Projetos da capital, reconhecida recentemente como a mais segura do país, foram apresentados a gestores do país durante do RCD Cidades, o programa de entrevistas da Rede Cidade Digital, conduzido pelo diretor José Marinho
A cidade mais segura do país, com população acima de 500 mil habitantes, de acordo com ranking de cidades inteligentes divulgado recentemente, é Campo Grande, destaque em investimentos tecnológicos na gestão pública. A capital aparece com o melhor desempenho quando avaliado o número de homicídios, morte no trânsito, despesa com segurança, agentes por habitantes, monitoramento de riscos e centro de controle e operações.
A central de monitoramento e demais investimentos da Prefeitura para tornar Campo Grande uma cidade inteligente foram apresentados a gestores do país, nesta quinta-feira (21), durante o RCD Cidades, o programa de entrevistas da Rede Cidade Digital (RCD), conduzido pelo diretor José Marinho.
De acordo com o diretor presidente da Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação de Campo Grande (Agetec), Paulo Fernando Cardoso, o planejamento da cidade está pautado em quatro eixos: Campo Grande Mais Segura, Campo Grande Desenvolvida e Sustentável, Campo Grande Mais Humana e Cidadã e Campo Grande Inteligente. “A segurança é consequência disso. Quando Campo Grande começa a pagar suas contas, honrar compromissos com seus fornecedores, você começa a ter muito mais possibilidade de receber recursos. Quando chegamos tínhamos uma câmera funcionando. Hoje nós temos mais de 50 câmeras e com mais 130 para serem distribuídas pelas sete regiões da cidade”, conta o diretor.
“Investimento em tecnologia, boa gestão e ouvir a população. A população aqui participa, acredito que isso é muito importante. Tecnologia não pode afastar, tecnologia tem que trazer pra perto. Nós temos aplicativos onde a população aponta ou denuncia atos de vandalismo, necessidades de ronda policial. Então tudo isso é gerenciado dentro de uma plataforma e chega até os setores”, explica.
O diretor-presidente da Agetec também destaca a informatização de diversos serviços que vão desde o agendamento para castração no centro de zoonoses da cidade a matrícula online escolar. “Na Secretaria Especial de Planejamento Estratégico temos mais de 400 ações, de 55 metas para essa segunda gestão do prefeito Marquinhos Trad que são acompanhadas mês a mês para que elas realmente sejam cumpridas”, destaca Cardoso sobre a importância do planejamento municipal.
Monitora Saúde – Campo Grande também é destaque nacional como modelo de vacinação contra a covid-19, contribuindo para que o Estado do Mato Grosso do Sul liderasse o ranking nacional de vacinação. “Criamos o módulo de Vacinação no Monitora Saúde que foi preponderante para que a gente conseguisse. Tivéssemos a primeira carteira digital de vacinação do Brasil para que a pessoa tivesse o comprovante”, conta.
De acordo com ele, 64% da população de Campo Grande está imunizada com as duas doses e mais de 89 mil pessoas vacinadas com a terceira dose de reforço. “Conseguimos ter sucesso por organização, por usar tecnologia. Continua muito eficiente graças a essa organização e ao sistema Monitora Saúde que outros municípios também estão utilizando. Nós doamos para alguns municípios do interior e o ministro Queiroga quando veio a Campo Grande nós fizemos a doação do código-fonte para que o Danasus, o DATASUS fizessem a distribuição para todo o Brasil”, ressalta.
Outro projeto que promete impulsionar ainda mais o projeto de Cidade Inteligente de Campo Grande é a implantação da Central de Tecnologia, Inteligência, Planejamento e Monitoramento da Gestão Pública Municipal, reunindo em uma nova sede da Agetec o DataCenter Municipal, os Centros de Controle Integrados da Guarda e da Agetran e as equipes de planejamento estratégico da Prefeitura.
Para o diretor da RCD, José Marinho, Campo Grande também se diferencia por contribuir com outras Prefeituras do país através do compartilhamento de sistemas. “Campo Grande é uma das capitais que conheço mais abertas e interativas com outras cidades, sempre disponibilizando o que ela desenvolve por meio de códigos abertos, por meio do que eles têm implantado e pode servir para outros municípios, no mínimo para inspirar com informações importantes”, ressalta o diretor da RCD.
Confira a entrevista na íntegra: