mar 19, 2024 | Porto Murtinho
Ao visitar nesta terça-feira (19) o canteiro de obras a ponte internacional sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta (Paraguai), a ministra sul-mato-grossense do Planejamento, Simone Tebet, destacou o pioneirismo do prefeito Nelson Cintra e de outros fronteiriços ligados ao movimento integracionista que há 30 anos vislumbrou a abertura da Rota Bioceânico para interligar os portos de Santos (Atlântico) ao Chile (Pacífico).
“Todos plantaram uma semente e o prefeito Nelson Cintra esteve a frente desse sonho sonhado há décadas e que hoje estamos vendo sendo concretizado com a construção dessa ponte, que não vai beneficiar apenas Mato Grosso do Sul, mas o Brasil”, disse a ministra. “Estamos aqui para reafirmar, como ministra, que o governo brasileiro vai cumprir todas as etapas para ligarmos o nosso Estado e o país ao mundo por esta ponte”, completou.
A visita de Simone Tebet à obra foi realizada na companhia do ministro Valdez Goés, da Integração e do Desenvolvimento Regional, do governador Eduardo Riedel e do prefeito murtinhense, dentre outras autoridades brasileiras e paraguaias. Na ocasião, o engenheiro da obra binacional financiada integralmente pela Itaipu Paraguai, Paulo Leitão, informou que o lado brasileiro avançou em 40% (do Paraguai, 60%) e a previsão de conclusão é final de 2025.
Simone Tebet visita obra da ponte bioceânica e realça pioneirismo do prefeito Nelson Cintra
Cintra agradece apoio
Durante solenidade de inauguração da maquete da ponte bioceânica, exposta no Cine Teatro Ney Machado Mesquita, o prefeito Nelson Cintra agradeceu a presença das ilustres visitas e o apoio dos governos federal e estadual e da bancada federal na liberação de recursos para o projeto de reconstrução da cidade, preparando-a para o novo ciclo de desenvolvimento. “Fomos fim de linha, mas hoje Murtinho é uma das cidades mais importantes com a Rota Biocêanica”, enfatizou.
Cintra classificou a ponte em construção sobre o Rio Paraguai “uma das maravilhas do mundo” e realçou o empenho de sua gestão em reestruturar a cidade antevendo sua expansão e crescimento populacional nos próximos anos. “Temos um grande desafio pela frente e já investimos mais de R$ 150 milhões em três anos. O governador Riedel sabe das necessidades da cidade e o Estado tem cumprindo sua parte, os recursos chegam de todos os lados”, disse.
O governador Eduardo Riedel lembrou que uma das setes obras estruturantes solicitadas pelo Estado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi o acesso da ponte à BR-267, de 13 km, já licitada ao custo de R$ 72 milhões. A ministra Simone Tebet garantiu que esta obra da chamada alça da ponte começa em abril. “O nosso governo vai cumprir o cronograma das obras complementares e quero trazer o presidente Lula para ver sua execução”, prometeu.
Participaram da comitiva que visitou Porto Murtinho, nesta terça-feira (190, o vice-governador Barbosinha, os secretários estaduais Jaime Verruck (Semadesc) e Eduardo Rocha (Casa Civil), o senador Nelsinho Trad, o deputado federal Geraldo Resende e os deputados estaduais Paulo Corrêa e Roberto Hashioka e o ex-ministro Carlos Marun
Presentes também os prefeitos Josmail Rodigues (Bonito) e Carlos Pagliosa (Caracol) e os vereadores murtinhenses Elbio dos Santos (presidente da Câmara Municipal), professora Donizete, Sônia Ferreira, Rudimar Castro, Rodrigo Froes, Regina Heyn e Thiago Souza e Jary Brum.
Simone Tebet visita obra da ponte bioceânica e realça pioneirismo do prefeito Nelson Cintra
(Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Porto Murtinho)
mar 19, 2024 | Porto Murtinho
Corredor ligará Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, tornando MS ponto comercial estratégico
1º secretário da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB) realizou nesta terça-feira (19) uma nova vistoria ao canteiro de obras da Ponte Bioceânica, que conecta os municípios de Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta (PY).
Com previsão de conclusão para 2025, o empreendimento consolida-se como o principal acesso à Rota Bioceânica, corredor que ligará Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, encurtando a distância aos mercados asiáticos e tornando Mato Grosso do Sul um ponto comercial estratégico.
