ago 12, 2023 | Campo Grande
Campo Grande/ MS – A Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Mato Grosso do Sul realizou de 8 a 10 de agosto, o 1º Encontro Estadual de Alinhamento Estratégico. O evento, reuniu servidores, colaboradores e coordenadores de todos os núcleos municipais, em uma iniciativa inovadora visando fortalecer a reforma agrária no estado.
A iniciativa foi realizada no auditório da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, e contou com a presença de representantes de 37 municípios com mais de 150 inscrições, reafirmando o compromisso com a causa e a importância do diálogo colaborativo.
O superintendente do Incra/MS, Paulinho Roberto, ressaltou a importância dessa nova abordagem para o Instituto, destacando que esses encontros serão uma constante no novo modelo adotado. “Neste primeiro encontro, temas cruciais como titulação, CCUs, georeferenciamento e regularização foram minuciosamente discutidos. Esta capacitação inaugura uma troca de conhecimento que serve como base para um trabalho verdadeiramente democrático”, enfatizou.
A gestão pioneira do Incra/MS deixa evidente seu compromisso com a humanização e o respeito a todos os envolvidos no projeto de reforma agrária. Além disso, a modernização dos mecanismos de articulação e interação com órgãos e movimentos é uma marca indelével desse novo capítulo.
O evento contou com a participação da Coordenadora-Geral do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Marina Nunes, o Reitor da UFMS, Marcelo Turine, a diretora-presidente da Fapec, Nilde Brum, o deputado estadual, Zeca do PT, entre outras autoridades.
Marina Nunes destacou a importância desse momento para a agricultura familiar do país e ressaltou que mulheres e jovens receberão atenção especial nas linhas de crédito entre elas, o Plano Safra.
Consciente do atual cenário de reestruturação, a equipe do Incra/MS está comprometida em buscar novas fontes de financiamento e oportunidades para os assentados. A regularização fundiária, o incentivo e o fomento emergem como diretrizes e metas urgentes de atuação, conforme enfatizado por Paulinho Roberto.
Este encontro sinaliza um novo horizonte para a reforma agrária em Mato Grosso do Sul, respaldado por um compromisso incansável com a justiça social e o desenvolvimento sustentável. A dedicação à construção de uma sociedade mais equitativa e próspera é o norte que guia cada passo dado pela equipe do Incra/MS.
ago 11, 2023 | Campo Grande
As mais de cinco mil pessoas que já passaram pela Cidade de Maria durante 21ª Festa de Nossa Senhora da Abadia, padroeira da arquidiocese de Campo Grande, nos Altos da Avenida Afonso Pena, se depararam com a imagem de Maria Santíssima, sobre um carro de boi na entrada do evento. Mas muitos devem ter se perguntado: por que ela está ali? Pois bem, o pároco do Santuário Nossa Senhora da Abadia, padre Paulo Vital, conta pra gente esse significado.
A devoção
“A devoção a Nossa Senhora da Abadia chegou em Campo Grande pelas mãos de um dos mineiros que vieram junto com os fundadores mineiros, especialmente pelo senhor Elizeu Ramos. Estamos falando do século passado, 1905 quando, em sinal de gratidão pelas preces atendidas, principalmente por sua saúde e empreitada para se estabelecer com sua família em terras morenas”, contou o pároco.
Segundo ele, seo Ramos espalhou por toda a região essa devoção com um estandarte, se deslocando a pé ou a cavalo. Assim o fez até que, em 1912, após arrecadar os recursos com a comunidade, adquiriu a imagem da Virgem Maria de origem francesa em São Paulo – capital e a trouxe até Três Lagoas de trem. De lá, a imagem seguiu até Água Clara em lombo de burro e de Água Clara a Campo Grande em carro de boi.
Levando em conta que a distância em linha reta entre Três Lagoas e Campo Grande hoje, com toda a infraestrutura de pavimentação e acostamentos, é de 333 quilômetros, e que uma viagem de carro chega a durar quatro horas e vinte e três minutos, desperta em nós a curiosidade sobre como deve ter sido essa viagem, quanto tempo seo Elizeu demorou para chegar em Campo Grande? Estamos falando de viagens de trem, no lombo de um burro e em cima de um carro de boi, o que por si só já se caracteriza um grande milagre
O caminho
De acordo com o sacerdote que hoje dedica sua vida a devoção de Nossa Senhora da Abadia, padre Paulo, a imagem seguiu em lombo de burro, de fazenda em fazenda, até a fazenda Campo Alegre, em Água Clara, onde foi realizada uma grande recepção com terços, ladainhas, orações, louvores e refeição para mais de duzentas pessoas. Nas fazendas Bom Jardim e Pontal, armou-se um andor enfeitado com flores e se formou um verdadeiro cortejo, seguindo todos a pé a imagem no carro-de-boi. A última parada aconteceu na fazenda Aguadinha ou Rancharia, hoje região da saída para Três Lagoas, onde ainda fizeram terços e mais orações. De lá saiu para ser recepcionada com grande festa no dia 3 de agosto de 1912, para a então Comarca de Campo Grande.
