Policiais Militares Ambientais de Porto Murtinho realizavam trabalhos preventivos aos crimes ambientais nas propriedades rurais do município e, enquanto passavam nas proximidades de uma fazenda, localizada a 10 km da cidade, avistaram um incêndio em área de pastagem, ontem (30) entre o final da tarde, que se estendeu até um pouco do início da noite.
A equipe foi ao local e encontrou o proprietário da fazenda queimando duas áreas de pastagens, com vegetação de restos de limpeza e de plantas invasoras sem possuir autorização ambiental e havia perdido o controle do fogo. Depois de controlado o incêndio, as áreas foram medidas com uso de GPS e perfizeram 7,91 hectares.
O infrator foi orientado exatamente sobre a possibilidade deste tipo de perda de controle, bem como sobre os problemas gerados pelos incêndios e recebeu um folheto da operação Prolepse de prevenção e repressão aos incêndios. Foi também orientado sobre a importância de se retirar a licença ambiental de queima controlada junto ao órgão ambiental, na qual indica as condições adequadas para o uso do fogo, sem riscos de perda do controle. Além disso, os Policiais autuaram administrativamente o infrator (47), residente em Porto Murtinho, e aplicaram multa de R$ 8.000,00.
Porto Murtinho terá o 1º Festival Internacional de Chamamé. O evento deve acontecer em agosto e os recursos já estão sendo disponibilizados para a festa. É o que afirmou o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB) em entrevista ao Jornal da Hora desta terça-feira (29).
“O momento nos obriga a fazer uma cidade diferente para desenvolver o turismo também. Temos investido em coisas bem interessantes, e já está tudo alinhado já para o Governo fazer esse repasse [dos recursos] através da cultura, e teremos o Primeiro Festival Internacional do Chamamé”, afirmou o prefeito.
Mato Grosso do Sul já tem o Festival de Inverno, que acontece em Bonito, o Festival América do Sul Pantanal, que é realizado em Corumbá, e agora Porto Murtinho terá seu festival também. Nelson Cintra afirmou que é hora de investir em turismo de eventos, visto que a cidade é portal da Rota Bioceânica e está recebendo grandes investimentos.
A torre que fica localizada no Sindicato Rural em Porto Murtinho, foi alvo de ladrões na madrugada desta segunda-feira 28.
Os ladrões aproveitaram e invadiram o local que não possui seguranças e arrancaram as fiações que servem para telefonia rural e internet.
O alvo dos bandidos seria o cobre que tem um valor bem aceito no mercado de reciclagem, conforme informações da polícia, o prejuízo pode chegar a 40 mil reais.
Até o momento ninguém foi preso, a polícia militar pede ajuda a população solicitando informações de suspeitos que estejam praticando esse tipo de crime no município, ligando no 190, a identificação do denunciante será mantida em sigilo.
Considerada um importante hub logístico e entrada da Rota Bioceânica, Porto Murtinho começa a operar seu maior terminal portuário com a primeira exportação de soja deste ano para a Argentina pela Hidrovia do Rio Paraguai. Após paralisação da navegação no segundo semestre de 2021, por conta da seca na bacia do Pantanal, a FV Cereais iniciou no último sábado (26) o carregamento de um comboio de 12 barcaças com 23 mil toneladas.
A retomada do transporte hidroviário em Mato Grosso do Sul iniciou-se em janeiro, com a saída de minério de ferro do Morro do Urucum, em Corumbá, pelo porto da Granel Química, que fica no município vizinho de Ladário. Na sequência, com a elevação do nível do rio em Porto Esperança, a Vale ampliou a capacidade de exportação a partir do seu terminal Gregório Curvo. Dependendo das condições de navegação, os portos estimam operar até setembro.
Primeiro carregamento de soja em barcaças começou no último dia 26: carga descerá o Rio Paraguai até San Lorenzo, Argentina
Com a concentração de chuvas com maior intensidade nas cabeceiras do Rio Paraguai, em Mato Grosso, as perspectivas de movimentação de cargas pela hidrovia são maiores do que nos últimos dois anos, período de seca intensa na região. Este ano, o nível do rio chegou a 4,69m na régua de Cáceres (MT), superior a 2019-2021, com estimativa de atingir acima de 3m em Ladário, no meio do ano. Em 2019, Ladário teve a máxima de 3,92m, e Porto Murtinho, 4,16m.
