TEMPO COMUM
Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda estava escuro. […] Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus […]. Eles lhe perguntaram: “Mulher, por que choras?”. Ela respondeu: “Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram”. Ditas essas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. Perguntou-lhe Jesus: “Mulher, por que choras? Quem procuras?”. Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: “Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”. Disse-lhe Jesus: “Maria!”. Voltando-se ela, exclamou em hebraico: “Rabôni!” (que quer dizer Mestre). […]
Comentário
O pranto e a tristeza de Madalena são fruto do seu amor, mas também de sua incapacidade de abrir-se ao diferente. Quando esperamos de Deus uma resposta ou temos uma expectativa sobre as pessoas e acontecimentos humanos e não se mostram como pensávamos, pode acontecer que percebamos no coração essa sensação de que tudo está perdido. Jesus conhece este coração e o consola devolvendo-lhe um novo olhar, uma visão diferente, uma compreensão que vai além do evidente e a certeza de que ele supera a morte.