A Festa da Acolhida
A imagem de Nossa Senhora da Abadia entrou com grande multidão de pessoas em procissão em Campo Grande no dia 3 de agosto de 1912, pela atual Rua Barão de Melgaço. As casas a esperavam com toalhas e flores nas janelas em meio a cânticos religiosos, banda de música e estouro de foguetes.
Os potentes “vivas” tomaram conta da emoção de todos os presentes. A Santa foi recepcionada num barracão especialmente feito pra isso na Rua 26 de Agosto, no qual se dançava a catira, como era de costume, ao som do violeiro-cantador Bento Gomes Benjamim, um mato-grossense de Santana do Paranaíba, proprietário da conhecida “Pensão Bentinho”. Além disso, havia muitas comidas típicas da época, vinho estrangeiro, sem falar na grande fogueira e nos fogos de artifício.
Entronização e Coroação
Em 9 de agosto de 1912, a imagem de Nossa Senhora da Abadia foi conduzida até a pequena e modesta Igreja de Santo Antônio de Pádua, localizada na Rua 15 de Novembro. Os festejos iniciaram e a imagem foi coroada no dia 15 de agosto, na Solenidade da Assunção, ocasião em que muitas pessoas acorreram pedindo graças e bençãos. E a presença de Nossa Senhora da Abadia prenunciava um novo tempo para Campo Grande. À época, a população da cidade era de cerca de mil e duzentos habitantes. Vivia-se um momento de certa glória e euforia, pois recentemente, em 12 de maio de 1911, havia sido criada a Comarca de Campo Grande, com a nomeação do primeiro juiz de direito.
Padroeira
O Papa Pio XII, ao instituir a Diocese de Campo Grande, desmembrando-a da Diocese de Corumbá, em 15 de junho de 1957, por meio da Bula Papal Inter Gravíssima, também instituiu Nossa Senhora, sob o título da Abadia, como Padroeira da nova Diocese. O primeiro Bispo foi Dom Antônio Barbosa, cuja ereção canônica ocorreu em 24 de maio de 1958. Atualmente, a Arquidiocese de Campo Grande é formada pela nossa Capital e pelos municípios de Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia, Bandeirantes, Jaraguari, Corguinho, Rochedo e Terenos e pelo Distrito de Anhanduí.
Abadia Casa do Pai, intercessora das causas imobiliárias
Imagem foi entronizada no primeiro dia da festa. (Foto: Willian Kinoshita)
Observando as várias graças alcançadas por fiéis no ramo imobiliário com a compra ou a venda de imóveis que pareciam estar travados, padre Paulo formulou a Novena em homenagem a Virgem, o que tem levado muitas pessoas à essa devoção. Abadia quer dizer Casa do Pai e muitos relatos têm sido anunciados em nome dela.
Por essa e outras, o Santuário Nossa Senhora a Abadia está em festa. O que antes era Cidade do Natal agora se transformou em Cidade de Maria com os festejos em nome da padroeira que começaram no dia 3 de agosto e vão até o dia 13 com muitas opções religiosas, culturais e gastronômicas para a família, também celebrando o aniversário de 124 anos de Campo Grande, a Capital de Mato Grosso do Sul.
Vivianne Nunes
ago 8, 2023 | Campo Grande
O trato que a gente dá a essas coisas não é o mesmo que a gente dá para outro objeto. Tem que ter mais respeito e piedade, porque é sacro”
Foi desta forma que o venezuelano Germán Luís Rodriguez Rodríguez, 24 anos, do Santuário Nossa Senhora da Abadia, começou a contar sobre o trabalho que vem desenvolvendo para a composição feita na nova imagem de Nossa Senhora da Abadia que vai abrilhantar ainda mais o altar da igreja e da 21ª Festa com a Cidade de Maria.
O trabalho durou cerca de uma semana e meia e foi muito além das expectativas, pois aconteceu cercado de fé e religiosidade católica, como deve ser. No recinto Casa do Pai, que fica no Santuário, começou toda a preparação para compor a imagem de resina, que mede cerca de 1,20 de altura.
