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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 22 de Novembro de 2024

Ana Beatriz treina há cinco anos no projeto

O esporte tem um poder incomparável de transformar vidas, especialmente para aqueles que superam desafios físicos diariamente: os paratletas. A prática esportiva para pessoas com deficiência vai muito além da atividade física; ela promove inclusão, melhora a qualidade de vida, reforça a autoconfiança e abre portas para conquistas pessoais e profissionais. Paratletas são exemplos de resiliência e garra, que mostram ao mundo o impacto positivo da disciplina e do treinamento. Além de contribuírem para a visibilidade e a aceitação das pessoas com deficiência, eles trazem para casa medalhas que fazem o país brilhar em competições internacionais.

Como é o caso da Ana Beatriz Magalhães Dias, de 18 anos, que tem deficiência intelectual leve e compete na categoria Classe T20. Ela participou do campeonato mundial escolar no Bahrein e conquistou três medalhas: prata no arremesso de peso, bronze no lançamento de dardo e prata no lançamento de disco.

“Sinto-me muito realizada, ainda mais quando descobri uma arritmia cardíaca ao iniciar o esporte, e por isso várias vezes eu tive que me afastar e hoje me vendo aqui, é grande sonho realizado. O esporte ajudou a transformar a minha vida”, conta Ana Beatriz com entusiasmo.

Ela também conta que o Sprint Social foi de fundamental importância em sua trajetória. “Iniciei com competições regionais, estaduais e quando estava melhor treinada e com melhores condições para poder disputar de igual para igual com as demais atletas.  Sou muito grata a Sprint que me abriu as pistas para este mundo que vai mudar ainda mais a minha vida”.

Ana Beatriz está no Sprint Social há cinco anos e o seu treinador Daniel Sena, relembra sua trajetória. “Ela chegou bem jovem e esse ano foi um ano muito bom para a Ana, porque foi um ano que foi a primeira convocação dela para a seleção brasileira de jovens, então ela teve experiência de passar por duas convocações, ela foi chamada por duas vezes para representar o Brasil aqui mesmo em São Paulo, passar semanas de avaliações com a seleção e passando por essas avaliações, ela despertou o interesse muito grande e mostrou toda a desenvoltura, parte técnica, enfim, e outros desempenhos e ela se firmou na seleção brasileira de jovens”, conta o treinador.

“O desempenho dela no Bahrein está sendo fantástico, pois conquistou três medalhas uma medalha de prata e duas medalhas de bronze, ser vice-campeã mundial é um título a ser comemorado. Eu como treinador, é um sonho essas medalhas mundiais como também para a Sprint Social, isso vem alavancar, vem crescer ainda mais o nosso projeto e ser uma referência, sem a injeção de ânimo nos atletas”, destaca Sena.

Iniciativas que incentivam a formação e o desenvolvimento de paratletas são essenciais. Com suporte especializado, eles encontram no esporte um caminho para desenvolver habilidades, reforçar o vínculo social e até conquistar independência. Instituições esportivas e programas de incentivo têm desempenhado papel fundamental, oferecendo a estrutura necessária para que esses atletas alcancem seus sonhos. Um exemplo disso é o projeto Sprint Social – Paratletismo & Atletismo de Inclusão, que proporciona uma nova perspectiva de futuro, através do esporte, para mais de 150 atletas e paratletas. O projeto surgiu em 2005 com o propósito de treinar crianças e adolescentes. Na época, recebeu o primeiro nome “Seninha Atletismo”, por causa do fundador, Daniel Sena, professor de educação física há dezenove anos.