Apesar de o orçamento do município para 2020 ser de R$ 4,3 bi, prefeitura vive de Refis
As declarações feitas pelo prefeito Marquinhos Trad na Câmara Municipal no início deste ano, quando afirmou aos vereadores que o município não tem dinheiro sequer para 1 quilômetro de asfalto, é mais um argumento que reforça a necessidade de renovação política em Campo Grande.
A análise é do pré-candidato a prefeito Marcelo Miglioli, do Solidariedade, ao lembrar que falta competência e sobra dinheiro, já que o orçamento do município para este ano de 2020 é de R$ 4,3 bilhões, o que dá a média de R$ 12 milhões por dia.
A falta de transparência por parte da prefeitura faz com que ninguém saiba para onde está sendo canalizado todo esse dinheiro, pois o pouco que é feito na cidade é fruto de empréstimos que vão ser integralmente pago pela população. “Hoje, o município vive de refis até para pagar salários”, disse o pré-candidato.
Marcelo Miglioli defendeu a retomada do Orçamento Participativo, cuja implantação em outros municípios apresentou resultados positivos tanto para a prefeitura quanto para a população. “Vamos oportunizar que as lideranças comunitárias, classistas e segmentos organizados proponham as prioridades que o município deve observar na aplicação dos recursos”, pontuou.
De acordo com a proposta de Marcelo, o orçamento será ajustado para garantir no mínimo 5% de investimentos com recursos próprios, “o que vai dar algo em torno de R$ 200 milhões, o que está bom para começar”. A ideia, segundo ele, é aumentar o teto em 1,5% ao ano, até chegar a 9,10%.
“Tudo começa com vontade política. E essa, nós temos. Depois, vamos rever tudo o que é supérfluo no orçamento, cortando servidores fantasmas, festas, consultorias e terceirizações de pouca ou nenhuma utilidade, pois Campo Grande precisa devolver mais para o contribuinte que carrega a cidade nas costas”, finalizou.