“Padre Paulo [pároco do Santuário] comprou essa imagem com a proposta de eu mexer, mas como sou muito curioso, detalhista, fui procurar os desenhos originais”, contou.
Com alguns registros muito antigos em mãos, Germán começou a observar que a primeira imagem de Nossa Senhora da Abadia que chegou a Campo Grande pelas mãos do mineiro Eliseu Ramos e que entrou na cidade em cima de um carro de boi cumprindo a promessa que fizera, não tem os mesmos traços da imagem atual.
Foi quando ele percebeu que com o passar dos anos, a Virgem da Abadia, foi passando por um processo de recuperação que acabou alterando várias características da imagem.
“Essa que estamos trabalhando não vai ficar igualzinha a outra. Estamos mantendo desenhos e detalhes da imagem original, as flores no manto azul e resgatamos alguns desenhos de como ela está agora na catedral. Estudando descobrimos que ela foi alterada várias vezes e alguns símbolos não tinham sentido teológico. Então, quisemos agregar mais sacralidade”, contou.
Enquanto conversava com a reportagem, extremamente concentrado, Gérman contava sobre a experiência vivenciada naqueles dias em que chegou a preparar os novos símbolos aplicados nas vestes de Maria e todo o processo artístico.
“Fizemos uma união do que já existia, mas a personalizamos de forma que será única no Santuário”, afirmou.
As gravuras nas vestes brancas de Nossa Senhora da Abadia foram divididas em três partes que contemplam a Santíssima Trindade. “Maria que é filha de Deus, mãe do filho Dele e esposa do Espírito Santo. Então trouxemos a
palavra de Deus, a eucaristia que representa o ministério da nossa fé e o símbolo mariano”, explicou. “E ela tem o menino Jesus nos braços, mas não está apenas carregando, ela está com os braços estendidos como quem acolhe nossos pedidos e os leva a Jesus. Ao mesmo tempo é ela quem nos dá Jesus”, completou.
Arte Sacra
Fotos e impressões mostram mudanças feitas com o passar dos anos. (Foto: Vivianne Nunes)
Germán está no Brasil desde de 2019, quando veio para acompanhar a irmã, mas acabou ficando. Na época, segundo seu próprio relato, ele já tinha começado seu processo vocacional e a intenção era adentrar ao seminário, o que de fato aconteceu. Por dois anos ele vivenciou esse período, que foi interrompido mas que será retomado em breve.
O trabalho com artes sacras surgiu ainda na juventude. Criado em ambiente católico, ele conta que a influência da avó, Aura del Carmen Rodriguez e do tio Asiclo Rodríguez, sacristão da igreja onde serviam, foi crucial para o envolvimento em tudo o que é sagrado.
Germán também destaca o nome do artista plástico e amigo, José Gregório Valência, como um dos que influenciaram seu trabalho com a arte sacra. “Eu sempre gostei de arte, gostava de pintar, mexer com gesso e fazer imagem, mas a inspiração veio desse meu amigo que mora na Venezuela”, contou. Germán conta que nunca frequentou escola de arte, mas que recebeu muitas instruções do amigo e por diversas vezes chegou a trabalhar com ele.
“Para pintar, sempre lembro do José Gregório que falava assim: a gente vê a imagem da Virgem Maria ou um santo, não como simples imagem ou simples obra de arte, nós vemos como de fato uma figura que nos recorda aquela pessoa que temos muita devoção, seja qual for e tratamos como aquilo que ela representa. Eu estou aqui pintando a imagem da Virgem Maria, eu sei que é gesso, uma imagem apenas, se cair vai quebrar, mas eu também que estou pintando uma imagem que representa uma pessoa muito importante. Então eu vou tomar muito cuidado com ela, como se eu estivesse fazendo para ela. Mesmo que não seja ela, mas eu fui ensinado a ter esse cuidado com aquilo que ela representa”, finalizou.
Imagem foi entronizada no primeiro dia da festa. (Foto: Willian Kinoshita)
A 21ª Festa de Nossa Senhora da Abadia começou no dia 3 de agosto e vai até o dia13, nos Altos da Avenida Afonso Pena, onde a Cidade do Natal deu espaço a Cidade de Maria, palco para dez dias de festa em honra a padroeira da arquidiocese de Campo Grande. A nova imagem foi entronizada durante a missa solene de abertura do evento a partir das 19h30.
Vivianne Nunes
ago 7, 2023 | Campo Grande
A 21ª Festa de Nossa Senhora da Abadia traz uma novidade especial em sua programação, um leilão virtual.
Contando com uma agenda bem diversificada de atividades religiosas e culturais, o leilão virtual veio para fazer o coração dos fãs de sertanejo bater mais forte.
