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Bela Vista-MS Domingo, 25 de Maio de 2025
O que não ousamos nominar: Por Aline Thaís Nascimento

O que não ousamos nominar: Por Aline Thaís Nascimento

“Quando uma mãe perde um filho, todas as mães do mundo perdem um pouco também.” Começo esta reflexão com a fala da personagem Dona Hermínia, no filme Minha Mãe é Uma Peça, ao vivenciar o luto pela morte do sobrinho e imaginar a dor de sua irmã. Na dinâmica da vida, todos os dias há pessoas passando por momentos de felicidade e de tristeza. Isso nos toca com maior ou menor intensidade pela proximidade desses eventos em nossas vidas.

Refletir sobre as situações delicadas pelas quais passamos, ou as pessoas passam, sempre nos provoca e imprime em nós emoções diversas. Diariamente, somos convidados para sermos atores protagonistas, coadjuvantes, figurantes ou apenas telespectadores do episódio que chamamos de hoje. Na maioria dos episódios, a cena luto não nos ocorre diária e diretamente. Talvez por isso, ou para sobrevivermos sem maiores angústias, evitamos o desconforto de pensar na morte e no luto, o que não nos torna menos sensíveis a esses eventos quando eles ocorrem.

Mas, em um hoje ou outro, o episódio morte ocorre, e somos convidados a experienciar o luto. Um em especial arrebata-me sempre: o luto dos pais que se despedem de um filho — sobretudo o luto da mãe. Sempre me soou desconfortável naturalmente. Ora, há quem não concorde que é naturalmente mais justo que os mais velhos partam antes? Na série vida, não há controle nem leis naturais que garantam esse direito aos pais e às mães, mas sim uma sequência de presentes inevitáveis e incontroláveis que recebemos, sem muitas opções de escolha ou troca.

A verdade é que pouquíssimas são as escolhas, mas as potencializamos para nos ancorar minimamente num mar de infinitas incertezas. Dessas incertezas, o luto materno é a que me arrebata de forma avassaladora, especialmente a partir da temporada em que a maternidade passou a fazer parte da minha vida. A sensação é que passamos a integrar uma grande comunidade universal de conhecidos e desconhecidos compartilhando as mesmas emoções, certezas e incertezas.

O Portal do Paraiso

E quando a emoção é a dor e a tristeza pela despedida de um filho, os integrantes da comunidade experimentam juntos, e de forma mais patente, o dissabor. De forma ainda mais visceral, o luto da mãe é compartilhado quase que automaticamente com todas as outras mães que tomam conhecimento. Certa vez, ao externar essa angústia ao psicanalista, ele, talvez tão angustiado quanto eu, disse: “Quando casais são separados pela morte, chamamos o que fica de viúvo ou viúva; quando filhos são separados dos pais, nós os chamamos órfãos; mas, quando os pais são separados dos filhos pelo evento morte, nem nome ousamos dar.” Calei-me.

E, como membro dessa grande comunidade universal de mães e pais, quando sou convidada ao evento tão desconfortável que sequer nos substantifica, adentro no luto compartilhado. É uma espécie de cláusula irrevogável. O luto dos pais pelos filhos é compartilhado por todos os membros — quem experienciou ou quem jamais deseja experimentar. Não há muitos recursos linguísticos para explicar o luto dos pais, sobretudo o das mães. Como mãe, utilizo-me novamente das palavras da personagem para explicar o inexplicável: “Quando uma mãe perde um filho, todas as mães perdem um pouco também.”

Impactos Tecnológicos: Vício em aplicativos e jogos

Impactos Tecnológicos: Vício em aplicativos e jogos

A tecnologia está cada vez mais presente na nossa vida e no nosso dia a dia. Entre elas, os aplicativos de jogos se destacam, atraindo todas as idades. Contudo, enquanto proporcionam diversão e momentos de distração, eles podem cruzar uma linha tênue e se tornarem um vício, com consequências preocupantes. A questão que frequentemente surge é: Quando a diversão deixa de ser saudável e se torna prejudicial?

