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Bela Vista-MS Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024

Soja e pecuária contribuíram para crescimento do VBP nacional – Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

A crescente valorização no preço da soja causou aumento de 21,9% na projeção de rendimento nas lavouras da oleaginosa em Mato Grosso do Sul neste ano, de acordo com dados da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De R$ 9,593 bilhões, em 2017, o montante foi elevado para R$ 11,694 bilhões. Com o resultado, a soja também contribuiu para elevar a estimativa total do Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) do Estado em 2,23%, passando de R$ 30,903 bilhões para R$ 31,593 bilhões.

O VBP é resultado da multiplicação da produção pelo preço médio de mercado e, no caso da soja, a explicação para a alta está relacionada à evolução do preço médio da saca, influenciada pela valorização do dólar.

Já o milho apresentou retração de 12,7%, com VBP estimado em R$ 3,213 bilhões, ante R$ 3,682 bilhões em 2017. A queda pode ser explicada pela redução do volume de produção de grãos da segunda safra de 2018/2018. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), a produção do milho no Estado deverá sofrer queda de 20,15%, com 7,835 milhões de toneladas de grãos, contra os 9,8 milhões de toneladas da safra 2016/2017.

PECUÁRIA

Ao contrário do Valor Bruto de Produção das lavouras de MS, que têm estimativa de crescimento de 5,19% (passando de R$ 20,079 bi para R$ 21,114 bi), a pecuária sul-mato-grossense deve ter rendimento menor neste ano.

Conforme o relatório do Mapa, a retração prevista para o segmento é de 3,23%, saindo de R$ 10,829 bi, em 2017, para R$ 10,478 bi neste ano. A produção de bovinos caiu 1,79% (de R$ 8,149 bi para R$ 8,002 bi) e a de frango diminuiu 6,15% (R$ 1,773 bi para R$ 1,664 bi).

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A queda pode estar relacionada aos embargos da União Europeia a frigoríficos de aves brasileiros, além do aumento dos custos de produção da pecuária devido a alta do preço do milho e da concorrência cada vez mais acirrada com outros países exportadores de carne.