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Bela Vista-MS Sexta-Feira, 29 de Março de 2024

Indicada para compor CPI do Genocídio, Antonieta ressalta esforços para  promover a paz no campo

A Deputada Estadual Antonieta Amorim (PMDB), após ser indicada pelo líder do Partido na Assembleia, deputado Eduardo Rocha, para representar a sigla na CPI do Genocídio, ressaltou a busca por alternativas pacíficas para o fim dos conflitos que envolvem indígenas e produtores rurais em Mato Grosso do Sul.

Antonieta também participa da CPI do CIMI, que investiga a participação do Conselho Indigenista Missionário no apoio às invasões de terras, e destacou que o foco dos trabalhos parlamentares não deve ser apenas apontar culpados, mas buscar a solução dos conflitos.

A CPI do Genocídio foi criada para investigar a morte de índios, produtores e trabalhadores em decorrência dos conflitos por terras nos últimos 15 anos em Mato Grosso do Sul. Ao lado de Antonieta foram indicados os deputados João Grandão (PT), Professor Rinaldo (PSDB), Mara Caseiro (PT do B) e Paulo Corrêa (PR).

Antonieta propôs uma reunião com a Presidente Dilma para reforçar a necessidade de medidas urgentes no Estado, indicando que a falta de iniciativa do Governo Federal trará graves consequências, com mais conflitos e danos à economia.

Durante a reunião da CPI do CIMI na terça-feira, dia 20, Antonieta já havia enfatizado que o objetivo dos trabalhos não deve ser exclusivamente atribuir culpa às instituições. “Devemos trabalhar pelo restabelecimento da ordem, principalmente na fronteira, que se tornou uma terra de ninguém, onde predomina a insegurança e o medo”, afirmou.

Em junho, a deputada Antonieta foi a primeira a alertar sobre o recomeço dos conflitos no Mato Grosso do Sul, logo após a invasão de três propriedades na região do Conesul. Já no dia 14 de julho, a parlamentar participou de uma reunião em Brasília com o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Segundo Antonieta, a reunião não surtiu efeito e não houve qualquer iniciativa por parte do Ministro. “Considero ele o Ministro da Injustiça, porque a justiça não foi feita”, declarou.

Na ocasião da reunião da CPI do CIMI, Antonieta teria dito que poderia pedir urgência do Governo Federal em resolver os impasses restituindo financeiramente os prejuízos dos produtores que já há anos não tem condições de produzir em suas propriedades. “Por outro lado, que a Funai também cumpra seu papel de ajudar o índio a produzir sem perder sua identidade e cultura”. “Esta é uma oportunidade para que Mato Grosso do Sul sirva de exemplo para outros estados que também vivem sob tensão entre produtores e indígenas”,  finalizou.

Fernando Hassessian