Tenho atendido com mais frequência casos de jogadores e familiares preocupados com a perda de controle e que estão buscando ajuda para lutar contra a dependência dos games e dos aplicativos.

De acordo com a ciência, o vício é uma compulsão que prejudica a rotina e o bem-estar do indivíduo. Quando falamos de jogos, ele está associado à busca incessante por recompensas rápidas e constantes, que ativam o sistema de recompensa do cérebro. Essa ativação libera dopamina, o neurotransmissor do prazer e da alegria, levando o jogador a desejar repetir a experiência continuamente.

Com o tempo, o cérebro começa a exigir estímulos cada vez maiores para sentir o mesmo nível de prazer. É aí que a diversão se transforma em uma armadilha, e o jogador pode perder a noção do tempo, negligenciar tarefas importantes ou até comprometer relações pessoais.

Impactos Tecnológicos Vício em aplicativos e jogos: (Imagem Pexels – Foto de Cottonbro Studio)

Para identificar se há um problema é necessário estar atento a alguns sinais de alerta como perda de controle, onde existe uma dificuldade em parar de jogar, mesmo quando há outras prioridades, isolamento social, que é quando a pessoa começa a evitar interações com amigos e familiares para permanecer conectado aos jogos, comprometimento da rotina, começam a acontecer atrasos ou ausência no trabalho, na escola ou em atividades importantes.

Também é importante perceber se a pessoa que está jogando está tendo alterações emocionais, demonstrando irritação, ansiedade ou depressão quando não está jogando, além de ter o desempenho prejudicado queda na produtividade ou rendimento escolar devido ao uso excessivo de jogos.

Reconhecer que precisa de ajuda é o primeiro passo. Buscar apoio de um profissional qualificado é essencial para retomar o equilíbrio. Indico que procure por ajuda de psicólogos, que auxiliam a identificar e tratar padrões comportamentais associados ao vício. Já os psiquiatras, em casos mais graves, podem avaliar a necessidade de intervenções medicamentosas. Os grupos de apoio oferecem suporte coletivo.

É importante lembrar que aplicativos e jogos não são inimigos, mas seu uso precisa ser consciente. A linha entre diversão e vício é tênue. Reflita, observe e busque o equilíbrio. Afinal, a tecnologia foi feita para servir ao ser humano, e não o contrário.

(*) Alessandra Augusto é Psicóloga, Palestrante, Pós-Graduada em Terapia Cognitiva Comportamental e Neuropsicopedagogia. Atualmente, é Mestranda em Psicologia Forense e Criminal e autora do capítulo “Como um familiar ou amigo pode ajudar?” no livro “É possível sonhar. O Câncer não é maior que você”.

Por – Psicóloga Alessandra Augusto

A trilha literária de Silas Cabral: Por Rosildo Barcellos

A trilha literária de Silas Cabral: Por Rosildo Barcellos

Para o homem, a palavra se constitui no mais poderoso recurso de ação e interação, pois expressar envolve a forma de organizar, de interpretar, de vivenciar, de julgar e de ler o mundo. Uma vez que o mundo de hoje é caracterizado por diferentes tipos de tensões: a econômica, a cultural, a tensão tecnológica e a tensão do coração. O coração, dentro da cultura, é símbolo da sensibilidade e da luta, da fragilidade e da força. O coração ama e sente-se amado, acolhe e sente-se acolhido. Em meio a esse jogo recíproco de relações, encontra-se a pessoa.

E  este artigo trata de uma pessoa incansável na arte de educar. Ao lado de Cimara Fernandes Oliveira Cabral que foi secretária de educação do município de Anastácio/MS vem visitado todos os cantos ada cidade mostrando a poesia e trazendo a imaginação poética com oficinas de declamação inclusive em aldeias. A imaginação não é uma evasão, uma fuga, um refúgio fora do real, mas sim, um olhar diferente sobre o real .A imaginação é uma energia transformadora, uma fábrica que transforma a realidade, decanta-a, enriquece-a, assim como se transforma uma matéria-prima em um sentimento de carinho e afeto. Quando amamos uma pessoa ela tange o real e o imaginário  e vão compor o despertar da curiosidade, a aquisição de novas ideias, o enriquecimento do vocabulário, o pensar reflexivo e a expansão e expressão de sentimentos através do fazer poético.

