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Bela Vista-MS Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

As mudanças no Fator Previdenciário, aprovadas pelo Congresso Nacional, estabelecendo o fator 85/95, que soma idade e tempo de contribuição, não eram o que o movimento sindical brasileiro esperava, mas não ficaram ruins, “ficaram melhor do que como está . Por isso não pode ser vetado pela presidenta Dilma Rousseff”, afirma José Lucas da Silva, presidente da Feintramag (Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso).

Raimundo Firmino dos Santos, presidente nacional  da Federação Nacional dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias também é um duro crítico à atual forma de aplicar o fator previdenciário. Ele enalteceu o avanço com o fator 85/95, que é muito melhor do que como o trabalhador vem sendo aposentado hoje, com perdas significativas em seus vencimentos.

Atualmente o fator previdenciário proporciona uma perda superior a 40% do valor das aposentadorias, informa José Lucas. Ele próprio foi “vítima” desse fator que diminuiu em mais de 30% sua aposentadoria. “Portanto, a presidenta Dilma não pode, de forma alguma, vetar a proposta 85/95, que é menos ruim para o trabalhador brasileiro”, afirma o sindicalista que preside também, em MS, a central CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros).

A regra 85/95 permite que a mulher se aposente quando a soma de sua idade aos 30 anos de contribuição for de 85. No caso do homem, a soma da idade a 35 anos de contribuição deve somar 95. Com essa regra, a aposentadoria seria integral em relação ao salário de contribuição. Para os professores, haveria diminuição de 10 anos nesses totais.

TERCEIRIZAÇÃO – José Lucas também tece duras críticas à terceirização. Segundo ele, o povo brasileiro não se deu conta do tamanho das consequências para os trabalhadores se o Projeto de Lei 4.330/2004, que trata da terceirização, for aprovado e entrar em vigor. Um dos problemas que vai provocar será a quarteirização de trabalhadores, situação prevista na própria lei, adverte.

O sindicalista afirma que se o PL 4.330 passar, o trabalhador brasileiro volta para o regime de escravidão. Seus trabalhos serão leiloados entre as empresas terceirizadas e as quarteirizadas que pagarão cada vez menos pelos seus desempenhos, criticou.