Em um investimento de R$ 10,166 milhões, o governador Reinaldo Azambuja e o secretário Eduardo Riedel autorizaram a restauração de 5.319 metros de ruas e avenida e a ampliação do Hospital Municipal Oscar Ramires, de Porto Murtinho. Os convênios foram assinados nesta quinta-feira (3) na Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura).
Serão recapeadas as ruas Pedro Celestino, Dr. Corrêa, Doutor Costa Marques, Coronel Ponce, 13 de Maio, Joaquim Murtinho, João Pessoa, Coronel Alfredo Pinto, Francisco de Oliveira, Amadeus Santos e Silva e a Avenida Laranjeiras.
Reinaldo Azambuja explicou que as obras de recapeamento serão licitadas pela prefeitura, com dinheiro repassado pelo Governo do Estado, no valor de R$ 6,223 milhões. Ele disse ainda que as novas obras fazem parte da parceria com o Município, que se prepara para um grande salto econômico com a concretização da Rota Bioceânica e com os investimentos privados em terminais portuários.
“Murtinho vai viver um momento muito forte economicamente. Não só pela questão da ponte, nem da Bioceânica que você (prefeito Nelson Cintra) me representou na inauguração pelo presidente Marito (Mario Abdo Benítez, do Paraguai), como eles dizem lá, do primeiro tramo, o primeiro trecho da rodovia. Porque ali vai ser uma rota de escoamento das riquezas do Brasil. Não vai ser só de Mato Grosso do Sul (mas de todo o País). Vai mudar o perfil daquela região. E junto com isso tem os portos”, contou o governador.
Já o secretário Eduardo Riedel lembrou que essa é apenas mais uma das etapas de investimento no município fronteiriço. “Porto Murtinho está passando por uma transformação. Porto Murtinho está longe de ser fim de linha. Lá será o centro de uma transformação logística”, acrescentou.
Secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, falou sobre transformação de Porto Murtinho
Segundo o prefeito Nelson Cintra, Porto Murtinho recebeu, na atual gestão estadual, quase R$ 100 milhões em obras. “Fiz um levantamento com o Emerson (diretor-presidente da Agesul, Emerson Antonio Marques Pereira) de tudo o que o governador Reinaldo Azambuja está fazendo. São quase R$ 100 milhões investidos em Porto Murtinho. O Governo está entendendo a importância de Porto Murtinho nesse processo. Lá é o portal de entrada do Brasil”, declarou.
Oscar Ramires
O outro convênio assinado pelo governador Reinaldo Azambuja foi de ampliação do Hospital Oscar Ramirez. São R$ 3,6 para reforma, incluindo recursos de emendas do deputado federal Vander Loubet e do ex-deputado Zeca do PT.
O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, explicou que o investimento é uma demanda dos vereadores, preocupados com o crescimento da cidade. “Logicamente, vai ter impacto a Rota Bioceânica. A área de saúde vai ser impactada tremendamente. E essa foi uma demanda dos vereadores”, resumiu.
A cerimônia também contou com a presença do deputado federal Vander Loubet e da bancada de vereadores de Porto Murtinho.
Novos empreendimentos do Lote Urbanizado em Inocência, Porto Murtinho e Corguinho já têm famílias pré-selecionadas pela Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul). Ao todo, 129 bases residenciais serão construídas nesses três municípios.
Com espaço para 51 unidades habitacionais, o Loteamento João Barbosa Ferreira, em Inocência, teve 255 famílias pré-selecionadas, sendo 51 na lista principal e 204 na reserva. Confira os nomes aqui.
Em Porto Murtinho, para o Parque Residencial Dom Pepe III, que tem 50 terrenos, foram pré-selecionadas 250 famílias. 50 delas no cadastro principal e 200 no reserva. Veja os nomes aqui.
