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Bela Vista-MS Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

Autor do projeto de lei que tornou a guavira o fruto símbolo de MS, deputado Renato Câmara vê o seminário como um marco para o desenvolvimento da cadeia produtiva da fruta. (Foto: Toninho Souza)

Fruto símbolo do Estado, a guavira realmente tem chamado a atenção dos sul-mato-grossenses. Para se ter uma ideia, o 1º Seminário Estadual da Guavira, que acontece amanhã e sexta-feira no anfiteatro do Complexo Multiuso Dercir Ribeiro da UFMS em Campo Grande, já conta com aproximadamente 300 inscritos de 25 municípios do Estado. O tema também atraiu participantes de outros três Estados: Ceará, Distrito Federal e Paraná.

São representantes do governo federal e estadual, servidores municipais, vereadores, acadêmicos, pesquisadores, nutricionistas, empresários, biólogos, engenheiros agrônomos, farmacêuticos, técnicos e historiadores interessados em debater o desenvolvimento da cadeia produtiva da guavira.

O seminário, que é uma realização da Assembleia Legislativa, em parceria com a Fiocruz Mato Grosso do Sul, Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), seminário tem o objetivo de ampliar os debates sobre o desenvolvimento da cadeia produtiva da guavira em MS.

Autor do projeto de lei que transformou a guavira em fruto símbolo do Estado, o deputado estadual Renato Câmara (MDB) destacou que o seminário será um importante passo para o incremento da fruta nas áreas de ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo no Estado, estimulando a realização de estudos técnico-científicos de produção e preservação genética da guavira, o cultivo sustentável e a geração de novos produtos a partir deste fruto típico do cerrado.

“Nos últimos anos, os guavirais diminuíram devido a expansão da pecuária, das lavouras e do crescimento populacional. A melhor forma de conservar o fruto é viabilizar o seu cultivo do ponto de vista econômico, para consumo próprio e para comercialização. A guavira tem um grande potencial para gerar renda a ajudar a desenvolver o turismo. O passo agora é desenvolver a sua cadeia produtiva”, disse Câmara.

O deputado cita o exemplo do município de Bonito, onde a fruta já é utilizada preparação de pratos tradicionais, sorvetes, picolés, drinques e os mais antigos até utilizam a guavira para fins medicinais. No município, a guavira já conquistou o privilégio de ter um festival em sua homenagem. Geralmente realizado em novembro, época de colheita da fruta, o Festival da Guavira de Bonito é uma mistura de cultura e gastronomia.

Para a pesquisadora do Cepar (Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer), Ana Cristina Ajalla, o seminário será um marco dentro dos estudos da guavira por reunir em um mesmo local, pesquisadores e profissionais que comercializam de alguma forma o fruto. “A guavira faz parte da nossa cultura, da cultura indígena do nosso Estado e dos hábitos dos nossos avós que saiam de suas casas para colher o fruto. O evento também se faz importante porque as pesquisas em torno do fruto ainda são muito recentes. Nós, na Agraer, estamos há 10 anos com uma pesquisa em torno da guavira e, agora, será a oportunidade de reunir várias instituições que, também, estão desenvolvendo pesquisas com o intuito de unificar as nossas ações”, afirma.

A Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Universidade Anhanguera-Uniderp, Sistema das Cooperativas de Crédito Rural com Interação Solidária (Cresol), Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS), Sebrae também são apoiadores do evento. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone 3389-6217.