Com o valor recebido, voluntárias passaram a ajudar nas finanças de casa, além de aprenderem um novo ofício.
Com certeza 2020 é o ano de se reinventar, seja na readequação da rotina pessoal pelas mudanças impostas pela pandemia, como também na rotina financeira. Mas, para as 27 mulheres atendidas pela instituição beneficente ACIESP (Associação de Capacitação de Economia Solidária do Povo), localizada no bairro Aero Rancho, em Campo Grande, essas mudanças, além de promoverem inovação, vieram acompanhadas de um sentimento ainda mais nobre, o de gratidão.
Isso, porque são histórias de sofrimento causadas pela violência doméstica, e que foram lembradas por empresas que se solidarizaram em dobro – primeiro pelo cenário atual e segundo por escolherem a ONG (Organização Não Governamental). A Energisa contratou o trabalho da ACIESP para a produção de mais de 63 mil máscaras de proteção individual, e que foram doadas para a população indígena e da melhor idade, de Mato Grosso do Sul. Além disso, as voluntárias receberam o valor de R$ 1,2 mil cada uma, um estímulo para independência financeira.
“Ajudar o próximo já é muito importante, mas olhar para essas mulheres que vivenciaram tanto sofrimento é mais que necessário, pois elas precisam muito dessa renda extra para se manterem. E, essa parceria firmada com a Energisa para a produção das máscaras individuais é de extrema importância para ajudar nesse recomeço”, afirmou a presidente da ACIESP, Ceurecy Santiago Ramos.
Um grande exemplo disso é a voluntária que vamos preservar a identidade. Uma mulher de 38 anos que há 3 meses atua na ONG esperando um novo recomeço. Após 7 anos em um casamento no qual sofria violência doméstica, sempre que o ex-marido ingeria bebida alcoólica, ela resolveu sair da casa própria para dar um novo sentido à vida.
“Eu conheci a Ceurecy e sempre a via ajudar e orientar as mulheres sobre a questão da violência doméstica, mas eu mesma não tinha coragem de contar para ela o que vivia dentro da minha casa, por medo ou talvez por não conseguir resolver. Até que um dia criei coragem e ela me apresentou a ACIESP, onde eu encontrei todo o apoio que precisava para tomar uma atitude”, conta.
Esse recomeço para mulheres que sofreram violência doméstica é sempre uma luta, e com a pandemia acaba se tornando mais complicado, principalmente na questão da renda financeira. “Eu trabalhava, mas nem isso meu ex-marido permitiu que eu continuasse a fazer, então tive que sai do emprego, e cuidar apenas das atividades do lar. E agora estou recomeçando a minha vida em todos os sentidos, e essa oportunidade que a Energisa trouxe para ACIESP me ajudou muito, pois agora sei que sou capaz e ainda ganhei uma nova experiência profissional. Meu sentimento é de total gratidão”, desabafou.
Além da contratação da mão de obra, foram doados 10 computadores – com CPU, monitor, teclado, mouse e cabos. Os aparelhos vão atender cerca de 800 pessoas que mensalmente passam pelo local. “A Energisa veio salvar nossa instituição, pois havíamos deixado de oferecer os cursos de informática depois que fomos furtados. Além das mulheres, seus familiares também poderão retomar os cursos de informática, ou se preferir utilizar os aparelhos para fazer pesquisas escolares, elaborar currículos ou até mesmo imprimir”, comemora Ceurecy.
“Como a ONG é uma instituição que sobrevive de doações, e a Energisa passou a ter um olhar mais especial para esse público. Torcemos para que esses equipamentos possam contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional de todos”, explica Marcelo Vinhaes, presidente da Energisa.
Movimento Energia do Bem
Em Mato Grosso do Sul, o Movimento Energia do Bem doou R$ 300 mil, que foram distribuídos para a compra de itens de higiene e limpeza, de alimentos não perecíveis, fabricação de máscaras de proteção individual, além do transporte e calibração de 76 ventiladores pulmonares de instituições de saúde de Campo Grande interior do estado
Na Capital, moradores do São João Bosco e do Sirpha Lar do Idoso receberam reforço no estoque dos produtos de higiene e limpeza – considerados itens essenciais durante a pandemia, com a entrega de 1.960 produtos e mais 423 kg de alimentos não perecíveis. Foram doadas ainda 380 cestas básicas a famílias carentes de Campo Grande.
E foi toda essa sensibilização social, que levou a distribuidora a ocupar a 68ª posição no ranking da versão brasileira da revista de negócios americana Forbes, que listou as 100 empresas mais solidárias do Brasil, nesta pandemia.
Entre tantas outras iniciativas, também é importante destacar a doação de R$ 1,5 milhão para a campanha “Unidos contra a Covid-19”, iniciativa do Instituto Acende Brasil ajudará a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a produzir testes rápidos para diagnóstico da doença.
Mais informações:
Toda a sociedade pode ainda obter informações confiáveis sobre a doença Covid-19 e conteúdo que foi produzido para contribuir com a redução dos impactos do isolamento social. Para saber mais é só entrar no portal Energia do Bem pelo link: https://www.movimentoenergiadobem.com.br/.