“A Rota Bioceânica abrirá um novo caminho, mais curto e econômico, para escoamento da nossa produção via Oceano Pacífico com destino aos mercados asiáticos”, comentou o parlamentar. “Isso significa mais competitividade, crescimento econômico substancial e geração de emprego e renda não só para Mato Grosso do Sul, mas para todo Brasil”, acrescentou.
Paulo Corrêa vistoria ponte binacional e destaca oportunidades da Rota Bioceânica para MS
Na avaliação do deputado, a vistoria às obras foi positiva por dar certeza do andamento do projeto. “É uma obra que requer esforço coletivo de todos os agentes envolvidos, dada sua magnitude e impacto, e essa visita nos traz a tranquilidade da certeza de que estamos no caminho certo”, afirmou.
Além de Paulo Corrêa, a comitiva foi formada pelo governador Eduardo Riedel, pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e pelo ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, entre outras autoridades. Na ocasião, técnicos do Consórcio PYBRA, responsável pela construção, apresentaram o andamento dos trabalhos.
Com extensão de 1.294 metros e investimento de US$85 milhões, custeados pela Itaipu Binacional, a ponte é fundamental na efetivação da Rota Bioceânica. Ao todo, o corredor se estende por 2.396 quilômetros, integrando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.
Além da maior competividade nas exportações para os mercados asiáticos, a Rota Bioceânica também deve proporcionar oportunidades em diversos setores, vantagem salientada pelo governador Eduardo Riedel.
“A Rota vai se tornar realidade e abrir grandes oportunidades para Mato Grosso do Sul e para o Brasil. Temos que fazer nossa parte e contribuir para viabilizar esta integração. Obras importantes e estruturantes seguem do lado do Brasil e nos países vizinhos”, afirmou o governador.
Riedel lembrou dos importantes investimentos do Governo Federal para viabilizar a Rota, como a revitalização da BR-267 e a alça rodoviária em Porto Murtinho, que vai dar acesso à ponte.
“Pedimos sete obras no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e todas serão atendidas, entre elas o acesso à ponte, que é essencial. Temos ainda que agradecer aos empresários, pois os investimentos privados são fundamentais para a implantação da Rota”, completou.
Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet informou que apesar do imbróglio que paralisou a obra por cerca de três meses, o prazo de conclusão não foi alterado. “[A ponte] é uma obra que no final do ano que vem estará pronta”, garantiu. “Unir o Brasil e o Paraguai para fomentar essa região, gerar emprego, renda e encurtar a distância dos produtos que vêm de qualquer lugar do Brasil através do Pacífico, para exportar para a China e trazer da China produtos de modo mais rápido, mais barato, para sua mesa”, finalizou.
Paulo Corrêa vistoria ponte binacional e destaca oportunidades da Rota Bioceânica para MS
mar 19, 2024 | Porto Murtinho
Porta de entrada e de saída da Rota Bioceânica no Brasil, a obra da ponte binacional sobre o rio Paraguai, em Porto Murtinho, foi visitada pelo governador Eduardo Riedel, que aproveitou o momento para destacar as oportunidades econômicas e sociais que o novo corredor vai trazer ao Mato Grosso do Sul e todo o país.
O evento ocorreu nesta terça-feira (19), e contou com a presença dos ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento).
“A Rota vai se tornar realidade e abrir grandes oportunidades para Mato Grosso do Sul e ao Brasil. Temos que fazer nossa parte e contribuir para viabilizar esta integração. Obras importantes e estruturantes seguem do lado do Brasil e nos países vizinhos”, afirma o governador.
Riedel lembra dos investimentos importantes do Governo Federal para viabilizar a Rota, como a revitalização da BR-267 e a alça rodoviária em Porto Murtinho, que vai dar acesso a ponte.
“Pedimos sete obras no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e todas serão atendidas, entre elas o acesso à ponte que é essencial. Temos ainda que agradecer aos empresários, pois os investimentos privados são fundamentais para implantação da Rota”, completa.
O ministro Waldez Góes destaca que muitos contribuiram com o sonho da Rota e que este é um compromisso do Governo Federal. “Existe um compromisso integral e de primeira hora com a ligação aos países sul-americanos, para promover esta integração. São cinco rotas, entre elas a Bioceânica, uma das mais importantes”, descreve.