Casa do Artesanato

No Caso do escritor  Silas  Cabral que está preparando  uma sequencia de  mais de cem poemas em forma de livro para ser lançado no aniversário da cidade de Aquidauana/MS ele não tem medido esforços para mostrar a importância da poesia no âmbito escolar, pois a poesia nada mais é do que o retrato da nossa imaginação, da nossa autenticidade, beleza e emoção. Ela nos dá uma visão geral de que as crianças devem ser estimuladas desde pequenas para o seu fazer poético, que elas são capazes de transmitir todas as sensações sem pensar, e que, desde cedo, podem e devem ser consideradas poetas de verdade. Era o que me contava em uma almoço especial na casa do Artesanato. Local as margens da BR 262 km 482  próximo 5 quilômetro do trevo de anastácio seguindo a Campo Grande/MS. Ali com a simpatia do tempero especial do amigo Ney, popularmente chamado de Gaúcho, foi degustado uma costelinha frita de peixe “à moda da casa”, único na região.

Além da poesia A linguagem poética é uma das mais interessantes, porque mexe com nosso sentimento, nossa sensibilidade. Com o Pastor Cabral (in memoriam) aprendeu que se as crianças forem estimuladas à leitura desde a infância e o ambiente onde iniciamos for carregado de magia, será possível uma relação entre o pensar e o sentir, um jogo de palavras sedutor que chamamos de poesia, pois esse mundo é fascinante e imprevisível.

Afinal desde pequenos convivemos com a poesia: as músicas que a mãe cantava, as brincadeiras de roda, as parlendas… acostumaram os ouvidos com a graça e o ritmo da poesia. Porém, isso nos parece ter ficado mais no plano sensorial e intuitivo e pouco no plano lógico e racional. Como a poesia toca os sentidos e as emoções, logo pode estimular o aluno a produzir bons textos poéticos.

A poesia tem grande importância no âmbito escolar, pois ela pode apresentar experiências humanas que podem ser consideradas no que se refere ao conhecimento. Sendo a escola o local que tem o papel de formar o homem integral, composto de razão e emoção, ela também é lugar de poesia. Com isso, não se quer fazer dos alunos, poetas; mas sim possibilitá-los ao contato com a beleza, a brincadeira com as palavras, significados e formas. Por derradeiro, ressalto que foi homenageado pelo vereador Lívio, na capital do Estado  e por ser citado no próximo livro do educador Silas Cabral, nos trechos que contei sobre Porto Canuto, relembro a frase “O ontem  não nos pertence e o amanha é incerto, pois até o amanha não nos pertence , mas pertence ao REI DA GLÓRIA, se amanha estivermos aqui e fazendo a obra de DEUS, será sinal que estamos dando frutos e isso é bom e agrada ao Criador” Vida longa a Silas Cabral e sua poesia e que cada vez mais possam ser conhecidas as histórias, os lugares e as saudades de Aquidauana.

*Articulista

O maior desafio da Humanidade: Wilson Aquino

O maior desafio da Humanidade: Wilson Aquino

Desde os primórdios da humanidade, a luta contra nossa própria natureza tem sido um dos desafios mais profundos da existência. Somos seres imperfeitos, dotados de fraquezas, inclinações egoístas e falhas morais. No entanto, para aqueles que desejam seguir uma vida íntegra, digna e reta, a exemplo de Cristo — como todos nós propusemos um dia no mundo espiritual, ao aceitarmos o Plano de Salvação de Deus — existe um chamado inegável para uma transformação espiritual genuína.

Essa mudança, porém, não é superficial nem automática. Requer esforço diário, submissão à vontade do Senhor e o poder da expiação de Jesus Cristo. O próprio Salvador nos alertou sobre essa necessidade: “Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se TORNEM como crianças, jamais entrarão no Reino dos Céus” (Mateus 18:3).

