cowboy de Aço” tem uma história de superação inspiradora. Seu sonho inicial de ser peão de rodeio foi interrompido por um acidente que o deixou paraplégico. No entanto, ele encontrou no esporte uma nova paixão e uma oportunidade de realizar novos sonhos. “O esporte mudou minha vida de uma forma maravilhosa e completa. Sou uma pessoa realizada, com uma carreira de sucesso, e o legado que quero deixar é que, mesmo vindo de uma pequena cidade do interior e tendo meu sonho interrompido, o esporte me deu a oportunidade de sustentar minha família e construir uma vida estável.”
Rufino também destaca o poder transformador do esporte na vida das pessoas. “Quero mostrar que todos podem alcançar seus objetivos. O ‘cowboy de aço’, que era peão de boiadeiro, tornou-se campeão paralímpico e conheceu mais de 20 países. O esporte não é apenas uma maneira de salvar pessoas das ruas ou das drogas; é uma profissão onde, com dedicação, disciplina e respeito, todos podem se tornar alguém na vida.”
Yeltsin Jacques: incansável e imparável
Yeltsin Francisco Ortega Jacques, de 33 anos, natural de Campo Grande, é outro nome de peso nas Paralimpíadas de Paris. Convocado para disputar as provas de 1.500 e 5.000 metros na classe T11, destinada a atletas cegos, Yeltsin é o atual campeão mundial dos 5.000 metros e recordista mundial nas duas provas. Ele entra como um dos favoritos para conquistar medalhas, depois de sua impressionante performance em Tóquio-2020, onde levou o ouro em ambas as categorias, além de estabelecer o recorde mundial.
Preparando-se para sua terceira participação nos Jogos Paralímpicos, após competir no Rio 2016 e em Tóquio 2020, Yeltsin compartilha sua jornada de 18 anos no esporte, marcada por treinos intensos e desafios diários. “Desde o início, no Mato Grosso do Sul, enfrentamos muitos obstáculos. Naquela época, não havia uma pista de atletismo oficial, nem o programa Bolsa Atleta, nem uma estrutura básica para os treinos”, relembra o atleta.
Yeltsin chegou a se mudar para outro país em busca de melhores condições de treino, mas retornou a Campo Grande assim que a infraestrutura esportiva melhorou. “Morei e treinei fora por um tempo, mas depois, com a infraestrutura disponível em Campo Grande, pude voltar para perto da minha família. Foi difícil ficar longe dos meus pais, mas era um sacrifício necessário para melhorar meu desempenho e alcançar resultados”.
O programa Bolsa Atleta foi um fator decisivo para o retorno de Yeltsin ao Mato Grosso do Sul. “Com o apoio financeiro e a inauguração da pista de atletismo, já treinando em Campo Grande, conquistamos resultados espetaculares em Tóquio”, destaca o atleta, que, em 2024, quebrou o recorde mundial em Kobe, no Japão.
Yeltsin também reflete sobre a importância do esporte paralímpico para a inclusão de pessoas com deficiência. “Já ouvi muitas histórias de pessoas com deficiência que se limitavam, achando-se incapazes até de sair de casa. Hoje, ao verem o esporte paralímpico na TV, dizem: ‘Um dia, quero ser como ele’”.
Ele enfatiza o impacto positivo do apoio governamental ao esporte. “Cada vez mais, o governo do estado, não só com o Bolsa Atleta, mas também com outras políticas de fomento, tem mostrado o caminho para a iniciativa privada. Empresas têm investido e patrocinado o esporte, o que é transformador não só para o alto rendimento, mas também para a educação e a inclusão. Hoje, as universidades oferecem bolsas para atletas, e empresários acreditam e investem no esporte. Isso faz toda a diferença.”
Anne Talitha: pioneirismo e dedicação no judô paralímpico
A professora de judô Anne Talitha Almeida Ferreira Silva também foi chamada para integrar a delegação brasileira nas Paralimpíadas de Paris-2024 como auxiliar-técnica. Com mais de 15 anos de experiência no treinamento de atletas paralímpicos, Anne Talitha traz consigo uma trajetória marcada por dedicação e conhecimento profundo na área.
