Lucas Lima tem contrato até o fim de 2017 com o Santos (Foto: Ivan Storti)
São Paulo (SP) – Além da importância da contundente vitória do Santos sobre o São Paulo no clássico de domingo, no Pacaembu, a partida serviu para colocar Lucas Lima em destaque novamente. E a rotina se mantém. Sempre que faz um bom jogo, o meia do Peixe é bombardeado por questões sobre sua possível saída na janela de transferência. Nesta segunda, o camisa 20 reiterou o desejo em sair, mas desta vez não descartou nada: seja China, Rússia ou até mesmo um rival santista da Capital.
“A gente nunca pode dizer ‘não’. Vai que daqui a pouco eu estou lá na China. Brincadeira”, disse, entre risos e um tom de suspense. “Envolve muita coisa. Envolve a parte financeira, família… Ninguém sai do Brasil para ir para a China ou Rússia por causa do futebol. Não vamos ser hipócritas, eu tenho um sonho de jogar num clube top da Europa. Espero conseguir”, comentou Lucas, antes de explicar sua conversa com o brasileiro Hulk sobre o Zenit, que aparece agora como um dos interessados no jogador da Seleção Brasileira.
“A minha conversa com ele foi informal. Estava jantando e ele falou do clube. Ele perguntou do Santos e eu perguntei de lá. Foi informal, nem sabia do interesse do Zenit na época. É bom deixar bem claro isso. Foi uma conversa normal, como falei com Felipe Luis, Marquinhos sobre outros clubes também”, contou.
O tom das respostas é novo, já que Lucas Lima vinha adotado uma postura de recusar qualquer possibilidade de jogar em mercados alternativos até então. Em outras oportunidades, o meia, que recebe cerca de R$ 220 mil por mês e tem contrato até o fim de 2017 com o alvinegro e uma multa rescisória de 50 milhões de euros (por volta de R$ 220 milhões), recusou uma proposta de 10 milhões de euros do Porto, de Portugal, duas de valores menores de Torino, da Itália, e Cruzeiro, além do chinês Shandong Luneng, que estava disposto a pagar aproximadamente R$ 5 milhões por mês ao atleta.
“Tenho desejo de sair, sim. Sempre deixei claro. Mas isso vai acontecer até o fim do meu contrato. Seria melhor para mim, saio livre, com 100% do meu passe. É uma possibilidade, sim. Se for ver bem, vou ganhar muito mais. Poucas pessoas veem isso. Vamos sentar, conversar, ver o que é melhor”, disse Lucas, dando a entender que, se não for trocar de clube nesta janela, dificilmente sairá no fim da temporada, às vésperas do fim do seu contrato.
“Tem que ver o clube europeu que vai querer, né? Se a gente for parar para pensar, poucos clubes investem na janela do meio do ano. São muitos fatores. Tem a Doyen também, querendo ou não, ela vai querer o investimento de volta. Sem dúvida eles colocaram cláusulas para segurança deles. São muitas coisas, nem eu sei de todas. Vamos ver”.
O alvinegro é dono de apenas 10% dos direitos econômicos do atleta de 25 anos e pagou aproximadamente R$ 900 mil por isso, o que garante lucro com praticamente qualquer venda. O grupo de investimentos Doyen Sports tem 80% e o empresário Edson Khodor os 10% restantes. De novo de forma descontraída, o jogador disse que caso acabe saindo ao fim de seu vínculo, sem que o time da Vila Belmiro receba qualquer receita por isso, ela terá deixado seu retorno técnico como compensação. “Vai ter um grande jogador no elenco até lá. Tenho que me valorizar. É difícil. Tem que ver o que é melhor para o clube, ver como está a situação do clube. Isso vai pesar de uma forma geral”, encerrou, rindo e tentando acabar logo com o assunto.