nov 4, 2021 | Campo Grande
Foto: Cayo Cruz/O Estado Online
Respirando o campo desde os 13 anos de idade, Isadora Oliveira Rodrigues nunca pensou em outra coisa a não ser se tornar uma agrônoma um dia. Hoje aos 27, ela não é so a profissional formada pela USP (Universidade de São Paulo), mas também está por trás da empresa de consultoria especializada Agri Seiva – herança do pai, o pecuarista Élvio Rodrigues, e que faz questão de continuar. Está no sangue.
Vice-presidente da Coopsema (Cooperativa Agrícola Mista Serra de Maracaju), Isadora não só tem a atitude, mas a vontade de fazer mais. E não tem vergonha de dizer: “tenho sede de conhecimento, mas disposição de compartilhar. Todos temos a crescer juntos”. De acordo com ela, o futuro do agro regional não está só nas mãos das tecnologias de máxima eficiência, mas nas nossas próprias.
O Estado Play: Por que o foco do agronegócio deve ser o da formação de pessoas?
Isadora Rodrigues: Quanto mais você dividir conhecimento, mais ele se multiplica. Isso vale para qualquer área. Trocar experiências e difundir tecnologias é o caminho para um novo agronegócio. E quem trabalha com isso só tem a ganhar, não só em termos de profissionalização, mas em vivências práticas.
O Estado Play: Você diz em termos de experiências?
Isadora Rodrigues: Você só aprende de fato quando desenvolve habilidades. Uma coisa é você ter seu conhecimento técnico; já outra é ter o “pegar para fazer”. Aqui na Agri Seiva, sempre tivemos essa cultura de compartilhar. Eu, que tive experiência na academia, posso afirmar que por lá o conhecimento fica limitado. É importante praticar, e na nossa área o campo é a melhor sala de aula.
O Estado Play: O agronegócio sul-mato-grossense também tem essa cultura da qualificação profissional?
Isadora Rodrigues: Cada vez mais MS passa pelo processo de sucessão familiar, isto é, os filhos pegando para fazer acontecer. A nova geração vem com essa vontade. Até porque na pandemia o agronegócio não parou – e os números mostram isso. Já tem um tempo que essa mudança está em curso, digo, de que é preciso mais educação para as pessoas aqui dentro.
O agro é muito rotativo, e acredito que hoje já se entende melhor a importância de compartilhar conhecimento do que na geração anterior, que ficava muito presa no seio familiar. Só podemos crescer tendo pessoas qualificadas.
Para Isadora, o futuro do agronegócio é apostar na qualificação dos profissionais rurais. Foto: Raul Delvizio
O Estado Play: É por isso que possuem um programa de estágio e trainee?
Isadora Rodrigues: Sim. Acontece todos os anos, sempre em outubro. Informamos no nosso perfil do Instagram a abertura do processo seletivo, que geralmente ocorre em outubro – começo da safra de soja. Então esse futuro profissional fica durante todo o período da safra, do plantio à colheita, tendo contato direto com a agricultura de precisão, que se faz presentes nos 35 anos da Agri Seiva. Ainda, consultoria rural e acompanhamento agrícola, isso presente em 17 municípios de norte a sudoeste de MS.
O Estado Play: E as mulheres estão mais inseridas no agro também?
Isadora Rodrigues: Eu diria que antes, as mulheres que exerciam atividades em agronomia foi por amor ou então pela dor: ou porque se casaram e assumiram o trabalho junto aos seus pares ou então no luto de perder um pai, irmão, marido, enfim, alguém que gerisse algum negócio no agro.
Hoje, não. Cada vez mais vejo mulheres que desde cedo já querem trabalhar com o agro, que se preparam muito para chegar lá. E isso é um pouco do que aconteceu comigo, pois desde os treze anos meu sonho sempre foi fazer esse curso e nenhum outro.
O Estado Play: É mesmo?
Isadora Rodrigues: Juro! Tinha amigas que até me julgavam por eu querer tanto. “Agronomia? Nada a ver!”. Pois fiz questão de prestar vestibular todos os anos do ensino médio. Meu sonho era viver profissionalmente o campo. E não estava sozinha. Na minha turma por exemplo, metade da sala era só de mulheres. Acho ótimo!
#AGRONOMIA, #CAMPO, #MS, CAPACITAÇÃO, RURAL, SALA DE AULA
out 26, 2021 | Campo Grande
A humilhação de um funcionário do Carrefour em Campo Grande, por uma supervisora da empresa, que o fez ajoelhar e ainda proferiu críticas que denegriram a moral do servidor e que foi gravado por um consumidor, rivalizando na internet, provocou indignação das entidades de defesa dos profissionais do comércio, a Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande – SECCG, filiados à confederação Contracs-CUT.
As diretorias de ambas entidades foram até o Carrefour pedir as devidas providências e conversar também com outros funcionários para saber a extensão do problema. A direção da empresa informou que a supervisora foi afastada do cargo e que esse não é um procedimento autorizado pela empresa. E mais, informou também que está promovendo uma investigação interna.
Carlos Sérgio dos Santos, presidente do SECCG, que esteve no Carrefour, disse que procurou também conversar com o funcionário vítima da ação da supervisora. Porém foi informado de que ontem ele estava de folga. A entidade vai voltar ao local para conversar com ele para saber detalhes de todo o caso e se há outros envolvidos em atos dessa natureza que fere todas as legislações brasileiras, inclusive a CLT e a Convenção Coletiva de Trabalho, firmada entre as duas partes, patronal e laboral.
Douglas Rodrigues Silgueiro, presidente da Fetracom-MS, também mostrou-se indignado com o caso que repercutiu nacionalmente na internet. “Casos como esse nunca deveriam acontecer em pleno século XXI. O Carrefour tem responsabilidade pelo que acontece em suas lojas, especialmente com seus funcionários”, afirmou.
O presidente da Fetracom-MS disse ainda que existem é obrigação de toda empresa tomar conhecimento de como seus colaboradores são tratados para evitar episódios dessa natureza, que são imorais e ilegais.
Carlos Sérgio dos Santos quer ouvir as duas partes, inclusive a supervisora, que também é comerciária. “Queremos entender o que se passou ali para poder evitar que casos como esse voltem a se repetir”, afirmou o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande.
Fonte: Assessoria – Federação e sindicato dos comerciários
out 25, 2021 | Campo Grande
“O Onça Pintada volta à cena presencialmente com participantes mais fortalecidos, humildes, cuidadosos, brilhantes e competentes”. Neide Garrido, diretora e idealizadora do evento.
Após um longo período de pandemia, bailarinos de todo o país voltam ao palco da maior mostra internacional de dança do MS, o Prêmio Onça Pintada.
O evento terá a sua sétima edição realizada em três dias – 30 e 31 de outubro e 01 de novembro no Teatro Glauce Rocha na capital sul-mato-grossense.
Cumprindo todos os protocolos de segurança contra a covid-19, a sétima edição do evento tem como realizador/investidor o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul através do FIC (Fundo de Investimento Cultural) programa/projeto da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul).
Além disso, a mostra conta também com apoiadores para a sua realização total: Grupo Hulsan, Raviera Motors, Nissan Raviera, Hotel DeVille Prime, UFMS e Mais Cultura UFMS.
“Para nós da Fundação de Cultura do MS, é uma honra apoiarmos, por meio do Fundo de Investimentos Culturais – FIC/MS projetos que vem ao encontro das políticas culturais. Parabéns a professora Neide Garrido pelo entusiasmo e pelo evento”, explica Gustavo Arruda (Cegonha) diretor presidente da FCMS.
A Mostra internacional e Prêmio visam democratizar a arte da dança promovendo o intercâmbio cultural, o desenvolvimento técnico e a interpretação artística de grupos e bailarinos favorecendo a profissionalização e a formação de novas platéias.
“Acompanhei ativamente por muitos anos o Festival Sul-Mato-Grossense de Dança criado pela nossa saudosa Sarah Abussafi Figueiró. Sempre me senti comprometida com ações na dança que contemplasse a participação de todos com foco na progressão e evolução, descobrindo, valorizando e enaltecendo talentos. A idealização do Prêmio Onça Pintada já veio destemida, com a força toda de “atacar” os artistas da dança, mexendo com seus brios e desafiando-os o melhor das suas potencialidades artísticas e criativas”, explica a diretora e idealizadora do projeto, Neide Garrido.
Nesta sétima edição, os trabalhos inscritos na Mostra/Prêmio serão analisados por uma banca de jurados importantes, nomes de grande expressividade do cenário da dança em nosso país: Adriana Assaf, Caio Nunes, Edson Santos, Fernanda Fiuza, Flávia Burlini, Fernanda Frandsen, Jonathan Lanna, Margareth Viduani, Erick Guitierrez e Ana Lúcia El Daiher.
