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Bela Vista-MS Sábado, 20 de Abril de 2024

Azambuja cortou mais gastos e número de comissionados – Foto: Álvaro Rezende / Arquivo / Correio do Estado

Mato Grosso do Sul não está incluído no grupo de seis estados que decretaram calamidade financeira por não conseguir pagar contas. Eles gastaram mais do que receberam em tributos e repasses federais. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi forçado a tomar duras medidas a partir de 2015, quando iniciou o seu primeiro mandato, para reequilibrar as finanças, manter o pagamento dos salários do funcionalismo público em dia e os investimentos nas áreas prioritárias.

A quebradeira dos estados não atingiu Mato Grosso do Sul em razão, também, do desempenho da gestão pública aliado ao resultado positivo do agronegócio, que tem refletido na vida da população, com indústria e comércio dando sinais de recuperação e aumentos nas vendas e no número de empregos.

Os levantamentos mais recentes comprovam o momento favorável para a economia. As vendas do comércio varejista ampliado (que incluem as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção) cresceram 10,6% em volume no mês de novembro de 2018, em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o quarto melhor resultado do País.

As vendas também aumentaram lá fora. As exportações de Mato Grosso do Sul saltaram 18,9% em 2018, em relação a 2017, totalizando US$ 5,692 bilhões – o maior valor alcançado pelo Estado na série histórica, conforme os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Na geração de empregos, os números também são positivos. De janeiro a novembro de 2018, Mato Grosso do Sul criou 8.916 vagas no mercado de trabalho, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Somente no mês de novembro, foi registrado um saldo de geração de 720 vagas – o melhor resultado para o período nos últimos oito anos.

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Políticas públicas que tiveram início há quatro anos influenciaram no desempenho do Estado. Mesmo enfrentando críticas, o governador Reinaldo Azambuja decidiu fazer um corte profundo nos gastos para manter os investimentos. Em 2014, o governo do Estado chegou a ter 15 secretarias. Hoje, são apenas nove. É a menor estrutura administrativa do País. O governador também enfrentou outras pautas impopulares como a reforma da previdência estadual e o ajuste dos impostos estaduais sobre supérfluos.

SAÚDE
As medidas permitiram ao governo do Estado tocar o projeto de regionalização da saúde. Estão em construção os hospitais regionais de Três Lagoas e Dourados. Vinte e um anos depois de iniciada, a obra do Hospital do Trauma, anexo à Santa Casa de Campo Grande, foi entregue. Outras unidades receberam investimentos e equipamentos. Coxim e Naviraí ganharam núcleo de hemodiálise. E o governo repassou recursos para a ampliação e reforma de hospitais como a Santa Casa de Corumbá. Isso tudo, sem falar na Caravana da Saúde, que realizou mais de 500 mil atendimentos, 60 mil cirurgias, 150 mil consultas médicas e 10 mil exames de alta complexidade. O número é expressivo, já que antes da implantação do projeto eram realizadas apenas 1.500 cirurgias/ano.

SEGURANÇA
Na área da segurança pública, o governo investiu mais de R$ 120 milhões por meio do programa MS Mais Seguro, com a aquisição de 740 viaturas, coletes individuais, armas, munições e implantação de mais de 90 câmeras de segurança, além de mais de 7 mil promoções, nomeações acima de 1.700 agentes de segurança e cursos de aperfeiçoamento para mais de 5 mil homens e mulheres. É o maior investimento da história do Estado na segurança pública.

Esses investimentos conseguiram impedir a chegada da onda de violência que contaminou alguns estados. Mato Grosso do Sul registrou queda de 10% nos crimes em 2018, na relação com o ano anterior, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

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