A FV Cereais reiniciou as operações com um volume de carga para navegar com calado de oito pés (2,43m), enquanto a régua do Rio Paraguai no local registrava 2,66m. O terminal projeta exportar 450 mil toneladas de soja em fase de contratação. A Granel Química opera a partir de um calado de sete pés (2,10m), superior em relação a régua oficial, instalada na Marinha, logo acima, onde o rio está a 1,80m, e deve movimentar 2 milhões de toneladas de minério de ferro.
Terminal da FV Cereais
Descarga de soja automatizada
Comboio com 12 barcaças
O melhor caminho
O cenário mais favorável ao transporte fluvial é animador, segundo o secretário Jaime Verruck, da Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultur Familiar), após um período de prolongada estiagem. “A retomada dos negócios pela hidrovia é um fator muito importante para a nossa economia e para o setor produtivo, pois a hidrovia tem um papel fundamental para a logística sul-mato-grossense”, pontua.
Verruck disse que o fomento à navegação comercial é resultado de um trabalho de longo prazo realizado pelo Governo do Estado ainda em 2015, quando o governador Reinaldo Azambuja assumiu o cargo, visando potencializar uma via natural de transporte e com menor custo, beneficiando regiões de vocação, como Corumbá e Porto Murtinho. “O governador entendia que seria um grande fator de desenvolvimento, como está se concretizando”, afirma.
Jaime Verruck: ação de governo
A viabilidade da hidrovia e os novos investimentos em terminais em Porto Murtinho, na avaliação do secretário, é o coroamento do programa do governo estadual de incentivos fiscais e de estímulo ao modal em um Estado que expandiu em 1,5 milhão de hectares a sua produção de grãos em sete anos. Murtinho terá dois novos portos, com investimentos de R$ 400 milhões, e o empreendimento do Estado (APPM), inativo, irá a leilão nos próximos meses.
“A nossa capacidade de atrair novos empreendimentos para desenvolvimento desse eixo logístico tornou Porto Murtinho uma saída competitiva para a exportação de soja”, enfatiza Jaime Verruck. “O reinício das operações no porto do grupo FV Cereais é um marco, reafirmando as convicções do governador Reinaldo Azambuja e do governo de que este é o melhor caminho da política de expansão do agronegócio e da indústria em nosso Estado.”
Terminal tem mais dois embarques de soja programados, ambos para abril, totalizando 50 mil toneladas
Novos embarques
Genivaldo Santos, gerente operacional da FV Cereais
A chegada do comboio com 12 barcaças ao terminal da FV Cereais gerou muita expectativa, o que se concretizou na noite do último dia 25. Logo ao amanhecer de sábado (26), a área operacional do terminal entrou em atividade para liberar o primeiro embarque do ano para San Lorenzo (Argentina), o que se efetivou somente no período vespertino após ajustes no sistema. O terminal tem capacidade para movimentar mil toneladas de soja por hora.
O fluxo de cargas não depende apenas das condições do rio, mas também do mercado e cotação do dólar para os contratos longos”, informa Genivaldo Santos, gerente operacional da unidade da FV Cereais. “A expectativa é muito boa, considerando, principalmente, a crise na Argentina, que teve uma queda de 50% na sua produção”, cita, anunciando mais dois embarques para abril, de 50 mil toneladas, para os períodos de 5 a 10 e 15 a 20 daquele mês.
Prefeito de Murtinho, Nelson Cintra: “Somos o centro da América”
A soja estocada no armazém do terminal, com capacidade para 30 mil toneladas, é procedente das lavouras da região de Bonito, novo polo agrícola, distante 250 km de Porto Murtinho. O terminal voltou a operar com 38 trabalhadores, entre funcionários e temporários, e deve abrir novos empregos com o aumento do fluxo de cargas. Em 2021, a unidade iniciou os embarques em fevereiro e exportou no ano 250 mil de um total de 400 mil toneladas contratadas.
O terminal da FV Cereais foi inaugurado em 2020 com um investimento de R$ 110 milhões. O grupo, um dos maiores exportadores do Estado, com sede em Dourados, pretende ampliar a unidade com uma segunda planta, para fertilizantes, e dobrar a capacidade atual do armazém de grãos e açúcar – projetos adiados para 2023, ao custo de R$ 90 milhões. A meta do empreendimento é atingir 1,5 milhão de toneladas/ano, adianta Peter Feter, um dos sócios.
Estreou no catalogo da Netflix, no ultimo dia 03 de março de 2022, o filme MADALENA. A produção brasileira aborda a brutalidade que a população LGBTQ+ enfrenta e narra a história do desaparecimento de uma transexual no interior do centro-oeste brasileiro.
O longa-metragem dirigido pelo mato-grossense Madiano Marcheti já conquistou prêmios no Peru e na Turquia, além de ter participado de diversos festivais internacionais de cinema, como o 50º Festival Internacional de Cinema de Roterdã , na Holanda.
O filme Madalena. Gravado em Dourados em 2018, conta a história do desaparecimento de uma trans (Madalena), envolvendo três pessoas diferentes nesse acontecimento.Com direção do mato-grossense, Madiano Marcheti, o filme tem no elenco Natália Mazarim, Rafael de Bona, Pamella Yule, Chloe Milan, Maria Leite, Nadja Mitidiero e Edilton Ramos no núcleo principal.Além deles, fazem participação no filme Antônio Salvador, Lucas Mirales e a voz de Alessandro Danielli. O roteiro do filme é de Madiano Marcheti, Thiago Gallego, Thiago Ortman e Tiago Coelho.A produção faz uma denúncia aos altos índices de violência contra a comunidade trans no Brasil.
Natural de Porto Murtinho, Antônio Salvador filho do saudoso Xisto Salvador Antunes, ganhou os palcos do Brasil e agora pode ser visto nas telas do cinema e na Netflix onde interpreta o personagem Gildo. Alem de ator, Antonio também é pesquisador de teatro e pedagogo teatral.
Como ator já circulou por diversas cidades e estados do país, nos principais festivais de teatro, apresentando espetáculos, realizando oficinas e trocas artísticas. Desde 2003 é ator da Cia Teatro Balagan, atuando nos espetáculos Programa Pentesiléia – treinamento para a batalha final, Recusa, Prometheus – a tragédia do fogo, Západ – a tragédia do poder e Tauromaquia. Na Balagan, também foi pesquisador no projeto Do Inumano ao mais-Humano onde estudou Tchekhov com o mestre russo Jurij Alschitz. Por sua atuação em Recusa, recebeu o Prêmio APCA de melhor ator, da Associação Paulista dos Críticos de Arte, ao lado de Eduardo Okamoto, em 2012. Por este espetáculo, também foi indicado aos Prêmios Shell e Cooperativa Paulista de Teatro. Atuou ainda nos espetáculos: Um panorama visto da ponte, de Arthur Miller, ao lado de Sérgio Mamberti e Rodrigo Lombardi, direção de Zé Henrique de Paula, Prêmio APCA de melhor espetáculo em 2018; Nos países de nomes impronunciáveis, direção de Magali Biff; Trilogia Abnegação, do Grupo Tablado de Arruar; Karamázov, na Companhia na Memória, indicado ao Prêmio Governador do Estado e em Cassandra, com direção de João das Neves, 2002.
Uma ótima dica para prestigiar um nosso cinema sul-mato-grossense, é entrar no catalogo da Netflix e assistir ao premiado filme Madalena.
Portal da Rota Bioceânica, Porto Murtinho tem no turismo uma de suas vocações, seja na pesca esportiva no Rio Paraguai e seus afluentes ou no ecoturismo. Com a integração física, por meio de um corredor de 1.900 km, a partir de Campo Grande, com o Paraguai, Argentina e Chile, a chamada indústria sem chaminé ganhará uma nova dimensão na região. No centro desse mercado efervescente, a cidade pantaneira começa a qualificar o seu turismo.
Com uma atividade ainda centrada na tradicional modalidade pesca, que consolida o destino, o município deu a largada para implementar outras modalidades, as quais tem tudo a ver com uma região rica em biodiversidade, privilegiada por uma variedade de recursos naturais que abrangem não apenas o Pantanal, mas o Chaco Paraguaio, o Cerrado e Mata Atlântica. O turismo contemplativo e de lazer são atrativos ainda pouco explorados.
“Vamos mudar o perfil do nosso turismo, criando novos produtos e agregando outras atividades, como o artesanato, o centro histórico, em fase de recuperação”, anuncia o prefeito da cidade, Nelson Cintra. Ele também aposta na realização de grandes eventos em parceria com o Governo do Estado para movimentar o segmento, como a Festa do Toro Candil, a ser lançada em abril, e dois festivais: o do chamamé, em agosto, e da pesca esportiva, em novembro.
