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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Leia Coluna politica Amplavisão de Manoel Afonso …

AMPLAVISÃO 1155 – Proteger índios – bom negócio.

OS CONFLITOS  de terras no MS.  na mídia. O advogado indígena Wilson Matos da Silva, residente na Aldeia Jaguapirú  , é autor do artigo “Especialistas em índios…Sou contra!” O texto foi publicado no “Jornal Preliminar.com.br” .

PRESIDENTE da Comissão Especial de Assuntos Indígenas da OAB/MS, o advogado lembra que mais de 500 indígenas cursam faculdades, dos quais 180 Direito. Denuncia a existência de apadrinhados políticos, que agem como ‘donos dos índios’.

“OS DONOS DOS ÍNDIOS” seriam os agentes do Estado, sem qualificação ou sem simpatia com a causa indígena, com medo – é claro – de perder seus empregos (teta), sob o duvidoso rótulo de “especialistas em índios”, donos do bem e do mal.

“PROTETORES”  Wilson denuncia uma máfia deles agindo inclusive através das famosas ONGs, recebendo dinheiro que não chegam às aldeias, além de reivindicar grandes extensões de áreas que só ajudam a denegrir a imagem dos índios.

“URUBÚS”   O autor lembra que eles vivem da desgraça do seu povo, recebendo boa remuneração – além de diárias em hotéis de luxo, honorários de consultoria, locação de veículos, pagamento de RPAs, auxílio finandeiro e outras vantagens.

EMBORA  o artigo 3º da Declaração da ONU diga que “Os povos indígenas têm direito à livre determinação”, os índios com formação ou em formação, são excluídos do processo demarcatório.  Simplesmente ignorados pelos ‘donos dos índios’.

A MANIPULAÇÃO  política é evidente, principalmente nos períodos eleitorais.  Mesmo após a Constituição de 88 o problema continua longe de ser solucionado. Falta boa vontade do Governo, com índios morrendo e vivendo em degradação.

APELO  Morando ainda na Aldeia Jaguapiru, com os pais e demais familiares, esse cidadão  denuncia essa manipulação através  destes ‘falsos protetores’ , que mais atrapalham do que ajudam. Wilson pede o expurgo deles o quanto antes.

A PROPÓSITO   Entre a penúltima e a última visita do ministro da Justiça da Justiça ao nosso Estado, a questão da demarcatória não evoluiu. Pelo contrário: criou revolta dos fazendeiros ‘despejados’ e a desesperança de solução pelos indígenas.

O MINISTRO  Cardozo decepcionou. Não só pelo desconhecimento das dimensões do problema, bem como pela forma como se portou. Lamentável aquela  sua fala   contra uma produtora rural. Ora! O cargo de ministro exige postura comedida.

OS DEPUTADOS estaduais acompanharam  o episódio e os  seus pronunciamentos na  mostraram imensa preocupação. Até a atuação do Conselho Indigenista Missionário  foi questionada pela deputada Mara Caseiro, que pode motivar inclusive uma CPI.

RESOLVE?   Colocar militares – temporariamente – para policiar as regiões em conflito é medida paliativa. O show de imagens mostradas não é um indicativo seguro de que o Governo está no caminho certo para solução a curto prazo.

EM TEMPO  Se todos são iguais, não se pode também discriminar o homem branco que ocupa a terra por força de documento que se pressupõe idôneo. Convenhamos: há uma orquestração incrível – de longa data – para demonizar o produtor rural.

ENFIM… o quadro é preocupante para todas  partes envolvidas, com reflexos sociais e econômicos  no Estado. Um Estado com a economia alicerçada na produção agrícola não pode conviver com essa situação inquietante. Todos nós perdemos.

MUDANÇAS  A ‘janela partidária’, aprovada no Senado, deve refletir no cenário da capital.  O jogo de interesses  dos grandes partidos é enorme; na  Câmara a sua aprovação ainda é duvidosa.  Aqui, Marcos Trad é o grande interessado.

OS POLÍTICOS nunca ganharam tanto espaço na mídia como ultimamente. Se no cenário nacional eles estão presentes devido a ‘Lava Jato’, aqui a volta de Bernal e a Operação ‘Coffee Break’ tem sido o alvo das atenções da opinião pública.

AS APOSTAS  nos desdobramentos destes casos na sucessão na capital  e inclusive no pleito de 2018 são grandes. Há gente prevendo uma profunda renovação no quadro político, com a automática aposentadoria de lideranças antigas. É esperar.

A EXPOSIÇÃO   de políticos na mídia em situações desconfortáveis faz estragos . Lembro o ex-ministro da Saúde Alceni Guerra acusado de compra irregular de bicicletas para agentes da saúde. Inocentado, não conseguiu se recuperar. Tarde demais.

O DEPUTADO  Vander Loubet é um exemplo recente de político em desgaste pelas denúncias da Lava Jato. São duas vertentes: do direito – onde a defesa será feita na época oportuna; e de fato – com a influência imediata devido ao noticiário.

IGUAIS?  Se levarmos em conta que a conduta irregular, aética não está restrita a esse ou aquele partido, seremos obrigados a concordar com a tese de que no fundo, todos os políticos seriam iguais. As exceções infelizmente não entram como referência.

AS PESQUISAS   futuras em nível nacional devem mostrar que cresceu o contingente de eleitores incrédulos ou pelo menos indecisos. Apesar das dificuldades  advindas pela votação eletrônica, a tendência é a opção pela anulação do voto.

O BRASIL  sem retoques: inflação crescente, desemprego visível, a classe política desacreditada e um governo dúbio e desgastado. E o mais grave: estamos ainda no início de mandato. Para piorar, a oposição não se entende, não se junta.

“Hoje, em pleno século XXI, querem nos impor a pecha de bugres…”(Wilson M. da Silva – advogado indígena)