(67) 99634-2150 |
Bela Vista-MS Segunda-Feira, 25 de Novembro de 2024

No próximo sábado (17), a concha acústica Helena Meireles será palco, das 8h às 22h, de mais uma edição do Liga Breaking. A entrada é franca.

Vários estilos de dança, batalhas, música, grafitti e oficinas. É a Cultura Hip Hop que chega para movimentar o Parque das Nações Indígenas no próximo sábado (17). Tudo porque vem aí a edição anual da Liga Breaking. Evento que será realizado das 8h às 22h, com entrada franca, na Concha Acústica Helena Meirelles, em Campo Grande.

Será um dia todo dedicado para celebrar a Cultura Hip Hop em um grande evento transfronteiriço, com a presença de artistas da Bolívia, Paraguai, de Mato Grosso do Sul e de outros estados brasileiros (RJ, GO, SP e PA).

Fazendo jus ao nome do evento, o breaking será um dos destaques da programação.  Este estilo de dança que, desde o ano passado, passou para a categoria de esporte olímpico. A partir de 2024, nos Jogos de Paris, vamos ouvir e aprender muito sobre essa modalidade artística que reúne a dança e muitos movimentos de tronco, ombro e giros, em um grau de dificuldade que não deixa a desejar a nenhum ginasta.

“A Liga Breaking existe antes mesmo do breaking entrar para as Olímpiadas. A nossa meta é fortalecer este estilo e a Cultura Hip Hop de modo que os artistas do MS ganhem mais visibilidade. Precisamos de apoio para que nossos talentos tenham melhores condições de treino e assim competir nos grandes eventos”, explica o B.boy e produtor da Liga Breaking, Sula Maecawa, que vê nessa inclusão de modalidade olímpica novas responsabilidades aos b.boys e b.girls. “Tem muita gente querendo se apropriar do breaking sem conhecer a técnica e a cultura hip hop. Então, aos interessados em ingressar nessa arte é sempre importante procurar conhecer melhor para ter aulas adequadas pensando tanto na saúde como no conhecimento, porque como toda arte, viver de breaking exige disciplina”, argumenta.

E como todo bom evento da cultura hip hop, haverá espaços para outras vertentes do movimento. É que outras nove ligas estarão representando a sua arte, são elas: Rap, Popping, All Style, Beatbox, Rock Dance, Locking, MCs e Graffiti.

A programação está repleta de estilo para quem quiser prestigiar a Cultura Hip Hop e se inteirar do que de mais atual vem sendo produzido dentro da América do Sul. Isso porque grande parte dos artistas que estarão na Liga Breaking são verdadeiros competidores. Profissionais que rodam o Brasil e o mundo atrás de campeonatos e intercâmbios culturais.

“Aqui, teremos artistas como o B.boy Thiaguinho [SP], da Funk Fockers – considerada uma das melhores crews do Brasil, e a B.girl Fanny [GO], da We Can Do It, considerada uma das melhores crews femininas do mundo.  E todos os artistas presentes são pessoas que não param, viajam para dentro e fora do Brasil em busca de aperfeiçoamento profissional porque a cultura hip hop é mais do que uma linguagem artística, ela é um estilo de vida. São pessoas que treinam diariamente, desenvolvem projetos e, nos bastidores, estão sempre tocando informações para fortalecer essa comunidade”, explica Sula.

A estrutura da Liga Breaking desta edição contará com dois palcos. No período da manhã, haverá a Liga Rap, das 9h às 12h, no palco principal. Enquanto que os workshops darão o ritmo de trabalho dentro do palco II.

Das 9h às 10h, haverá aulas de hip hop dance com Luana Luara (RJ); A partir das 10h, será a vez do Breaking, com B.girl Fanny (SP). Em seguida, às 11h, haverá aula de Popping, com Trakinas (SP). E, às 12h o Rock Dance toma conta com a oficina ministrada por Pulga RTB (SP)

À tarde, no palco principal, das 13h às 20h, serão realizadas as competições. Ao todo, serão sete tipos de batalhas: Liga Beatbox (às 13h); Liga Batalha de MC’s (às 14h); Liga Breaking 2×2 (às 15h); Liga Popping (às 16h); Liga Breaking Final 1×1 (às 17h); Liga All Style (às 18h) e Liga Locking (às 20h).

Às 20h30, é aguardada a apresentação da DJ Luana Luara, do Rio de Janeiro. Também haverá participação do MC Yupi e dos DJ’s sul-mato-grossenses, Otávio Felipe e Jrdeejay. Além da Dupla Permanência (RAP) e o grupo Falange da Rima.

Aos interessados nos workshops e, também, em outras informações ligadas aos artistas e premiações das batalhas, basta acessar o Instagram (@ligabreaking).

Liga Breaking

Fundada no Mato Grosso do Sul, no dia 26 de setembro de 2009, a Liga Breaking vai além dos próprios eventos que realiza. Trata-se de uma verdadeira escola da Cultura Hip Hop no Estado. Os integrantes trabalham para fortalecer a rede de artistas e formar novos artistas, não apenas para a dança, breaking, mas, com foco em outras danças da Cultura Hip Hop: Popping, Locking, Rock Dance, etc. Tudo para que haja uma base do movimento consistente no Centro-Oeste.

Breaking

Com uma história que remete ao início da década dos anos de 1970, o Breaking tem passos inspirados nos cantores/dançarinos da época, como James Brown, sendo uma das primeiras danças integrantes do street dance.  O breaking se popularizou nas festas realizadas pelo DJ Kool Herc, no Bronx, bairro conhecido de Nova York, a partir de 1973.

Na primeira festa, em 11 de agosto daquele ano, foi possível encontrar os quatro elementos do Hip Hop, que engloba: DJ (disc jockey); MC (mestre de cerimônias/cantor de rap); B.boy e/ou b.girl (dançarino/atleta); grafite (arte urbana com spray e tinta nos muros, etc).

Na parte da competição, o confronto é por meio da dança, podendo ser feito de maneira individual, em duplas, em trios ou em grupo (crew). Embora, cada evento defina seus critérios, existem alguns padrões na avaliação. As batalhas têm as modalidades um contra um, dois contra dois e assim por diante. Em cada disputa são avaliadas questões como: musicalidade, criatividade; dificuldade dos movimentos em cima da batida; limpeza das ações e o mínimo de erros possíveis.

Serviço

Liga Breaking

Dia: 17 de dezembro (sábado)

Horário: das 8h às 22h

Local: Concha Acústica Helena Meirelles – Parque das Nações Indígenas – Campo Grande MS

Entrada Franca