O convite de Cristo não é apenas para mudar nossas ações, mas para transformar nosso ser. E essa é a maior batalha que um ser humano enfrenta, especialmente os cristãos: deixar para trás o “homem natural” e TORNAR-SE uma nova criatura Nele.

O rei Benjamim, há mais de dois mil anos, em sua pregação ao povo nefita, no Livro de Mórmon, explicou a condição humana com clareza: “Porque o homem natural é inimigo de Deus e tem-no sido desde a queda de Adão e sê-lo-á para sempre, a não ser que ceda ao influxo do Santo Espírito e despoje-se do homem natural e torne-se santo pela expiação de Cristo, o Senhor; e torne-se como uma criança: submisso, manso, humilde, paciente, cheio de amor, disposto a submeter-se a tudo quanto o Senhor achar que lhe deva infligir, assim como uma criança se submete a seu pai” (Mosias 3:19).

O “homem natural” representa tudo aquilo que nos distancia de Deus: o orgulho, a impaciência, a ganância, o egoísmo e a resistência em seguir a vontade do Pai.

No entanto, há uma saída: o Espírito Santo. Somente por meio Dele podemos vencer nossas tendências naturais e trilhar o caminho da retidão. Como afirmou o apóstolo Paulo: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17).

Essa transformação não acontece de um dia para o outro. Exige comprometimento, arrependimento e esforço contínuo para abandonar velhos hábitos e desenvolver qualidades cristãs.

Durante uma Conferência de Estaca de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, realizada recentemente em Campo Grande, o Élder Roberto Leite, Setenta de Área, enfatizou a importância do verbo “TORNAR-SE” na jornada Cristã. Ele ressaltou que o convite de Cristo e do rei Benjamim não é apenas para mudar superficialmente, mas para assumir uma nova identidade espiritual.

Élder Leite destacou que cada um de nós precisa mudar sua natureza: “Cada um de nós precisa se despir do homem natural e nos tornarmos novas criaturas em Cristo Jesus, como nos ensina o apóstolo Paulo (2 Coríntios 5:17; Efésios 2:10), ou como nos ensina Alma, nascer espiritualmente de Deus, ter sua imagem gravada em nosso semblante.”

Em sua explanação, ele enfatizou que essa mudança precisa ser real e perceptível, citando as palavras de Alma, no Livro de Mórmon: “E agora, eis que vos pergunto, meus irmãos da igreja: Haveis nascido espiritualmente de Deus? Haveis recebido sua imagem em vosso semblante? Haveis experimentado esta poderosa mudança em vosso coração?” (Alma 5:14).

Não basta apenas frequentar reuniões ou professar verbalmente nossa fé; precisamos demonstrar essa transformação em nossas atitudes diárias. Como destacou o Élder Leite: “Como parte do caminho do discipulado, todos precisamos mudar, todos precisamos mudar nossa vida. Na linguagem do cotidiano, todos precisamos mudar nosso ‘jeitinho’. Todos precisamos nos tornar mais semelhantes a Jesus Cristo. Este é o desafio da mortalidade: mudar nossa natureza e nos tornarmos pessoas melhores por causa da expiação de Jesus Cristo.”

A pergunta que fica é: estamos dispostos a pagar o preço da mudança? Estamos prontos para ceder ao Espírito e nos despir do homem natural?

Que cada um de nós aceite esse chamado sagrado. Que possamos buscar diariamente sermos moldados pelo Salvador e nos tornarmos verdadeiros discípulos Dele.

*Jornalista e Professor

Leia Coluna Amplavisão: Política: a sabedoria na derrota e no recomeço

Leia Coluna Amplavisão: Política: a sabedoria na derrota e no recomeço

DO LEITOR:  “A presença nobre de Kamala Harris na posse de Trump merecendo elogios e enseja a discussão sobre a grandeza de se admitir de que não se pode ganhar sempre, tampouco de que somos infalíveis, completos.  Para a psicanálise, a postura da Kamala é a lição sutil para que saibamos conviver com nossas próprias faltas e falhas. ”

