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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
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Foto: Arquivo/Top Mídia News

Próximo na linha de sucessão, Pedro Chaves lamenta prisão de senador e espera desenrolar da investigação

Primeiro senador brasileiro preso no exercício do mandato após a Constituição Federal de 1988, Delcídio do Amaral (PT) pode ainda perder a vaga no Congresso Nacional. Depois da decisão histórica, em que o Senado manteve a prisão preventiva decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), ele poderá ser investigado também por quebra de decoro parlamentar e ficar inelegível por oito anos.

O suplente do petista, professor Pedro Chaves (PSC), conta que ficou perplexo diante dos acontecimentos de ontem (25). “Espero que ele possa superar essa fase. Ficamos angustiados, perplexos. A imagem que ele sempre passou para nós é altamente positiva. Estamos aguardando agora a decisão da Justiça e do Congresso. Torcendo para que fique tudo bem com o senador de Mato Grosso do Sul”, comenta.

Por causa da gravidade das denúncias realizadas pelo MPF (Ministério Público Federal), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, composto por 15 senadores e 15 suplentes, pode criar uma comissão de inquérito, em que Delcídio terá a oportunidade de se defender também perante aos pares. Uma vez instaurada, a investigação não poderá ser interrompida, mesmo se o petista decidir renunciar.

Para Pedro Chaves, a vantagem do inquérito é que ele terá direito à ampla defesa. Ainda assim, ele destaca que a prisão preventiva do senador já prejudicou o Estado. “A ausência dele é sentida por todos os segmentos, principalmente os municípios que ele tem angariado muitos recursos, possui uma excelente parceria com Campo Grande e com o governador [Reinaldo Azambuja, PSDB]”, completa.

Delcídio foi preso na manhã de ontem durante nova fase da Operação Lava Jato.  Ele estaria tentando obstruir as investigações através de tratativas com a família de Cerveró para ele não aceitar a delação premiada ou omitir irregularidades cometidas por ele e por André Esteves, controlador do Banco BTG Pactual.

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O petista chegou a planejar uma rota de fuga para o ex-diretor da Petrobras, que tem nacionalidade espanhola, saindo do país pela fronteira seca com o Paraguai e seguindo viagem em um avião modelo Falcon 50. Em troca, a família do foragido receberia uma ‘mesada’ de R$ 50 mil ao mês.

Durante uma das gravações usadas pelo MPF para comprovar as irregularidades, o senador declarou abertamente que tentaria usar sua influência política para corromper ministros do STF, complicando a situação da defesa. Ainda assim, a assessoria do petista não descarta a possibilidade de entrar com umpedido de habeas corpus no próprio Tribunal.

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