Com o apoio da Fundação de Turismo de MS (Fundtur) e do Sebrae, a cidade quer reorganizar seu trade e melhorar os roteiros e serviços, anuncia a secretaria de Turismo, Cultura e Desenvolvimento Local, Isabel Fróes. Por conta do novo momento que passa a região, com os investimentos trazendo infraestrutura, progresso e esperança, a prefeitura projeta a diversificação da atividade turística e atração de mais empreendimentos da cadeia.
“Temos uma região em grande potencial para o ecoturismo, pela influência de vários ecossistemas”, observa Anny Diaz, turismóloga do município. O plano de fomento ao setor, segundo a secretaria de Turismo, quer fortalecer a pesca esportiva e estimular os roteiros integrados com o Paraguai, desde o Chaco, onde ficam as colônias dos menonitas e grandes parques, a Valemi, que concentra cavernas na região do Rio Apa.
Observação de aves
Para o diretor-presidente da Fundtur/MS, Bruno Wendling, a formatação dos roteiros fronteiriços e a diversificação e qualificação de produtos e serviços serão uma consequência da operacionalização da Rota Bioceânica e do trabalho que a prefeitura local está realizando para estruturar o turismo. Ele disse que a fundação tem atuado no destino, por meio da governança da rota Pantanal-Bonito, com capacitação, apoio a eventos e promoção em feiras.
“Murtinho foi um dos primeiros municípios que recebeu planejamento na área de observação de aves, com capacitação de condutores”, observa Wendling. O turismo de observação de aves é classificado como um produto em potencial na região, inclusive para integrar os roteiros internacionais e como estratégia de conservação da biodiversidade na área de influência do corredor. “É uma atividade muito procurada”, atesta a secretaria Isabel Fróes.
Especialistas em birdwatching, dentre os quais Simone Mamede e Geancarlo de Lima Merighi, identificaram 10 roteiros com alta densidade de espécies, dos quais cinco em Porto Murtinho e os demais na faixa de fronteira e entre Carmelo Peralta e Boquerón, no Paraguai. Foram catalogadas mais de 400 espécies. “Esse segmento turístico representa um dos diversos modelos para o desenvolvimento sustentável do Corredor Bioceânico”, aponta a pesquisa.
Ecoturismo
Murtinho conta hoje com 800 leitos, distribuídos em hotéis e pousadas, com opções também de locação de casas para temporada. O setor está crescendo, com o surgimento de novos empreendimentos na cidade e na área rural, além de ampliação dos já instalados. Trabalhando com a pesca esportiva há 18 anos, o empresário Marco Aurélio Nunes (Marcão), 54, está construindo 12 leitos e projeta mais 36 no próximo ano em sua Pousada do Pescador.
“Estamos vivendo o melhor momento para a cidade e para a pesca”, diz ele, também presidente do Conselho Municipal de Turismo. “A infraestrutura está chegando com a Bioceânica, criamos o Fundo Municipal de Turismo e, junto com a prefeitura, estamos regulamentando todas as atividades e promovendo cursos em vários segmentos”, acrescenta. “Somos um destino de pesca consolidado, já temos poucas reservas para o ano.”
Se a pesca (ainda) é o forte, o ecoturismo está ganhando espaços com mais opções de hospedagem e roteiros. A cidade conta com excelentes atrativos, como o Morro do Pão de Açúcar, o Fecho dos Morros e o Morro Celina, lugares de exuberante beleza natural margeando o Rio Paraguai. O Parque Municipal Cachoeira do Apa, distante 80 km da cidade, é uma das melhores opções: conta com trilhas ecológicas e áreas para camping, banho e praia.
Dentre os novos empreendimentos, o Rancho Ilha do Farol vem atraindo pescadores e amantes da natureza, ideal para lazer em família. Situa-se à beira do Rio Paraguai, no Fecho dos Morros – que presenteia o visitante com uma vista panorâmica, além da fauna e flora e um pôr-do-sol deslumbrante. Distante da cidade 40 km por estrada e 45 minutos pelo rio, o rancho conta com 13 leitos, piscina, redário, água tratada, ar condicionado e internet.