OPINIÃO-1: Derrota eleitoral é uma; derrota política é outra. As imagens de Kamala no evento são emblemáticas, no lugar do discurso de perdedor, geralmente bons para mobilizar a militância. Altiva, ela descarta o luto eleitoral, preservando o seu espaço. Lembrando Cecília Meireles: “ Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar

OPINIÃO-2: Emblemática a frase “é na derrota que se conhece o campeão”. É ideal na análise das atitudes do ‘reprovado’ nas urnas que reage de forma positiva. Perder não coloca o ponto final no objetivo. Pode ser a chance para reflexões. “Reconhecer a alegria na felicidade alheia e a tristeza na dor dos outros, nos enriquece e nos humaniza. ” (Adalberto Barreto)

DUAS REFLEXÕES: “Muitas vezes se aprende mais com uma derrota do que com dez vitórias. Em todos os níveis: físico, psíquico, moral. Portanto, a derrota é um remédio poderoso e um incentivo ainda mais poderoso” (Vito Mancuso) “Penso que seria necessário educar as novas gerações para o valor da derrota. Para a sua gestão. Para a humanidade que resulta dela”. (Pasolini)

É CEDO?  Sim, muito cedo para previsões. Dependerá do nível de satisfação do povo americano com o governo Trump. Pesará na balança o resultado da política externa. Imagine quantos interesses povoam o intricado universo econômico dos Estados Unidos que refletem no mundo. Não há bola de cristal capaz de acertar tudo e tanto.

“A VITÓRIA de Trump serve como alerta importante aos analistas políticos: muitas vezes, as preferências pessoais e os vieses ideológicos turvam as análises e dificultam a avaliação crítica e imparcial. A necessidade de análises sólidas, livres de preferências subjetivas, é imperativa para que o debate possa florescer e para que o cidadão possa confiar nas avaliações oferecidas pelos especialistas. ” ( André Neves – in ‘Exame’)

MOKA: Hoje aos 74 anos, começou como vereador na capital (1982-86), deputado estadual, deputado federal e senador. Perdeu a tentativa de reeleição mas manteve-se sempre fiel ao MDB e ao seu grupo político. Convidado para chefiar o escritório do Governo Estadual em Brasília, voltará ao ambiente que adora. Sem comentários.

EXEMPLO:  O caso de Moka é bem típico das pessoas que passam grande parte da existência exercendo a atividade política. Embora médico, abraçou a política como uma espécie de sacerdócio. Nesta clausura temporária ele sentiu a falta do poder efetivo do mandato. Vitórias e equívocos contam? Agora, tem a chance de reciclar a postura.

O OUTRO: Por razões óbvias, o ex-deputado federal Edson Giroto anda arredio da mídia. Em recente café amigo notei ele lacrimoso pelo estigma; ‘lambe as feridas’: mas planeja tentar a Câmara Federal em 2026. Não questionei suas chances, mas é ‘ outro ex-poderoso’ tentando calçar as esquecidas sandálias da humildade. Tomara!

LIÇÕES: Presentes no universo político. Cabe aos atuais protagonistas do poder, olhar no retrovisor e analisar as falhas de outros políticos e não os imitar. Eleitos, os políticos não podem evitar os espaços populares e nem fugir dos afagos dos cidadãos anônimos. Não saudar a caixa do mercado, por exemplo, é uma pratica comum por aí. De leve.

JUSTIÇA: Avesso a bajulação, registro a opinião nas cidades por onde passou o então Juiz de Direito Renato Pavan. Simples despido de vaidades, afável nas relações com advogados, subalternos e o público em geral, esse desembargador que agrega, é uma feliz escolha para presidir o TJMS. Missão desafiadora de resgate mas viável. 

‘MARRUÁ’: No ‘Blog Paçoca do Cebola’ (`PR), o registro impensável antes: “A vereadora de Londrina, Jessica Moreno (Progressistas), a Jessicão, anunciou nas suas redes sociais que a mulher dela Mayara está grávida de 4 meses, de gêmeos. Os meninos vão se chamar João Victor e João Vicente. ”  Como se diz na fronteira: “Segue a galopeira”.