“Para mim, foi uma grande surpresa e uma enorme felicidade ser convocada. Trabalho com o esporte paralímpico há bastante tempo, especialmente com o judô. É uma realização profissional estar indo para as Paralimpíadas”, afirma a técnica.
Sob a orientação de Anne Talitha, duas atletas sul-mato-grossenses brilharão na competição. Erika Cheres Zoaga, nascida em Guia Lopes da Laguna, competirá na categoria +70 kg da classe J1 (cegos totais). A judoca possui um currículo notável, com conquistas recentes como a prata no Grand Prix de Tiblissi e o ouro no Grand Prix de Antalya em 2024. Desde que começou no judô em 2006, devido ao glaucoma congênito, Erika tem se destacado internacionalmente.
A jovem Kelly Kethyllin Victório, de Campo Grande, também estará sob o comando de Anne Talitha. Com apenas 20 anos, Kelly competirá na categoria até 70 kg da classe J2 (baixa visão). Recentemente, ela conquistou a medalha de ouro no Parapan de Jovens em Bogotá e ocupa a décima posição no ranking paralímpico da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA). A convocação para os Jogos Paralímpicos de Paris marca mais um passo significativo em sua promissora carreira.
Anne Talitha comemora a participação das judocas sul-mato-grossenses. “Além de ser convocada, a alegria é ainda maior por conseguir levar duas atletas, uma delas, a Erika, que treinou comigo por muito tempo. É uma dupla felicidade poder acompanhá-la na competição. É um momento de muita alegria e ver que Mato Grosso do Sul está bem representado”.
A técnica destaca ainda a importância de fomentar o esporte paralímpico. “Espero que isso motive tanto os professores quanto os atletas a seguirem, porque elas vieram de projetos e programas de apoio do governo, já foram bolsistas, e isso é muito bacana.”
Competições
Yeltsin Jacques
30 de agosto (sexta-feira): 5.000 metros – 04:05 (horário de MS)
1º de setembro (domingo): semifinal dos 1.500 metros – 04:12 (horário de MS)
2 de setembro (segunda-feira): final dos 1.500m – 04:08 (horário de MS)
Fernando Rufino
6 de setembro (sexta-feira): Prova de Paracanoagem – 06:15 (horário de MS)
7 de setembro (sábado): Prova de Paracanoagem – 07:15 (horário de MS)
8 de setembro (domingo): Prova de Paracanoagem – 07:15 (horário de MS)
Kelly Victório
6 de setembro (sexta-feira): luta preliminar, categoria até 70 kg, classe J2 – 04:00 (horário de MS)
Erika Cheres
7 de setembro (sábado): luta preliminar, categoria acima de 70 kg, classe J1 – 03:30 (horário de MS)
Campeonato é voltado para todos os Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul, e tem o objetivo de estimular a medicina preventiva por meio da prática desportiva
A Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems), abre inscrições para a 15ª edição da Copa Saúde Cassems e os interessados em disputar o campeonato podem inscrever sua (s) equipes até 31 de agosto.
O campeonato é voltado para todos os Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul, e tem o objetivo de estimular a medicina preventiva por meio da prática desportiva, proporcionar hábitos saudáveis e melhorar a qualidade de vida, além de celebrar o dia do servidor público (28 de outubro) e promover a integração entre as equipes.
O valor da inscrição é R$ 400,00 e pode ser feita por meio de crédito, débito ou PIX. A inscrição e o pagamento deverão ser realizados no site oficial copa-saude.app.cassems.com.br na opção “Inscrições”.
Para participar os atletas devem ser beneficiários titulares, dependentes naturais, agregados dos titulares, participantes dos quadros permanentes dos municípios de Mato Grosso do Sul ou colaboradores da Cassems, respeitando o limite máximo de 5 (cinco) inscritos nessas condições, por equipe, nas categorias masculinas e até 7 (sete) inscritas e ainda 2 (duas) convidadas, na categoria feminina.