Os componentes do júri não possuem qualquer comprometimento familiar ou profissional com escolas, academias ou grupos que participarem do evento.
Os participantes do evento poderão também usufruir de oficinas de dança de diversas modalidades dadas por alguns dos jurados participantes da banca como Adriana Assaf, Caio Nunes, Flavia Burlini, Jonathan Lanna e Fernanda Fiuza.
“Não conheço o MS, estou ansiosa para estar com todos no evento e ter a oportunidade de novamente trabalhar em um festival e fazendo aquilo que eu tanto amo que é a arte da dança”, ressalta Adriana Assaf diretora da Cia Paulista de Dança uma das componentes do júri.
A Mostra será avaliada pelos jurados com comentários e notas. Serão destacados os melhores trabalhos que se apresentarão na Noite de Gala dos Premiados. Os Prêmios Onça Pintada serão concedidos através de valor em dinheiro, troféus, medalhas, bolsas de estudo e premiações especiais.
Serão apresentadas coreografias inscritas nas seguintes modalidades: Ballet Clássico de Repertório; Ballet Clássico Livre; Dança Contemporânea, Jazz, Danças Urbanas; Sapateado; Danças Populares; Danças Árabes e Estilo Livre. Serão quatro categorias: Infantil: 7 a 9 anos; Juvenil: 10 a 12 anos; Júnior: 12 a 15 anos; Sênior: 16 anos em diante.
Nos dias 30, 31 e 01 o evento receberá bailarinos/convidados importantes de renome internacional para enaltecer ainda mais o evento.
De São Paulo, Luiza Yuk e Vinicius Vieira da SPCD (São Paulo Cia de Dança) a maior companhia de dança do Brasil e também Cecília Bassetto, sul-mato-grossense que dança atualmente na Cia Jovem do Theatro Bolshoi do Brasil localizada na cidade de Joinville (SC), a única fora da Rússia.
As apresentações poderão ser vistas da plateia do Teatro Glauce Rocha (os ingressos estarão à venda no teatro), e também através de um telão que será montado na parte de fora do Glauce para dar a oportunidade não só de todos assistirem, mas também para evitar aglomerações dentro do Teatro devido a covid-19.
“A minha expectativa para a mostra e premiação são as melhores e maiores possíveis. Eu que estou acompanhando de pertinho desde o começo todos os grupos, escolas, cias e artistas independentes sinto o quão grandioso será o evento em termos de energia, entrega e emoção. Os bailarinos não aguentavam mais ficar presos em casa, precisamos voltar, a hora é essa. O 7⁰ Prêmio Onça Pintada além de ser um dos únicos neste formato no Estado, será o retorno desses mesmos artistas aos palcos, a dança, a emoção!!! Só espero o melhor de cada um”, enaltece Luan Rattacaso, coordenador geral do Onça.
A importância do evento se reflete também no número de participantes de todo o Brasil que superaram todas as expectativas e foram além do que todos esperavam, o que traz ainda mais emoção ao retorno aos palcos.
“As expectativas são as mais positivas possíveis. Contando com o investimento do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul através do FIC, cria estímulo de realizar presencialmente o melhor Festival de Dança possível. Numa corrente de cuidados e respeito mútuo pela NÃO disseminação do vírus, vamos celebrar a vida dançando”, finaliza Neide Garrido.
out 25, 2021 | Campo Grande
Juiz concede liminar para retirada de três notícias do blog, no prazo de 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 20 mil
O juiz da 13ª Vara Cível de Campo Grande, Alexandre Corrêa Leite, condenou blog da Capital a retirar imediatamente do sítio eletrônico https://blogdonelio.com.br/, as reportagens publicadas no dia 23/09/2021, 04/10/2021 e 19/10/2021, com o nome e a imagem da candidata à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul (OAB/MS), Rachel Magrini. A sentença foi publicada na tarde desta sexta-feira, dia 22 de outubro.
A determinação para retirar o conteúdo do ar deve ser atendida no prazo máximo de 24 horas, inclusive sendo vedada a reprodução dessas notícias em outras mídias e/ou veículos de informação, inclusive em redes sociais, sob pena de multa diária de R$ 20 mil.