DOS LEITORES: Em cada esquina um pedinte. A população da capital pede ações imediatas da Secretaria de Assistência Social contra a presença de pedintes, brasileiros, venezuelanos e colombianos. A reclamação é extensiva aos vereadores, que aliás, dispõem de vários assessores nos gabinetes. Por acaso seriam surdos ou cegos?

CONCLUSÃO: “Somos nós, brasileiros, que escolhemos ser desimportantes para os Estados Unidos. O que é o Brasil, no contexto das nações? Um gigante bobão, comandado por uma fauna política sem projeto que não o dilapidar a sociedade. Os números estão aí. Como os brasileiros podem querer ser relevantes, se a sua participação no comércio mundial é de menos de 1%, a mesma de 1980” Mario Sabino)

ENCRUZILHADA: Dos textos opinativos sérios a conclusão não é das melhores para a sucessão presidencial. De um lado o candidato Lula sem opções: ele próprio, a licença para Alckmin assumir e ser o candidato com o discurso da reconciliação. De outro a oposição forte, mas desunida à espera da solução do caso Bolsonaro. É o que temos.

DISCURSOS:  Comparando as manifestações dos ‘oposicionistas’ ao Planalto nota-se a falta de sintonia entre eles. Suas vozes não ecoam além dos seus limites territoriais. Não vejo e nem ouço críticas contundentes, de enfrentamento ao atual Governo e que possam unir a postura daqueles que se dizem contra. Parece que já assistimos esse filme.

PELEANDO:  Pelo noticiário político de férias, nossos representantes na Assembleia  aproveitam para o café demorado, o papo sem pressa nas bases eleitorais. Cada qual com seu estilo e prioridades. O deputado Gerson Claro é um daqueles que a preguiça passa longe. Motivado, não perdeu a forma de se conduzir. Não por acaso chegou onde está.

THEDORE ROOSEVELT: “ Não é o crítico que importa, não aquele homem que aponta como o homem forte fraqueja ou onde aqueles que realizaram algo poderiam tê-lo feito melhor. O crédito pertence ao homem que se encontra na arena, cuja face está manchada de poeira, suor e sangue; que se esforça bravamente; que erra, que se depara com um revés após o outro, pois não há esforço sem erros e falhas…” (do discurso proferido em 1910 na Universidade de Sorbonne, um ano após deixar a Casa Branca, considerado um dos mais importantes da história)

PILULAS DIGITAIS:

“Conduzo. Não sou conduzido. ”  (Lema no brasão da cidade de São Paulo)

Ministra de MS é alvo de denúncias de assédio moral. (Correio do Estado)

Vivemos movidos pelo desejo de infligir ao inimigo a dor que ele causou ( Wilson Gomes – FSP)

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa. (Mario Quintana)

Americanos ameaçam sair às ruas contra Trump se a Colômbia taxar a cocaína que exporta para os EUA. (Tutty Vasques)

Tem dias que a gente tem baixos e subterrâneos. (na internet)

Com a inteligência artificial, o conhecimento e a ignorância aumentam. (João P. Coutinho – FSP)

Quem foi em busca do sonho americano vai ter que se contentar com o pesadelo brasileiro (Dr. Zuretta)

Com boa propaganda as pessoas acreditam até em ovo sem casca. (Millôr)

Programas sociais são generosos, mas precisam ser mais eficientes. (Laura M. Machado-FSP)

Polêmica do Pix “derrete” popularidade de Lula na capital. (Correio do Estado)

Redação do Enem prova que estudante não lê livros

Redação do Enem prova que estudante não lê livros

Entre tantas notícias que ocupam o cenário nacional, uma em especial deveria alarmar toda a sociedade: apenas 12 estudantes, entre os quase 3,2 milhões que participaram do Enem 2024, atingiram a nota máxima na redação. Esse resultado, além de preocupante, escancara um problema estrutural no Brasil: o baixo incentivo à leitura entre crianças, jovens e adolescentes.