Já a ministra Simone Tebet lembra que toda esta ligação começou lá atrás com o planejamento e trabalho de muitos.
“Quando se junta as forças, se chega mais longe e se conquista resultados. A construção da ponte e a Rota são exemplos disto. Foi necessário todo este esforço para que este projeto se torne realidade, ligando o Brasil ao mundo. Os produtos do Centro-Oeste vão chegar mais rápido e ficarão mais baratos na China. Esta dinâmica vai mudar a vida das pessoas. Das cinco rotas de integração, esta será a primeira a ser inaugurada”, frisa.
Futuro promissor
As perspectivas são extremamente positivas a Mato Grosso do Sul com a implantação da Rota Bioceânica, ligando o Estado aos países vizinhos e depois encurtando o caminho ao Oceano Pacífico e mercados asiáticos. São oportunidades no campo da exportação e importação de produtos, assim como no campo turístico e na competitividade para nossa economia.
Para tornar este sonho realidade, várias obras estão sendo feitas, entre elas a construção da ponte sobre o rio Paraguai, ligando Porto Murtinho a paraguaia Carmelo Peralta.
Da parte de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado já investiu R$ 72,3 milhões em Porto Murtinho, em diferentes setores. Também foram garantidos incentivos para reativar a hidrovia do rio Paraguai, atraindo operadores e empreendimentos portuários à região.
“O governador sabe das necessidades da cidade e o Estado tem cumprindo sua parte com investimentos importantes ao município nos últimos anos. Não temos do que reclamar. O corredor bioceânico vai nos tirar do isolamento e ter impacto direto nas nossas vidas”, afirmou o prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra.
O governo estadual ainda articulou junto ao Governo Federal a realização de obras de infraestrutura complementares para ligação do corredor, entre elas o acesso a ponte bioceânica, que terá o investimento de R$ 472 milhões.
Lá serão pavimentados 13 km, além da construção de um centro aduaneiro, trabalho de terraplanagem e acesso elevado à ponte. A ordem de serviço foi assinada em dezembro do ano passado.
Também foi autorizada a restauração de 101 km da rodovia BR-267, que liga o distrito de Alto Caracol a Porto Murtinho. As obras tiveram início na semana passada, de acordo com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes).
Obra em andamento
O governador fez a visita acompanhado dos dois ministros, Simone Tebet e Waldez Góes. “A vinda dos ministros aqui na obra da ponte é significativa demais ao Estado, pois será uma das estruturas que vão ligar o Estado à Rota Bioceânica. Também existe um conjunto de obras que estão sendo realizadas de forma conjunta”, disse Riedel.
Construída pela Itaipu Binacional, a ponte terá 1.294 metros de comprimento e 29 metros de altura em relação ao leito do rio Paraguai. O seu orçamento é de U$$ 85 milhões. De acordo com a empresa 45% dos trabalhos já foram concluídos.
Também participaram da agenda o vice-governador Barbosinha, os secretários Jaime Verruck (Semadesc) e Eduardo Rocha (Casa Civil), o senador Nelsinho Trad, o deputado federal Geraldo Resende, e os deputados estaduais Paulo Corrêa e Roberto Hashioka.
Leonardo Rocha, Comunicação Governo de MS
Fotos: Saul Schramm
mar 19, 2024 | Porto Murtinho
No último final de semana, em resposta a uma denúncia anônima sobre atividade de pesca predatória na região do rio Paraguai conhecida como ‘Pedreira’, uma equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA) de Porto Murtinho foi acionada para verificar a veracidade dos fatos.
Ao chegarem à pousada indicada na denúncia, os policiais foram recebidos pelo proprietário do estabelecimento, que relatou a presença de três grupos de pescadores hospedados em suas instalações.
Prontamente, o proprietário acompanhou os policiais ambientais durante a fiscalização nos freezers e câmaras frias onde os pescados das equipes estavam armazenados. Durante a vistoria, foram encontrados 38 exemplares de Pacu, dos quais 2 estavam abaixo das medidas permitidas pela legislação ambiental, além de 2 exemplares de Pacu Peva, 1 exemplar de Piranha e 3 exemplares de Pintado, totalizando 136 kg de peixes.
Após a confirmação de que todos os pescadores eram amadores, os policiais ambientais constataram que a quantidade de peixes capturados excedia a cota permitida pela legislação vigente.
Diante disso, procederam com a apreensão de todos os peixes e emitiram três autos de infração, totalizando o valor de R$ 3.000,00, conforme estabelecido pelo Artigo 34 da Lei Federal Nº 9.605/98 e pelo Artigo 35 do Decreto Estadual Nº 6.514/08, que abordam a questão da pesca predatória.
A ocorrência foi encaminhada à Delegacia Especializada de Crimes contra o Meio Ambiente da Polícia Federal em Campo Grande – MS, para os procedimentos legais cabíveis.
mar 18, 2024 | Porto Murtinho
Menor cheia havia ocorrido em 1971, com 1,11 metro. Agora, começou a baixar após atingir 90 cm. Só chuva acima da média impedirá seca histórica
Embora ainda seja prematuro para concluir que o período de vazante do Rio Paraguai tenha começado em pleno mês de março, três meses antes do que acontece historicamente, o fato é que o nível na régua de Ladário chegou e 90 centímetros no dia 7 de março e faz doze dias que parou de subir, conforme mostram os dados divulgados diariamente pela Marinha. Nesta segunda-feira (18), está em 88 centímetros, dois a menos que na semana passada.
A não ser que ocorram chuvas atípicas daqui em diante, esta tende a ser a menor cheia em 124 anos. Segundo o professor e estudioso do comportamento do nível do Rio Paraguai, Carlos Padovani, da Embrapa Pantanal, a menor cheia desde 1900, quando começaram as medições, ocorreu em 1971, ano em que máxima foi de apenas 1,11 metro, o que significa 21 centímetros acima do pico que ocorreu até agora em 2024.
Antes disso, em 1964, o pico havia ficado em apenas 1,33 metro. E foi neste ano em que também foi registrado o nível mais baixo até hoje, que foi de 61 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário. Depois disso, o menor nível ocorreu em 2021, com 60 centímetros abaixo do zero.
Em 18 de março de 1971, ano em que foi registrada a menor cheia, o nível estava em 89 centímetros, segundo o professor Carlos Padovani. Ou seja, estava um centímetro acima dos 88 centímetros registrados nesta segunda-feira (18).
E, no dia 18 de março de 2021, ano da segunda pior seca da história, a régua em Ladário marcava 1,82 metro, quase um metro acima daquilo que está atualmente nesta segunda-feira. O normal histórico para essa época do ano seria de 2,52 metros, conforme o Serviço Geológico do Brasil, do Ministério das Minas e Energia. Naquele ano, a máxima chegou a 1,88 metro e o período de vazante começou em 12 de abril.
No final de fevereiro o Ministério divulgou um boletim extraordinário informando que o nível máximo do rio em 2024 chegaria e 1,5 metro, no final de maio. Porém, a escassez de chuvas parece ser bem mais grave e por conta disso o nível do rio está em declínio em pleno mês de março, dois meses e meio antes do previsto pelo Ministério de Minas e Energia.
Historicamente o rio começa a baixar somente a partir de meados de junho. Mas, conforme boletim do Ministério divulgado no último dia 14, “todos os rios estão com níveis inferiores ao esperado para esta época do ano. O Alto Rio Paraguai apresenta os níveis mais baixos registrados no histórico para este período do ano”. Em Cáceres, um dos principais pontos de referência, o nível está o mais baixo da história há 40 dias.
Para o professor Carlos Padovani, a provável seca histórica do Rio Paraguai faz parte de um ciclo de estiagem que começou ainda em 2019. “Estamos atravessando fenômeno parecido ao da década de 60 do século passado, quando foram 11 anos de pouca água. Esses ciclos fazem parte do comportamento da natureza. O diferente é que agora estamos enfrentando calor sem precedente e os eventos extremos estão cada vez mais comuns”, explica o estudioso.
Consequências
E esta escassez de água, que é reflexo do fenômeno El Niño, é muito mais do que uma mera estatística. Segundo Rogério Iehle, que administra um hotel e um pesqueiro no Passo do Lontra, às margens do Rio Miranda, o movimento de turistas cai em pelo menos 30% em anos sem cheia no Pantanal.