De acordo com o despacho do juiz, ao analisar as publicações, percebeu-se que elas extrapolam o direito à informação e à liberdade de expressão, e por este motivo, justifica-se a retirada do conteúdo do site. “Na verdade, extraem interpretações nitidamente aviltantes e deletérias de acontecimentos passados, não para simplesmente informar o público acerca dos bastidores das eleições da OAB/MS, mas, ao que parece, para veicular juízo difamatório e injurioso contra a autora, por motivos que se desconhece”, diz o despacho do juiz Alexandre Corrêa Leite.
out 23, 2021 | Campo Grande
Vereadores de Campo Grande avaliam que a multa de R$ 11 milhões aplicada para a Energisa foi uma forma de dar ‘justiça aos consumidores’. O valor foi revertido em compensação pelas horas sem fornecimento de energia entre setembro de 2020 e agosto de 2021, conforme dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), acredita que “essa multa de mais de R$ 11 milhões foi correta”. Ele aponta que a empresa não tem um relacionamento com o consumidor.
“Ela [Energisa] não dá aquele respeito merecido ao consumidor, que é ele que paga a tarifa que sustenta a empresa”. Entre as melhorias, o vereador acredita que deve haver respeito com os consumidores e planejamento para situações adversas, como a tempestade.
Assim, afirma que é importante lembrar que a empresa não tem culpa do vendaval em si. No entanto, “eles precisam se precaver, tem que se organizar. Eles tem que se organizar para não levar multas”.
Para o vereador Zé da Farmácia (Podemos), os consumidores devem ser ressarcidos, pois são eles que “tiveram os prejuízos”. Ele lembra que ficou dois dias sem energia no último temporal e conhece campo-grandenses que passaram mais de 48h sem luz, inclusive uma senhora que o procurou por falta de eletricidade até esta sexta-feira (22).
O Jornal Midiamax registrou histórias de consumidores que ficaram cinco dias sem energia elétrica. Mesmo na região central da Capital, moradores passaram mais de três dias sem luz após o temporal.
“Ruim, falta de respeito com o consumidor, sou contra o monopólio da Energisa”, afirmou o vereador Coringa (PSD). A qualidade do serviço prestado é citada pelo vereador Tabosa (PDT), que diz ainda que “R$ 11 milhões é pouco pela falta de atendimento dado por esta empresa”.
Afirmando que entrará com ação judicial contra a Energisa, pela falta de assistência aos usuários, Tabosa destaca que a empresa “deveria prestar um serviço de qualidade, agilidade e respeito aos munícipes de Campo Grande”. O professor Juari (PSDB) destaca que a concessionária deve “dar manutenção na rede elétrica, porque senão, recorrentemente, nós vamos ter esse tipo de situação”.
Clodoilson Pires (Podemos) citou que outras concessionárias se planejaram para eventos específicos, como a seca nos reservatórios de água brasileiro. “A Energisa também tem que ter um departamento, onde ela vê as situações climáticas e já tenha um pessoal para atender. Alguma coisa tem que ser feita, a tarifa está muito alta”. Ele cita ainda que o serviço de retirada das árvores anteriormente era da empresa de energia.
Sobre a fiscalização da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o professor Riverton (DEM) afirmou que é uma ação “indispensável, para dar mais qualidade, transparência ao serviço e como agência reguladora, garantir direitos da população”.
Já o vereador Valdir Gomes (PSD), afirma que “multas não resolvem nada”. Apesar de entender que o vendaval “é coisa da natureza de Deus”, aponta que “as contas estão muito altas”. Assim, propõe que os valores das tarifas sejam congelados por mais tempo.
Para o colega de legenda, vereador Delei Pinheiro (PSD), a multa em forma compensatória é mais justa ao consumidor. No entanto, acredita que “caso a empresa esteja no prejuízo, tem que demonstrar através de planilha de custos e governo federal subsidiar”.
*Nota | Energisa*
A Energisa esclarece que o citado valor não tem relação com multa e, em nada tem a ver, com atuação da concessionária durante a tempestade. O montante está relacionado ao pagamento de compensações financeiras, diretamente ligado aos indicadores de transgressão dos limites de continuidade (interrupção de energia). Essa compensação é prevista em regulamentação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para todas as distribuidoras do país.
Em complemento, a distribuidora reforça ainda que 80% das ocorrências durante o temporal da última sexta-feira (15/10), foram provocadas por queda de árvores, o que comprometeu, e muito, o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia após o forte temporal.