Dentre as prendas estão 01 chapéu do João Carreiro, 01 violão autografado pela dupla Jads e Jadson e também 01 chapéu autografado da dupla Fernando e Sorocaba.
Os organizadores do evento afirmam que haverá outros prêmios a serem leiloados no decorrer da festa. Os lances poderão ser registrados até o dia 12 de agosto.
Para participar é muito simples, basta realizar um cadastro e fazer o seu lance através do link: https://www.santuariodaabadiacg.com.br/leiloes/
Leilões
Roberta Inácio
Assessoria de Comunicação
Santuário Nossa Senhora da Abadia
ago 5, 2023 | Campo Grande
O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) destinou R$ 4 milhões em emendas parlamentares para quatro importantes instituições de saúde de Campo Grande. Os recursos estão sendo repassados para o Governo do Estado, que fará um convênio com as entidades para a liberação da verba. A emenda é para custeio e manutenção do Hospital São Julião, CER/APAE Campo Grande, Maternidade Cândido Mariano e Associação Juliano Varela. Ao todo, foram mais de R$ 7,2 milhões de repasses para as entidades da Capital. Desse montante, R$ 4 milhões são frutos de emendas parlamentares e R$ 3,2 são repasse do Governo do Estado para o Hospital São Julião.
A assinatura dos convênios foi realizada nesta sexta-feira (4) no auditório da Governadoria e contou com a presença de vereadores de Campo Grande, lideranças comunitárias e de representantes das instituições. Para o parlamentar federal, foi um dia importante para a saúde da cidade e para a população campo-grandense. “Hoje mostramos a união de esforços para melhorar a saúde de Campo Grande. A nossa Capital precisa e merece cuidar bem da nossa gente, com mais saúde de qualidade e menos descaso”, disse Beto.
De acordo com o presidente da Maternidade Cândido Mariano, Daniel Gonçalves de Miranda, que representou as instituições no ato, a assinatura dos convênios tem ajudado na manutenção e na prestação dos serviços das entidades. “O deputado Beto sempre foi um parceiro da maternidade. Ele sempre foi preocupado com a saúde materno infantil, sempre pleiteando a melhoria para que a gente pudesse criar condições de boa assistência. Esse tipo de empenho dos nossos parlamentares têm feito a maternidade crescer e prestar um serviço de qualidade, assim como as demais instituições contempladas hoje”, afirma o presidente.
Do montante repassado, R$ 1 milhão será encaminhado ao Centro Médico e de Reabilitação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande – CER/APAE). O recurso será utilizado para pagamento de pessoal especializado no atendimento. O CER/APAE é uma unidade que atua na reabilitação de pacientes e realiza diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia. É referência para a rede de atenção à saúde da pessoa com deficiência física e intelectual em Mato Grosso do Sul. Ela dispõe de serviço com equipe multiprofissional. São cerca de 200 funcionários que atendem mais de 1300 pacientes por dia.
A Maternidade Cândido Mariano, referência em saúde da mulher e do recém-nascido, também é uma das instituições contempladas. São R$ 1,5 milhão para melhorar e otimizar o atendimento dos serviços prestados pela entidade. Especializado em ginecologia, obstetrícia e neonatologia, a maternidade possui 146 leitos dos quais 26 são leitos de terapia intensiva neonatal e 12 de semi-intensiva. O hospital ainda conta com um centro cirúrgico com 06 salas e Centro Obstétrico com 05 salas.
Com 81 anos de história e realizando 114 mil atendimentos por ano, o Hospital São Julião receberá R$ 500 mil para estruturar as redes de Tecnologia da Informação, proporcionando segurança no serviço de prontuários digitais do paciente do SUS, garantindo a integração e disseminação das informações. Hoje o hospital possui 36 leitos cirúrgicos, 74 leitos clínicos e realiza 70 cirurgias por dia, entre elas, de oftalmologia, cirurgia geral e otorrinolaringologista. Além disso, o São Julião é referência nacional no tratamento da hanseníase.
A Associação Juliano Varela será contemplada com R$ 1 milhão em investimentos que serão usados na manutenção dos atendimentos. A associação tem o objetivo de promover programas para o pleno desenvolvimento das pessoas com síndrome de down, espectro autista e microcefalia, por meio de atendimento médico, ações de inclusão social e educacionais. Atualmente, as duas unidades da entidade em Campo Grande atendem mais de 900 estudantes e com a presença de 108 profissionais.