A previsão de início da competição é para o dia 22 de setembro, com 4 (quatro) categorias:
LIVRE MASCULINO E FEMININO: A partir de 18 anos completos até a cerimônia de abertura da competição. Menores de 18 anos (maiores de 16 anos) somente com autorização expressa dos pais ou responsável legal.
VETERANO MASCULINO: Nascidos até o ano de 1984, exceto o goleiro, que poderá ter idade livre e jogará tão somente nessa posição, sob pena de ser considerado irregular.
MASTER MASCULINO: Nascidos até o ano de 1974, exceto o goleiro, que deverá ser nascido até o ano de 1984 e jogará tão somente nessa posição, sob pena de ser considerado irregular.
O Botafogo está de volta à liderança do Campeonato Brasileiro. E em grande estilo. Sem poupar, o Alvinegro entrou com força máxima, sobrou fisicamente, engoliu o time misto do Flamengo no segundo tempo e goleou por 4 a 1, com dois gols de Matheus Martins, um de Igor Jesus e outro de Mateo Ponte, enquanto Bruno Henrique descontou. E o Glorioso ainda perdeu um pênalti, com Almada. Com muito mérito, o time de Artur Jorge pegou embalo para a decisão contra o Palmeiras nas oitavas de final da Libertadores.
Como fica?
Com a vitória, o Botafogo vai a 46 pontos e tira a liderança do Fortaleza, que foi a 45 no último sábado. Já o Flamengo fica mais longe da ponta, é ultrapassado pelo Palmeiras e cai para o quarto lugar, com 41 pontos (o Rubro-Negro tem um jogo a menos).
Na próxima rodada, o líder Botafogo visita o Bahia no domingo que vem, às 16h (de Brasília), na Fonte Nova, enquanto o Flamengo, no mesmo dia, às 20h, recebe o Bragantino no Maracanã.
Antes, porém, os dois times decidem suas vidas nas oitavas de final da Libertadores: o Alvinegro joga na quarta-feira contra o Palmeiras, às 21h30 no Allianz Parque. No mesmo horário, só que na quinta, o Rubro-Negro visita o Bolívar na temida altitude de 3.600m de La Paz, na Bolívia.
Ele quer fazer história mais uma vez! O padrinho da Corrida do Pantanal e atleta do Sesi, Yeltsin Jacques, embarcou nesta quarta-feira (14/08) para Paris, onde vai disputar os Jogos Paralímpicos pela terceira vez. Ontem ele fez o último treino em Campo Grande, no Parque Ayrton Senna.
Yeltsin Jacques, de 33 anos, natural de Campo Grande, nasceu com baixa visão e compete na classe T11, para atletas cegos. Foi convocado para disputar dois percursos; de 1.500 e 5.000 metros. Recordista mundial nas duas provas e atual campeão mundial dos 5.000m, ele embarca como favorito para conquistar medalhas. A prova dos 5.000 será disputada no dia 30 de agosto. Já a semifinal dos 1.500 vai ocorrer em 1 de setembro e a final no dia seguinte.
Em maio deste ano, o Campeonato Mundial ocorreu em Kobe, no Japão, quando conseguiu o ouro nos 5.000 metros. No ano passado, o Mundial foi realizado em Paris, foi o maior evento paralímpico antes dos Jogos deste ano. Na ocasião, o atleta conquistou o ouro nos 1.500 metros e o bronze nos 5.000 metros.
E, na última edição dos Jogos Paralímpicos, em Tóquio 2020, um resultado histórico: ouro nas duas provas que são especialidades dele. Para Paris, Yeltsin viaja com dois atletas guia: Guilherme Ademilson e Antonio Henrique Lima.
“Estamos indo para a maior competição do ciclo e eu quero agradecer e contar com a torcida de todo Mato Grosso do Sul. Pra mim é uma honra poder disputar mais uma vez os Jogos Paralímpicos e, agora, representar a nossa indústria. Vamos batalhar pra trazer um pedacinho da torre Eiffel na medalha”, disse Yeltsin antes de embarcar.
Os Jogos Paralímpicos de Paris serão de 28 de agosto a 8 de setembro. Após a competição, Yeltsin retorna para Campo Grande, porque no dia 22 de setembro vai apadrinhar a Corrida do Pantanal.