Atingidos pela cheia do Rio Aquidabán, no Paraguai, fazem parte de quatro comunidades indígenas
Pelo menos 700 famílias estão isoladas e sem assistência governamental por causa da cheia do Rio Aquidabán, na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. O rio transbordou por causa da chuva torrencial que atingiu a linha internacional entre quinta-feira (16) e a madrugada de sexta.
Na sexta-feira, helicópteros da FTC (Força-Tarefa Conjunta) foram mobilizados para resgatar pessoas ilhadas em áreas rurais nos arredores de Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS).
Apesar de o nível do rio ter baixado o final de semana, moradores de comunidades indígenas continuam sem qualquer assistência. A enchente destruiu lavouras de subsistência e as vacas foram arrastadas pela correnteza.
Segundo os moradores, há pelo menos quatro comunidades indígenas duramente afetadas pelo temporal e que seguem sem receber qualquer ajuda do governo. Essas famílias moram aldeias localizadas entre o distrito de Cerro Corá e Bella Vista Norte, no departamento de Amambay.
Pontes foram destruídas e estradas estão interditadas, tornando a situação ainda mais difícil, pois nesta semana começa o ano letivo no Paraguai e os moradores dessas comunidades não sabem ainda como as crianças chegarão às escolas.
Celso Valiente Benítez, líder da colônia Pikycuá, disse que está pedindo doações para ao menos construir uma balsa. O único acesso ao local está interditado após a ponte ser destruída pela chuva.
CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS