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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

politica1-450x314Se fosse em outros anos, o debate teria esquentado na Assembleia Legislativa. Todavia, diferentemente do esperado, em 2015 as várias operações acabaram por abafar os debates, que praticamente não aconteceram. Os principais partidos do Estado (PT, PSDB e PMDB) preferiram fazer silêncio, que foi acompanhado pelas demais siglas.

O PT, responsável pelos maiores embates, ficou pressionado pela má fase da presidente Dilma Rousseff (PT) e viu a situação piorar quando o senador Delcídio do Amaral (PT) foi preso. A detenção foi o golpe que faltava para segurar os deputados, que pouco puderam falar.

O PMDB também não gozou de vida tranquila neste ano. O governo do maior líder do partido em Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), está na mira da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União, com suspeita de desvio milionário.

Nove protagonistas do governo de Puccinelli chegaram a ser presos só na ação do Ministério Público Estadual. A Polícia Federal recolheu mais de 30 contratos, mas ainda não tomou nenhuma medida mais severa. Eles ainda aguardam análise dos contratos para fechar os trabalhos.

É esta expectativa em torno do resultado da operação Lama Asfáltica que segura o PMDB na base de Reinaldo Azambuja (PSDB) e, consequentemente, a língua do PSDB na Assembleia. O PSDB não tem muitos deputados com perfil combativo, mas nem poderia, visto que é dependente do PMDB, que tem seis deputados na base de Azambuja.

Se partir para o ataque, o PSDB pode deixar a base de Azambuja ameaçada, caso o PMDB resolva se juntar ao PT na oposição. Porém, estes dias de paz podem estar com os dias contados. Há quem diga que o PMDB aguarda o resultado da operação para decidir se fica na base ou parte para a oposição. Peemedebistas não engoliram o fato de Azambuja ter entregado auditoria sobre governo de Puccinelli para a polícia.

Azambuja também não encontra vida fácil por conta de medidas impopulares que foi obrigado a tomar. Indagado sobre esta possível tranquilidade dos tucanos, frente a escândalos envolvendo PT e PMDB, o líder do PMDB na  Assembleia, Eduardo Rocha, ressaltou que o governador não goza de uma paz tão grande. “E o aumento dos impostos? Está todo mundo no mesmo barco”, opinou.

Deputados minimizaram a falta de debates mais acalorados. O primeiro-secretário da Assembleia, Zé Teixeira (DEM), disse que a população já está cansada de tudo e não suportaria este debate, que parece mais um jogo para a plateia. Já o petista Amarildo Cruz prevê debates mais intensos no próximo ano, quando pretende falar sobre a Coffee Break, Lama Asfáltica e até a Lava Jato, que envolve o partido dele.

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