Já em Corguinho, 168 famílias foram pré-selecionadas para os loteamentos José Ferreira Martins – III Etapa, que possui 20 terrenos, e Recanto dos Pintados, que tem oito espaços para construção de casas. Das 168 famílias, 28 estão na lista principal e 140 na reserva. Confira os nomes aqui.
Agora, os selecionados que integram as listas principais devem comprovar, por meio de documentos, que atendem os critérios do programa, além de confirmar que possuem condições financeiras para execução da obra, que é de responsabilidade exclusiva dos pré-selecionados.
Regras do Lote Urbanizado
Idealizado pela Agehab, o Lote Urbanizado é uma parceria entre Governo do Estado, Prefeitura Municipal e cidadão para a construção da moradia própria. No projeto, o município doa o terreno e a assistência técnica, o Estado constrói a base da casa e o selecionado dá continuidade na edificação do imóvel.
O prazo para a conclusão da obra é de até 24 meses e somente após o término é que a casa poderá ser habitada.
Bruno Chaves, Subcom
Foto: Arquivo/Edemir Rodrigues
O Governo do Estado assinou o contrato para obra de reforma e implantação de cerca operacional e construção de guarita de vigilância no aeroporto de Porto Murtinho, na região de fronteira do Estado. A obra terá um investimento de R$ 2,15 milhões de recursos estaduais.
A empresa vencedora da licitação terá o prazo de 120 dias (4 meses) para executar a obra no local, assim que for expedida a ordem de início de serviços pela Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura). O contrato firmado foi publicado nesta terça-feira (11), no Diário Oficial do Estado.
A obra de reforma e ampliação do aeroporto da cidade está previsto no pacote de investimentos que visa melhorar a infraestrutura de Porto Murtinho, cidade que será importante corredor da rota bioceânica, fazendo a ligação de Mato Grosso do Sul aos países da América do Sul e posteriormente, encurtando o caminho ao Oceano Pacífico.
O prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, revelou que estão previstos mais de R$ 80 milhões em investimentos públicos e privados na cidade. “Nossa região ganhou importância nacional depois de tantos anos de isolamento”. A partir da construção a ponte sobre o Rio Paraguai e implantação de dois novos portos, o município terá papel chave na logística da América do Sul com os modais rodoviário e hidroviário.
Em seis anos o Governo do Estado destinou mais de R$ 86 milhões em projetos estruturantes na cidade, como implantação do sistema de esgotamento, pavimentação e drenagem e recuperação de ruas e avenidas. Apenas no ano passado, o govenador Reinaldo Azambuja entregou o Contorno Rodoviário, de 7,19 km, que tira o tráfego pesado da área central, ligando a rodovia BR-267 diretamente com os portos.
Das novas obras estaduais em processo de licitação R$ 20 milhões do Fundersul são para restaurar o pavimento urbano e ampliar a malha pavimentada, assim como a ampliação do hospital e do aeroporto e recuperação dos casarões que compõe o centro histórico local.
O secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, ressaltou que os investimentos no município são estratégicos e vão trazer resultados. “A modernização em todo o Estado passa por um ponto muito importante, que é a rota bioceânica. Porto Murtinho é fundamental como importante polo de exportação dos nossos produtos, potencializando nosso setor produtivo”.
Ponte sobre Rio Paraguai
Uma das principais obras da rota bioceânica é a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, que vai ligar as cidades de Porto Murtinho e Carmelo Peralta. O início das obras foi lançada no dia 13 de dezembro, em solenidade com a participação do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez e do governador Reinaldo Azambuja. A estrutura tem previsão de ficar pronta em 3 anos.
A ponte será construída no km 1.000 da Hidrovia do Paraguai, por um consórcio binacional, e custeada pela margem paraguaia da Itaipu Binacional, com investimento de 102,6 milhões de dólares (aproximadamente R$ 575,5 milhões). A travessia terá extensão total de 1.294 metros (incluindo os viadutos de acesso) e largura de 20,10 metros. A parte estaiada centrada no leito terá 625,37 metros, com vão central de 350 metros.
“A ponte tem um simbolismo muito forte ao garantir esse corredor ao Pacífico, que dará maior competitividade a Mato Grosso do Sul e a toda região Centro-Oeste, integrando definitivamente os quatro países, não só economicamente, mas também na cultura e no turismo”, declarou o governador.
Em um evento marcado para às 9h30, na aldeia Alves de Barros, o governador Reinaldo Azambuja entrega obras e assina um convênio nesta segunda-feira (17) para beneficiar as comunidades indígenas em Porto Murtinho. Entre as entregas estão duas escolas estaduais indígenas, que ficam nas aldeias Kadiweu e Córrego do Ouro .
A Escola Estadual Indígena Antônio Alves de Barros, localizada na Aldeia Kadiweu, tem duas salas de aulas, dois banheiros, cozinha e pátio coberto, em uma área construída de 205,20 m². O novo prédio tem capacidade para atender 180 estudantes.
Já a Escola Estadual Indígena Córrego do Ouro, localizada na Aldeia Córrego do Ouro-Terra (Kadiweu), tem seis salas de aulas, bloco administrativo com cinco salas, cozinha, depósito, despensa e banheiros, em uma área construída de 854 m². A escola tem capacidade de atender 540 estudantes.
Ela já está funcionando e, atualmente, atende duas turmas no período da noite para o desenvolvimento do Ensino Médio, mas a partir de 2022 vai ampliar o atendimento a outros períodos, de acordo com a demanda da aldeia.
Além dessas escolas, Reinaldo Azambuja também entrega a revitalização do Centro Cultural Kadiweu, na Aldeia Alves de Barros, e assina um convênio para execução do projeto científico “Pesquisa sobre cerâmica e o fomento da comunidade e cultura Kadiweu em Mato Grosso do Sul – Fase 2”. As ações somam investimentos na ordem de R$ 2,876 milhões.
O Sebrae/MS, por meio do programa Cidade Empreendedora e do Polo de Liderança, em parceria com a Prefeitura Municipal de Porto Murtinho, promoveu nessa segunda-feira (22), o workshop “Rotas da Liderança”. Voltado para empresários, gestores públicos e lideranças locais, o evento foi realizado no Salão da Assistência Social do município e proporcionou aos participantes o conhecimento e a reflexão a respeito do papel de um líder.
Com o objetivo apresentar técnicas fundamentais de alta performance, o Workshop trouxe dicas para que as lideranças aprendessem a desenvolver habilidades específicas. Além disso, ensinou diferentes formas de promover o crescimento dos colaboradores que compõem as equipes e maneiras de reconhecer talentos e vencer metas desafiadoras.
A Analista do Sebrae/MS, Lorrany Godoy, destacou a relevância do evento para desenvolver o espírito de liderança. “O Workshop foi imprescindível para preparar os participantes para que sejam referência em liderança para suas equipes. Foram trabalhadas temáticas como inteligência emocional, poder e influência, comunicação assertiva e eficaz e feedback efetivo. Os participantes saíram sentindo que podem e preparados para serem líderes capazes de gerir uma equipe e desenvolvê-la em alta performance”, pontuou.
Quem participou da capacitação como a advogada, Leila Abrão, aprovou a iniciativa. “Saio daqui um pouco melhor por conhecer as minhas aptidões. Creio que essa capacitação será muito importante para minha vida profissional, para compor equipes com qualidades e assim fortalecer mais Porto Murtinho. Então, as ferramentas que foram apresentadas hoje serão de grande importância”, destacou a profissional autônoma.
Mais informações sobre o programa Cidade Empreendedora podem ser obtidas pelo número 0800 570 0800.
A viagem de campo teve como foco reunir indígenas do Território Kadiwéu para discutir o Plano de Vida – andamento de trabalhos e ações futuras em solo pantaneiro.