Para o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, o papel do Beto Pereira foi importante para enxergar as demandas de uma das áreas mais sensíveis de Campo Grande. “É muito importante essa sensibilidade do Beto em relação às principais demandas da sociedade. Todas as instituições são respeitadas, fazem um grande trabalho, chegam onde muitas vezes o poder público não chega com a devida necessidade, e ele mobilizar recursos junto com o Estado para atuar nas entidades é fundamental para o resultado que é o atendimento a população. O deputado Beto vem mostrando essa sensibilidade aqui em Campo Grande”, conclui.
ago 2, 2023 | Campo Grande
O 1º Encontro Turístico Cultural Brasil Paraguay, a ser realizado no dia 19 de agosto (sábado), vai celebrar os 50 anos da Associação Colônia Paraguaia (ACP) com uma intensa programação, a partir das 8h, na sede da entidade, em Campo Grande (Rua Ana Luísa de Souza, nº 654, Universitário).
A iniciativa da ACP foi contemplada pelo edital Reviva Mais Turismo e, por isso, conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), que assina o evento como parceira na realização.
De acordo com o diretor cultural da Colônia Paraguaia e organizador do encontro, Ricardo Zelada, a intenção é promover um aumento no fluxo de turistas para Campo Grande a partir da oportunidade de recursos que o edital Reviva Mais Turismo, lançado no ano passado, proporcionou.
“O projeto foi motivado pela implantação da Rota Bioceânica, esse trajeto tão importante, que atravessa o Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Chile. Nossa intenção é promover a integração cultural entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai, com palestras e atrações culturais do Paraguai e de Campo Grande”, afirma Zelada.
“Falamos em uma rota turística por meio de um circuito turístico entre Campo Grande, Porto Murtinho, o Chaco Paraguaio, Concepción, local que já conta com uma ponte construída sobre o Rio Paraguai, e Asunción, a capital paraguaia”, diz o organizador do encontro.
PROGRAMAÇÃO
Todas as atividades são de acesso gratuito. As palestras são voltadas para o público universitário e acadêmico. Interessados em receber certificado de participação devem realizar um prévio cadastro pelo link: forms.gle/bwV8LHhCUdMnTbbW6.
A programação do evento começa com uma breve explanação sobre a Rota Turística Rila – Rota Bioceânica, a ser apresentada por Ricardo Zelada, seguida pela palestra “Turismo em Campo Grande”, sob a responsabilidade do superintendente de Turismo da Capital, Wantuyr Tartari.
Wantuyr atua há 24 anos na gestão pública de Campo Grande e, desses, 18 foram dedicados ao turismo.
Foi professor, tendo uma experiência de 14 anos na docência, e ganhador do Troféu Nacional Mérito & Talento (2018), promovido pela Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais do Turismo.
“Influências das Tradições Culturais Paraguaias em Mato Grosso do Sul” é o tema da palestra seguinte.
Quem vai discorrer sobre o assunto é Priscila Palhanos, professora de História, pós-graduada em Metodologia do Ensino de Geografia (Unidoctum), mestre em Desenvolvimento Local pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) com a temática “Aspectos Culturais dos Paraguaios em Campo Grande/MS”.
À tarde, o ciclo de palestras se inicia às 14h, com explanação sobre o tema “Turismo em Porto Murtinho e Chaco Paraguaio – Colônias Menonitas”, novamente com Ricardo Zelada. O doutor em Desenvolvimento Local Thiago Andrade Asato faz sua palestra na sequência, sobre o tema “Possibilidades de Turismo na Rota Bioceânica”.
Thiago é autor da primeira tese de doutorado envolvendo o turismo entre os pesquisadores dos quatro países da Rota Bioceânica, além de ser professor de Turismo na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e de Administração na Novoeste.
O tópico a seguir é “Peabiru – Rota Guaranítica – Tape Aviru”, a ser abordado pela jornalista Juliet Sarai, que integra a União Continental Latino-Americana (UCL) e é diretora da Tape Aviru Paraguai.
ATRAÇÕES CULTURAIS
Durante todo o evento, apresentações culturais de artistas sul-mato-grossenses e paraguaios prometem abrilhantar a programação do encontro turístico cultural. A cantora Mirta Noemi Talavera, de Assunção, e outros nomes vão se apresentar para o público, uma vez mais, de forma gratuita.
E, como grande destaque da programação, está prevista a roda de “Terere Hape”, inspirada em um programa televisivo muito famoso no Paraguai, o “Terere Jere”.
Na ocasião, apresentam-se quatro novos talentos da música: a harpista Laurita, de Assunção (PY), a cantora Ysapy, de San Pedro (PY), a também cantora Milagros Medina, de Concepción (PY), e a cantora de chamamé Patrícia Cantaluppi, de Campo Grande.