A deficiência na leitura e na interpretação de textos compromete não apenas o desempenho acadêmico, mas também a formação pessoal e profissional dos indivíduos. O hábito da leitura é um aprendizado indispensável para o desenvolvimento da criatividade, do pensamento crítico e da habilidade de argumentação – competências fundamentais em qualquer área da vida. Contudo, a ausência de estímulos à leitura reflete-se nos números estarrecedores do desempenho educacional brasileiro.

Os pais desempenham um papel central na formação do hábito da leitura, mas muitos falham nessa missão. Quantas famílias hoje leem histórias para seus filhos antes de dormir? Quantas vezes incentivou o contato com livros desde os primeiros anos de vida, oferecendo obras ilustradas, coloridas e atraentes que despertem o interesse das crianças?

Muitas vezes, os pais não servem como exemplo de leitores para os filhos. Ao negligenciarem o ato de ler, deixam de mostrar às crianças o vasto universo de conhecimento, imaginação e emoções que os livros oferecem. Essa falta de estímulo inicial tem consequências profundas, pois a leitura é uma prática que precisa ser cultivada desde cedo para se tornar um hábito duradouro.

As escolas também têm uma parcela significativa de responsabilidade. É inaceitável que muitas instituições de ensino, especialmente as públicas, não disponham de bibliotecas adequadas ou de acervos diversificados. Livros didáticos são indispensáveis, mas não bastam. É necessário oferecer romances, histórias de aventura, ficção e obras de diferentes gêneros para atender aos interesses variados dos alunos.

Além disso, as práticas pedagógicas precisam ser repensadas. A leitura não deve ser tratada apenas como uma obrigação escolar, mas como uma porta para um mundo de possibilidades. Projetos de incentivo à leitura, concursos literários e premiações poderiam transformar a relação das crianças e jovens com os livros. Cabe aos professores e gestores educacionais explorar essas estratégias para despertar nos alunos o prazer pela leitura.

O Estado, por sua vez, é outro ator que não cumpre seu papel. Apesar de ser o principal responsável por garantir o acesso à educação de qualidade, negligencia a criação de políticas públicas que promovam a leitura. A tributação elevada sobre os livros, que deveria ser acessível a todas as camadas da população, é um exemplo claro dessa falta de compromisso.

A ausência de investimentos em bibliotecas escolares, capacitação de professores e programas de incentivo à leitura revelam uma prioridade equivocada dada ao setor educacional. Além disso, o dado de que apenas um aluno de escola pública obteve nota máxima na redação do Enem expõe a desigualdade no acesso à educação de qualidade.

Promover a leitura é essencial para transformar a realidade do país. Ler não é apenas uma atividade acadêmica; é uma forma de ampliar horizontes, compreender o mundo e desenvolver o potencial humano. Alunos que leem mais são capazes de interpretar melhor os desafios que enfrentam e estão mais preparados para inovar e se destacar no mercado de trabalho e tirar boas notas em qualquer desafio como uma prova de redação.

A importância da leitura e do aprendizado está profundamente alinhada com princípios bíblicos que ressaltam o valor do conhecimento e da sabedoria. Em Provérbios 4:7, lemos: “O princípio da sabedoria é: adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o conhecimento.” Essa passagem destaca que buscar o conhecimento deve ser uma prioridade para o crescimento pessoal e espiritual. A leitura, nesse contexto, é uma ferramenta essencial para adquirir sabedoria, permitindo que as pessoas compreendam melhor o mundo ao seu redor e se tornem mais preparadas para lidar com os desafios da vida.

O cenário alarmante exposto pelos resultados do Enem 2024 exige uma mudança de postura urgente e efetiva. Promover a leitura em casa, na escola e com políticas públicas consistentes é um compromisso inadiável para toda a sociedade. A leitura, como ensinam as Escrituras, é uma fonte de sabedoria, conhecimento e transformação. Quando famílias, escolas e o Estado trabalham juntos para construir uma cultura de leitura, estamos não apenas formando leitores, mas cidadãos conscientes, críticos e preparados para transformar o Brasil em um país mais justo e próspero. É hora de agir, pois quem lê se abre para um futuro de infinitas possibilidades.

*Jornalista e Professor