Por duas semanas uma equipe da Wetlands International Brasil percorreu cinco aldeias do Território Indígena (TI) Kadiwéu (Alves de Barros, Tomazia, São João, Barro Preto e Campina), em Porto Murtinho. Realizada de 2 a 15 de novembro, a viagem teve a finalidade de reunir indígenas e suas lideranças para avaliar os rumos das atividades do Plano de Vida, facilitadas pelo Programa Corredor Azul (PCA).
Criado há dois anos, o Plano de Vida funciona como ferramenta de gestão para promover a autonomia e o protagonismo dos povos originários que vivem na região do Pantanal, como destaca Lilian Pereira , coordenadora do Componente Modos de Vida do PCA (Programa Corredor Azul), da Wetlands International e Mupan – Mulheres em Ação no Pantanal .
“O Plano de Vida é um documento de gestão da comunidade, ou seja, tudo o que a comunidade anseia para o seu povo está escrito ali. Esta é a segunda viagem realizada com esse propósito nesse ano. Na primeira, verificamos os resultados gerados pelo Plano de Vida e, agora, a gente se reuniu com a comunidade para mapear as ações futuras, ou seja, saber deles quais são as maiores necessidades, principalmente, considerando dois grandes desafios: a pandemia e o fogo que tanto marcaram do ano de 2020 pra cá”.
Todo um contexto enfrentado nesse período tem gerado preocupação em muitos indígenas: a falta d’água, em especial, na aldeia Alves de Barro. Algo inimaginável, considerando que o TI Kadiwéu está inserido em dois biomas: Cerrado e Pantanal. Esse último, considerado a maior área úmida de água doce do mundo.
Contudo, um cenário possível visto que 29% de todo o Pantanal, na parte brasileira, foi consumido pelas chamas no ano passado. Só no TI Kadiwéu o fogo atingiu quase metade (45,9%) de toda sua área de 548 mil hectares, o equivalente a 247,3% reduzidos às cinzas, conforme dados da Lasa/UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais).
Um desastre ambiental que, direta ou indiretamente, implica em prejuízos às nascentes de rios e córregos dentro do bioma, como pontua Eliseu Veiga, vice-cacique da Aldeia São João e chefe de brigada na comunidade.
“O Pantanal vem sofrendo muito com as queimadas que prejudicam as nossas nascentes,. Essa decadência de oferta de água nos córregos é percebida por nós que vivemos dentro do bioma. O Plano de Vida vem com estratégias de gestão que beneficiam o povo Kadiwéu, pois promove autonomia para encontrarmos soluções para os problemas que afetam a vida da nossa comunidade e do meio ambiente”.
Uma reunião foi promovida junto à Sesai – Secretaria Especial de Saúde Indígena, no período em que a viagem a campo estava acontecendo. Um pedido dos Kadiwéu para debater toda a problemática em torno da água.. Vale destacar também o trabalho dos brigadistas que, em 2021 e 2020, tiveram um desempenho fundamental no combate ao fogo,
e que tem buscado junto a parceiros melhorias para suas atividades no combate e na qualidade ambiental no território.
Para Lilian Ribeiro a viagem de campo realizada ao lado dos colegas de trabalho – Pedro Cristofori e Rodrigo Silva – trará reflexões coletivas. “Geralmente organizações chegam nos territórios querendo atuar de fora para dentro, com ideias prontas, sem ter a preocupação do que realmente a comunidade quer. Então, para quem está de fora este documento pode ser um espelho das reais demandas do povo Kadiwéu”.
Fortalecimento da Abink, a instalação de um viveiro de mudas, a edificação de uma escola estadual de nível médio e a construção de uma ponte no Rio Aquidabã foram algumas das conquistas geradas após a elaboração do Plano de Vida junto aos indígenas no Pantanal. Hoje, essas demandas já atendidas dão lugar a outras novas e trazem consigo novos desafios vivenciados pelos indígenas do Pantanal.