Fonte: Midia Max
out 22, 2021 | Campo Grande
Projetos da capital, reconhecida recentemente como a mais segura do país, foram apresentados a gestores do país durante do RCD Cidades, o programa de entrevistas da Rede Cidade Digital, conduzido pelo diretor José Marinho
A cidade mais segura do país, com população acima de 500 mil habitantes, de acordo com ranking de cidades inteligentes divulgado recentemente, é Campo Grande, destaque em investimentos tecnológicos na gestão pública. A capital aparece com o melhor desempenho quando avaliado o número de homicídios, morte no trânsito, despesa com segurança, agentes por habitantes, monitoramento de riscos e centro de controle e operações.
A central de monitoramento e demais investimentos da Prefeitura para tornar Campo Grande uma cidade inteligente foram apresentados a gestores do país, nesta quinta-feira (21), durante o RCD Cidades, o programa de entrevistas da Rede Cidade Digital (RCD), conduzido pelo diretor José Marinho.
De acordo com o diretor presidente da Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação de Campo Grande (Agetec), Paulo Fernando Cardoso, o planejamento da cidade está pautado em quatro eixos: Campo Grande Mais Segura, Campo Grande Desenvolvida e Sustentável, Campo Grande Mais Humana e Cidadã e Campo Grande Inteligente. “A segurança é consequência disso. Quando Campo Grande começa a pagar suas contas, honrar compromissos com seus fornecedores, você começa a ter muito mais possibilidade de receber recursos. Quando chegamos tínhamos uma câmera funcionando. Hoje nós temos mais de 50 câmeras e com mais 130 para serem distribuídas pelas sete regiões da cidade”, conta o diretor.
“Investimento em tecnologia, boa gestão e ouvir a população. A população aqui participa, acredito que isso é muito importante. Tecnologia não pode afastar, tecnologia tem que trazer pra perto. Nós temos aplicativos onde a população aponta ou denuncia atos de vandalismo, necessidades de ronda policial. Então tudo isso é gerenciado dentro de uma plataforma e chega até os setores”, explica.
O diretor-presidente da Agetec também destaca a informatização de diversos serviços que vão desde o agendamento para castração no centro de zoonoses da cidade a matrícula online escolar. “Na Secretaria Especial de Planejamento Estratégico temos mais de 400 ações, de 55 metas para essa segunda gestão do prefeito Marquinhos Trad que são acompanhadas mês a mês para que elas realmente sejam cumpridas”, destaca Cardoso sobre a importância do planejamento municipal.
Monitora Saúde – Campo Grande também é destaque nacional como modelo de vacinação contra a covid-19, contribuindo para que o Estado do Mato Grosso do Sul liderasse o ranking nacional de vacinação. “Criamos o módulo de Vacinação no Monitora Saúde que foi preponderante para que a gente conseguisse. Tivéssemos a primeira carteira digital de vacinação do Brasil para que a pessoa tivesse o comprovante”, conta.
De acordo com ele, 64% da população de Campo Grande está imunizada com as duas doses e mais de 89 mil pessoas vacinadas com a terceira dose de reforço. “Conseguimos ter sucesso por organização, por usar tecnologia. Continua muito eficiente graças a essa organização e ao sistema Monitora Saúde que outros municípios também estão utilizando. Nós doamos para alguns municípios do interior e o ministro Queiroga quando veio a Campo Grande nós fizemos a doação do código-fonte para que o Danasus, o DATASUS fizessem a distribuição para todo o Brasil”, ressalta.
Outro projeto que promete impulsionar ainda mais o projeto de Cidade Inteligente de Campo Grande é a implantação da Central de Tecnologia, Inteligência, Planejamento e Monitoramento da Gestão Pública Municipal, reunindo em uma nova sede da Agetec o DataCenter Municipal, os Centros de Controle Integrados da Guarda e da Agetran e as equipes de planejamento estratégico da Prefeitura.
Para o diretor da RCD, José Marinho, Campo Grande também se diferencia por contribuir com outras Prefeituras do país através do compartilhamento de sistemas. “Campo Grande é uma das capitais que conheço mais abertas e interativas com outras cidades, sempre disponibilizando o que ela desenvolve por meio de códigos abertos, por meio do que eles têm implantado e pode servir para outros municípios, no mínimo para inspirar com informações importantes”, ressalta o diretor da RCD.
Confira a entrevista na íntegra:
https://youtu.be/NFlflg89kls