Além disso, lembra ele, a falta de chuvas e a inexistência de alagamentos aumenta o risco de queimadas, que em 2020 e em 2021 destruíram milhões de hectares de vegetação no bioma pantaneiros. Os alagamentos ao longo do Rio Paraguai só ocorrem depois que ele ultrapassa os 4 metros na régua de Ladário.
Sem água, o Rio Paraguai também deixa de ser via de escoamento de minérios e de soja. No ano passado, quando o pico do rio em Ladário chegou a 4,24 metros, foram escoadas 1,62 milhões de toneladas de soja e 6,05 milhões de toneladas de minério. O volume foi 73% superior ao ano anterior.
Para 2024 havia perspectiva de superar estes números, mas por falta de água as barcaças com minério estão descendo o rio com apenas 70% da capacidade. E, se o nível realmente continuar descendo, nas próximas semanas os embarques terão de ser suspensos, fazendo com que todo o minério seja escolado por rodovia.
Fonte: Correio do Estado – NERI KASPARY
mar 16, 2024 | Porto Murtinho
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, estará em Assunção, capital do Paraguai, na próxima segunda-feira (18), para um jantar com o presidente do país vizinho, Santiago Peña. O assunto destaque do encontro será a Rota Bioceânica, que estreita ainda mais as relações do Estado com o Paraguai.
No dia seguinte, Riedel seguirá para Porto Murtinho, município 644,4 km distante de Assunção, para visitar a obra da ponte que liga o município sul-mato-grossense a Carmelo Peralta, no Paraguai. Também devem estar presentes na visita a ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro dos Transportes, Renan Filho.
O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa após o lançamento do PantanalTECH-MS, realizado no Bioparque Pantanal na manhã desta sexta-feira (15).
“Vou à Assunção na segunda-feira, tenho um jantar com o presidente do Paraguai, Santiago Peña. O Financial Times está promovendo o encontro, uma discussão de infraestrutura. Na terça-feira eu saio de Assunção e passo em Murtinho. Nós teremos a presença da ministra Simone, o ministro Waldez também está convidado, e o ministro Renan, para que a gente veja in loco as obras da ponte”, disse o governador.
As obras do lado brasileiro da ponte foram retomadas recentemente, após quase 80 dias paralisada. Ela foi interrompida pela Receita Federal, que embargou a entrada de materiais de construção vindos do Paraguai por falta de documentação que comprovasse o recolhimento dos tributos de importação.
No fim de fevereiro, a questão foi resolvida, após o delegado da Alfândega da Receita Federal em Ponta Porã, Daniel Cesar Saldivar, assinar um ato declaratório executivo autorizando a entrada e saída de insumos e materiais destinados à construção da ponte sobre o Rio Paraguai.
Segundo o governador, agora tudo está nos conformes para a continuidade da obra, que está sendo realizada dentro do prazo.
“O problema que teve foi sanado, do ponto de vista da Receita Federal aqui do Brasil. Está tudo equacionado, e estamos dando continuidade dentro do cronograma”, concluiu Riedel.
A ponte
Construída pela Itaipu Paraguai com investimento de U$$ 85 milhões, essa ponte terá 1.294 metros, com sua entrega prevista inicialmente só para o primeiro semestre de 2025.
Binacional, a obra foi licitada e contratada pelo Paraguai, com o Consórcio Pybra, que esclareceu que os vergalhões e itens apontados pela Receita foram comprados no Paraguai.
Com isso, foi pedido à AssembleiaLegislativa o acréscimo de um “Termo de Reciprocidade”, justamente para descomplicar essas questões aduaneiras.
Por parte da Pybra, há esperança de uma cooperação “rápida e efetiva”. Do lado brasileiro, estima-se que as obras tenham sido paralisadas com cerca de 40% dos trabalhos concluídos, estando um pouco mais avançada no País vizinho (beirando 60%), uma vez que o Paraguai iniciou pouco antes suas etapas da construção.
Importante ressaltar que, a ideia da Ponte Bioceânica é consolidar uma ligação rápida de produtos brasileiros com o mercado asiático. Ainda, as rotas devem melhor integrar também o País ao Paraguai, Chile e Argentina.
Fonte: Correio do Estado – ALANIS NETTO, NAIARA CAMARGO